Apocalipse Zumbi (interativa) escrita por Nymeria


Capítulo 2
Encontros e desencontros


Notas iniciais do capítulo

Não ia postar o capítulo hoje, mas tive tantos comentários positivos que resolvi postar!
Nesse capítulo vou postar os últimos personagens que eu tenho a ficha e aí começa a história! Os outros vão aparecer no decorrer da história
Espero que gostem! =^.^=



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~Clear Honne~

- Droga pai... Não me deixe sozinha também... - murmurou, entre soluços, a pequena Clear.

Deixou que algumas lágrimas escorressem por sua bochecha e caíssem no rosto do pai. Sua mãe estava junto ao seu pai no chão. Sem vida. Mortos. A pequena Clear tirou seus óculos de armação do rosto e secou as lágrimas com a manga do seu moletom frouxo. Ela sabia que não podia ficar ali por muito tempo, seus pais poderiam voltar como errantes e a matar sem pensar duas vezes. Ou melhor, sem nem mesmo pensar.

A garota se levantou e andou pela casa tomada por coisas caídas no chão. Seus pais haviam sido mordidos e voltaram para casa na esperança de morrer junto a filha. Desejo concedido. Clear foi até seu quarto e se olhou no espelho. Estava acabada. Haviam olheiras embaixo de seus olhos mel, tão profundas que nem mesmo seus óculos de armação podiam esconder. Seus cabelos castanhos, que deveriam ser levemente cacheados, estavam completamente desgrenhados.

Suspirou. Realmente não estava com a melhor cara de todas, mas fazer o que? Tinha que viver tendo a cara de uma "nerd esquisitona" como diziam seus colegas de classe, não seria por causa do seu cabelo que ela ficaria mal.

- Foco Clear! Foco - murmurou a garota para ela mesma - Você precisa sair daqui se quiser continuar viva. O que fazer?

Bom, pela primeira vez em sua vida, Clear não sabia o que fazer. Entraria em desespero se uma idéia não tivesse brotado em sua cabeça, como mágica.

- Meus livros...

Rapidamente, Clear pegou uma mochila grande e escolheu a dedo os livros que achava que a ajudariam naquela situação anormal. Foram, ao todo, dez livros enormes, contendo informações de sobrevivência, biologia, luta e manuais de defesa pessoal. Isso sem contar seu livro favorito: o de física.

Colocou a mochila sobre as costas e desceu até a cozinha, aonde pegou uma garrafa d'água, um punhal e algumas frutas e jogou junto aos livros. A bagagem estava pesada, mas teria que correr. Agradeceu mentalmente ao seu professor de Educação Física que sempre a ajudou com alguns exercícios simples para melhorar o condicionamento físico.

Antes de sair de casa, encarou seus pais. Os dois tinham os olhos vagos, sem vida e, por mais irônico que isso possa parecer, um sorriso no rosto. Na mão de seu pai, uma arma que ela não conseguia recordar o nome ou de onde ela havia surgido. Lembrou, apenas, que eles haviam pedido que ela mesma os matasse. Algumas lágrimas brotaram nos olhos da pequena Clear, mas ela as afastou balançando a cabeça.

- Agora não é a hora pra isso - ela murmurou, enquanto se abaixava ao lado de seu pai e pegava a arma de sua mão - Obrigada papai. Prometo que não vou te decepcionar.

Dizendo isso, a garota de apenas 14 anos se levantou e saiu de casa, se preparando para correr como se o inferno estivesse tentando engolhir-la. E, acredite, na cabeça da pequena Clear, estava mesmo.

~Cristina e Jason~

Cristina rodou a chave do carro da ambulancia e o automóvel tremeu e respondeu. Começou a manobrar o carro, com o único intuito de sair viva dali. Observou as ruas escuras e cercadas por errantes de Atlanta com seus olhos verdes.

- Droga... Vou acabar atropelando os vivos... - murmurou ela, entredentes - Será que o barulho da ambulância vai atrair os errantes?

Na esperança de a resposta ser não, Cristina deu partida no carro. O barulho do motor foi alto, atraindo a atenção de alguns errantes a sua frente. Fechou os olhos e abaixou a cabeça, como se dissesse "Ferrou...". Num solavanco, parou o carro, desligou os faróis e o carro pulando do banco do motorista.

Puxou o pé de cabra que havia encontrado no chão e correu para longe do carro. Os errantes os cercaram segundos depois da fuga da garota. Cristina percebeu que estava segurando a respiração e soltou o ar com cautela. O susto fez com que seu coração acelerasse tanto que era possível sentir a pulsação de seu coração na ponta dos dedos.

Respirou fundo e continuou andando meio abaixada e encostada na parede atrás de si. A última coisa que ela precisava agora era ser vista, então continuou andando em silêncio.

Não faltava muito para os limites da cidade. Mais algumas quadras e pronto, poderia andar mais tranquila. Andava como se cada passo estivesse sendo dado sobre uma corda bamba.

"Quase lá! Você está quase lá!", pensou ela.

- AAAAAARGH! - escutou alguém gritando a distancia. Um homem. O grito foi tão alto que fez os cabelos escuros de Cristina se arrepiarem - SOCORRO! ME AJUDEM!

Em um movimento de reflexo, ela virou a cabeça e logo detectou o problema. Uma cara alto, jovem (mais ou menos a sua idade) e musculoso estava cercado por... Um, dois, três, quarto, cinco errantes!

Os gritos dele estavam atraindo ainda mais errantes. Isso poderia dar em problemas não só para ele, mas para Cristina também.

- Ora, aquele... - murmurou ela, enquanto levantava o pé de cabra e corria na direção do homem.

Eu um movimento muito rápido ela abateu dois errantes na cabeça, fazendo espirrar sangue em sua blusa. Isso foi o suficiente para Cristina chegar até o homem.

- Nome? - ela perguntou.

- Jason.

- Ótimo! Hey, Jason! Vamos ter que correr - dizendo isso, ela vira ele de costas para ela e o empurra - Pode começar!

Os dois começam a correr como dois condenados. Havia alguns carros no meio do caminho, que eram desviados com facilidade por Cristina, que havia feito "Lê Parkou" por alguns anos. Já Jason pulava sem muita elegância pelos obstáculos, mas nada que o atrasasse.

- Aonde estamos indo? - Jason gritou para Cristina.

- Até os limites da cidade! Temos que sair daqui o mais rápido que conseguirmos.

- Me dê uma arma e eu acelero o processo!

- Não tenho mais nada!

Jason bufou e continuou correndo. Mais um bloco. Era só o que faltava. Então os dois escalariam a grade que tinha ali e estariam livres... Bom, pelo menos não estariam num caos.

Os pensamentos de Cristina foram interrompidos por um violento impacto a sua direita. A força a fez cair no chão. Jason também parou. Cristina ergueu seu pé de cabra para furar a cabeça do "errante" que havia a derrubado, mas então ele, ou melhor, ela, falou.

- Por favor, por favor, por favor! Não me mate! Estou viva!

Era uma garota. Bem jovem por sinal, não devia ter mias de 15 anos de idade.

- Foi mordida? - perguntou Jason.

- Não! Por favor, me ajudem a sair daqui!

Ela levantou o rosto e olhou para Cristina. A jovem usava óculos de armação e um moletom frouxo. Vinha com uma mochila com ela.

- Sou Clear! Tenho uma arma! Me ajudem a sair daqui!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Espero que sim, beijos!