Apocalipse Zumbi (interativa) escrita por Nymeria


Capítulo 3
A poucos passos da serem livres


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai falar da fuga da Katrina e do Christian e do encontro deles com outros dois personagens :3
Espero que gostem =^.^=



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Katrina e Christian atravessaram a floresta escura com cautela. Usavam uma lanterna para iluminar o caminho e continuaram em silêncio. A morena não parava de pensar em sua avó, se ela estava bem. A resposta, provavelmente, era não. Christian, por outro lado, esfregava uma de suas mãos no nariz. Ele latejava e estava um pouco roxo, graças ao certeiro soco de Katrina.

- Você não precisava ter dado esse soco, sabia? - ele disse - Ainda está doendo...

- Pois merecia apanhar mais pra ver se aprende a controlar a sua língua! - exclamou Katrina, sem tirar os olhos do caminho.

- O que? Só por que eu disse que basquete é esporte de preto?

A morena parou de andar, se virou para Christian e deu um chute forte na boca do estomago do garoto. Ele soltou o ar e gemeu, caindo no chão encolhido.

Nunca mais repita isso, entendeu donzela? - perguntou Katrina, com raiva - Às vezes, me arrependo de ter te tirado daquela escola...

Dizendo isso, a morena continuou andando. Christian não disse mais nada, apenas se levantou rapidamente e correu para acompanhar os passos de Katrina. Os barulhos da "floresta" davam arrepios em Katrina, mas ela ignorou. Se os encarasse de noite, os encarava de dia.

- Pelo menos já estamos livres, né? - perguntou Christian.

- Mano... Quantas vezes eu vou ter que te dizer isso? - disse a morena com uma das mãos sobre o rosto - Nunca vamos estar realmente livres! Nunca. Agora que o caos começou e atingiu a todos, não vamos conseguir fugir disso em lugar nenhum...

- Que paia...

- Paia...

Os dois continuaram andando. Katrina quase escorregou por uma inclinação, mas manteve o equilíbrio, ao contrário de Christian, que desabou no chão. A morena fingiu que não viu e continuou andando. Equilíbrio era uma coisa que Katrina havia adquirido em seus anos de basquete. Admirava e prezava o seu, esse era o argumento contra o seu maior inimigo: o salto alto.

Christian, como jogador de futebol americano, deveria ter equilíbrio também, mesmo não sendo o caso. Ele até tinha, mas não era perfeito como o de Katrina. Ouviram um barulho estranho, como se fosse um gemido... Um errante!

- Corra! - gritou Katrina para Christian.

Os dois correram sem penar duas vezes. Os galhos secos faziam um barulho nada acolhedor quando quebravam. os gemidos continuavam insistentes. Katrina acelerou a corrida e Christian lutou para acompanha-la. 

- Oof! - grunhiu Katrina enquanto pisava em uma elevação úmida, escorregava e caia no chão. Tão rápido como caiu, colocou-se de pé - Vamos ter que escalar esse troço.

- Oh, really? - irritou Chrstian - Pensei que voaríamos, assim como você fez na cidade!

- Obrigada - respondeu Katrina, em tom de deboche. Christian só foi perceber que acabara de fazer um elogio à morena depois.

Os gemidos continuavam atrás dos dois. Rapidamente, Kaatrina se ajustou e pegou impulso, começando sua escalada. Christian bufou e fez o mesmo que a morena.

Com algum esforço, os dois escalaram a elevação e encontraram um parapeito de metal. Agarraram-se nele e se puxaram para cima, caindo num asfalto logo depois. Christian suspirou.

- Salvos!

- Aonde estamos? - perguntou Katrina. Ela sabia que era uma estrada e só. Estava deserta do lado em que subiram, porém, lotada de carros do outro lado. Haviam pessoas correndo, mas elas nem mesmo pensavam em passar pelo outro lado.

- Leia a placa, sabichona! - disse Christian.

Katrina levantou a lanterna e iluminou uma placa próxima. As letras lhe soaram embaralhadas e sem sentido, Por mais que tentasse ler, as letras não se encaixavam em sua cabeça, formando uma palavra. Ela começou a murmurar para si mesma, tentando achar um sentido.

- Ahn... Intra... Não, é Iperes... Não, não, espere! É...

- Interestadual, gênio! - exclamou Christian - Por favor, você te 17 anos! Já devia saber ler!

Katrina sentiu suas bochechas esquentarem em um misto de vergonha e raiva. Em passos pesados, andou até Christian puxando-o pela gola.

- Ora seu...

A frase da morena foi interrompida por uma barulho alto. Os dois viraram a cabeça rapidamente e constataram dois faróis ao longe vindo na direção deles. Aos poucos, os faróis aumentaram e o automóvel se tornou visível. Era enorme, amarelo, tinha uma pá carregadeira com um garoto dentro e... Iria acertar os dois em cheio!

Rapidamente, Katrina empurrou Christian para frente e se jogou para trás, caindo no asfalto. Segundos depois, o trator passou voado entre os dois. Foi desacelerando até parar completamente. Katrina se sentou e Christian continuou deitado.

De dentro do trator saiu um homem enorme, musculoso, por volta dos 40. Tinha cabelos grisalhos e cicatrizes horríveis por todo o corpo. O homem transmitia uma áurea autoritária e de sabedoria. Katrina se encolheu de medo.

- Está tudo bem! Calma! - disse o homem, percebendo a aflição da morena - Vocês estão bem? Precisam de ajuda?

- Nós estamos... - começou Katrina. Ela parou ao olhar para Christian, imóvel, no chão - Christian!

Os olhos do homem seguiram o olhar de Katrina.

- Droga! - ele disse, andando na direção dele - Fui eu? Eu atropelei o garoto?

- Não... Não, senhor. Fui... Fui eu..

O homem o pegou no colo e o jogou nos ombros como se Christian fosse um saco de batatas. De longe, Katrina pode ver que a cabeça dele sangrava. Por culpa dela.

- Meu nome é Gaspar - disse o senhor - Venham com a gente, vocês precisam de ajuda imediatamente.

- Espera tio - Gaspar a olhou de modo inquisidor, fazendo-a se encolher - Quer dizer, senhor. "A gente"?

- Hey pai! - gritou uma voz jovem. Uma barulho de algo pesado caindo sobre o metal do teto do trator foi escutado e, lá em cima, uma garoto loiro de olhos verdes apareceu - Quem são eles? Foram mordidos?

- Não... - disse Katrina, um pouco em choque. Era muita coisa para absorver.

- Eles são uns garotos. Vamos ter que ajudar eles, este aqui está desacordado - disse Gaspar, indicando Christian - Já vamos  começar a andar novamente, ok?

O garoto sorriu, fazendo que sim com a cabeça e desaparecendo novamente.

- E então, como vocês se chamam? - perguntou Gaspar, com um sorriso amigável.

- Eu me chamo Katrina e... E esse idiota aí é o Christian!

Gaspar riu e começou a andar em direção ao trator, sendo seguido pela morena. Parecia que Christian não pesava quase nada!

- Tudo bem, tudo bem! - disse Gaspar, com um tom divertido na voz - Venha conosco. Temos que ajudar esse idiota aqui, certo Katrina?

A morena não responde. Apenas continuou andando. Ela entrou no trator em silêncio, e seguiu assim o caminho todo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Mandem Reviwes! =^.^=