Bad Girl escrita por Gabs


Capítulo 11
Capítulo 10 - O beijo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu havia postado o capítulo 10 há uns dias atrás, mas eu não sei o que aconteceu com ele, recebi uma mensagem de uma leitora dizendo que não havia entendido o capítulo, e fui checar, e realmente não tinha como entender, as falas dos personagens estavam todas erradas e não fazia sentido, dai eu tive q excluir... Mas, aqui está o capítulo 10 *u* Espero que gostem.



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Após termos descansados bastante, discutidos também bastante, finalmente arrumamos disposição para decorar o nosso quarto, e o melhor de tudo, é que podíamos demorar o tempo que quiséssemos e também fazer o que quiséssemos, afinal, estávamos sozinhos em casa.

Paramos em frente ao quarto para pensarmos como iríamos fazer para tirar todas aquelas coisas de lá. Tiramos primeiro o colchão da nossa cama, que era de casal, a beliche que o meu pai havia comprado veio com alguns problemas os quais faziam a beliche desmontar o tempo todo quando alguém deitava, o que me fez ter que dormir ao lado do Pedro, o que me deixava meio desconfortável as vezes, pois, acho que ele esquecia que estava dormindo ao lado de uma garota, e ficava coçando lugares que é melhor eu nem comentar.

Depois de muito trabalho, conseguimos desmontar a cama e coloca-la para fora, - nem quero imaginar como vamos monta-la de novo - , depois fomos tirando o resto dos móveis, que não deu tanto trabalho assim, e enfim, o quarto estava completamente vazio, aproveitei e comecei a falar besteiras para ouvir soar o eco.

O Pedro ficou observando eu falar, e começou a rir da minha cara.

—Crianças... – disse ele passando por mim para observar a parede a qual vamos pintar.

Eu parei de falar e mostrei o dedo do meio para ele, que riu, e voltou a olhar para a parede, fui ajudar, e comecei a falar compulsivamente sobre as minhas idéias.

—O que você acha da gente pintar somente uma parede de preto, daí nós poderíamos colar algum adesivo, sei lá, qualquer um depois escolhemos, e comprar luminárias novas, por que , sinceramente essas que a sua mãe comprou são ridículas...

—Lucy... – disse ele tentando me fazer parar de falar

—... que tipo de pessoa dá uma luminária da barbie para uma adolescente de dezesseis anos, ah por favor né, tinha que ser aquela barbie velha oxigenada, eu sei que é a sua mãe, mas eu não estou nem ai e...

—LUCY PELO AMOR DE DEUS, FICA QUIETA CARALHO! – disse ele parecendo irritado, mas que no fundo queria rir.

Confesso que eu me assustei com seu grito, ele parecia mesmo muito irritado, acho que eu deveria ter extrapolado nas falas, depois ele foi pegar os materiais para começarmos o trabalho.

Eu estava vestindo um short jeans acabadinho e uma blusona que eu mesma havia customizado uma vez, estava descalça, e o Pedro usava uma bermuda simples e aparentemente velha, e uma blusa simples preta sem manga, que assim quando ele chegou no quarto com as latas de tinta e o resto dos materiais, ele tirou, exibindo aquele físico – e que físico hein —.

— Porque você sempre tem que tirar a blusa? Exibido! – falei olhando para o seu corpo, e ele percebeu.

— Meu corpo te incomoda tanto assim? – disse ele sorrindo com malicia.

— Claro que não, por favor né, agora vamos ao trabalho que ganhamos mais. – eu disse tentando mudar de assunto.

Ele apenas sorrio, e fomos em direção a parede, na qual a cama ficaria encostada, resolvemos que eu pintaria um lado, e ele pintaria o outro lado, ou seja, seria metade de cada.

Eu queria começar logo pela parte mais alta da parede, e para isso peguei uma escada, e com muita dificuldade para subir, afinal eu estava carregando uma lata de tinta e o pincel estava na minha boca, e eu percebi que o Pedro estava me observando.

— Sabe, eu poderia te ajudar nessa parte de cima – disse ele

— Dispenso. – respondi com o pincel na boca.

E finalmente quando cheguei ao topo da escada, percebi que eu estava mais alta que o necessário, então fui descer um degrau, o que não deu muito certo, pois eu acabei pisando em um degrau imaginário , o que me fez despencar da escada. Eu não consegui pensar em nada durante a queda, apenas fechei os olhos e esperei pelo pior, que certamente aconteceria, caso um par de braços fortes não houvessem me segurado.

— Lucy você está bem ?! – era uma voz masculina, obviamente era o Pedro falando, e mais obviamente ainda, eu estava em seus braços.

— Sim... ér... estou. Eu acho

— Sua baixinha teimosa, eu lhe disse que era melhor que eu pintasse a parte mais alta.

— Eu não deixaria você sair vitorioso, Pedro!

— Ah é? Mas eu vou sair vitorioso de qualquer jeito. – ele disse sorrindo maliciosamente e me encarando, confesso que eu fiquei assustada.

— Hã? O que quer dizer com iss... – ele não deixou eu terminar de falar, e me pegando de surpresa, selou nossos lábios.

Eu sinto que correspondi ao beijo, que estava lento e inocente , e quando me toquei do que eu estava fazendo, e com quem eu estava fazendo, rapidamente eu afastei nossas faces.

— Mais o que diabos te deu garoto? – saindo dos seus braços.

— Ér... hum, eu não sei, mas quer saber? Foda-se tudo – nesse momento eu fiquei sem entender nada, mas me pegando outra vez de surpresa , ele me colocou contra a parede, e selou nossos lábios novamente, mas dessa vez eu não iria acabar o beijo, porque... eu gostava de beijá-lo!

Ele pediu permissão para que sua língua invadisse a minha boca, e eu concedi, fazendo o mesmo, e começou ali uma espécie de dança sensual entre nossas línguas, eu mordia levemente seus lábios , o beijo estava excitante e demorado, suas mãos apertavam meu corpo contra o seu, e eu alisava seus cabelos, nossos lábios estavam perfeitamente encaixados, como se houvessem sido feitos exatamente um para o outro.

Afastamos nossas faces para recuperarmos o ar, e respirávamos ofegantes, com nossas testas juntas, nós nos encarávamos.

— O que foi isso ? – perguntei ofegante

— Não sei exatamente o que me deu. – disse ele também ofegante.

— Ér... eu também não, isso não está certo, somos irmãos.

— Lucy, você sabe que não somos irmãos e que não temos nenhum parentesco. – disse ele, e ele tinha razão.

Eu me separei dele, e fui até a cozinha beber um copo d'água, e ele veio atrás.

— E o nosso quarto, como fica? – perguntou ele, enquanto eu dava longos goles na água.

— Vamos continuar ué.

— Vai me deixar pintar a parte mais alta da parede ? – ele perguntou arqueando a sobrancelha.

Eu meio que entendi o sentido de sua fala, e por mais que eu quisesse beijá-lo de novo, eu não podia.

— Sim – respondi dando as costas para ele e seguindo até o quarto.

Ele riu, e veio atrás de mim. Dessa vez, iríamos decorar o quarto, sem interrupções.

 


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Notas finais do capítulo

Eu gostei desse capítulo hahaha e vcs, o que acharam? bjs e até o próximo õ/