Bad Girl escrita por Gabs


Capítulo 12
Capítulo 11 - Mais uma confusão


Notas iniciais do capítulo

Gente me desculpem pela demora, é que ainda estou sem internet, mas já providenciei, e espero que chegue logo.
Enfim, esse capítulo foi revisado pela minha amiga Ana, então, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/363007/chapter/12

Após muito trabalho, discussões, brigas e até um beijo, finalmente eu e o Pedro conseguimos finalizar o nosso tão esperado quarto, e o melhor de tudo, é que saiu exatamente como estávamos planejando, e conseguimos terminar tudo antes dos nossos pais chegarem de viagem.

Faltava exatamente um dia até a chegada deles, então resolvi aproveitar meus últimos momentos de liberdade, se bem que mesmo com eles aqui eu nunca fico proibida de sair, mas mesmo assim, decidi que quando o mala do Pedro pegasse no sono eu iria para alguma festa me divertir, e também para tentar esquecer certos acontecimentos recentes com meu irmãozinho.

Já estava anoitecendo, eu e o Pedro estávamos vendo TV e eu como sempre, estava comendo.

- Lucy, na boa, você vai mesmo comer sozinha esse pote de sorvete inteiro? – disse Pedro me encarando meio que assustado.

- Vou, ta achando ruim, cala boca e me processe. – respondi.

- Calma meu docinho, é totalmente desnecessário esse seu estresse. – disse o Pedro, ele sabia que iria me irritar mais ainda com esse comentário.

- Ah vai se foder Pedro – respondi com a boca cheia de sorvete.

- Sabia que te irritaria – ele riu – Enfim, eu estava passando de carro por aí, e vi um parque de diversões aqui perto, o que acha de irmos até lá amanhã depois de buscarmos nossos pais?

- Espera aí – me sentei corretamente no sofá – Você está me chamando para ir a um parque de diversões? - eu disse arqueando a sobrancelha.

- Sim, qual o problema?

- Nada não. Vejo que realmente perdeu seu trauma não é? Fico feliz por isso.

- Sim, e graças a você Lucy, muito obrigado. –disse ele olhando bem no fundo dos meus olhos, e logo após segurou a minha mão, nesse mesmo momento eu corei, e ele percebeu e sorriu.

- Ér... Disponha.

Voltamos a assistir a TV, vimos um filme, e depois fomos jogar Guitar Hero, o Pedro me venceu cinco vezes seguidas, o que me deixou com muita raiva, e não paramos de jogar até que finalmente eu consegui vence-lo uma vez.

Olhei para o relógio que marcava mais de 22:00, o Pedro tinha que dormir logo para que eu pudesse sair, então eu me lembrei de que o meu pai tinha problemas para dormir e por isso tomava um remédio, fui até a cozinha e preparei um suco, coloquei em um copo para mim e em outro para o Pedro, vi que ele estava distraído tocando sua guitarra, e com isso aproveitei para colocar umas gotinhas do remédio que o meu pai usava para dormir no copo do Pedro. Avistei que ele estava vindo em direção à cozinha, então corri para guardar o remédio do meu pai, e quando retornei a cozinha vi que ele havia pegado um copo e já havia bebido todo o suco, eu torci para que ele tivesse pegado o copo certo, o que eu acho que aconteceu, resolvi apostar na sorte, e peguei o copo que havia sobrado, fui até a sala e me sentei no sofá, dei uns pequenos goles no meu suco, e depois de mais ou menos cinco minutos, o Pedro simplesmente adormeceu no sofá, coloquei a TV no volume máximo para ver se ele acordava, e ele nem se mexia.

- Ótimo! – falei comigo mesma

Corri pro meu quarto para me arrumar, eu já havia deixado tudo separado, coloquei uma blusa com a bandeira da Inglaterra meio desbotada e um short jeans escuro desfiado com tachinhas, calcei meu coturno, coloquei também algumas pulseiras de couro, abusei do rímel e do batom vermelho, e por fim soltei meu cabelo que estavam com bastante ondas, e joguei ele para o lado, peguei uma bolsa de couro com franjas, fui até a sala, e peguei a chave do carro que o Pedro sempre colocava em cima da geladeira, dei uma última olhada para ver se ele estava mesmo dormindo, e sim ele estava, depois disso saí.

Peguei o elevador e chegando na garagem peguei meu celular para ver as horas, eram 22:50, e logo depois liguei para a Manu para ver se ela não queria me acompanhar.


- Oioi vadia – disse a Manu


- Iai, to indo pra uma festinha, vamo comigo?

- Porra cara nem dá, o Lipe ta aqui e tals...

- Aaah sim, já entendi – falei com um tom malicioso.

- Enfim, deixa pra próxima, e o Pedro ta com você?

- Que nada, eu dei um jeitinho nele.

- Lucy, o que diabos você fé...

- Tchau Manu, juízo! –eu disse, desligando na cara da Manu.


Quando eu estava entrando no carro uma voz me chamou, tomei um belo de um susto.



– Boa noite dona Lucy. –disse o rapaz que recolhia o lixo dos apartamentos.


- Ah, boa noite Bill, iai, beleza?

- Beleza dona Lucy, e a senhora?

- Ah não ,vamos parar com essa de “dona” e “senhora”, eu ainda sou adolescente cara –eu disse, e nós rimos.

- É o costume, foi mal, mas enfim, tenho que ir de volta ao trabalho.

- Tá certo, até mais.

Finalmente entrei no carro e saí, eu no começo não sabia para onde ir, mas depois me lembrei de uma casa noturna que o pessoal do colégio costumava ir, eu nunca gostei muito dessas coisas de sair para baladas e festas, mas depois que eu fui morar com o meu pai eu meio que tomei gosto por essas coisas, depois de vinte minutos cheguei ao local, parecia estar lotado, estacionei o carro e fui pra fila que por sorte não estava tão grande. Paguei a entrada e entrei na festa, é, realmente estava muito cheio, também, era sábado a noite, por isso estava tão cheio.

Fui até o bar e pedi um drink, de repente sinto alguém colocar a mão sobre os meus ombros e quando me viro para ver quem havia feito isso, vejo o Scott.

- Lucy, que surpresa! –disse ele se sentando ao meu lado.

- Oi Scott, iai como ta?

- To bem e você?

- Ah, bem também...

- E então, só vai beber isso? –disse ele arqueando a sobrancelha e pedindo mais drinks ao moço do bar.

- É que eu acabei de chegar, mas mesmo assim não quero exagerar na dose e... –ele não deixou eu completar minha fala.

- Ah que isso Lucy? Vai beber sim! –disse ele colocando mais copos com bebida na minha frente.

 Fiquei me sentindo meio estranha com tudo isso, mas resolvi aceitar os drinks, com certeza eu estava bebendo mais do que eu devia, eu fui para a pista de dança, estava tocando All I Ever Wanted, eu simplesmente amava essa música, o Scott veio atrás de mim com mais drinks na mão, eu sentia que estava completamente bêbada, depois de dançar muito com o Scott meio que tentando me agarrar voltamos ao bar, ele queria que eu bebesse mais, eu aceitei só mais um drink.

- Então cara, eu já vou indo. –eu disse.

- Vai dirigir nesse estado? Vamos ficar lá fora e depois você vai. –ele sugeriu.

Eu assenti, por um minuto pensei em ligar para o Pedro para ele vir me buscar, mas eu não estava achando o meu celular, e o Pedro provavelmente estaria dormindo, eu estava totalmente fora de mim. Nós ficamos sentados na calçada, ele pegou um cigarro e me ofereceu, eu não aceitei, mas ele insistiu, até que eu aceitei, eu dei umas tragadas e joguei o cigarro fora, eu não gostava muito de fumar, eu fazia isso apenas em momentos de stress.

O Scott começou a se aproximar mais de mim, e do nada ele colocou a mão na minha coxa e começou a acaricia-la, e antes que eu tomasse alguma reação ele me puxou para um beijo, mas eu consegui desviar e tirei a mão dele da minha perna, mas não adiantou, ele colocou novamente a mão na minha perna e dessa vez tentou me dar um beijo forçado.

- Para Scott! –eu gritava, mas em vão, pois não havia ninguém na rua.

- Ah qual é Lucy, para de bancar a difícil. –disse ele tentando me agarrar.

De repente um clarão ilumina nossos rostos, era o farol de um carro, especificamente de um táxi, e de dentro saiu o Pedro, que ao perceber que o Scott estava tentando me agarrar, foi logo pra cima do Scott.

- FILHO DA PUTA! –gritou o Pedro na hora que estava dando socos no Scott.

Eu me levantei da calçada meio tonta por conta do excesso de álcool que eu havia ingerido, mas mesmo assim tentei separar os dois, o Scott estava apanhando muito do Pedro, eu me colocava entre eles, mas eles sempre davam um jeito de me tirar de lá, eu já não conseguia nem andar, até que finalmente um segurança da casa noturna apareceu e conseguiu separar os dois.

- Isso ainda não acabou, fica esperto aí.–disse o Scott para provocar o Pedro, e depois ele saiu me encarando e dando sorrisinhos.

Confesso que fiquei decepcionada com o Scott, ele parecia ser um cara legal, não parecia ser o mesmo cara que havia me salvado dos ladrões.


****Ponto de Vista do Pedro****



Ao acordar, notei que a casa estava toda em silêncio, o único barulho que havia, era o som da TV, por um minuto pensei que a Lucy estivesse dormindo, mas daí a campainha tocou, me levantei com um pouco de dor de cabeça e fui abrir a porta, e dei de cara com o lixeiro do prédio, o Bill.


- Oi, boa noite, eu queria saber se a dona Lucy já chegou em casa. –disse o Bill.

- Como assim chegou? A Lucy nem saiu de casa. –eu disse meio confuso.

- Na verdade ela saiu sim senhor, a mais ou menos uma ou duas horas atrás encontrei ela na garagem, ela estava saindo com o carro, vim até aqui pra dizer que encontrei o celular dela no chão, ela deve ter deixado cair, enfim, tenha uma boa noite. –disse o Bill se retirando.

- Fechei a porta e olhei o celular da Lucy para tentar descobrir para onde ela havia ido, fui no registro de chamadas e a ligação mais recente havia sido para a Manuela, resolvi ligar para ela, talvez ela saberia onde a Lucy havia ido.

- Alô Manu, aqui é o Pedro, desculpa ligar essa hora, mas você sabe onde a Lucy foi?

- Ah oi Pedro –disse ela com voz de sono –então, eu acho que a Lucy foi para uma casa noturna, onde o pessoal de lá da escola costuma ir.

- Onde fica isso?

- Anota ai o endereço...


************************************************************************



Logo depois de anotar o endereço, peguei um táxi e fui atrás da Lucy, confesso que estava com um mau pressentimento, geralmente a Lucy atrai confusões, e eu estava temendo por isso, por mais que ela tenha tentado me dopar com aquele remédio do pai dela que não teve efeito nenhum porque havia passado da validade, eu ainda conseguia estar preocupado com ela, além do mais na ausência do pai dela, eu me sentia responsável por ela.


Depois de mais ou menos vinte minutos, eu cheguei a uma casa noturna, a rua estava bem vazia a escura, saí do táxi e andei procurando a Lucy, até que a avistei sentada numa calçada com aquele garoto que havia levado ela em casa, ele estava tentando agarra-la, não pensei duas vezes e fui pra cima dele.

- FILHO DA PUTA! –gritei, eu estava morrendo de raiva, aquele garoto estava se aproveitando da Lucy, deu para perceber que ela estava bêbada.

Dei vários socos naquele desgraçado, confesso que apanhei também, a Lucy tentava nos separar, mas estávamos com os nervos a flor da pele, até que um segurança da casa noturna nos avistou e nos separou, a Lucy parecia não se aguentar mais em pé.

Eu estava me virando para falar com a Lucy, quando aquele infeliz veio me provocar.

- Isso ainda não acabou, fica esperto aí.

Eu simplesmente o ignorei, carreguei a Lucy e a levei para dentro do carro, eu não sabia se me preocupava com o estado dela, ou se deixava a raiva me consumir, optei por me preocupar e cuidar dela primeiro, e ainda tínhamos que buscar os nossos pais no aeroporto.





















Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Beijos e até o próximo.