Amores Distantes escrita por Karina Barbosa


Capítulo 7
Matando a saudade


Notas iniciais do capítulo

Liz finalmente encontrou Jonas! E agora?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362963/chapter/7

Todos saíram da sala de estar, menos eu e Jonas. Sentei de um lado do sofá e ele do outro.

- Não sabia que você era fluente em espanhol! - declarou.

- Minha amiga Margaret é descendente de cubanos. Ela me ensinou um pouco de espanhol e eu a ensinei o básico de português. - respondi.

- Como conseguiu escapar?

Contei a ele todo o plano. Ele pareceu surpreso.

- Nossa! Estou impressionado! 3 filhos! E com Erick!

- E você? Teve dois filhos com essa tal de Eleonora? - perguntei de forma grossa.

- Eleonora é só uma amiga e não é mãe dos meus filhos!

- Então quem é? - eu estava muito nervosa. Fiz força para não chorar.

- Aquela sua amiga Isabel é mãe de Nicolas e... - começou ele.

- O QUÊ?

- Deixa eu...

- Como pode engravidar minha amiga? Seu cachorro!

Peguei uma almofada e comecei a bater nele. Ele ficava tentando me segurar e tomar a almofada. Ele conseguiu.

- Você está reclamando porque eu tive um filho com sua amiga, mas você teve três com Erick e ainda está casada com ele. Mas alguma coisa a dizer?

Minha respiração estava muito ofegante. Estava procurando em minha mente algum argumento para colocar contra ele.

- Chega! Eu não vim de tão longe para brigar! -disse tentando me acalmar.

- Isabel nunca foi sua amiga de verdade. Vivia tentando me seduzir. Numa noite de bebedeira, depois que você partiu, eu e ela estávamos embriagados e acabamos...

- E a Guilhermina?

- É adotada.

- Você já beijou a Eleonora?

- Não.

- Mas pretende?

- Não!

- Seu tio Santiago é gay?

- Sim!

- Percebi.

- Todos percebem.

- Por que não foi me buscar como prometeu?

A expressão do rosto de Jonas ficou séria. Ele permaneceu calado durante uns 30 segundos.

- Olhe a sua volta Liz. Eu não sou rico como Erick. Um pouco depois de Nicolas nascer, meu pai foi atropelado por um ônibus e morreu. Alguns meses depois minha avó também faleceu. Minha situação financeira estava precária. Tio Santiago me chamou para trabalhar de garçom no restaurante dele. Só tenho dinheiro suficiente para alimentar meus filhos e a mim mesmo.Não pense que não cumpri minha promessa por que não quis. Não cumpri porque não pude.

Eu pensei que minha vida era ruim. A de Jonas é muito pior.

- Sinto muito. - falei.

Voltamos a ficar calados. Ele chegou mais perto de mim. Seus olhos castanhos penetraram nos meus olhos verdes. Ele pôs a mão na minha nuca, me puxou e me beijou. Uma sensação de alegria percorreu por todo o meu corpo. Aquele era o meu Jonas. O puxei para mim. Nosso beijo era... feroz e cheio de saudade. Passei minhas mãos pelos cabelos dele e ele apertou minhas costas. Gemi de dor.

- Que foi? - perguntou ele separando nossos lábios - Foi alguma coisa que eu fiz?

- Não! É que...

- Diz!

Fiquei em pé e de costas para ele. Levantei um pouco a parte de trás da camisa. Minhas cicatriz estavam visíveis. Jonas não disse nada.

- Erick tem surtos de raiva! - disse - Quando digo ou faço algo que ele não gosta, ele não consegue se controlar. Eu pronunciei seu nome um dia desses e apertou meu pescoço e me de um tapa.

- Vou matar ele! - gritou.

- Jonas se acalme!

- Me acalmar? Só pode estar brincando comigo!

- Esqueça isso! Não vamos mais falar de Erick. Por favor.

Ele relaxou um pouco. Fiquei sentada no colo dele e lhe dei um selinho. Ele apenas sorriu.

- Você ainda me deseja? - perguntei passando a mão na barba dele.

Ele colocou minhas pernas em volta do seu corpo e me abraçou, tendo cuidado com as minhas cicatrizes. Ficou em pé.

- Hoje eu quero que você seje minha. Só minha! - falou.

Ele entrou em um quarto pequeno e trancou a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem feito Erick, kkkkk
Espero que tenham gostado!