Amores Distantes escrita por Karina Barbosa


Capítulo 16
Aquela pessoa


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou um pouco fraco!
Ferris ataca com comédia!



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No dia seguinte...

- Pai, eu estou namorando! – declarou Natasha. Eu quase me engasguei com o suco de laranja. Toda a família estava à mesa tomando café-da-manhã.

- Traga o pra nossa casa! – ordenou Erick.

- É aquele estudante universitário que se acha? – perguntou Ferris.

- É! – respondeu Natasha. – Ele vem me buscar hoje aqui em casa para ir me deixar na escola! Quero que você o conheça!

Meu coração disparou. Erick iria perceber a semelhança entre Nicolas e Jonas. O cabelo preto, pele morena e toda a estrutura facial. Escutamos a campainha.

- Deve ser ele! – Natasha levantou-se da cadeira e correu em direção a porta. Vi de longe ela puxando Nicolas pelo braço. – Pai, esse é meu namorado Nicolas!

Erick e meus pais olharam perplexos para ele.

- É um prazer conhece-lo Sr. Gomes! – Nicolas estendeu a mão para que Erick a apertasse, mas esse apenas cruzou os braços e perguntou:

- Você é Nicolas de quê?

- Nicolas... Garcia! – ele mentiu, seu sobrenome é Maciel!

- Como se chama seu pai?

- Santiago Garcia. – não vou mentir: eu quase ri com essa.

- E sua mãe?

- Morreu durante meu parto. Ah, oi Amanda e Ferris!

- Oi. – respondeu Amanda com a voz fraca. Ela não deve ter gostado de saber que Nicolas estava com Natasha.

- A minha irmã é virgem! – gritou Ferris. Natasha ficou vermelha e ninguém entendeu a situação. – Ela não é dessas piriguetes universitárias que você deve estar acostumado a pegar, levar pra um quarto e...

- FERRIS! – interrompi. – Isso não é assunto para se falar à mesa!

- Só estou falando a verdade! A Nat é uma moça de família!

- Ferris não seja ridículo, ele não é assim! – protestou Natasha – Pai, por que todo esse interrogatório?

- Só para conhecê-lo! Respondeu Erick – Você é daqui garoto?

- Não! Eu sou do Chile, apenas vim passar férias nos Estados Unidos. Meu pai é rico.

- Nicolas, não é? – perguntou Erick e Nicolas fez sim com a cabeça – Você me lembra muito uma pessoa que não vejo a anos, mas, ao contrário dessa pessoa, você deve ser um bom rapaz! Cuide bem da minha filha, ela é meu maior orgulho!

Terminamos a refeição e as crianças foram para escola. Fui para meu quarto. Eu não queria que ninguém me incomodasse! Eu estava enjoada e com um pouco de dor de cabeça. Fiquei deitada na minha cama e acabei dormindo.

Eu estava na garupa da bicicleta do Jonas. Ele estava me levando para casa.

- Eu já disse que te amo hoje? – perguntou. Ele tinha 18 anos e eu tinha 15.

- Não.

- Eu te amo!

- Também te amo.

- Mal posso esperar por hoje a noite! – declarou ele.

- Eu estou nervosa. – admiti. Tínhamos decidido fazer...  Uma coisa.

- Vou tentar tornar isso o mais romântico possível! Eu até já comprei a camisinha. Seremos apenas eu e você! Na minha casa, no meu quarto, na minha cama... Podemos fazer de luz acesa?

- Por quê?

- Eu quero ver seu corpo nu. – dei um tapa na cabeça dele.

- Safado!

Ele riu.

- Já imaginou, nós dois no futuro? – perguntou – Casados e com filhos!

- Já pensei. Eu queria ter com você uma filha chamada Lucy.

- E eu queria um menino chamado Eduardo!

- Podemos ter os dois!

- E seremos uma família feliz! – ele falou – Eu te amo Liz!

- Eu também me amo! – nós dois rimos. Porém, toda a alegria parou quando chegamos na minha casa.

- Que brincadeira é essa? – falou  Jonas. Em frente a minha casa tinha dois carros: um vermelho e um preto. – É o carro daquele metido!

- Como sabe?

– Eu decorei a placa do carro?

– Por que?

– Porque ele me odeia e se um dia resolver me atropelar é bom que eu tenha essa informação.

Jonas abriu a porta, mas aquela não era mais a minha casa. Era o quarto do Santiago, na Argentina. Eu estava com as pernas em volta da cintura do Jonas. Eu estava com 35 anos e ele 38. Nos beijávamos de uma maneira muito tensa. Jonas me colocou em cima da cama do tio dele de pé. Eu tirei o casaco e a camisa dele. Fixei meus olhos na tatuagem dele. Voltamos para outro beijo. Fiquei deitada na cama do tio dele.

- Eu senti muito a sua falta! – falei.

- E eu mais ainda. – respondeu.

Voltamos para outro beijo.

Acordei com batidas na porta.

- Liz! – chamou Erick – Abra a porta agora!

Fiz o que ele mandou. Ele olhou para mim seriamente e trancou a porta.

- Você percebeu a semelhança daquele garoto com “aquela pessoa”?  - ele fez aspas com as mãos.

- Com quem?

- Não se faça de idiota! Eu sei que você percebeu!

- Não vamos falar disso. Vamos esquecer essa pessoa!

Abaixei minha cabeça. Ele levantou meu rosto e me puxou para um beijo forçado. Empurrei o para longe de mim.

- Está louca? – perguntou.

- Eu estou cansada. – declarou - Vou voltar a dormir.

- Negativo! Venha até mim e abra a boca! – ordenou. Fiz o que ele mandou. Senti suas mãos dentro da minha blusa, pelas laterais do meu corpo. Eu não fazia nada. – Queria que ELE aqui estivesse para ver isso! Seria prazeroso para mim. Seu corpo é tão quente. - ele passou as mãos pelo zíper da minha calça.

- Eu estou grávida! Não podemos fazer isso!

- Ok! Mas depois que essa criança nascer – ele começou a sussurrar no meu ouvido – você nem sairá desse quarto por semanas!

Ele saiu do quarto. Deitei na cama. Fiquei pensando no meu sonho. Perdi minha virgindade com Erick, mas planejei com Jonas. E a minha primeira noite na casa do Santiago... Foi incrível. Quem seria o pai da criança?

- Filha! – chamou minha mãe do lado de fora.

- O que você quer? – respondi grosseiramente.

- Posso entrar?

- Não! Quero ficar só!

- Por favor! Não vou roubar muito o seu tempo! – abri a porta e ela entrou. Sentamos na minha cama. – Como foi a viagem para Argentina? – ela cruzou os braços.

- Foi muito boa. Clima frio, pessoas legais...

- Pessoas? – interrompeu-me.

- É! Pessoas, seres humanos, indivíduos, use o termo que quiser!

- Você o encontrou!

- Não!

- Não estou perguntando, estou afirmando. Vocês se beijaram?

- E muito! – provoquei.

- Dormiu com ele?

- Não! – menti – Ele está casado e com filhos. Apenas beijei.

- Você é louca! Se Erick descobrir...

- Ele me bateu! – fiquei de pé e mostrei minhas cicatrizes nas costas – Tenho uma na perna também! Você pensou se ele me bateria, quando me vendeu?

- Pare de colocar na cabeça essa história de venda! Você está bem casada e com filhos. Mora numa mansão em Los Angeles e não tem que trabalhar! O que mais você quer?

- Que tal felicidade? Liberdade? Porque tudo isso eu não tenho. Já você Suzana se beneficiou muito com o comércio familiar.

- Não...

- Saia já daqui! – apontei para porta. Ela saiu. Perdi o sono. Votei a pensar no meu sonho. Eu deveria fugir de novo? Claro que não maluca! Quer seus filhos sofrendo de novo? Sentia muita saudade do Jonas e a cada dia esse sentimento só crescia mais. Como ele estava? A Eleonora já conseguiu tê-lo?


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Notas finais do capítulo

Será que ela conseguiu?
O que vocês acharam da maneira que a Liz tratou a mãe dela? Comentem por favor!



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