The Scarlet Scarf escrita por Anastasia


Capítulo 2
O encontro e o reencontro.


Notas iniciais do capítulo

- Totalmente original.
— tudo mudará neste capitulo, o grande encontro, e o reencontro que irá aproximá-los.
— Autora> Ana C. Araújo



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Ao entrar fiquei um pouco engabelado, nunca havia ido só, a um restaurante tão bonito, eu estava tão simples. Ao sentar, percebi que o meu saco com a revista não estava pendurado nos meus pulsos, como havia colocado, entrei em desespero, pois algo me dizia que ali se encontra  a solução, apavorado, sair correndo para fora do restaurante, chamando a atenção de muitos,  e ao ver um homem, com aparência de 22 anos vestido totalmente de couros, com o capacete preso ao antebraço esquerdo, com belíssimos cachos e olhos verdes, pegando o saquinho no chão, fez meu coração gelar, me aproximei e disse.

- Ei, esta embalagem é minha.

- Então toma, e cuidado da próxi... , espera um pouco, me deixa ver o que tem aqui.

- Melhor não, são coisas pessoais.

Ele olhou, leu, e desconfiado me devolveu, eu voltei ao restaurante totalmente cabisbaixo, e desconfiado também, por que será que ele teve aquela humilde e sem graça reação? Um homem normal largaria no chão e sentiria nojo, já ele, como eu, não teve essa reação. Entrei novamente, pedi um prato de espaguete e refrigerante, comi rapidamente, paguei a conta com o cartão do meu pai, e saí. Ao pisar na calçado do lado Leste de Sydney, olho para os lados e vejo o moço vestido de couro, parei, e o encarei, queria saber o porquê dele continuar ali, mas antes que eu fizesse algo, ele veio até mim e disse.

- Garoto, onde comprou esta revista? (apontou para a revista presa aos meus pulsos)

- Eu comprei numa loja chamada “Reliquary”, no oeste, moço. (Greg)

- Não me chama de moço, eu tenho 19 anos, provavelmente a mesma idade que você. (Harry)

- Eu tenho 18, mas por que a pergunta? (Greg)

- Somente curiosidade. (Harry)

- Mas quem é você mesmo em? (Greg)

- Não é da sua conta garoto, já disse coisas demais. (Harry)

Ele colocou o capacete, montou na sua moto e acelerou ao máximo. Muito confuso, eu peguei um trem de volta e andei  seis quadras da estação para a minha casa, estava exausto. Três quadras antes, quando passei pela porta do “Reliquary”, me informaram que só retornariam às 19:00h, e ainda era 15:40h, eu, com certeza, retornaria lá a noite, com esperança de encontrar aquele rapaz, quer dizer, aquele garoto.

Ao chegar em casa, a primeira coisa que eu fiz foi me deitar no sofá e ler a revista, tinha coisas em que eu me via, aquelas palavras se encaixavam tão bem a minha vida, tinha a solução para os meus pensamentos perturbados, tudo que pra mim era diferente, pareceu tão comum ao ler aquela revista. Chocado com a verdade escrita naquelas páginas velhas eu fui tomar um banho, um banho bem frio, quase gelado (pois era outono), banhos assim me fazem colocar as idéias em ordem e relaxar.  Demorei quase uma hora no banho, quando sair já era 16:30h, fui até a cozinha e comi algumas porcarias que estavam no armário. Não queria esperar para voltar e encontrá-lo, isso era estranho, mas era um sentimento bom, eu fiquei com medo do que poderia ser, mas tentei relaxar. Liguei a TV, só passava jornal no momento, desliguei-a e fui até o meu quarto, peguei todos aqueles livros desinteressantes e coloquei no armário da minha irmã, não sei o porquê, mas algo havia mudado em mim depois desta manhã e tarde, arrumei o meu quarto, sorridente, penteei meus cabelos loiros, do qual eu não gostava nem um pouco, e me joguei na cama. Eu consegui ter um dia que valeu a pena, algo teria me abalado muito, eu estava confuso, feliz, meu coração batia mais rápido, o que seria isso, nunca havia sentido antes. Estava tão cansado que não resistir, e dormir um pouco.

Quando acordei já era 18:50h, eu tinha apenas 10 minutos para chegar até a  “Reliquary”, joguei mas cereal na boca, comi uma colher de pudim, peguei o telefone-celular, chave, carteira e sair correndo. Corri três quadras sem nenhuma pausa. Quando cheguei no “Reliquery” eram 19:03h, já estava aberto, e estava totalmente lotado, vários homens reunidos em um canto fumando, mulheres bebendo, etc., procurei aquele garoto, mas não o achei, saí da loja e vi a moto dele estacionada, pelo menos era uma idêntica. Entrei novamente e o vi logo de cara, ele estava na prateleira dos pôsteres, acho que ele estava à procura das revistas, fui até lá e falei com ele:

- Garoto, lembra de mim? (Greg)

-    ... Lembro, foi você que me indicou este lugar não é? (Harry)

- Foi sim, ta gostando daqui? (Greg)

-Sim, este lugar lembra muito meu pai, queria tanto trazê-lo aqui. (Harry)

- Então por que não trás? (Greg)

-Ele não esta, mas vivo, Ele foi morto por traficantes, porque não pagou as drogas que comprou. (Harry)

- Seu pai fumava drogas? (Greg)

- Fumava sim, mas fica tranqüilo, eu não me drogo não, só fumo cigarro. (Harry)

- Quer sentar, podemos conversar. (Greg)

-Seria legal, mas só 10 minutos, preciso concluir meu trabalho. (Harry)

Nós sentamos numa mesa totalmente descascada, saía espumas das cadeiras antigas e a madeira era velha.

- Qual o seu trabalho? O que você vai concluir? (Greg)

-  Olha garoto, isso não é da sua conta, preciso ir agora. (Harry)

- Não vai não, se não quer falar não fala, mas eu ainda não sei teu nome, o meu é Gregório, mas pode me chamar de Greg. (Greg)

- O meu é Harry, e eu já disse que preciso ir. (Harry)

- Nós podemos ser amigos? Qual o seu número? (Greg)

- Não, não podemos ser amigos, eu não tenho amigos, e cara, qual é a sua?

-Nada, mas acho que temos coisas em comum, queria te conhecer, apenas. (Greg)

- Olha toma isso aqui, (ele deu o seu cartão), e não me procura falô? (Harry)

- Tá, mas... (Greg)

Antes que eu concluísse, ele foi embora, mas eu já sabia seu nome, idade e número, aquele garoto havia mexido comigo, eu não sossegarei até que sejamos próximos, aqueles olhos verdes e cabelos escuros me atraiam de uma forma que ninguém consegui nem imaginar. Ao chegar em casa, parei para pensar um pouco, e tudo aquilo era surreal, não sei direito o que eu sentia, mas eu só queria vê-lo naquele momento, era o meu único desejo. Sem tomar banho, sem comer, fui me deitar, deixei todas as luzes acesas para não ter sono. A partir de hoje eu não o Greg de antes.


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Notas finais do capítulo

- O capitulo se passa em Sydney, Austrália.
— Haverá palavras em outra língua.
— Não recomendado para menores de 14.



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