The Scarlet Scarf escrita por Anastasia


Capítulo 3
O criminoso.


Notas iniciais do capítulo

- Totalmente original
— Greg descobri tudo, mas por um bom lado, eles se aproximam e dão o seu primeiro beijo, onde tudo começará
— tenham uma boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362957/chapter/3

Depois de dias indo naquele mesmo local somente para encontrar com o Harry, e não o encontrando lá, resolvi desobedecê-lo, e procurá-lo. Peguei o cartão que ele havia me dado três dias atrás, e liguei para o número que nele tinha.

... (som de telefone-celular tocando)

- Harry falando...

-Oi Harry, aqui é o Greg, aquele garoto que você conheceu no leste, em frente ao “Upper East Side Crown” três dias atrás, lembra? Fui eu quem te indicou aquele lugar tão legal que lembra o teu pai, o “Reliquary”. (Greg)

- Lembro de você sim, e lembro também que pedir que não me procurasse. (Harry)

-Mas então por que me deu seu cartão, com o teu número nele?

  (Greg)

- Porque estava apresado, e porque não queria que você viesse atrás de mim para pedir meu número, mas o que você quer finalmente? (Harry)

- Aaah! Não sei, eu quero te conhecer, você me parece tão misterioso, gostaria de saber o que você faz, porque é tão fechado, e porque não tem amigos. Queria descobrir o que tem atrás de tanto couro e rebeldia. (Greg)

- Hum... Você tem amigos? (Harry)

-Não, mas já tive, e tenho motivos para não ter amigos, e você? (Greg)

-Olha garoto, eu tenho mais o que fazer do que caçar amigos por ai, não preciso de ninguém, e para de me procurar, não sou a pessoa ideal para você se aproximar, não quero te ofender, de verdade. (Harry)

-Mas por quê?  Você não me parece mal, eu sei disso. (Greg)

- Eu tenho que ir garoto, adeus. (Harry)

-Mas... Tchau. (Greg)

Antes que desligasse, ele falou com um homem, e ele dizia assim: “AONDE VAI SER? o garoto passará naquele lugar as 19:00h, eu procurei saber. Mas para onde o levamos? Precisamos muito deste dinheiro, a divida que o teu pai deixou não foi pequena, a sua missão aqui é honrar a morte do teu pai e ficar no lugar dele. Você tem que colocar ordem nisso aqui, os crimes estão ficando mal feitos, isso é perigoso demais, ninguém pode nem imaginar sobre o nosso trabalho, ta entendido? Então não tenha amigos, nem colegas, nem nada”.

Harry: “Vai ser naquele beco escuro, ao lado do Hotel Sydney Central, lá tem pouco movimento e as lâmpadas presas aos postes estão quebradas naquela redondeza, eu passei por lá ontem à noite e estava um breu, mas olha, não encoste um dedo no garoto, apenas pegue o dinheiro e soltei-o. Agora sai do meu pé, e providencie agilizar o serviço. Eu apareço lá para vigiar mais tarde”.  

Depois de ouvir isso, eu mesmo desliguei, fiquei chocado, ELE É UM CRIMINOSO, eu sabia que algo de estranho havia nele, mas ser um criminoso não me passou pela cabeça. No fundo ele não quer isso pra sua vida, eu tenho certeza, mas é muita pressão pelo que eu vi, e ele apenas quer vingar a morte do pai dele. Eu preciso ajudá-lo, colocar na cabeça dele que isso não é uma boa forma de resolver as coisas...

Eram exatamente 18:05h da noite, eu precisava chegar naquele lugar de alguma maneira, tomei um banho, vestir uma roupa discreta, coloquei boné e tênis, comi um macarrão que havia comprado mas cedo, peguei o essencial (telefone-celular, carteira, chave) e saí, ao chegar lá embaixo, peguei logo um taxi, às 18:40h, para o local que aconteceria o suposto assalto.

Quando cheguei ao local, ninguém havia chegado ainda, fiquei atrás de um pequeno arbusto esperando algum movimento. Já eram 19:30h, e nada acontecendo...

Ao passar dez minutos, vejo o Harry. Ele ficou parado, como se esperasse alguém. Logo depois chega um carro, três caras tiram um garoto de mais ou menos 16 anos do carro, com vendas nos olhos e um pano preso a boca, ele estava com pernas e braços preso à cordas.

Aquela cena me assustou, nunca imaginarei isso. Os três caras levaram o menino para o beco, já Harry ficou conversando com o motorista, me parecia ser o cara do telefone. Eu não agüentei, fui até lá e falei:

- HARRY? O que significa isso? Você é um criminoso? (Greg)

- GREG? O que você faz aqui, já disse para se afastar de mim, não me procura cara. (Harry)

-Eu já seu de tudo, você virou assaltante e criminoso para ganhar dinheiro e pagar as dividas do seu pai, que era traficante e drogado.  (Greg)

- AI MEU DEUS. (parceiro de crime de Harry)

- Greg, venha comigo. (Harry)

Ele me puxou pelo braço e me levou até o lugar onde ele teria estacionado a sua moto, um pouco longe do local do assalto e seqüestro. Ao chegar lá, ele falou:

- Me diz o que você quer andando atrás de mim Greg, me diz? (Harry)

- Você. (Greg)

- O que? (Harry)

- É isso mesmo que você ouviu, eu quero você Harry. (Greg)

- Mas... (Harry)

Eu o beijei, um beijo muito calmo, um beijo prazeroso. Consegui sentir o seu calor, ouvi a sua respiração, e seus lábios macios encostando-se ao meu, foi à melhor sensação que eu já senti...

O beijo foi acabando letamente, e logo depois o Harry ficou um pouco desesperado e disse:

- POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? (Harry)

- Me desculpa, mas eu não resistir. Não sei direito o que sinto, mas esse sentimento veio desde a primeira vez que te vi em frente ao restaurante, acho que estou apaixonado por você Harry, estou apaixonado por um crimi... (Greg)

Ele me interrompeu com um beijo quente, na verdade, com um beijão. Foi incrível, não sei o que isso significou, mas ele sente o mesmo que eu.

- Harry, eu... (Greg)

-Não fala mais nada, e esqueci que isso aconteceu. (Harry)

- Mas por quê? Você não gostou, é isso. (Greg)

- Ninguém pode saber, e eu tenho uma missão, não posso largar tudo por um sentimento inútil. (Harry)

- Então você quis dizer que também sente algo? (Greg)

- Não complica as coisas Greg, apenas não conte isso para ninguém, e também não conte sobre os crimes. Eu vou te explicar tudo amanhã as 14:00h naquele mesmo restaurante, você vai entender, mas por favor, esqueci tudo que aconteceu hoje. (Harry)

- Sobre os crimes eu posso tentar esquecer, mas sobre o beijo, é impossível.  (Greg)

-Onde você mora em Greg? (Harry)

- Eu moro no Oeste, no Petersham, edifício Street Corner. (Greg)

- Sobe ai na moto, eu vou te deixar em casa. (Harry)

- Risos, ta certo Harry. (Greg)

Eu subi na garupa da moto dele, coloquei o capacete, ele acelerou ao máximo, e nós fomos em direção a Petersham. Depois de uns oito minutos de pura adrenalina, chegamos.

-Prontinho, e pense no que eu disse, ta bom? (Harry)

- Pode deixar. Boa noite. (Greg)

-Boa noite pra você também Greg. (Harry)

Cheguei perto dele sorrateiramente e roubei um rápido e delicado selinho. Ele olhou para mim e deu um sorriso de leve, montou na moto e foi. Eu subi o elevador, sorridente é claro, cheguei ao apartamento e não fiz nada, além de trancar as portas, ligar o ar condicionado no máximo, e deitar para dormir, quer dizer, para tentar dormir, por que depois de hoje vai ser muito difícil.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Capitulo que se passa em Sydney, Austrália.
— Haverá palavras em outra língua.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Scarlet Scarf" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.