A hora tinha chegado, eu realmente teria que voltar aquela casa e servir que eu não queria, em parte. Então se é para ir, é melhor ir logo.

Desaparatei perto da casa, e fui em direção a casa de meus pais. Eu teria que ser uma ótima atriz para convencer de que eu tinha voltado e mudado de idéia. Mas isso eu sabia fazer e muito bem.

-Onde você estava garota? Não sabe que o Lorde das Trevas retornou?-disse minha mãe, quando entrei pela porta. Ela estava sozinha.

-Respondendo a todas as perguntas. Eu estava na Floresta do Deon, precisava de um tempo para pensar. E sim, sei que o Lorde das Trevas voltou e é por isso que eu voltei.

-O que foi, mudou de idéia?

-Sim, mudei. Percebi que não a nada mais gratificante do que servi a ele.

-Mas por que você não mandou noticias, seu pai e eu ficamos muito irritados com o seu sumisso.

-Ah, mamãe, não venha me dizer que estavam preocupados?-eu disse num tom de sarcasmo.

-Eu estava, sou sua mãe!

-Ah, chega de drama, e já estou aqui...-nesse momento senti um formigamento me meu braço.- Mas o que é isso?

-O que foi?

-Minha marca, olhe.

Mostrei o braço para ela, e ela sorriu.

-Ele quer falar com você.

-O que?

-Anda, va ele quer falar com você.

-Mas onde ele esta?

-Esta na casa de Lucio, va para o quintal.

-Onde esta o meu pai?

-Na casa do Snape, nojento, estou cansada de dizer que não confio nele.

-Tudo bem, é melhor eu ir.

No caminho para o encontro com o Lorde das Trevas, materializei uma roupa mais adequada. Uma calça de couro preto, um espartilho preto e uma capa longa de couro também preta, adoro roupa preta. E para completar uma bota de cano longo, claro, preta.

Quando cheguei a casa dos Malfoy, o portão se abriu, e segui o caminho até o quintal, onde avistei a figura imponente que me esperava.

-Milorde.-me curvei em sua presença, era isso que todos os outros fazia.

-Evellyn Black Lestrange, a garota fujona. Que bom que você voltou, por onde estava?

-Estava na Floresta do Deon, tive uma briga com meus pais, por causa que fugi da escola.

-Sim, fiquei sabendo. E é por isso que escolhi você.

-Me escolheu para o quê?

-Pedi para que vinhesse aqui, por que tenho uma missão para você. Você é a pessoa mais certa para fazer isso.-ele deu uma pausa e continuou.- Quero que você retorne os estudos.

-Mas milorde, não quero voltar a Beuaxbatons...

-Mas quem falou em Beauxbatons? Estou falando em voltar a estudar, só que na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

-Mas, por que?

-Quero que seja minha espiã.

-Mas, o seu fiel espião não é Severo Snape?

-Não confia nele também, não é?

-Não, não confio.

-E então, você irá, não é?

-Sim, iriei.

-Então, espere mais um pouco e na hora certa, lhe chamarei para explicar a missão. Por enquanto é só.

Achei estranho ele não ter me mandado ir logo.

Fiquei esperando por quase um ano. Eu estava em casa, sozinha, pensando em Sirius, e como seria bom, eu ir morar com ele. Enquanto espera por ele, dei um jeito de contar a Dumbledore as coisas que havia descoberto. Minha mãe, entrou, meio eufórica e de repente ela começou a rir.

-O que foi que aconteceu?-

-Eu matei Sirius Black.

-Você o que?-me levantei, mas logo me sentei, ela não podia perceber que eu estava furiosa.- E quem é Sirius Black?

-Meu primo que fazia parte da Ordem da Fênix, e protegem o Potter.

-Mas, como?

Ela contou toda história, e a cada palavra que ela dizia, me dava mais vontade de matar ela e ir acabar com Voldemort.

Minha marca ardeu novamente.

-Vou dar uma volta antes de ir me encontrar com o Lorde das Trevas. Tchau.

Desparatei numa montanha, eu queria ficar sozinha e não queria ser encontrada. Começei a chorar desesperadamente. Eu perdi Sirius, a única pessoa que realmente me amou. Eu iria me vingar, mas, quem o matou foi a mulher que me deu a vida. Mas o pouco tempo que tive com Sirius, ele mostrou me amar muito mais do que meus proprios pais.

Senti um vento e senti uma presença. Mas como tinham me encontrado? Enxuguei as lágrimas rapidamente e me virei.

-Ah, é o senhor.-era Dumbledore.

-Esperava alguém?

-Na verdade, não esperava ninguém.

-Você já soube, não é?

-Sim. Por que Dumbledore? Por que não impediram ela? Eu não sei como me controlei para não arrancar a cabeça dela.

-Ainda bem que se controlou.

-Isso é tão injusto.

-Há uma pessoa que sabe exatamente o que você esta sentindo nesse momento.

-Quem?

-Harry. Sirius era a única pessoa que ele tinha como familia, por que Sirius era padrinho dele. E agora mais do que nunca, vocês tem motivos em comum para se unirem.

-Farei tudo o que eu puder para vingar Sirius, nem que eu tenha que matar minha própria mãe.

-E então, alguma novidade?

-Sim, ele me dará uma missão, e terei que fazer isso em Hogwarts, ele quer que eu volte a estudar, mas que seja lá. Vou me encontrar com ele, assim que eu sair daqui.

-Então, nos vemos no primeiro dia de aula.

-O senhor já sabia não é?

-Desconfiava.