-Vamos, sei que você não tem um lugar para ficar. Você pode ficar comigo.

-Onde você mora?

-Largo Grimaudi, na verdade, é a casa de meus pais.

-Meus tio avós?

-Isso mesmo.

-Bom, Sirius, não sei bem se devo acreditar em um fugitivo de Azkaban.

-Sou inocente pelo que me acusam.

-E por que te acusam?

-Acham que eu matei Pedro Pettigrew.

-Mas ele ta vivo. Ele é servo de Voldemort e sempre foi. Mas não sabemos onde ele esta.

-Esta em Hogwarts, transfigurado em rato, precisamente com Rony Weasley. Mas já tenho um plano e que ja esta em ação. Lupin esta lá e já sabe de tudo, ele vai me ajudar. Mas vamos falar de outra coisa. Você sabe quem é Harry Potter, não é?

-Claro que sei, quem não sabe quem ele é. O menino que sobreviveu.

-Bom, chegamos. Essa é a minha casa.

Estavamos no Largo Grimaudi, em frente a um vilarejo. Mas havia um probleminha.

-Sirius, qual o número de sua casa mesmo?

-Número 13.

-Mas aqui tem o número 12 e ao lado o 14.

Mas enquanto eu falava algo acontecia, quando olhei, bem no meio estava o número 13.

-Magia! Eu amo magia!

-Vamos.

A casa estava coberta de uma poeira fina. Parecia que a algum tempo não era limpa.

-Me desculpe pela sujeira, ao que parece meu elfo é um preguiçoso. Monstro!

-Sim, mestre. Nasci para servir os nobres Black.-disse Monstro, o elfo servo da casa.

-Se nasceu para servir, por que não serve nem para limpar a casa?

-É que eu não sabia se o senhor iria voltar. E em belissima companhia, a filha da minha bela dona Bellatrix...

-Ela não é sua dona, Monstro, eu sou, entendeu?

-Sim, me desculpe mestre.

-Agora vá, prepare alguma coisa para nós.

-Sim, mestre, tudo o que o senhor mandar.

-Desculpe.

-Ele disse que Bellatrix é dona dele, isso não é um problema?

-Não, eu tenho o controle sobre ele. Se tem uma coisa boa nesse elfo, ainda é sua lealdade.

-Espero. Não quero que minha mãe saiba que eu estou aqui.

-Não se preocupe, ninguém vai saber.

-Bom, então no que posso ser util?

-Ainda nada, só quero que fique aqui, por que apesar de você ser filha de quem é, ainda fazemos parte da mesma familia, e você não vai ficar na rua.

-Obrigado, é sempre bom saber que tenho alguém que gosta de mim.

-Estou do seu lado, e sabendo que você não é do lado das trevas...

-Nunca vou ser comensal.

-Ai é que você se engana.

-Como assim?

-Na hora exata você saberá.

-Mas como você me joga uma dessa que quer que eu fique calada?

-Na hora certa, por favor.

-Tudo bem, mas e então, vou ficar aqui, sem fazer nada?

-Sim, mas se quiser fazer alguma coisa, eu poderia te ensinar, ja que você não esta mais na escola. Mas ninguém, entendeu, ninguém pode saber que você esta comigo, ou que somos amigos, ou qualquer vinculo entre a gente, esta bem? Por que se isso chegar aos ouvidos de Voldemort, o plano vai por agua abaixo.

-Dumbledore esta envolvido nisso não é? Snape sempre disse que Dumbledore é um gênio. Mas falando em Snape, me diz uma coisa, ele é Comensal da Morte, então por que Dumbledore aceita ele como professor em Hogwarts?

-Não me pergunte, também não entendo, não gosto particularmente de Snape mas Dumbledore confia nele. Fazer o que, não é?

-Se você não entende, muito menos eu.

Então quando falei isso, alguém bateu na porta.

-Quem é?-perguntei indo me esconder.

-É só Dumbledore, ele quer conversar com você.

Sirius levantou-se do sofá e foi atender a porta. Pelo que me lembro de Dumbledore, ela era um homem idoso, que tinha uma enorme barba.

-Onde ela esta?-perguntou Dumbledore.

-Na sala.-disse Sirius.

Eu me levantei, quando ele entrou na sala.

-Ai esta.-disse Sirius.

-Evellyn Black Lestrange, finalmente posso te conhecer.

-Por favor senhor, me chame de Ivy. E é um enorme prazer conhecer o senhor, Professor Dumbledore.

-Sente-se, temos muito o que conversar.