Sentimentos Adormecidos escrita por kstewfan
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, boa leitura!
Ao entrar na casa, aquele cheiro de café que só minha avó sabe fazer preencheu minhas narinas, e as de todos que estavam ao meu redor, nos conduzindo diretamente á cozinha. Na mesa, pães, frutas e todos os tipos de doces caseiros me chamaram, eu estava faminta. Então fui direto á meu doce preferido de amendoim, como sempre. E todos os outros também atacaram os comes e bebes.
- Então papai, mamãe, como os senhores sabem eu não poderei ficar, passei apenas para dar um oi, matar a saudade e deixar Samantha. - Disse minha mãe
-Mas filha, porque não fica? Podemos aproveitar muito, e você pode tirar um descanso também. - Disse minha avó
- Sinto muito mamãe, preciso trabalhar. Ainda mais agora que as coisas estão corridas na empresa. Hoje foi o único dia em que pude faltar para vir. Mas cuidem bem de Samantha e aproveitem por mim.
- Claro querida, com quem mais ela iria se divertir se não conosco, não é Samantha? - Disse meu avô
- É claro vovô, preciso de vocês para me entreterem no verão. - Respondi
Então meu avô olhou para o relógio e disse:
- Olha a hora Christina, minhas coisas estão na cozinha?
- Estão sim Richard, a água está no filtro e os medicamentos no armário. - Disse minha avó
Minha mãe olhou para minha vó e depois para mim, assustada. Parece que minha avó percebeu, pois disse:
- Samantha querida, por que não vai levar suas coisas para o quarto enquanto eu e sua mãe conversamos um pouco? A casa é sua, você sabe onde ficam seus aposentos, toalhas e roupas de cama já estão todas lá.
- Claro vovó, muito obrigada.
Levantei e fui pegar minhas malas, então Anthony, o garoto dos cavalos, que por sinal estava ali também, se levantou:
- Quer ajuda para levar as malas?
- Ahm, é claro. Muito obrigada.
Como cavalheiro, coisa muito difícil de se acontecer hoje em dia, ele pegou a maioria de minhas bagagens e disse:
- Pode ir na frente.
Subi as escadas e ele logo atrás de mim. Então vi o pequeno quarto que antigamente era pintado de amarelo-bebe, tinha uma pequena cama e alguns brinquedos velhos, agora estava diferente, com uma cama de casal, paredes verdes e uma escrivaninha com luminária e alguns livros e revistas. Comecei a lembrar de como sentia falta dessa casa, desse quarto.
Então Anthony interrompeu meus pensamentos nostálgicos perguntando:
- Onde posso deixar as coisas?
- Ali, por favor. Obrigada.
- Não há de que. - Disse ele corando, então saiu.
Mal tive tempo de pensar e num milésimo de segundo ele voltou.
- Onde estava minha educação? É, ahm. Boa noite Samantha, até amanhã. - Ele disse, novamente corando.
- Boa noite Anthony. - Ri de seu jeitinho, um tanto quanto envergonhada também.
Ele saiu, fechei a porta e fui abrir as malas. Havia trazido duas mochilas de viagem, uma grande e uma de mão. Fora a bolsa e a necessáire. Peguei uma muda de roupa qualquer, mas confortável e fui ao banho. A segunda melhor sensação que eu poderia ter tido, fora a de ver os cavalos e a fazenda, foi a da água quente penetrando em minha pele branca. Passei uns bons minutos aproveitando esse banho e saí. Me vesti e desci novamente ao encontro de minha mãe que já estava de saída, e apenas me esperava para se despedir.
- Lembre-se de usar chapéu, protetor solar... Se cuide querida, e obedeça seus avós - Disse minha mãe, chorosa.
- Mamãe, irei ficar bem. Vá tranquila. E me ligue assim que chegar em casa.
- Não vou me esquecer.
- Mãe...
- O que filha?
- Eu te amo. - Disse, abraçando-a
- Eu te amo.
Se despediu novamente de meus avós e foi para o carro, eram perto das cinco da tarde, estava quase anoitecendo. Minha mãe entrou no carro e disse:
- E não se esqueça do protetor solar filha, amo todos vocês. - E assim foi, rumo á cidade grande.
Fiquei observando o carro partir, naquela pequena fazenda, isolada do mundo. Aos poucos o carro foi desaparecendo, assim como o pôr do sol.
Entramos em casa e eu não havia percebido que Anthony não estava mais lá, deveria ter ido para casa. Meus avós perguntaram:
- O que quer fazer querida? Podemos assistir televisão, conversar, jogar um jogo, o que quiser.
- Eu gostaria de descansar um pouco em meu quarto agora, foi uma viagem cansativa. - Respondi - Se eu puder, é claro.
- Com certeza pode. Deve estar cansada mesmo, depois desse longo dia na estrada. - Disse meu avô.
- Daqui a pouco vou começar a preparar o jantar, quando estiver pronto eu te chamo. - Minha avó falou.
- Não precisa de ajuda vovó?
- Não querida, vá, descanse. Não se preocupe com nada.
Meu avô foi sentar no sofá da sala assistir televisão e minha avó foi a seu encontro. Subi as escadas e entrei em meu quarto. Vi as malas abertas, mas ainda arrumadas e com preguiça, pensei em deixar para desfaze-las depois. Deitei na cama e sem perceber, meus olhos foram se fechando devagar e entrei num sono profundo, sem sonhos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Muitas coisas ainda estão por vir na história!
Comentem por favor (:
Próximo capítulo semana que vem.