O Plano escrita por Jo Snowy


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Mais um capítulo!
Um pouco mais curto do que os outros, mas pronto...
Espero que gostem :D



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Hermione andava a evitar Draco, ele sabia-o. Cada vez que entrava no quarto dela e ela estava lá simplesmente ignorava-o, não olhava para ele, não lhe falava, nada.

Voltara a ir ao lago depois do incidente e cada vez que olhava para a água perguntava-se o que teria acontecido se ela não o tivesse puxado para cima.

Lembrava-se perfeitamente de quando ela mergulhara, ele começou logo a correr na sua direcção, foi automático.

Quando ia para o quarto para tomar banho viu a sua mãe a sair do quarto da rapariga e foi-lhe logo perguntar como é que ela estava.

- Draco, eu não sei o que se passou entre vocês agora, mas sei que ela te ajudou ontem à noite e portanto vais-lhe pedir desculpa. Ela estava quase a chorar, só lhe consegui tirar um sorriso quando lhe falei no gato dela. – Dissera-lhe a mãe com ar preocupado.

O rapaz entrou no quarto imediatamente para se deparar com a rapariga sentada no sofá a observar as chamas da lareira. Não se mexeu, nem olhou para ele quando ele lhe pediu desculpa, mas Draco não ficou surpreendido e entrou na casa de banho, deixando-a sozinha.

Agora que se lembrava daquele dia, sentia a necessidade de falar com ela, mas não podia, não se podia esquecer de quem ela era.

O som de alguém a bater à porta principal trouxe-o de volta ao mundo real e quando se levantou e saiu do quarto ficou um pouco a olhar para a porta do quarto à sua frente, mas limitou-se a passar a mão pelo cabelo e descer as escadas.

-Deixa estar Clare! Eu vou lá. – Gritou.

Não podia ter ficado mais surpreendido quando abriu a porta. Um homem baixo e gordo segurava uma caixa de plástico com grades na parte da frente, pelo meio destas saía uma cauda ruiva.

- Mr. Malfoy?

- Sim, sou eu. – Confirmou Draco confuso.

- O Professor Albus Dumbledore pediu-me para entregar isto a Miss Granger. Ela está hospedada em sua casa, correcto?

- Sim. – O mais novo pegou na caixa com o animal lá dentro. – Eu entrego-lhe.

Fechou a porta na cara do outro homem e levantou a caixa ao nível do olhar.

- O gato dela. – Sorriu ao lembrar-se do que a mãe lhe dissera.

Ia começar a subir as escadas quando Clarisse apareceu à porta da cozinha.

-Quem era Draco?

-Um homem a entregar o gato da Hermione. – Apercebeu-se que a tratara pelo primeiro nome e soou-lhe estranho, Clarisse apercebeu-se disso e abriu os olhos.

- Então vá. – Disse com um tom de surpresa. – Vai-lhe entregar o animal! – Gesticulou para que ele subisse as escadas.

Clarisse entrou na cozinha e olhou para Narcissa que estava sentada ao balcão a olhá-la.

-Ouviste o mesmo que eu? – Perguntou a empregada a apontar para a porta.

-Ouvi sim. – Disse a outra a sorrir. – Sabes o que isto quer dizer? Ainda há esperança para o meu filho.

Draco bateu à porta de Hermione e abriu-a.

-Hermione? – Voltou a tratá-la pelo primeiro nome, mas desta vez já não soou tão estranho. – Tenho uma coisa para ti.

-O que é? Uma lista de insultos novos para me mandares à cara? – Levantou os olhos do livro que estava a ler, estavam vermelhos e inchados. Draco não queria pensar que fosse por causa dele.

Ele não tinha resposta para aquilo, por isso limitou-se a levantar a caixa. Viu logo um brilho nos olhos dela.

A rapariga levantou-se a correr na direcção dele e tirou-lhe a caixa das mãos. Voltou para o sofá e tirou o gato da caixa.

- Crookshanks! – Ela abraçava o anima e dava-lhe festas.

Estava sentada no sofá com as pernas encostadas ao peito e o animal encostado à cara e lágrimas começaram a escorrer-lhe pela cara. Draco limitava-se a observá-la, sabia que aquelas lágrimas eram de alegria. Ele próprio estava a sorrir enquanto passava os dedos pelo queixo. Nunca a tinha visto tão feliz desde que ela estava lá em casa.

Ficou contente porque ela não a mandou imediatamente embora do quarto depois de receber o gato. Olhou para cima da mesa-de-cabeceira, conseguia ver a chapinha, foi busca-la e sentou-se na mesa à frente do sofá.

- Toma. – Disse enquanto lhe estendia a coleira do animal. Ela estava mesmo ali à frente dele e ele sentia-se esquisito, não conseguia parar de sorrir ao olhar para ela e para o gato. Sentia-se um pateta.

- Obrigada. – Hermione agradeceu-lhe timidamente enquanto lhe tirava a coleira da mão e a metia no animal. - Bem-vindo, Crook. – Disse-lhe com aquela voz que só se faz a falar com um animal.

Draco levantou-se para sair, estava mesmo ao pé da porta quando a rapariga o chamou.

- Dra… Malfoy, agradece à tua mãe por ter feito isto por mim. E se vires a Clarisse diz-lhe que quero o meu quarto lilás, por favor. – Draco assentiu com a cabeça e estava a fechar a porta atrás de si quando a ouviu sussurrar para o gato. – Aquele era o Draco Malfoy, mais conhecido como alguém que me anda a dar a volta à cabeça.

Ele desceu as escadas a pensar naquilo que acabava de ouvir e a sorrir, enquanto esfregava a parte de trás da cabeça. Foi exactamente assim que ele entrou na cozinha e deixou as duas mulheres que estavam lá dentro a trocar olhares de interrogação entre si.

-Hum… mãe, a Hermione agradece teres deixado o gato vir cá para casa e Clare, ela diz que quer o quarto lilás. – Quando acabou sentou-se ao balcão ao lado da mãe que o olhava com a cara apoiada numa das mãos.

- É para já! – Clarisse saiu da cozinha em direcção ao quarto da rapariga.

- O que é que foi? – Perguntou à mãe. – Pára de olhar assim para mim!

- Nada, nada. Não te via assim desde que o teu pai te comprou a tua primeira vassoura.

- Por Merlin, mãe! – Draco levantou-se e saiu em direcção ao jardim. Deixando Narcissa a rir-se sozinha na cozinha.

Nunca pensara que iria voltar a ver o filho a sorrir como estava quando entrou na cozinha. Desde que entrara para Hogwarts parecia que a sua vida tinha sido coberta por um véu negro e que o único sentimento que conhecia era o ódio. Pelos vistos isso tinha afectado Narcissa mais do que ela tinha noção, porque há muito tempo que não se sentia tão feliz como naquele momento, há muito tempo que não dava uma gargalhada genuína como acabava de dar. Voldemort tinha, de facto, tomado conta da vida da sua família. E agora que Lucius não estava lá em casa e desde que Hermione entrara para lá que as coisas pareciam começar a ficar menos negras para a família Malfoy. Mas Narcissa sabia que não ia durar muito, a carta de Bellatrix devia estar quase a chegar e a mulher rezava para que o plano de Dumbledore funcionasse. Hermione estava lá há duas semanas e só naquele dia Narcissa começava a ver algum resultado.

Hermione deixou Clarisse no seu quarto a tratar das paredes e decidiu ir dar um passeio ao jardim com Crookshanks.

Passou pela cozinha, na esperança de se cruzar com Narcissa, mas esta não estava lá.

Ela era realmente muito diferente do que Hermione imaginara, pensava que a mulher estava do lado de Voldemort, tal como o marido, mas agora percebia que ela estava do lado daquilo que fosse melhor para o filho e se isso queria dizer que para o manter seguro, Narcissa tinha de apoiar o Lord das Trevas, era isso que ela fazia.

Andou por entre as árvores com Crookshanks a seu lado até chegar a uma clareira que lhe era desconhecida. Ela nunca se tinha aventurado por aqueles lados. Parecia um lugar calmo, por isso sentou-se encostada a uma árvore com o gato ao seu colo a falar com ele.

De repente, viu Draco a descer a pico em cima duma vassoura enquanto se ria e gritava e depois duma manobra voltou a subir em direcção ao céu, sem se aperceber que Hermione ali estava, coisa que ela agradeceu.

Aquela imagem pô-la a sorrir, aquilo era Draco como realmente era. Sem o ódio em cima dele. Hermione conseguia ver que ele estava arrependido com aquilo que se tinha passado no lago e tinha visto como ele agira naquele dia a entregar-lhe o gato e a coleira. Não havia ódio, nem insultos, nem nada, até a tratara pelo primeiro nome, ele estivera ali à frente dela a sorrir como um rapaz normal da idade dele devia fazer a toda a hora, mas esta tinha sido a primeira vez que ela tinha visto o sorriso verdadeiro dele e tinha-a contagiado, apesar de ela não ter mostrado na altura. Ela queria sorrir-lhe de volta, mas todas as coisas que ele lhe fizera e dissera desde o momento que a conhecera assombravam-na, ela não se queria agarrar a uma mentira. Seria possível alguém mudar tanto em tão pouco tempo?


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Deixem um comentário a dizer o bom e o mau.
Já estou a trabalhar no próximo capítulo e vou postá-lo em breve. Fiquem atentos.
Love You All,
Jo ♥



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