–Mas o que?- perguntou enxugando as últimas lágrimas que insistiam em cair.

–Isso mesmo. Trabalhe comigo.

–É impossível, fui afastado. Eles não me deixarão entrar em ação novamente.

–John, eles me deram a liberdade de escolher qualquer agente, qualquer um mesmo. Se eles deixaram o Tom,- que já foi preso duas vezes-Por que não você?

Os olhos dele brilharam, e um meio sorriso apareceu em seu rosto.

–Qual é o seu plano chefe?

–

–Bom,- falei puxando uma cadeira para mais perto da mesa- O primeiro passo é examinar os suspeitos. Não podemos confiar na investigação anterior, os dados são antigos e os métodos eram diferentes. No nosso caso, a tecnologia ajudará muito.

–Você acha mesmo, que Edward não é o único culpado? Ou que estariam escondendo de nós informações?-questionou Carter.

–Eu confio em Mason e Ray, mas não há nada como tirar suas próprias conclusões.

–Certo. E o segundo passo é rastrear o culpado. Nenhum assassino, vive em um lugar onde possa ser facilmente detectado.Com certeza tem uma identidade falsa.

–Isso mesmo.Quem matou Anne ,é a mesma pessoa que vem cometendo os últimos sete assassinatos. Todos do mesmo modo : Três tiros na cabeça e um no peito.

–O caso de A. McCurdy é mais antigo, mas se foi o mesmo criminoso, podemos começar pelo mais recente.

–Alguma prova deixada no local?

–O revólver.

–Que tipo de idiota deixaria sua arma no local do crime?

–Eu não sei, não me parece uma ideia muito inteligente. A não ser...

–O que?

–Que queira ser reconhecido!-falamos juntos.

–E...e... onde está guardado?

–Deixe-me checar os arquivos.- disse John.

Ele era ótimo com computadores, debloqueava qualquer tipo de sistema. Não que isso fosse necessário no momento, por que tínhamos acesso a todos os dados da agência – pelo menos era isso que eu pensava.

–Não é possível...-murmurou.

–Onde es...

–Informação não encontrada, mas Suzannah tenho plena certeza de eles recolheram a arma, vi com meus próprios olhos. Como pode não estar registrada?

–Acredito em você.

–Juro que...espera ai. Você acredita em mim?

–Se vamos trabalhar juntos, temos que confiar um no outro não é?- falei me levantando, caminhei em direção a porta.

–Suze!

–Eu.- me virei, antes de fechar a porta.

–Obrigada.