Ei Pequena? escrita por RoSomehalder


Capítulo 27
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Bom esse capítulo ta tenso e vai falar sobre os preparativos sobre o passeio e mais mistérios serão soltos no ar.Está enorme!



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POV Naty

Eu não quis contar algumas coisas que eu ainda sabia para o Thiago,era triste demais pra falar.

Meu tio Antonie ele era o cara MAIS especial do mundo!Ele era o dono da minha casa,infelizmente durante toda a sua vida só tivera um amor:uma florista,até hoje ela vende suas lindas flores do outro lado da rua.Quando eu era menor eu olhava ele observando ela no telescópio,era engraçado na época mas hoje eu percebo que o que ele sentiu era muito forte e a tristeza era por tio Antonie nunca ter tido coragem de transformar um amor platônico em um amor real.

Eu aprendi a tocar piano,falar francês e a história da Catherine com ele.Meu pai me contava um pouco bem pouco mesmo!Meu tio não,ele me fazia imaginar a história e pedia cada vez mais que ele contasse ela de novo.

Um dia ele fez uma viagem,a viagem que o matou.Ele tinha ido até uma cidadezinha na serra do Rio,tinha ido atrás da única história que ele nunca conseguiu entender:a morte da Catherine.

Tio Antonie gostava de desvendar de mistérios afinal ele era um historiador muito conhecido por sinal!Primeiro meu pai disse que ele foi em algumas bibliotecas foi onde foi visto pela última vez.

Por não ter filhos nem uma mulher,meu tio deixou todos os seus bens no nome do meu pai,ele dizia que nós éramos a melhor família que ele teve a sorte de ter.

Sem querer percebo que estou chorando.Essa história realmente me deixa muito triste...prefiro choramingar sozinha do que na frente do Thiago.Mas ainda preciso arrumar minha mala e pedir para minha mãe assinar a autorização.

Enxuguei as lágrimas já secas no meu rosto e fui até o banheiro molhá-lo um pouco pra tirar aquela cara de choro.

Desci e encontrei meu pai e minha mãe abraçados de lado no sofá vendo Titanic(perdi a conta de quantas vezes eles viram esse filme juntos).

–Pai será que você ou a mamãe podem assinar essa autorização pra eu ia numa aula de campo em Petrópolis?Será um final de semana inteiro.A gente vai amanhã e volta segunda. – falei calma.

–Claro filha.Cadê a autorização e a caneta? – ele perguntou.

–Aqui. – falei entregando os objetos para o meu pai.

Ele assinou rapidamente,me entregou e voltou a "colar seus olhos no filme".

–Eu vou subir pra arrumar minha mochila,boa noite. – disse me virando e indo em direção a escada.

–Boa noite. – os dois disseram quando eu estava no pé da escada.Subi e fui para o meu quarto escolher as roupas necessárias e o que precisaria levar na mochila.

Cheguei no quarto e fui em direção ao meu closet gigante.Bom primeiro eu pensei no lugar onde a gente ia ficar,um hotel fazenda,então acho que tem piscina...

Comecei a procurar na gaveta de roupas de banho um biquíni resolvi levar um de listras estilo marinha e outro florido.

Depois de escolher as roupas de banho fui para as calças peguei três:uma colorida,uma jeans e outra preta de couro.

Abusei bastante dos shorts e das T-shirts era minha parte favorita!Coloquei todas as roupas na mochila e o mais impressionante é que sobrou espaço então fui pegar meus de produtos de make principais e coloquei no bolso da frente.

Escolhi ainda algumas bolsas que couberam junto com as roupas na parte de trás.Logo em seguida,fui procurar minha roupa pra ir amanhã,bom acho que essa ta perfeita!


POV Thiago

Desci as escadas rápido com a autorização e uma caneta na mão.

–Oi Joaninha será que você pode assinar essa autorização pra mim por favor? – falei estendendo o papel e a caneta para ela.

–Obrigada. – ela disse colocando as sacolas de supermercado na mesa e pegando os objetos.

–Há foi mal... – murmurei sem graça ao perceber que ela estava cheia de sacolas na mão.

–Hum...seu pai não está em casa hoje?Por quê não pede para ele assinar? – Joana questionou.

–Sim e porque ele ta ocupado como sempre com o trabalho...e aí vai assinar?Por favor...eu quero muito ir... – insisti.

Uns dos problemas da Joana é que ela sempre tinha que ler tudo!Será que não dava pra ela simplesmente assinar?

Depois de algum tempo lendo e eu entediado,ela assinou e me entregou o papel.

–Juízo! – ela impôs.

–Valeu!Até que você não é uma madrasta tão ruim...

Ela riu e eu subi para o meu quarto para arrumar minhas roupas e colocar na mochila.Sei lá de repente uma animação foi despertada em mim,acho que o motivo é por passar um final de semana inteiro com a pequena!Isso ia ser incrível!

Ainda bem que eu não nasci uma menina se não ia ficar a madrugada inteira escolhendo as roupas que eu ia levar.Nossa isso deve ser horrível!

Fui no banheiro me preparar para dormir.Logo estava de volta no quarto e fui vencido por um repentino cansaço que me fez dormir.

Meus sonhos estranhos voltaram.Agora eu estava em uma serra e via Catherine(agora a misteriosa tinha um nome) brincar com um cara mas não conseguia ver o rosto dele direito.Eles pareciam estar apaixonados mas não pareciam enxergar a tempestade que se aproximava,eu queria avisá-los mas eles não me ouviam,era tipo pessoa idiota de filme de terror,você quer que ela não entre no lugar mas ela entra.

A tempestade ficava mais forte na mesma medida da felicidade deles,ou seja,era muito forte.

De repente um raio acerta a cabeça de Catherine e ela cai flácida sobre a grande campina.A Felicidade que estava tão claramente estampada no olhar dele agora é substituída por um olhar triste.

Ele não chora porque parece que eles não tem forças eu também não tenho.Não consigo me mexer!Só posso observar...

De repente o homem olha pra mim com uma raiva grande percebendo que eu observava a cena.

Ele vem atrás de mim zangado e eu não posso me mover!De repente tudo fica escuro e claro quando abro os olhos com a luz do sol.

Acordei assustado e ofegante.Que pesadelo maluco era aquele?

Fui até o banheiro fazer minha higiene matinal e vi que haviam grandes sombras negras debaixo dos meus olhos.Tomei um banho frio pra ver se acordava e melhorava a minha expressão.

Ainda de toalha vou para o quarto escolher uma roupa(meu irmão não está na cama mas provavelmente eu não estou atrasado se ele teria me espancado até eu acordar).

Escolhi uma bermuda jeans branca,uma blusa preta e coloquei minha vans listrada,depois passei um perfume,peguei a mochila e desci para tomar café da manhã.

–Bom dia. – disse ao ver todos na mesa inclusive meu pai.

–O que aconteceu com você? – Bianca perguntou.

–Dormi mal. – respondi.

–Filho o que você queria falar comigo ontem? – meu pai que me perguntou dessa vez.

–Nada pai. – disse frio.

–Bianca e Thiago vão visitar Petrópolis hoje pela escola.Não é maravilhoso? – Joana disse.

–Retiro o que eu disse ontem sobre você não ser uma madrasta tão ruim. – falei saindo da mesa e indo até o armário pegar um salgadinho qualquer com a intenção de comer enquanto andava em direção escola.

–Thiago isso é jeito de falar com a Joana? – meu pai me repreendeu.

Eu não respondi apenas saí de casa apressado em direção a escola.


POV Naty

Acordei disposta e animada.Esse final de semana seria perfeito!

Fui para o banheiro fazer minha higiene matinal e me arrumar.Essa roupa era linda para o passeio!

Depois de pronta,peguei a mochila e desci em direção a cozinha pedi para Margarida(a empregada) preparar Weffle e derreter um pouco de Nutella para colocar por cima dos Waffles.

Comi e estavam deliciosos.Margarida disse que meus pais saíram cedo então eu ia ter que ir com o motorista affz!

Cheguei rápido na escola e encontrei o Thi de cabeça baixa parecia estar triste o que fez meu coração se apertar.

–Amor o que aconteceu? – perguntei preocupada enquanto acariciava seus cabelos macios tentando fazer ele levantar a cabeça.

–Naty? – Thiago disse com a voz fraca.

Eu me assustei ao ver ele!Estava com olheiras que pareciam obscurecer seus lindos olhos azuis.E sua expressão era cansada e triste.

–O que aconteceu?

–Nada...só explodi lá em casa.

Resolvi não perguntar mais se ele quisesse falar sobre isso ele ia me contar.Abracei ele e sussurrei no seu ouvido:

–Eu te amo.

–Eu te amo muito pequena!

Eu me afastei para fitá-lo e me aproximei para beijá-lo.Um beijo calmo e necessário.Ele segurou minha cintura e eu afaguei seus cabelos tentando-lhe passar tranquilidade.

O sinal tocou,o ônibus chegou e o aviso de que nós partiríamos soou nos alto falantes do colégio.

Peguei meu corretivo e perguntei para ele:

–Posso?

–Precisa? – ele perguntou de volta.

Apenas afirmei com a cabeça e sorri.

–Pode.

Passei tampando as olheiras e devolvendo a expressão de príncipe dele.

–Vamos? – indaguei.

–Vamos. – ele concordou segurando a minha mão e nos levantamos em direção ao ônibus.


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