Eterna Vingança escrita por AngelSPN


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, para aqueles que me acompanham a muito mais tempo já devem imaginar, que esse é o penúltimo capítulo e espero que gostem. Beijos e chega de enrolação! kkkkk



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Dean sentia a cabeça zunir e o peito arder de forma muito dolorosa. Sentiu o gosto de ferrugem nos lábios, passou a palma da mão sobre a boca e sentiu o quente líquido umedecê-la. Ele mesmo não conseguia lembrar o que havia ocorrido. Tudo fora rápido demais, o acidente, a coisa se aproximando enquanto ele tentava desesperadamente manter a consciência e o raciocínio.

O loiro virou-se instintivamente, mas sequer teve tempo de visualizar quem se aproximava, pois foi violentamente atingido com um golpe de espada que despedaçou sua jaqueta, atingindo seu peito o fazendo desabar no chão úmido do beco. Sem disfarçar o descontentamento em encarar a mulher de vermelho que o acertara, o loiro disparou a arma que carregava consigo, porém só conseguiu irritar o espírito. Zonzo pelo golpe e pelo abundante sangue que escorria em suas vestes, ele deixou-se cair e se escorar em uma enorme árvore. Enquanto a mulher caminhava em sua direção deixando a ponta da espada tilintar contra as pedras do caminho.

Sem titubear, o loiro livrou-se da jaqueta que agora atrapalhava seus movimentos e embrenhou-se na floresta. Seus movimentos eram lentos, no entanto parecia que algo impedia que a Kuchisake Onna, o retalhasse de imediato. Acabando com a perseguição se assim o quisesse.

O caçador colocou a mão no bolso esquerdo, procurava o celular. Suas mãos estavam escorregadias, estava perdendo muito sangue. Tinha que pensar em algo rápido ou acabaria morrendo. O visor do celular estava quebrado, porém ainda funcionava. Tentou ligar para o irmão, só que ali, naquela mata densa, não havia sinal. Seria a noite em que morreria antes do pacto? Se assim fosse, iria para o inferno antes do tempo. Continuou sua trajetória, sempre olhando o sinal do celular de tempos em tempos. Dean estava tão furioso, que gritava as palavras contra a mulher assassina.

— Não me venha com a história de sempre, sua vadia! — ele sentiu a lufada de vento passar pela suas costas. Parou, e lentamente virou-se dando de cara com a Kuchisake Onna.

—Sou bonita? — por detrás daquele pano sujo de sangue em sua boca podia-se ver que ali não haviam mais os lábios da mulher, apenas um corte horrendo.

—Bom, tirando sua cabeça fora... diria que até dá para encarar — o loiro disse sarcasticamente, esperando o golpe.

¥¥¥

Sam Winchester ajoelhou-se agarrando a jaqueta do irmão, após quase agredir o policial, que insistia em mantê-lo longe. Deveria ter se identificado com agente do FBI ou coisa parecida. Mas os fatos que se sucederam tão inesperadamente não puderam ser encenados. O toque do seu celular o tirou do transe, um toque rápido. Uma mensagem talvez ou a bateria terminando ou...

— Dean! — Sam gritou tão alto o nome do irmão que seu eco poderia ser ouvido por alguns segundos a mais. Os policiais cercaram o moreno em busca de alguma pista. Estava estampado no rosto do mais novo o alivio, e uma certeza de que o irmão continuava vivo, lutando por sua vida.

— Rapaz, era seu irmão? — o policial a sua frente parecia ser o responsável pela equipe, que aguardava suas ordens.

—Era sim, apenas um toque. Talvez tivesse sem sinal, mas era ele. Ele está vivo, temos que encontrá-lo. Tem algo de sobrenatural nesse lugar — Sam deu as costas voltando para o impala.

— Sobrenatural? O senhor quer dizer o assassino que anda mutilando as pessoas, não é? — o policial seguiu-o com o olhar inquisidor.

— Chame como quiser. É meu dever adverti-lo que essas armas comuns, não funcionarão na Kuchisake Onna. Precisam disso — Sam atirou cartuchos aos pés do policial, o mesmo ficou receoso com a atitude do jovem e deu alguns passos para trás, apontando sua arma ao moreno que fechava o capô do impala com uma escopeta na mão.

—Parado aí! Você é louco ou é o próprio maníaco que está cometendo essas atrocidades? Gaspar, Andrew, algemem o grandão aqui — o policial esperou um dos seus parceiros aproximar-se. — Onde está Andrew?

— Sr. Law, ele entrou na mata. Disse ter visto um movimento e...

— Idiota. Temos o perigo em nossa frente e ele quer bancar o herói? —Todd Law continuava apontando para o peito do moreno, que não tardou a falar.

— Por favor policial Law, seu parceiro está correndo perigo. Temos que ajudá-lo e ao meu irmão. Depois o senhor me prende. Mas, agora... — Sam tentava convencer o homem a sua frente.

—Silêncio rapaz. Gaspar vá buscar o idiota do Andrew, agora homem! — o outro policial saiu aos tropeços, seguindo a ordem de seu superior. Sam apertou os lábios em desaprovação e sacudiu a cabeça. Fora tolo em abrir o jogo, isso poderia colocar a vida de Dean em maior perigo.

O silêncio tornou-se assustador, Sam estava sob a mira do policial que o encarava sem ao menos piscar. Logo os barulhos de galhos quebrando e os gritos esbaforidos de Gaspar, chamaram a atenção de ambos os homens.

— Chefe, chefe. Andrew... ele... ele está por todos os lados. Mataram ele, a “coisa” o matou. Dividiu-o ao meio! — Gaspar estava com os olhos vidrados, o medo aflorava a cada palavra.

—Acalme-se homem. Que “coisa” é essa? Fale ou meterei uma bala em sua perna!

—Era uma mulher, uma mulher com uma espada e...

— Uma mulher? E você a chama de a “coisa”? — o homem esboçou um meio sorriso, enquanto o outro continuava sem importar-se com quão ridículo isso poderia soar estranho.

— Chefe, ela dividiu o Andrew. E depois flutuou até um homem ferido e... — Sam Winchester não esperou nenhum segundo a mais. Danem-se as balas que poderiam ser desferidas pelo policial. Seu irmão estava vivo e era óbvio que a Kuchisake Onna iria matá-lo. E Sam iria impedir que isso acontecesse, assim como Dean impediu tantas vezes que o moreno morresse. Devia isso ao irmão.

— Mas que droga!  Vamos, temos que acabar com essa palhaçada agora!

Por alguns segundos, Gaspar pensou em sair dali. Não queria morrer como seu colega. Estava a pouco tempo na polícia, se tivesse ouvido os conselhos de sua mãe, não estaria nessa enrascada.  E também não abandonaria seus companheiros. Fechou os olhos e respirou fundo, antes de embrenhar-se na mata, junto ao seu chefe.


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Notas finais do capítulo

Boa semana a todos.



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