''Outro Conto Da Nova Cinderela'' escrita por Wynara Rebel


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora e Boa Leitura!



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É, estava claro que para Ana,Clara e Sara e estava errado o contexto dessa história.
Para Ana: as três são simples de mais, esquisitas de mais para estarem com Bruno, Victor e Gil.
Para Clara: ela tava nem ai, só estava ali por causa da popularidade mesmo.
Para Sara: Bruno era seu e ponto final.
O casal alvo da vez, eram Bruno e Maria de Fátima.
Sara odiava Fat. Por ela ser muito linda, carismática, inteligente, e é óbvio: ter conquistado o coração de Bruno.
- Isso não pode ficar assim. Eles estão juntos há quase dois meses – bufou Sara numa certa tarde.
Elas estavam no quarto das gêmeas, discutindo isso.
- Pensou em alguma coisa, Sara? – perguntou Ana.
- Tenho pensado sim. Estive dando um jeito no meu plano e acho que ele está pronto.
Conversaram até altas horas.
Quando Sara foi saindo no portão, observou Bruno e Maria se beijarem apaixonadamente no jardim. Bufou cheia de raiva. Amanhã a noite, tudo ia dar certo. E o casal perfeição ia se desmanchar.
A tarde do outro dia, Maria recebeu um buque de rosas vermelhas com um cartão.

 

Maria venha a minha casa às dez horas da noite.
Com amor, Bruno 
Ela sorriu.
Ana e Clara observavam a sorridente Maria de Fátima subir as escadas da casa. Mandaram a mensagem para Sara.
Parte Um – Pronta
Ao receber a mensagem, Sara sorriu.
Juliana largou Maria ás dez horas quase em frente a casa de Bruno.
- Pode deixar, ele me leva – falou Mari sorrindo.
Elas se despediram e Mari saiu. Jubs deu partida e foi.
Maria  se dirigiu a casa de Bruno, mas seu coração quase parou de bater quando viu a cena: Sara estava com Bruno, ela falava alguma coisa no ouvido dele, que tinha o rosto virado.
Sentiu as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto. Sem ninguém para levá-la, caminhou sem rumo para sua casa. Levou a noite toda.
Foi correndo para seu quarto, e decidiu não ir a aula naquele dia. Tudo doía, seus pés, suas pernas e seu coração.
 

O que aconteceu na casa de Bruno

- Bruno, larga aquela pobre da Maria de Fátima e fica comigo. Eu sei que você me quer – ela sussurrou no ouvido de Bruno.
- Me deixa em paz Sara. – bufou Bruno a afastando de si – vai embora!
- O que você viu naquela oferecida?
- Justamente isso. Ela não é oferecida. Se você tivesse um por cento das qualidades dela, você não estaria aqui, se oferecendo para mim desse jeito. Eu sei, nós já tivemos alguma coisa, mas acabou.
- Eu sei que não acabou! – Sarase aproximou dele, que se afastou.
- Acabou sim, e sabe por quê? Porque eu AMO A FATINHA! Ela é linda, inteligente e se dá ao respeito. E cai fora daqui!
Tirou  Sara de seu quarto e bateu a porta, bufando.
 

Parece que esse não foi um bom dia para ninguém.

POV DE Maria de Fátima
Como doía meu coração. Ele me enganou, teve pena de mim. E a boba aqui acreditou. Acreditei que ele pudesse sentir alguma coisa por mim, que ele gostasse de mim, mas no final, era tudo um conto de fadas mesmo. E contos de fadas são invenções criadas para o entretenimento das crianças, não existem. Eu devia ter sido coerente, mas eu me apaixonei. Grande erro.
Mas, agora, cabeça erguida. Eu posso ainda gostar de Bruno, mas vida pra frente. Tudo na vida muda, inclusive o rumo dela ao decorrer dos fatos.
Eu chorei o suficiente por ele. E como dizia a minha mãe: Chorar é a melhor forma de desabafar consigo mesma.
É, eu desabafei bastante, comigo e com as meninas.
Elas queriam matá-lo, mas eu falei pra deixar pra lá. Eu já estava acostumada com caridade. E, mesmo que isso vá contra tudo, essa foi a melhor caridade que já fizeram para mim.
Juliana e Lia queria terminar com Gil e Victor, mas eu quase acabei com a minha voz dizendo que não. O que aconteceu foi comigo e Bruno, não com eles. Provavelmente, também acreditaram no príncipe encantado que se apaixonou pela cinderela. Como todos fizeram.
Depois, eu obriguei Lia a me contar como fora na casa dos pais de Victor, que eu ainda não sabia. Passamos a tarde conversando e comendo sorvete com bolacha e muito refri.
Mas hoje eu estou de volta a escola.
Coloquei qualquer roupa, peguei minha mochila e sai mais cedo de casa. Fui a pé mesmo. Não queria encontrar com Bruno. Ainda não tinha falado com ele. Ignorei suas ligações o fim de semana inteiro, ele veio me ver, bateu no meu quarto, mas eu não abri. Só de ouvir a voz dele chamando meu nome, me dava um aperto no peito.

 

Sequei lágrimas insistentes e fiz meu caminho para a escola.
Cheguei no pátio principal e vi ele com os meninos. Dei meia volta e ia ir por trás, quando senti uma mão me puxando. Era ele.
- Fatinha, o que foi? Porque você não me atendeu? Eu fui até seu quarto, mas não tinha ninguém – Bruno me disse.
Eu me virei, sentindo meus olhos queimarem em lágrimas.
- Acabou Bruno.
- Acabou o que? – ele me olhou confuso.
- A gente.
- Que?! Como? Por quê?
- Porque não me disse que estava com pena de mim? Seria tão mais fácil. Eu não sentiria essa dor que eu estou sentindo aqui dentro do meu coração e você estaria satisfeito por ter ajudado a pobre Maria de Fátima.
Uma lágrima quase caiu, mas a segurei coçando o olho.
- Não estou entendendo Maria de Fátima. Eu não fiquei com pena de você, nunca!
- Se não foi pena o que foi? Pra que me fazer de idiota, Bruno? Está doendo muito, você não sabe o quanto. Enquanto você ria com a idiota da Sara, eu chorava.
- Quando eu estive com a Sara?
- Não se faça de idiota. E... quer saber, eu não tenho que falar mais nada com você. Acabou. – me virei para sair, mas ele me segurou.
- Acabou? Maria de Fátima – sua voz era falha.
- Sinto muito Bruno, seu show de pop star chegou ao fim.
Sai dali o mais rápido possível sentindo seu olhar sobre mim até ele não ver mais. Corri para o banheiro, chorando.

- Mari – disse Jubs me abraçando apertado. Senti os braços de Lia também.
Soltei um soluço.
- Porque está doendo tanto? Era pra ser mais fácil – eu disse.
- Você deixou ele falar? –Lia perguntou.
Fiz que não com a cabeça.
- Mari – disse Juliana exasperada.
- Dói – eu sussurrei. Estava me sentindo um lixo.
- Sabemos que dói. Mas quem sabe se ele fala-se, essa dor não ia diminuir – sugeriu Lia com uma voz meia falha.
- Não sei. Não quero saber. Agora eu sigo em frente, ele segue em frente. Fim – eu disse duramente.
Me levantei, sequei as lágrimas, lavei meu rosto várias vezes. Arrumei meu cabelo.
- Acho que conseguimos entrar para a segunda aula – falei.
Elas me olharam, pareciam querer falar alguma coisa.
- Fat, será que nós podemos falar com ele? – perguntou Juh com a voz fininha.
Pensei por um momento.

 

- Se faz diferença para vocês, tudo bem. Mas eu não vou querer saber nada – já avisei.
- Mas e se for tudo um mal entendido? – Lia disse.
- Não sei quando Sara sussurrando no ouvido dele, na cama dele, no quarto dele pode ser um mal entendido – eu disse. Meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar.
Mas eu não vou mais chorar por Bruno. Pisquei um pouco pra cima, e engoli o choro.
- Vamos, ainda podemos entrar para a terceira. É só irmos à direção – eu disse.
Saímos e fomos para a direção.
- Srtªs, vocês nunca se atrasaram assim! – disse a dona Merie.
- Eu sei, e sentimos muito. Mas eu estava com uns problemas, do coração – eu disse.
- Problemas do coração? – Merie parecia confusa. E então, fez uma cara de entendimento.
- Claro, aqui está o papel para vocês.
Pegamos e fomos para a frente da sala esperar bater o sinal. Dez minutos depois bateu e entramos. Senti olhares sobre mim, inclusive de Bruno. Entregamos o papel para o professor e sentamos.
Ignorei todas as tentativas de  Bruno de falar comigo. Ele me mandou SMS, me ligou, mandou bilhete, mas eu só apagava, desligada e colocava fora. Não o olhei nem um segundo sequer.
- Estou indo pra casa – disse a Juliana e Lia – não vai dar pra fazer aquela seção de filmes de casais.
Hoje, tínhamos marcado uma seção de filmes pros seis. Senti as lágrimas vindo.
- Fat.
- Não. Eu não quero ver ele. Pelo menos não agora. Bons filmes.

Quando sai de dentro da escola, vi Bruno segurando os pulsos de Sara, ela sorria. Não consegui segurar o choro, corri dali o mais rápido possível.
Quando cheguei em casa, me atirei na cama e chorei. Soluçava alto. Meu telefone tocou várias vezes, ele me ligava, mas o toquei na parede sem dó nem piedade.
Porque gostar dele dói tanto?
Depois de uma seção de choro, coloquei meu avental de trabalho e fui fazer as tarefas.
Eu seria a mesma Maria de Fátima de sempre. Que não acreditava em contos de fadas, nem em um príncipe chamado Bruno.


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Notas finais do capítulo

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