O Som Das Estrelas escrita por Fairy


Capítulo 5
Capítulo 5 – "Sinto sua falta"


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amorzinhos, estou de volta *0*
Vocês estão bem? Porque eu estou SUPER bem.
Absent, MUITO obrigada pelas palavras de carinhos sobre a fic, me emocionou demais com sua recomendação, não estava esperando algo assim tão cedo *--*
Milhões de vezes obrigada ♥
Obrigada também todos os comentários de incentivo e a todos que favoritaram "O Som das Estrelas". Me deixam muuuito feliz!



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“A saudade é como as estrelas, por mais distantes que esteja, está sempre refletindo o seu brilho.”

~*~

O último dia do ano chegou, tenho uma sensação estranha em meu coração. Quando me recordo de tudo o que aconteceu nesse ano, sinto uma contradição dentro de mim mesma. X791. O ano em que voltamos de Tenroujima, o ano em que descobri que meu pai falecera, o ano que me reencontrei com Michelle, o ano em que fui para o Mundo dos Espíritos Estelares com meus amigos, o ano em quem voltamos a ser a guild número um de Fiore, o ano em que me encontrei na solidão e que meus amigos apareceram para me tirar dela novamente.

Surpreendente como tanta coisa pode acontecer em um único ano, tantas emoções se cruzam, sentimentos são criados, lágrimas são derramadas e sorrisos são formados e desfeitos. Fico pensando nos sete anos em que perdi, e o que eu poderia ter vivido nesse tempo. Tenho certeza que seriam boas memórias, boas risadas e bons motivos para se continuar vivendo. Mesmo assim, acho que isso só me fez valorizar ainda mais o tempo, o tempo que quero passar ao lado dos meus amigos.

– Lucy-san, você está bem? – Wendy me olhou preocupada, estávamos em um trem voltando para Magnólia, fomos a um trabalho logo de manhã, queríamos voltar logo para ir ao templo com toda a guild.

– Wendy, estou sim – sorri – Só estava pensando, em como o tempo passou rápido – voltei meu olhar para tudo o que passava por fora do trem. É como se visse minha vida, passando tão rápida, sem nem poder acompanhar o ritmo.

– Verdade, aconteceu muita coisa esse ano – Erza disse cruzando os braços, pensativa.

Começamos a conversar de tudo o que passou, e de tudo que vivemos. Ao olhar para aquele trem, lembro-me de Natsu passando mal, com certeza ele preferiria ir voando com o Happy. Happy... nem ao menos quis vir com a gente no trabalho, parece que nem tem voltado para sua casa, tudo nela faz lembrar Natsu. Por enquanto o cachecol que carrego continua sendo o único vestígio dele. Queria poder começar o ano ao lado dele, vai ser estranho um recomeço assim.

De noite ainda sinto a presença dele, tentei entender se é mesmo possível se comunicar com alguém pelas estrelas. Engraçado que quando perguntei a Levy-chan, ela disse que escutou a minha voz ao anoitecer dizendo pra ela me esperar e que era para vivermos. Meu coração acelerou quando escutei isso, então ela realmente me ouviu. Fiquei curiosa e perguntei ao Mestre se existia alguma magia que fizesse isso acontecer, e tudo o que ele me respondeu foi “amor”.

Essa palavra ecoou pela minha mente, só confirmei como é grande o poder dos sentimentos. Acredito que os laços do quais criamos com as outras pessoas, são mágicos, eles tem o poder de nos reerguer quando achamos que não tem mais solução, tem o poder de trazer calor ao nosso coração. E principalmente o poder de não nos deixar sozinhos mesmo distantes. Realmente acho incrível como os sentimentos podem ser mais fortes que qualquer magia existente.

Dispersei meus pensamentos assim que senti o trem parar. Olhei para o lado, vi Wendy, Erza e Charles sorrindo para mim. Sorrisos consoladores, penso que elas sabem exatamente tudo o que eu sentia. Sorri e me levantei para deixar o trem. Saímos e vimos o trem partir, levando consigo todos os meus pensamentos, sentimentos e reflexões.

~*~

– Esse trabalho não foi tão difícil né? – Wendy disse enquanto caminhávamos em direção ao templo.

– Com quase todas as cidades se reconstruindo não está tendo muitos trabalhos, não temos muitas escolhas – explicou Erza.

– No fim das contas, ganhamos só o suficiente para sobreviver – falei desanimada.

– Mas as coisas vão melhorar, veja – ela apontou para algumas pessoas que estavam quase terminando de reconstruir suas casas e sorriam – Enquanto tivermos vontade de lutar, sempre haverá esperança para vencer, isso é só uma fase e vamos passar por ela. – ela sorriu.

Incrível como as palavras delas me consolaram internamente. Como é bom não estar mais sozinha. Logo chegamos ao templo, já estava escurecendo, parece que o ano tem pressa de terminar. Avistamos toda guild fazendo suas orações, fiquei olhando aquela cena, imaginando o que cada um poderia estar pedindo e agradecendo. Aposto que todos estão abrindo seus corações, esperando que o próximo ano cubra todas as feridas contidas neles.

Me aproximei fazendo reverência, talvez eu tenha que abrir meu coração também. Fechei os olhos. “Kami-sama, mais um ano está se passando, obrigada por todos os momentos que ficaram guardados para sempre em meu coração, obrigada por me dar a chance de rever meus amigos, mas peço que no próximo ano nos livre do sofrimento, que essa virada de ano leve com ela todas nossas mágoas e rancor, que possamos aprender a amar e perdoar as pessoas. E peço especialmente para que guie meus companheiros ainda perdidos até o nosso lar. Obrigada.”

Abro os olhos e vejo todos me esperando, corro até eles. Fomos pegar alguns papeizinhos da sorte. Tenho até medo do que me espera, peguei o papel, o abri “Não tenha pressa, o futuro está logo a frente, não tenha medo de criar o próprio destino. Fique sempre ao lado daqueles que ama, eles te darão força. Seja forte”. Senti alguns calafrios ao ler.

– O que você tirou Lu-chan? – Levy se aproximou com seu papel que estava escrito Sorte, olhei de volta para o meu, e estava vazio onde deveria estar escrito Sorte ou Azar.

– Não está escrito nada – falei confusa.

– Que estranho, o que isso deve significar? – ela olhava para o meu papel.

– Espero que algo bom – sorri e ela sorriu de volta.

Ficamos envolta de uma fogueira, o frio era forte, estávamos encolhidos conversando, até ouvirmos as badaladas do sino. Meia noite. O ano se foi e outro se inicia. Um recomeço.

– Feliz Ano Novo pirralhos! – Mestre agitou.

– Feliz Ano Novo velhote – uma voz surge por trás da multidão. Não conseguia ver quem era, mas vi os olhos de Mestre se encherem de lágrimas.

– Laxus! – Mestre pulou nos braços de seu neto. Que cena linda, esse reencontro.

– Estamos aqui também – Evergreen, Bickslow e Fried apareceram atrás de Laxus. Todos choravam emocionados. Uma nova luz surge nesse novo ano. Olhei para o céu, é como se minhas preces estivessem sendo ouvidas. Senti meus olhos lacrimejarem.

Abracei a todos, desejando um Feliz Ano Novo, todos sorriam. Acho que isso é um bom começo, uma sensação de conforto vem ao meu corpo. Aquela energia que flui deles, tão boa e positiva, é como se fossem todos estrelas do meu céu, iluminando a primeira noite do meu ano.

Todos riam, cantavam, festejavam, até eu sentir uma presença diferente, olhei para trás assustada. Não acredito.

– Feliz Ano Novo minna, tadaima.

Todos se viraram espantados, perplexos, é muita felicidade para se descrever em uma única noite.

– Gray-sama! – Juvia gritou e correu para abraçá-lo, chorava emocionada. Ele a abraçou também, imagino a alegria que deve ser para ela, ver seu amado de novo. Esse ano com certeza trará muitas surpresas e emoções. Gray abraçou a todos, inclusive a mim, é bom vê-lo novamente.

– Não estou sozinho – ele falou e olhou para trás, até vermos uma sombra aparecer.

– Lisanna! – Mirajane e Elfman gritaram, a abraçando ternamente. Meu coração está saltitante, estão todos voltando, será que...

– Gray, o Natsu também está com vocês? – Happy perguntou entusiasmado olhando envolta a procura de seu parceiro. Eu olhei para eles, na expectativa de uma boa resposta.

– Natsu? Ele não está aqui? – Gray responde confuso. Meu coração se apertou, então ele ainda não veio, mas talvez ainda apareça, estão todos voltando aos poucos.

Festejamos a volta deles, Juvia não desgrudou do braço de Gray, Mestre ainda chorava ao lado de Laxus. Mira, Elfman e Lisanna ficaram abraçados. Que bom. Todos estão felizes, preenchendo a dor presente em seus corações.

Vi a multidão se desfazendo com o passar do tempo, alguns foram se despedindo, Levy-chan perguntou se eu queria dormir na Fairy Hills mais uma vez, mas acho que está na hora de eu voltar para o meu apartamento. Me despeço dela e dos outros e vejo Happy desolado sentado em um tronco, olhando para a entrada do templo. Sei quem ele espera aparecer ali. Me aproximo e sento ao seu lado.

– Está tarde, vamos embora Happy?

– Vou ficar aqui esperando, ele vai vir, tenho certeza – falou com convicção, mesmo com os olhos se enchendo de lágrimas. E isso me partiu o coração. Fiquei sem palavras, no fundo eu também queria que ele passasse por ali.

– Tudo bem, então também vou esperar. – falei e sorri, ele me olhou deixando as lágrimas escaparem e me abraçou.

Logo Gray se aproximou perguntando se não íamos embora, e quando soube o porque se sentou ao nosso lado, segundo ele “aquele idiota com certeza vai voltar”. E é isso que esperamos. Erza, Wendy e Charles também apareceram e ficaram ali com a gente. Nosso time, unido, compartilhando as esperanças.

A noite era fria, abro os meus olhos, olho em volta tentando me recordar onde estava. Vejo Happy, Gray, Erza, Wendy e Charles adormecidos. Olho para a entrada do templo, tudo o que via era um breu. Confesso que realmente tinha esperança que ele fosse aparecer com seu sorriso casual, fazendo suas gracinhas, mas no final ele não apareceu. Olhei para o céu iluminado. “Onde você está Natsu? Sinto sua falta”.

Esperei por alguma resposta, algum sinal, mas nada apareceu. Me senti deprimida, olhei para baixo. Porque? Ele sempre me responde. Senti algumas lágrimas escorrerem por meu rosto. Então um papelzinho da sorte caiu em meu colo. Meu coração disparou, fiquei lendo e relendo aquela frase. "Feliz Ano Novo, sinto sua falta".


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Notas finais do capítulo

Gente, me desculpe pelo capitulo mal escrito :/
Tentei colocar mais dialogos, mas não acho que tenha ficado bom.
Sinceras desculpas.
E mais uma vez, Absent, MUITO obrigada ♥