Gato Do Século escrita por Kirjailija, Hana chan, SonhaAlice182


Capítulo 4
Capítulo 4: Let's play, little demons!


Notas iniciais do capítulo

Yoooh, miina! Hana falando!Sim, estamos atrasadas. Sim, eu sei disso. Não, não tenho desculpas quanto isso além de três autoras que fazem faculdade e cujos horários livres são completamente discrepantes. Sentimos muito.Como compensação, um capítulo bem grande e divertido está a disposição, esperamos que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/361989/chapter/4

Nos Bastidores:

Uma porta se abre lentamente, deixando entrever uma cabeleira de fios castanhos escuros. Com todo o cuidado a pessoa morena olhou para os dois lados do corredor, antes de, pé ante pé, fazer seu caminho em direção a saída mais próxima. Estava para alcançar a maçaneta que a levaria para a liberdade quando uma voz ecoou pelo corredor.

– Alice?

– AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!!! – a pobre morena saltou assustada, se agarrando com força ao lustre preso ao teto e encarando acusatoriamente a figura no chão. – HANA! Pelamordedeus, mulher, quer me matar do coração?!

– O que você tá fazendo? – Hana pediu, encarando incrédula a amiga que ainda balançava de um lado para o outro no lustre.

– Eu achei que era a Kir. – esclareceu Alice, dando de ombros.

– Ah, tá explicado. Mas tipo... cê sabe que ela vai te pegar mais cedo ou mais tarde, e eu acho que seria bem menos doloroso pra você se ela te pegasse mais cedo. - Hana sorria descaradamente.

Com um estremecimento, Alice desceu do lustre, se espanou para retirar a poeira inexistente e ficou a encarar a amiga, que ainda sorria como um gato que comeu o canário.

– Qui qui foi, Alice?

– Hana... Que diabos de roupa é essa?

A mais nova sorriu e deu uma volta, a peruca rubra balançando em sua cintura:

– Eu disse que ia terminar meu cosplay, não é? As espadas do Zoro vieram bem a calhar, aí foi só escolher uma das dez mil roupas dela! Aliás, cadê o pobrezinho, heim Alice? Olha que quaisquer danos à integridade física ou mental que ele venha a sofrer serão sua responsabilidade, viu?

Ela acenou uma das mãos, desconversando.

– Tá com a Kir e tenho nada a ver com isso. Mas não me enrole mulher, cê lembra quem vai entrar na casa hoje? Quando ele te vir assim vai ter um treco!

Hana estampava uma das suas expressões favoritas: a cara de pau.

– Claro que eu sei Alice, porque cê acha que eu corri pra terminar a roupa de madrugada? É hoje que eu faço aquele uke depressivo entrar no maior pesadelo da vida dele, huhuhu...

Hana sorria psicoticamente, brincando de arremesso ao alvo com as katanas em um grande pôster de um de seus animes favoritos. E ela não errava o rosto dos personagens que odiava! Alice deu de ombros e foi preparar as próprias apresentações, já que o dito cujo nem estava sob sua jurisdição.

"Coitado, se ele não virar macho hoje, estaremos destruindo um dos shippers mais amados da atualidade...mas que se dane, tô nem aí, eu nem shippo mesmo."

– Ah, quase esqueço. - Hana freou abruptamente. - Pedi ajuda a um amigo hoje cedo, já que os convidados serão um pouco mais... Complicados que a média. Ele me deu isso.

Ela abriu a sua bolsinha azul e tirou lá de dentro um líquido estranho, roxo e viscoso, dentro de uma garrafa com um lacre na forma de oni. Alice engoliu a seco e sentiu calafrios.

– O... O que cê vai fazer com isso, sua louca? E quem te deu?

– Eu. Mas não foi um presente, digamos que foi... Uma transação comercial.

Hana sorriu para a figura loira e charmosa que surgiu ao seu lado, apertando o seu ombro. A capa pendia a poucos centímetros do solo, seus olhos claros faiscavam e a pele parecia ser tão macia que era preciso autocontrole para não tocá-la. Sua amiga tentava a todo custo resistir a salivar. Céus! Mas tinha que ser justo ele? Um dos mais deliciosos personagens da ficção, mas ao mesmo tempo menos confiáveis?

– Howl, Pendragon, Jenkins ou sei lá qual a alcunha que você esteja usando hoje, essa é minha amiga Alice. Não a seduza, por favor.

O feiticeiro sorriu para as duas, seus dentes brancos faiscando de divertimento.

– Nem poderia, a Sophie me mataria. Mas é um prazer conhecê-la.

– Prazer... Meu... Todo... Prazer...

– Vish, quebrou de novo... Olha, acho melhor voltar pro seu castelo, ouvi falar que Calcifer está irritado com você e pretende queimar todas as suas camisas... De novo.

Howl gargalhou e ambas se deliciaram com o som. - Se ele as queimar, eu conjuro outras e depois o tranco num pote de ervilhas por uma semana. Mas tem razão, preciso mesmo ir.

– Ahm! Vai não. Você bem que poderia ficar para assistir o programa como convidado especial, Howl! A gente vai já começar mesmo. E você poderia nos dar algumas dicas ou até mesmo aprender uma coisa ou duas com a nossa Kir. – Alice se queixou, fazendo biquinho.

Hana, por sua vez, sentiu calafrios na espinha ao imaginar o que seria da humanidade caso aquela diabolicamente bela criatura insana resolvesse aliar-se com a louca líder da casa e procurou desesperadamente por uma desculpa que fizesse o seu ajudante sair dali o mais rápido possível.

As duas observaram o feiticeiro caminhar na direção oposta e se jogar com graciosidade em uma das confortáveis poltronas da sala. – Ah, isso parece divertido. Acho que vou ficar um pouco, então.

– Ahm, mas Howl. A Sophie não tinha lhe pedido para voltar mais cedo? – Hana pediu com um sorriso amarelo, tentando fazê-lo sair.

– Eu digo a ela que tive um imprevisto. – o loiro deu de ombros.

– Mas a bruxa não está atrás de vocês? – tentou novamente a morena, ligeiramente preocupada agora.

– Eu sou mais inteligente que ela.

– Mas... – todo e qualquer argumento que uma quase desesperada Hana fosse fazer, desapareceu quando as portas do recinto se abriram e Kirjailija entrou praticamente valsando.

– Oi, oi! – ela cumprimentou, apenas para estancar ao encarar ao deus grego esparramado languidamente em um de seus sofás. – Ora, ora, ora... O que temos aqui heim? – praticamente ronronou, se aproximando do loiro com passo felinos.

– Puta que pariu. Fudeu tudo agora... – Hana reclamou em um sussurro. Com um suspiro, ela resolveu deixar a bola rolar e ver no quê que dava. – Hey Kir. Este é...

– O Mago Howl. – o loiro se adiantou, levando uma das mãos da morena recém-chegada aos seus lábios e depositando um suave beijo. – Ao seu dispor,madimoselle.

– Ora, tão encantador. – os olhos negros de Kir brilhavam cheios de malícia. – Mas eu temo que eu e minhas amigas estamos sem tempo para brincar com o senhor.. Talvez mais tarde. – e, com um sorriso cheio de dentes, ela acionou um dos milhares botões do seu controle-remoto-dos-infernos, fazendo com que um alçapão se abrisse debaixo do atordoado mago, que caiu por ele com um grito indignado.

– Ahmmm!!! Por que você fez isso, Kir?!! – Alice pediu emburrada logo que o alçapão se fechou.

– Porque nós temos muito que fazer ainda. – ela respondeu com indiferença, parando quando notou o pote nas mãos da outra amiga. – E que diabos é isso na sua mão Hana? Suco de Ditto?

– Nam. Só uma coisinha pra ajudar com os convidados de hoje. E provavelmente os do futuro também...– Hana respondeu com um sorriso falsamente inocente.

Erguendo uma sobrancelha desconfiada, Kirjailija deu de ombros e resolveu ignorar a amiga. Afinal, elas tinham um programa para continuar e ela acabaria descobrindo o que era aquilo mais cedo ou mais tarde.

BBB no ar:

Kir apertou o botão no painel, elevando automaticamente a cortina de metal que as escondia dos membros da casa. Ao contrário do dia anterior, desta vez todos estavam presentes, a maioria sentada no sofá, outros de pé e, curiosamente, um garoto pálido empilhava cookies na forma de Taj Mahal. As três respiraram fundo e Hana foi a primeira a resmungar:

– Olha, eu gosto muito do Near, mas essa mania dele me dá nos nervos.

– Deixa a criança em paz, sua chata! - Kir mostrou a língua, em uma prova mui eficiente de maturidade.

– Hmpf! Ok ok. Mas ele que comece com aquela coisa de porcentagens pra cima de mim!

Alice não comentou que o botão de áudio estava ligado e os presentes podiam ouvir cada palavra do que elas diziam; só iria encompridar a discussão.

– Deixa ela Kir, tá de mau humor porque acabou a temporada de animes. Vamos começar com as apresentações logo, sim? Estamos extremamente atrasadas!

– Então, eu começo.

– Não, EU começo! – Hana, em um ato de extrema coragem (ou, melhor dizendo, loucura), tomou para si o microfone das mãos da líder, respirando fundo e fazendo a sua melhor expressão de apresentadora – infantil – que – finge – que – gosta – daquele – monte – de – pirralho.

– E agora, minhas leitoras fiéis e que não tem mais o que fazer além de dar os cabimentos a três malucas, vamos ao primeiro convidado da casa! Um loiro lindo, sexy, amado e extraterrestre, vindo diretamente dos confins da galáxia ou da instigante Inglaterra, ainda não sei ao certo! Segurem seus ovários garotas, porque aqui está...Takumi Usuuuuuuuuuuuuui!!!!

A morena socou com empolgação um botão vermelho e gigante na parede, trazendo um mau pressentimento aos integrantes da casa. Com um grande ranger que fez ouvidos mais sensíveis serem tapados, o teto de abriu ao meio e todos puderam ver, chocados, uma nave espacial se aproximando e ficando bem acima deles. A maioria estava tão surpresa que nem teve presença de espírito suficiente pra tentar escapar ou sequer dar atenção ao grito indignado de “Hey! Isso é plágio!!!” de Kir. (Hana: Tô nem aí, Usui só combina com nave espacial, num tenho culpa se você usou antes de mim.)

Se divertindo horrores com a reação dos convidados, Hana apertou um botão verde ao lado do vermelho, e a parte inferior da nave se abriu, lançando um facho de luz azul no meio da sala. Foi ouvido um som de descarga elétrica e, meio segundo depois, surgiu um jovem loiro sentado no chão. Vestia uma calça verde folgada e camisa branca com gravata preta desalinhada, claramente partes de um uniforme escolar. Em seu pescoço, uma coleira dourada e discreta brilhava, tendo ao centro um pingente com o desenho de sua amada Misa-chan (Arte by Ikkun). A nave zarpou logo em seguida, e o teto tornou a fechar.

– O que...que foi isso?

– Isso foi um plágio gigante, isso sim! – Kir bufava indignada.

– Foi mal Usui-kun, sei que hoje era dia das orelhas e causa de raposa do Maid Latte, mas precisamos de você. Pode sentar ali ao lado do Kurokocchi, por favor? – Hana pediu, não ligando nem um pouco para os resmungos da sua amiga.

Apesar de atordoado, ele sacudiu a poeira da calça, permanecendo sentado ao chão com uma fofíssima cara de confusão.

– Está bom aqui mesmo.

– OK então... Depois falamos com você. Agora, minha amiga aqui precisa trazer mais uma cobaia pra dentro da casa, né Alice?

Alice assentiu empolgada, pegando em mãos o microfone que a amiga oferecia.

–Finalmente um pouco de atenção, sabe? Caham! Minhas leitoras pediram e aqui está! Um garoto fofo, mas perigoso, com grandes poderes e insanidade mental proporcional, além de um cabelinho e roupas agoniantemenente as-si-mé-tri-cas...

–Eita, pegou o vírus dele foi? - Hana sussurrou.

–Tô mais focada em saber se a palavra "agoniantemene" existe ou ela inventou agora – Kir murmurou de volta, materializando um dicionário em suas mãos.

–OI? Tô apresentando um convidado aqui, tá difícil?

–Vai, continua criatura! - As duas quase gritaram.

–Com vocês...DEATH THE KID!!!!!

Saltitando sorridente, a menor sacou mais uma vez a sua varinha e acionou um eficiente "Lumus". A luz azulada atravessou o cômodo, errando por milímetros as cabeças de um ágil e esquivo Sebastian, e de um assustado Nezumi, que caiu do encosto do sofá onde ele estava escorado bem de bunda no chão. Ao tocar a parece adjacente, Alice a conduziu de forma a desenhar o contorno de Shinigami-sama. Um portal brilhou fosforescente e de lá de dentro pôde-se ouvir o grito desesperado de um garoto sendo arrastado contra a sua vontade. Meio segundo depois, Death atravessa a sala a uma velocidade parecida com a do som, se esborrachando no chão e permanecendo imóvel.

–Ui, essa doeu! Deixa eu anotar pra usar depois... (precisa dizer que foi a Kir?)

–Vish, acho que errei a dose da poção. Era uma colher ou um copo, Hana?

–Sei lá, as instruções do Howl vieram em uma língua estranha, parecia Klingon. Eu dou a quantidade que acho necessária.

–E como faz pra eles tomarem? - Kir indagou curiosa. - Porque tenho certeza que ninguém tomaria aquele suco de Ditto por livre e espontânea vontade.

–Coloquei nos brownies do Sebastian. Ninguém resiste aos brownies do Sebby-chan!

Os convidados (AKA prisioneiros) observavam entediados ao desenrolar da cena, rezando com todas as forças para que aquilo fosse apenas um pesadelo.

–Com licença.

As três voltaram suas atenções para o baixinho que se manifestara. Um ou outro inquilino saltou de seu lugar, a pergunta "De onde diabos ele surgiu?" estampada em suas caras.

–Fala, Kurokocchi!

–Ele está vivo? - Apontou para um Death The Kid ainda inconsciente. As três sorriram amarelo.

–Claro, claro, está sim! Só um pouco atordoado, mas nada grave. Ah, olha a hora, não tá na hora de apresentar o seu outro convidado, Hana?

–Tem razão Alice! Me dá isso aqui, é minha vez de novo!

Hana arrebata o microfone, tosse um pouco e grita a plenos pulmões:

– E agora, para aquelas com tendência à shotaconisse, um demônio moreno com alguns (muitos) probleminhas familiares, herdeiro ao trono do quinto dos infernos e membro vitalício da minha nobre lista "Não leve a mal, mas prefiro o seu irmão.", vem aí: Okumura Rin!

Ela largou o microfone e pegou a garrafa que comprara de Howl, com pouco menos da metade de seu conteúdo. Em seguida, o despejou inteiramente no chão até a última gota. O líquido começou a borbulhar e se expandir, liberando no processo uma gosma roxa e com um cheiro de amora. Hana arregaçou as mangas (literalmente) e enfiou a mão no meio do líquido até onde foi possível.

– Onde está? Xovê... não, aqui não...mais pra direita? Pera, quase... peguei!

Ela puxou com toda a força e tirou lá de dentro um adolescente baixo e magro, de cabelos negros, orelhas e caninos pontiagudos, além de uma charmosa carinha de criança. Imediatamente o portal bizarro se fechou e ele se viu sentado no chão, a espada às costas e seu fiel companheiro negro sibilando em seu ombro. Rin saltou e se pôs de pé em posição de combate em meio segundo, tão desconfiado que nem sequer notou a fofa coleirinha preta e verde com um pingente em forma de chama azulada que cintilava em seu pescoço.

– Que porcaria é essa? Onde é que eu tô e como vim parar aqui? E quem são vocês?

–Sempre as mesmas perguntas... Ô falta de criatividade! – Alice deu de ombros, enquanto baixava anime da internet. Hana rolou os olhos e continuou.

–Calminha aê, Kuro, eu não quero machucar o seu dono... Olha o que eu tenho pra você!

Ela ofereceu ao gato uma tigela com um líquido transparente, que ele cheirou desconfiado antes de sorrir de orelha a orelha, se atirando ao vinho de erva de gato como se não houvesse amanhã. Rin rosnou descontente para o seu youkai.

–Traidor!

–E você vem cá, filhote de cruz-credo, passe praquela salinha junto com os outros, chispa! - Kir pegou o recém-chegado pela gola da camisa e o arremessou sala adentro, através da janela de comunicação previamente aberta por Alice. O moreno rolou alguns metros antes de ser freado por um solidário Kenshin, que o ajudou a se levantar e se recompor.

– Bem, acho que agora é a minha vez então. – ela continuou como se nada tivesse acontecido, sorrindo de orelha a orelha e pegando o microfone.

– E agora, para todos vocês caro leitores, um amado personagem que eu nunca ouvi falar, de um anime que eu nunca assisti na minha vida! – Kirjailija anuncia, lendo de forma robótica as informações em um pequeno pedaço de papel que as suas amigas haviam lhe dado.

Do nada, um buraco negro se abre do teto e algo cai por ele, levantando fumaça e poeira para todos os lados. Bufando com irritação, Kir retira de lugar nenhum um superpotente aspirador de pó compacto e começa a recolher toda a poeira, revelando a figura de um jovem rapaz de cabelos curtos azulados, olhos castanhos confusos, com uma estranha marca de padrão avermelhada na sua face direita e uma coleira azul marinho com uma bonequinha de cabelo ruivo pendurada.

– E aqui está ele, senhoras e senhores! O nosso mais novo concorrente. O... O... – Kirjailija para e se volta para encarar o ainda confuso rapaz. – Comé mesmo o teu nome?

– Gerard* Fernandez. – Hana sussurra no ouvido da amiga.

– Ah, tá... E aqui está ele, meu povo! GERARD FEEEERNANDEZZZ!!!

O recém-abduzido as encarava com cara de idiota, e apenas os mais atentos puderam notar que o novato Usui estremecera à menção do primeiro nome do ex-mago santo, olhando ao redor como se alguém estivesse stalkeando-o.

– Sério... Por que foi mesmo que a gente deixou esse personagem pra ela apresentar? – Alice pediu em um sussurro para a amiga morena ao seu lado.

– Porque se ela não tivesse ninguém pra apresentar era bem capaz dela dar um pití apocalíptico. – Hana respondeu, também aos sussurros.

De súbito, Jellal encara Hana e engole a seco. Esta sorri presunçosamente, fazendo seu convidado ficar em um quase estado de choque.

– E-e-erz...

– Não disse que ele ia ficar com trauma? - A cruel ri consigo mesma.

– Maldade, Hana...

– Olha quem fala de maldade comigo Kir, há tempos eu queria aprontar uma com esse...esse...isso aí!

Alice riu consigo mesma, conduzindo um dócil e manso Jellal até a sua prisão temporária sem fornecer um mísero esclarecimento.

– CAHAM! – Kirjailija olhou com censura para as duas amigas. – Posso continuar?

– Sim, sim! Fique a vontade. – as duas responderam prontamente.

Kir então retira de seu decote um pequeno colar em forma de apito para cães, toma um rápido fôlego e o assopra. Para assombro geral, nenhum som sai do ornamento, deixando a todos com cara de ponto de interrogação.

– Kir..? – Hana tentou perguntar, apenas para ser interrompida por um coro de latidos estrondosos e um barulho ensurdecedor de patas batendo de encontro ao chão.

Meio segundo depois, as portas do recinto foram quase arrancas de suas dobradiças quando a gigantesca figura de um impressionante Cérberus passou por elas a toda velocidade, se detendo em frente a jovem morena psicopata.

–Oumm, meu bebê!!! – ela arrulhou para a coisa grande assustadora. – Quem é a coisa fofa da mamãe? Quem é?!

As três cabeças latiram com alegria para ela e logo a grande besta havia se deitado no chão, mostrando sua barriga para que ela a afagasse.

– É você sim, é você! – Kir continuou a falar com o animal de forma infantil, enquanto esfregava sua barriga.

– Sério, essa mulher é louca!! – comentou um assustado Kyoya, dando um passo para mais longe do estranho par.

– Você não faz ideia do quanto. – Hana suspirou, já nem um pouco surpresa com as coisas que sua amiga aprontava.

– Agora bebê. – Kir chamou, atraindo a atenção de todos. – Você ajuda a mamãe? Ajuda?

O cão se ergueu e latiu contente, seu rabo abanando de um lado para o outro e quase derrubando alguns objetos decorativos no processo. Sorrindo largamente, Kir puxou um pacote vermelho e retirou de dentro um pequeno leãozinho amarelo de pelúcia, que xingava e se debatia com fervor.

– Ahh!!! Me solta sua maluca!!! Eu vou te denunciar para a Associação Protetora dos Mascotes de Pelúcia dos Animes!!

– Calado. – a voz fria e o olhar cortante fizeram todos os presentes se afastarem um passo, e ao boneco amarelo engolir em seco. Um novo sorriso cheio de malícia surgiu no rosto da morena quando ela se voltou novamente para o Cérberus, estendendo o animal de pelúcia. – Aqui bebê, cheira!

Três focinhos gelados se aproximaram e fungaram por toda a extensão do boneco, que permaneceu imóvel, temendo por sua vida.

–Agora... Procura! – ela ordenou.

Com um sonoro latido, o grande animal deixou a sala através de um buraco negro que surgiu do nada no chão, apenas para retornar poucos minutos depois com um pálido, amarrotado e ferido rapaz ruivo, que vestia um simples yukata preto, preso em uma de suas bocas.

–Bom menino! – Kir elogiou, se aproximando do rapaz e prendendo uma coleira laranja com um pingente de uma estranha espada em seu pescoço. – Agora larga.

Com o comando, o cão abriu sua grande boca e deixou que o ruivo caísse no chão. Este, assim que se viu livre, se afastou a toda velocidade do animal, se encolhendo em um dos cantos do quarto.

–Mas que porra é tudo isso?! Quem diabos são vocês?! – ele exigiu.

– E aqui temos ele, senhoras e senhores leitores!! – Kir anunciou, ignorando completamente ao desesperado ruivo. – Nosso ruivo e enfezado shinigami/Hollow/Protagonista-cheio-de-proteção-especial, que chega a ser mais difícil de matar do que o Seiya de Pégasus... Kurosaki Ichigoo!!!!!

– E estamos quase lá agora, estimados leitores! Quinze já foram, só falt... – Kirjailija anunciava, apenas para ser interrompida por Alice, que encarava aos “convidados” de um por um.

– Errr... Só tem quatorze ali Kir.

– Uai, cê tem certeza? – a morena perguntou estranhada. – Cês contaram o Kurokochii também?

– Sim, sim. Dá pra ouvir o barulho do guiso dele logo ali, atrás do Itachi. – Hana apontou, também contando as diferentes cabeleiras coloridas.

– Oxi... Mas então quem..? – realização amanheceu no rosto de Kirjailija e ela prontamente decolou para fora do quarto, deixando suas confusas amigas para trás.

Os sons de engrenagens girando, grades se afastando, um dragão cuspindo fogo, uma ponte levadiça descendo e uma porta se abrindo foram ouvidos em sucessão, seguidos por um grito de gelar o sangue, que ecoou por toda a mansão. Meio segundo depois um vulto esverdeado se precipitou pela entrada do aposento e tentou se esconder o mais longe possível da porta, onde uma sorridente Kir acabava de se escorar.

–Por favor! Por favor! Eu sinto muito. – diminutos olhos negros encaravam aterrorizados à mulher na porta. – Eu juro que farei qualquer coisa, mas, por favor, não mais!!!

– Aum! Bom menino. – Kir praticamente ronronou, com uma voz quase infantil. – Agora... Por que você não se junta aos seus amiguinhos ali na outra sala e fica bonitinho?

Acenando efusivamente, o homem de cabelos verdes se apressou a cumprir com o que lhe foi ordenado, praticamente voando para longe dela.

–O quê que cê fez com o bichinho, Kir? – Hana pediu, não tendo realmente certeza de que gostaria de ouvir a resposta.

– Ah, uma coisa ou duas... – a morena desconversou. – E nem pense que eu me esqueci de você, viu senhorita?! – ela acrescentou, se voltando para encarar a sua outra companheira, que tentava sair da sala de fininho.

– Tá, mas deixa isso pra depois que nós ainda temos que terminar o programa. – Hana chamou.

– Aff, tá bom! – Kir bufou e voltou a pegar o microfone. – Como eu estava dizendo, meus fofos leitores, quinze já foram e restam apenas mais cinco vagas. E então nós poderemos realmente começar com a diversão! Não percam o nosso próximo e eletrizante capítulo de Gato do Século!!!

BBB off – Nos bastidores

– Ufaa... Eita que a gente bateu o recorde hoje heim? - Kir suspirou meio debochada. - Um alienígena pervertido, um demônio mestiço, um mago das trevas ex-vilão, um shinigami/quincy/sayajin/guerreira lunar e o filho da morte, que, diga-se de passagem, tem sérios problemas mentais!

Alice aproveitou a deixa para colocar a atenção da amiga em outra coisa que não fosse o seu desejo de vingança:

– E algum deles não tem problemas mentais, Kir? Quer a lista? Um ex-retalhador infernizado pelo seu passado; um louco que matou a família toda e foi morto pelo irmãozinho afeminado; uma criatura que não pode ser detectada nem por radares militares; um demônio que é fissurado por gatos e faz o melhor bolo de nozes que qualquer um já comeu; e, mais importante, um cachorro demoníaco gigante de pelo branco que tem fixação pelo irmão menor!

– Faltou dizer que ele é pedófilo. - Kir acrescentou, mostrando a língua travessamente.

– E olha que a gente tinha dito pra escolher caras mais mansinhos, mas as leitoras também não ajudam! - Alice suspirou. - E quantos demônios a gente tem aqui, heim? Eu só acho que isso é meio perigoso...

– Perigoso é o Kid, isso sim! Das duas uma: ou ele arranca as caras do Jellal e do Kenshin dizendo que tão assimétricas, ou ele infarta. Alice controla ele, por favor, não podemos ter mortes antes do tempo. - Hana pediu.

– Não se preocupe amiga, a coleira dele é especial. Cada vez que os batimentos do Death disparam, ela libera uma quantidade pequena de anestésico no ar. Ele não vai apagar, mas vai ficar calminho, calminho.

– Eu tenho é medo de perguntar de onde tu tirou o anestésico... Eles não são Receita A não, Hana? – Kir pediu com uma pequena gotinha caindo da sua cabeça.

– Neim vem coisa! Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe!!!! – respondeu a morena indignada. – E alguns calmantes são receita controlada, então não enche meu saco, valeu?!

– Ummm... Mas ainda assim... Saia mais barato aquelas coleiras de cachorro que dão choque quando eles latem. – de repente, os olhos castanhos escuros de Kir começaram a emitir um brilho maníaco. – Gente! Por que não pensei nisso antes?!!!

– Ai, meu pai!

– Lá vem.

E assim as duas morenas mais novas assistiram com crescente preocupação enquanto sua líder desaparecia por um dos corredores, cacarejando loucamente a plenos pulmões.

–Isso ainda vai dar em merda. – Hana murmurou.

–Pelo menos ela se esqueceu de mim por enquanto. – Alice suspirou aliviada.

Meio minuto depois.

–A-LI-CE! – uma voz cantante ecoou pelos corredores, causando um arrepio de medo a descer pela coluna da menor morena.

– Ai, meu pai! – e, em um piscar de olhos, ela havia desaparecido para sabe-se lá onde.

“Eu realmente espero que a Kir não mate ela.” Hana pensava, assobiando como alguém sem nenhuma preocupação, enquanto caminhava calmamente em direção ao seu quarto.

~Off: Nossos convidados, parte 03:~

Usui

Death the Kid

Okumura Rin

Jellal

Ichigo


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Coloquei como Gerard inicialmente apenas por motivos de encher o saco do Usui, quem lê o mangá entenderá o motivo, mas a escrita adorada será a oficial, Jellal.O que acharam? Agora restam apenas mais cinco vagas, quem serão os últimos a ingressar na casa? Opinem, votem, aceitamos sugestões de ingresso a casa e mecanismos de tortura, física e psicológica!Até a próxima, e reviews onegai!