Guardiões: O Retorno Das Trevas escrita por Annabel Lee


Capítulo 20
A Guardiã da Coragem


Notas iniciais do capítulo

Então Guardiões..... I'M BACK!!!!!!!!!



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Merida lutava contra os ursos desesperadamente.

Estava esgotada. O cansaço físico e emocional já haviam chegado faz tempo e ela ainda se mantinha de pé. E com todo esse esforço ela tinha abatido apenas dois ursos de (mais ou menos) 10.

Eles já haviam rasgado grande parte do vestido dela (e também do rosto). O pior é que as flechas estavam quase no fim, e certamente que ela não conseguiria lutar contra todos aqueles ursos apenas usando apenas uma faca de caça.

Com todos aqueles problemas, pensar no medo e no desespero não era bem uma prioridade. Mas mesmo assim as cenas do ano anterior não paravam de passar pela cabeça de Merida.

Quando feria um dos ursos, ela teria sempre que repetir: Não é a mamãe, não é a mamãe.

E acabava pensando em Mordur e o medo crescia. Quase não acertava a mira com a flecha e passava maior parte da luta fugindo, do que de fato atirando.

Pare de fugir! Ela ordenou a si mesma. Não é a Merida que eu conheço. Não sou eu!

Ela chorava. Não queria correr. Um urso arranhou o braço dela e ela conseguiu abatê-lo com uma flecha. Os outros se aproximavam. Ela correu até a entrada da caverna. Estava fechada com uma enorme pedra impossível de carregar.

Os ursos corriam até ela. Merida respira profundamente. Se ela vai morrer ali, que morra lutando. Chega de sentir medo...

– Eu te amo, gente. - ela sussurra com a imagem da família na mente. Os irmãos, o pai e a mãe. Talvez tivessem sido levados pelas trevas... E quem sabe ela se juntaria a eles.

Tirou a flecha da aljava depois de um longo suspiro. Acertou. A flecha certeira atingiu na têmpora de um dos ursos, derrubando-o. Merida repetiu com outros quatro que também caíram mortos.

Quatro flechas apenas. Os ursos pareciam mais lentos a cada morte de um deles. Isso daria tempo a Merida, mas não muito. Então a coisa mais maluca acontece... Uma explosão. De gelo.

Cinco ursos viram estatuas de gelo que são quebradas por um longo galho de árvore. Não, não um galho. Um cajado.

Jack Frost surge do nada congelando e acabando com alguns ursos. Merida franziu o cenho quando notou que ele carregava uma garotinha, mas deixou isso para lá.

Ela prosseguiu a atirar e foi coletando suas flechas das carcaças dos ursos abatidos. 10 flechas recuperadas, enquanto ela continuava matando os outros demônios com a ajuda de Jack Frost.

Logo, todos estavam derrotados e mortos. Merida se aproxima de Jack mancando.

– Muito obrigada, Frost - ela agradece recolhendo mais uma flecha do pescoço de um urso.

Ela se levanta e estende a mão.

– De nada, ruiva - ele diz apertando-a.

A garotinha ainda estava no colo de Jack. Meio apavorada, meio admirada. Ela sorri para Merida, revelando uma janelinha nos dentes.

– Oi! - diz a garotinha com entusiasmo.

– Olá.

– Qual é o seu nome?

– Merida. E o seu?

– Lúcia - a garota abre o sorriso.

Merida olha para Jack, com uma expressão interrogativa. Jack apenas faz um gesto do tipo "explico depois..".

Então um assunto surge na mente de Merida com um turbilhão. Ela agarra a manga do casaco de Jack.

– Soluço! - ela diz - precisamos ajuda-lo! Ele se perdeu e...

– Calma aí, ruiva! - Jack tira a mão de Merida com cuidado do casaco dele - eu sei onde ele esta. Só precisamos viajar no Portal.

Jack balança os dedos e uma bola de neve branca surge dentre eles. De repente, a expressão dele se torna séria.

– Precisamos salvar Rapunzel. Ela... esta ferida. Provavelmente a beira da morte.

Merida assentiu.

– Tudo bem. Mas depois salvamos Soluço, certo?

– Mas é claro!

Merida respira bem fundo. Jack ia jogar a bola de neve/portal, mas então ela lembrou-se de algo.

– A adaga?

– Breu esta com ela.

Os olhos de Merida arregalam-se. Estavam certamente perdidos. Não adiantaria salvar Punz nem Soluço. Todos morreriam ou quem sabe sofreriam uma ditatura totalitária do Caos.

– Estamos condenados.

Jack pensa um momento. Refletindo.

– Talvez não.

– O que quer dizer?

– Vou te contar...

Jack contou a Merida tudo o que passou no Esconderijo do Breu e como o mesmo capturou a irmã, que veio do passado. Jack contou a ela como descobriu seu cerne e como se libertou das correntes de Breu.

Então... ele contou o plano.

Depois de ouvi-lo, Jack lhe faz uma estranha pergunta:

– Descobriu o seu cerne?

Ao invés de responde-lo diretamente, Merida contou sua história: como mudou o próprio destino e o que presenciou apenas alguns minutos atrás.

Depois do relato, Merida compreendeu. Relembrar tudo o que passou fez ela lembrar-se o que descobriu nela, o que ela sempre guardara dentro de si e nunca reconheceu. Sua Coragem.

– Eu... sou corajosa - ela diz.

Jack sorri.

– Então temos um cerne! Sinceramente, Merida não sei como demorou tanto a nota-lo.

– Desculpa senhor bem resolvido...

Jack ri. A irmã dele também da uma baixa risada. Merida não deixa de acompanha-los.

Ela se sentiu, de certa forma, aliviada por encontrar seu dever em meio aos Guardiões. Jack explicou que seu cerne revela seu talento como Guardião. Ela... Merida, a Guardiã da Coragem. Nunca imaginou isso.

Mas, afinal, quem imagina?

– Vamos - ela diz - temos que salvar uma certa amiga nossa!

Jack lança a bola de neve e, juntos, entram no Portal. Determinados a lutar com qualquer ser que os impedisse de salvar Rapunzel.


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Notas finais do capítulo

O capitulo não esta dos maiores.... :/