Wib - Women In Black escrita por Estressada Além da Conta, ariiuu


Capítulo 8
Até Sexta


Notas iniciais do capítulo

Seria a vez de Ariiu-san, mas ela não teve nenhuma ideia, tipo, teve um bloqueio dos infernos, então eu quem escreveu esse capítulo e vou escrever os outros dois, creio. No próximo será o encontro dos dois! E meus capítulos dessa história serão atualizados às Quintas, sempre que estiverem prontos.



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Law's POV

Nami-ya me guiou até uma sala que não ficava muito longe. Eu observei tudo. Desde a primeira poeirinha até os cabelos cor de laranja que bailavam com o vento graças ao andar decidido da jovem de terno. Formosa, Nami-ya era extremamente formosa. Era decepcionante ela não se lembrar de nada. Eu nunca conseguiria esquecer. Que tipo de gente enfrentaria um monstro para salvar um completo estranho? Simples: Uma WIB de cabelo laranja.

– É aqui. – Ela me tirou de meus pensamentos sobre ela. N abriu uma porta e entrou, lançando antes um olhar para mim, num pedido mudo para que a seguisse. E foi exatamente o que eu fiz – Esta é a Sala de Treinamento. Aqui nós aprendemos artes marciais, autodefesa, como segurar diferentes armas e lutar com elas e qualquer outra coisa relacionada a lutas. Exceto pontaria, que aí temos outra sala feita para isso.

Fitei a sala. Era ampla, com tatames e colchonetes espalhados pelo chão. Ganchos no teto para colocar sacos de pancadas pendurados. Num canto mais distante, estavam alguns pesos, argolas e barras. Estava explicada a força daquela mulher. Numa das paredes, estava, como um troféu, uma espada japonesa. Algo naquela espada me intrigou. Ela parecia chamar por mim.

– É uma bela espada. – Comentei com o olhar vidrado no objeto.

– Katana. O nome desse tipo de espada é katana e é oriental. – A mulher me corrigiu, tirando o terno e colocando num canto. A camisa escarlate contrastava perfeitamente com a pele clara exposta por culpa de alguns botões que estavam abertos, provavelmente por causa do busto avantajado da mulher.

– Pronta para sair na sexta? – Questionei, sorrindo cinicamente. N estreitou os olhos, num aviso mudo que fiz questão de ignorar.

– Vamos começar logo com isso. – Resmungou emburrada, ficando na minha frente.

– Isso é vontade de sair comigo?

– Não, de ganhar de você de uma vez por todas. Pronto?

– Ainda pergunta? E você?

– Vou te mostrar o porquê de eu ser uma agente de elite!

Nami's POV

– Vou te mostrar o porquê de eu ser uma agente de elite! – Eu exclamei e avancei para ele com os punhos cerrados. Iria tirar o maldito sorriso petulante daquele idiota!

– Estou esperando. – Ele respondeu. Maldito.

Meu plano era simples: Eu iria dar uma surra nele, depois ia tirar toda e qualquer informação possível, depois ia apagar a memória do infeliz e largá-lo num canto qualquer. De preferência, no Alasca. E dentro de uma caixa muito bem fechada. É, isso deveria resolver.

Bonney's POV

N estava demorando demais para ir falar com o ruivo. Eu e ele nos encarávamos no antigo jogo infantil "Quem pisca primeiro" enquanto esperávamos. Até ouvirmos um estrondo e os dois acabarem piscando. O barulho vinha da Sala de Treinamento. Só podia ter vindo de lá. Um dos lugares preferidos de N. Deu, será que ela havia resolvido sair no braço? Geralmente, quem faria isso seria eu, ela sempre fora muito calma e centrada. Aquele tal de Trafalgar provavelmente fizera uma proeza enorme: Irritara N. Proeza enorme e suicida. Ninguém se metia com a minha parceira. Nem mesmo eu.

– O que infernos foi isso? – Kid resmungou assustado.

– Vem comigo! – Segurei o pulso dele e o puxei, pouco me importando com a cadeira que caiu no chão. Saí da sala quase arrastando o ruivo e fui em direção à sala. Encontramos H e R ido para lá também.

– B? – R olhou pra mim – É ela?

– Provavelmente, R. Ei, ruivo, seu amigo está muito ferrado.

– Hã? Por quê?

– Se não chegarmos a tempo, N irá mata-lo, cortá-lo em pedaços, colocar numa caixa muito bem lacrada e jogar num buraco no fundo do mar. – R comentou, com a calma de sempre.

Kid's POV

Okay, aquela mulher não era normal. E o que diabos Trafalgar estava pensando? Eu quem deveria puxar briga, não ele. Eu sempre fui impulsivo, como ele sempre disse, e ele que ia pra briga? Aquele idiota podia deixar de ser irônico apenas um pouco, não?

A cabeça de chiclete me guiou pelos corredores impecavelmente brancos, sem nunca soltar meu pulso. Não que eu estivesse reclamando. Era engraçado ver como a pequena mão tentava, em vão, rodear meu braço com seus dedos finos de mulher. As outras duas morenas nos seguiam um pouco atrás, mais preocupadas em me lançar olhares curiosos. Elas nunca tinham visto um homem, não?

– B, quem é esse? – Uma delas perguntou. A de cabelo maior e mais branquela.

– H, ele é um dos muitos segredos de N. – A outra respondeu.

– Espero que não nos metam em problemas. Você me ouviu, B?

– Sim, H, eu ouvi. Você não tem uma agência para cuidar? – B respondeu de péssimo humor. Sorri com a resposta mal criada. Até que nós dois tínhamos algo em comum: Odiávamos nossos chefes e tínhamos razão para isso.

– Deliquentezinha! Você e sua parceira serão punidas se algo acontecer a essa agência! – H exclamou, seguindo caminho diferente – E falem para N parar de dar problemas com esses malditos mistérios ou irei retirá-la daqui! – Disse já indo embora. Mulher insuportável.

– Ela diz isso, mas nunca cumpre. Nós precisamos de N. – A morena que restara, R, se não me engano, disse com um sorriso – Ela é a melhor agente. Alguns dizem que é a reencarnação da Sacerdotisa Umi, a Primeira WIB.

– Umi? Eu não entendo metade das coisas que você diz.

– E aposto que não escuta a outra metade. – A cabeça de chiclete resmungou irritada, abrindo uma porta com brusquidão.

Dentro da sala, uma cena inusitada:

N e Trafalgar lutavam um mano a mano.

Nami's POV

A porta se abriu de modo brusco, revelando, como constatei com o canto do olho, B, Kid e R. Nem eu, nem Law deixamos de nos encarar por só um segundo. Procurávamos incansavelmente por uma falha na luta, na guarda ou no corpo. Tudo para ganhar. Eu não desejava ganhar, eu precisava ganhar, eu iria ganhar. Provavelmente ele pensava a mesma coisa. A diferença era: Eu cumpriria meus pensamentos.

– Cansada, N? – Trafalgar perguntou. Droga. É lógico que ele precisava usar aquele sorriso.

– Nem no Inferno.

– Como você poderia se cansar em sua própria casa? Eis a questão.

– Quando um idiota como você aparece.

– Fala isso, mas quer perder apenas para cumprir o trato.

– Eu prefiro morrer a fazer isso. – Fiz uma cara de completo nojo e a expressão dele se fechou.

– Então eu vou cuidar disso...

Ele respondeu e avançou, preparando um chute certeiro. Porém eu me esquivei com a agilidade que adquiri depois de anos e anos de treinos árduos e dolorosos. Aproveitei a brecha e acertei um soco na barriga dele. Law foi para trás com a mão no estômago. Sorri e avancei, dando outra série de golpes que variavam entre chutes e socos, e ele se esquivava com certa dificuldade. Até conseguir parar minha mão com a dele e me puxar para ele. E não, não foi para um abraço. E sim para um soco no estômago que evitei deslizando pelo tatame, que, de tanto uso, estava mais liso que a cabeça de careca. Por causa disso, parecia que nós dançávamos, e não lutávamos.

– Já está treinando os passos para sexta?

– Vá se ferrar, infeliz! – Exclamei e dei uma rasteira nele. Infelizmente, o imbecil caiu em cima de mim, de novo.

Ficamos do mesmo modo de quando eu estava no Baratie. Novamente, os olhos cinza dele pareciam querer descobrir algo sobre mim que nem mesmo eu sabia. Isso me irritava, pois me dava medo. E eu odiava ter medo. Fui treinada toda minha vida para não demonstrar sentimentos. A vida me obrigou a esconder meus medos e indecisões. Então Trafalgar chegou e bagunçou tudo com o cinismo, o sorriso e o olhar acinzentado. Fitei as íris dele, pereciam se perguntar se eu estava bem. Ou podia ser só imaginação minha. Ficamos assim por alguns segundos, que mais pareciam meses, até eu umedecer os lábios, inconscientemente. O sorriso dele estava quase surgindo, no entanto, nesse momento, Bonney resolveu entrar na festa.

– O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?! – Aquilo nos tirou de nosso transe. Rapidamente, Law se levantou e ofereceu a mão. Como da primeira vez, ignorei a ajuda e me levantei sozinha. Idiota. Eu sempre soube me erguer sozinha.

– Não é o que parece. Parece que estamos lutando, mas na verdade estamos namorando. – Eu tinha que zombar da cara dela – É óbvio que estamos lutando, B. Pensei que tinha te ensinado a pensar;

– Apesar de eu achar que N queria estar fazendo a outra opção... – Trafalgar replicou e eu acertei um soco em sua cara forte o suficiente para fazê-lo sangrar pelo nariz e cair no chão. Kid soltou uma gargalha antes de ir ver se o amigo ainda respirava. Eu torcia para que não.

– Cale a boca, idiota.

– Por que estavam lutando? – Robin questionou curiosa. Não a culpava.

– Eu e esse infeliz fizemos uma aposta. Se eu ganhasse, ele me contaria algumas coisas que eu perguntei antes, mas que ainda estão sem resposta.

– E se ele ganhasse...?

– Aí eu iria sair com ele na sexta. – Bonney e Robin começaram a rir, desacreditando totalmente da minha história – Podem rir, eu também não acredito nisso.

– O cara bateu a cabeça! – B começou com as gargalhadas e berros – BATEU A CABEÇA! FICOU LOUCO DE VEZ! – E mais uma estrondosa gargalhada – Sair com a N... Esse quer morrer cedo! – Mais outra risada escandalosa – Melhor desistir, filhote. Essa daí é mais antissocial que todos os antissociais juntos! – Suspirei, era sempre assim. Minha parceira podia ser um pouco menos... Ela? Talvez nunca.

– Nami-ya! – Ouvi o moreno me chamar e me virei rapidamente, porém ele foi mais rápido. Com o punho direito cerrado, acertou um soco no meu estômago com muita força, me fazendo voar alguns centímetros. Bati de costas no chão e senti o sangue na minha boca. O gosto metálico não era nada saboroso – Agora estamos quites.

Law's POV

Finalmente havia conseguido acertar aquela mulher. Meu nariz latejava, o soco dela realmente era forte, mas, ei, o meu nunca ficaria para trás. Ouvi a explicação dela e o escândalo de B, tentando parar o sangramento, enquanto Eustass-ya ria da minha cara. Aproveitei a distração dela e consegui acertar um soco no estômago da mulher. Agora é rezar para não tê-la matado.

N se levantou com alguma dificuldade, com uma das mãos no local atingido, enquanto a outra se apoiava no chão para ajudá-la a se levantar. As duas WIB que estava ali nem sequer se mexeram. Pareciam saber que a ruiva se reergueria. Assim que Nami-ya se pôs de pé, um filete de sangue saiu de sua boca, fazendo caminho até o queixo, onde foi parado pela manga da camiseta.

– Você é melhor do que imaginei. – Ela disse.

– Agradeço. – Repliquei – Creio que isso seja um empate, não?

– Uma luta só acaba quando alguém vence, Law. – N rebateu. Pela primeira vez, a ruiva usava meu nome. Mas ela parecia com ódio.

– N, é um empate. Os dois ganham. Agora se acalme antes que algum desastre aconteça. – R falou. Diferente das outras duas, ela era sensata.

– Se você aparecer na minha frente nas próximas 24 horas, não respondo por meus atos. – Ela me ameaçou. Sim, ela estava com ódio. Raiva. Algo extremamente ardente. E eu gostei daquele olhar.

– Até sexta então, Nami-ya.

– Espero que esteja pronto pra responder toda e qualquer pergunta, sádico infeliz. Eu não vou pegar leve.

– Aguardo ansiosamente.


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Notas finais do capítulo

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