Capítulo 7

Ela estava dormindo, parecia um anjo. Me distraí a observando e sem querer fiz um barulho.

– Droga - disse baixinho.

Ela abriu os olhos, mas sua visão humanamente limitada. Não conseguiu me ver.

– Damon? - perguntou ela. Piscando algumas vezes.

– É sou eu - sussurrei - Volta a dormir - me aproximei dela. Ela se sentou na cama ainda meio sonolenta.

– É um sonho? - perguntou.

– Não, não é sonho. Eu estou aqui !

Ela se levantou, aproximou de mim e acariciou meu peito. Seu toque me causou uma sensação que eu não esperava. Ela reamente mexia comigo.

– Senti tanta sua falta - e pude ver uma lágrima no canto de seus olhos. Ela estava chorando? Por minha causa? - Pensei que nunca mais te veria de novo - ela me abraçou.

Seu abraço foi como um refrigério para minha alma. Se é que tenho uma. Como se todo meu sofrimento e culpa estivesse se esvaindo. Eu realmente me importava com aquela garota.

Mas meu coração pertencia a outra pessoa e o dela também. Ela só se aproximou de mim por carência, eu a ajudei, lhe dei atenção e ela se prendeu a mim.

– Eu tenho que ir - disse a ela.

– Não, fica mais um pouco - ela fez biquinho e foi dificil resistir. Mas precisava me alimentar

– Eu tenho que caçar. Saí para me alimentar, mas antes vim ver como você está. E parece que esta bem - disse a ela. Será que ela percebeu que eu queria ficar tanto quanto ela queria que eu ficasse?

– Então se alimenta de mim - disse ela sua voz beirando o desespero e pendeu a cabeça para o lado. Deixando exposto seu belo pescoço.

– Melhor não - fiquei de costas para ela.

Não acredito que estava recusando sangue! Ela se aproximou de mim por tras e me abraçou.

– Eu sei que você quer - ela sussurrou no meu ouvido.

O que aconteceu a seguir. Parecia que não era eu, foi algo inesperado. Me virei, ficando de frente para ela e a beijei. O beijo foi doce e inocente. Mas depois ardeu um forte desejo e o beijo ficou mais exigente. Mais selvagem. Ela retirou minha jaqueta, desabotoou minha camisa, deixando meu peitoral a mostra. A abracei fortemente contra meu peito nu, desci meus lábios para seu pescoço, passei uma de minhas mãos em sua nuca e entrelacei meus dedos em seu cabelo e os puxei de leve e ela sorriu. A outra mão acariciei suas coxas e fui subindo até suas costas e ela estremeceu ao meu toque. Fui guiando ela de costas até sua cama e a deitei gentilmente. Ela retirou sua blusa e pude ver seus seios. Me aproximei dela, com cuidado para não colocar todo meu peso sobre seu corpo e a beijei enquanto acariciava seus seios. Seus gemidos me excitaram. Ela acariciou minhas costas com as pontas de seus dedos e depois seus lábios roçaram meu pescoço, fazendo os pelos em minhha nuca arrepiarem. Delicadamente senti minhas presas romperem sua pele.

– Seth - ela disse entre um sussurro e um gemido.

–Seth? Você me chamou de Seth? - perguntei sem disfarçar minha frustação.

– Me desculpe - ela pousou sua mão macia em meu rosto.

– Me desculpe você - e olhei para seu pescoço ensopado de sangue. Rasguei meu pulso com meus dentes e dei meu sangue a ela. A ferida cicatrizou instantaneamente.

– Já vou - disse a ela e seu olhar entristeceu - Vou ficar até você adormecer e depois irei embora. Ela sorriu. Seu sorriso foi contagiante e eu retribui.

[ Lindsay]

Acordei e o lugar ao meu lado antes ocupado pelo Damon estava vazio.

Hoje é sábado. Meus pais não estavam em casa. Tomei café-da-manhã com meu irmão, Brandon e mais tarde o levaria na casa de um amiguinho. Ele só voltaria no Domingo a noite. Eu fazia de tudo para deixá-lo bem longe de todas aquelas brigas.

Ouvi um barulho na porta e fui ver quem era.

– Pois não? - era um homem forte, não muito alto e cabeça raspada. Parecia mexicano.

– Sua mãe esta? - perguntou ele.

– Não - respondi. Já estava fechando a porta mas ele pos o pé na frente.

– Ela vai demorar? - perguntou ele com um olhar ameaçador.

– Não sei - respondi com a voz firme.

– Hum ... Sua mãe é incrível mas você serve - disse ele e empurrou a porta. Tentei lutar contra ele e fechar a porta. Mas ele era mais forte que eu.

– O que esta acontecendo aqui? - disse Damon, aparecendo atrás de mim. Seu rosto estava sombrio e fechado, que eu fiquei com medo pelo homem.

– Nada não. Eu já estava de saída - disse ele se afastando - Fala para sua mãe que o Mário a esta procurando.

Fechei a porta e fui até o sofá e me sentei.

– Obrigada - disse ao Damon.

– É sempre assim? - perguntou ele.

– É - respondi e mordi o lábio inferior.

– Você não devia passa por isso - disse ele indignado.

– É, não devia. Mas a vida não é justa e nem perfeita.

– Me desculpe pelo seu namorado - disse ele.

– Tudo bem- respondi friamente.

– Cadê seu irmão? - ele perguntou preocupado.

– Esta tomando banho - respondi.

– Já vou indo. Se quiser volto depois - seu olhar partiu meu coração.

– Até daqui a pouco - falei para ele.