Apesar de que era de manhã, o sol não apareceu e continuou com a tempestade. O primeiro a acordar foi o Arthur, que acordou um pouco assustado por estar pelado, mas logo se lembrou da noite passada. Foi levantar o inglês, mas acabou caindo no chão, sentindo dores no quadril.

- Francis, seu idiota! Exagerou ontem! – disse sussurrando, saindo do quarto como um cachorro.

Foi andando até a cozinha e logo levantou em um segundo quando viu o americano bebendo água. Ficou assustado e estava pensando em o que dizer, até que o maior puxou pela blusa o Arthur e jogou-o na parede da cozinha, levantando o braço do loirinho para o alto.

- Onde você dormiu ontem? – falou com expressão séria. – Acordei e você não estava no quarto.

- ... Dormi no quarto do Francis. – encolheu o menor quando ouviu um soco na parede.

- Você me traiu, não é mesmo? Seu cachorro! – disse irritado.

- Espera, cachorro? Ontem você disse que tinha vergonha de mim e nem me seguiu quando sai do quarto e ainda por cima você estava dormindo quando voltei e vem me chamar de cachorro? – falou no mesmo tom que o Alfred falou.

Enquanto os dois loiros brigavam, Lovino estava no corredor ouvindo a briga. Tinha acordado com o soco que o americano deu. Estava assustado como a briga, o Alfred era sempre alegre e achava-o divertido, apesar de não conversar muito com ele, mas nunca havia visto ele irritado daquele jeito.

- Acho que vou sair daqui... – quase gritou quando sentiu uma mão no seu ombro.

- Não é legal ouvir a conversa dos outros, muito menos uma briga. – disse o francês sorrindo.

- Seu desgraçado, não me assuste, aliás, o motivo da briga é você! – falou sussurrando.

- Eu percebi, agora vem pra cá! – puxou o menor para o quarto dele e explicou a situação antes que Lovino tire conclusões erradas.

- Hum... Eu entendi, é errado o Alfred ficar bravo com o Arthur, mas ele traiu o Alfred... – disse fazendo biquinho.

Francis foi dizer alguma coisa, mas a maçaneta da porta virou e viu o Antonio entrar, para logo abraçar o menor e dar um beijo de bom dia.

- Seu idiota, não faça isso de repente! – disse corado, olhando para o francês que apenas sorriu.

- O amor é lindo! – falou saindo do quarto, que logo chegou na cozinha.

Francis viu o americano o encarar, para logo querer dar um soco no Francis, o que conseguiu impedir o Arthur, abraçando por trás. Logo chegou o Antonio e o Lovino, que foi correndo para a cozinha parar com a briga. Lovino puxou o Arthur e o Francis para o seu quarto, enquanto o Antonio acalmava o americano, fazendo-o sentar na mesa e dar água enquanto conversava.

- Ele é um idiota! – disse chorando o inglês, que começou a socar na cama.

- Desculpa Arthur, foi minha culpa ter acontecido isso. – falou o Francis que estava com uma expressão triste.

- Não é sua culpa, eu poderia ter impedido que aconteça, aquele americano maldito que é muito orgulhoso!

- Francis, acho melhor você pedir desculpas para o Alfred e fazerem as pazes, e você também Arthur. – falou com o braço cruzado o Lovino.

- É... Acho melhor fazer isso... – levantou o francês, que saiu do quarto.

- Eu não vou pedir desculpas, ele que venha até aqui e venha pedir desculpas! – falou o inglês que enxugava a suas lágrimas. – O Francis está estranho, ele é orgulhoso, nem imagino ele se desculpando, ainda mais para o Alfred...

- Deve estar se sentindo culpado com tudo isso e ter traído o namorado dele... – falou Lovino suspirando.

Alfred estava no banheiro, jogando água no seu rosto várias vezes, até que se acalmou. Saiu do banheiro e deu de cara com o francês.

- Desculpa Alfred, mas acabou acontecendo, eu me arrependo. – falou abaixando a cabeça o francês.

- ... Desculpa digo eu, estava errado e não queria admitir. – disse o americano, que levantou a cabeça do Francis.

- Não, eu que fui errado, além de ter feito você e o Arthur brigar, traí meu namorado...

- Não se preocupe, já passou, vamos voltar para a cozinha... E que namorado?! – disse puxando o francês que foi falar da sua relação com o Matthew, surpreendendo o americano que estava sabendo de nada.

Os dois voltaram para a cozinha conversando, o que surpreendeu o Antonio, mas não disse nada, para não voltar a confusão.

- Mas é sério, você deve pedir desculpas para o Arthur... – falou o francês.

- Vou chamar o Lovino para cá, se acertem viu? – disse o Antonio, que foi no seu quarto e chamou o Lovino.

Arthur estava sozinho no quarto, mas logo ouviu duas batidas na porta e viu o Alfred entrar. O inglês ignorou, virando o rosto para o outro lado.

- Eu sinto muito pelo o que fiz antes, fui um idiota! – disse o americano, que abaixou a cabeça e fechou os olhos com força.

- L- Levanta a cabeça, eu que fui um idiota e não pensei antes de te trair. Desculpa... – falou o Arthur que o abraçou.

Alfred tirou os seus óculos e colocou na estante do lado e tirou a sua blusa e beijou o menor, que não parava de chorar. Desabotoou a blusa enquanto o beijava carinhosamente.

- Faz tempo que eu não te toco. Ontem iria dormir com você, mas você dormiu com outro... –falou o Alfred que deixava marcas de chupão no pescoço do menor, marcando-o.

- Desculpa... Eu estava com saudade de você, mas acabou... – foi dizer o Arthur, mas o americano calou com um beijo.

- Não precisa se desculpar, logo você vai se esquecer dele...

No corredor, estava o Lovino, o Antonio e o Francis ouvindo a “conversa” dos dois apaixonados. Quando ouviu o gemido do Arthur, Francis suspirou, pensando que nunca poderia fazer o inglês ser o seu. Por vez, o Lovino puxava o Antonio que sorria de um modo pervertido, o menor estava corado e acabou por bater no Antonio e puxou até a sala.

- Ainda bem que os dois voltaram a pazes... – sorriu o romano, que ainda estava corado.