Anotações de Edgar Vieira escrita por Mari


Capítulo 6
A Pesquisa de Antônio Ferreira


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento a todas as meninas que comentaram e os pedidos de Anotações Especiais de Vivinha, Fernanda, Filipa e Rayanny beijo a todas.



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A Pesquisa de Antônio Ferreira


Estou nesse momento realizando uma pesquisa para O Jornal Correio da República, jornal que Carlos Guerra dirige, sobre a violência que sofrem as mulheres que trabalham fora de casa. Matéria que assinarei com o nome de Antônio Ferreira.

Essa foi a outra providência que junto com Guerra resolvi tomar para não deixar impune aquele senhor sem caráter que atacou Laura.

No momento dessa pesquisa estamos separados, no primeiro momento o que nos levou ao rompimento foi meu coração ferido, pois Laura disse em plena Colonial do orgulho de se sustentar com seu dinheiro. Depois foi vergonha mesmo de colocar minhas prioridades sobre as dela enquanto ela estava se recuperando de uma situação traumática eu pensava em mim.

E agora passado uns dias e diante da pesquisa que estou fazendo reconheço meus erros e espero que a matéria tenha um efeito curativo também em mim, em Laura e no nosso relacionamento.

Para realizar a pesquisa e entrevistar algumas mulheres não foi fácil, tive que recorrer a ajuda de algumas clientes que eu às vezes prestava algum serviço como advogado, Para me apresentar senhoras e senhoritas para a entrevista, pois a grande maioria das mulheres com quem falei tinham medo de dar alguma declaração. Prometi omitir os nomes e expliquei o teor da matéria.

Durante as entrevistas vim, a saber, que a violência contra as mulheres no trabalho não tinha classe social e atingia a todas, pois a violência era também uma forma de ter controle sobre elas e mantê-las dentro de casa. Sendo que a família retirava seu apoio, pois desejava que elas ficassem em seus lares esperando casar, ou quando casadas cuidando da família. Com essas conclusões fiquei me sentindo ainda mais culpado e tentando buscar uma forma de voltar a conversar com Laura.

Vi Laura essa semana à distância, à medida que vou ouvindo as histórias tenho mais vontade de ter ficado ao seu lado nessa hora que ela sofreu violência. Isso me apressa a terminar a matéria e lhe dar um pouco de conforto para nos entendermos.





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Notas finais do capítulo

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