Anotações de Edgar Vieira escrita por Mari


Capítulo 7
Amo Laura


Notas iniciais do capítulo

O poema de Edgar na realidade é de Alexandre Spinelli. Um beijo a todas e um brinde ao AMOR!!!



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 Amo Laura

Fiz um cálculo errado, Laura não sabe que eu sou Antônio Ferreira, portanto a mensagem de amor, compreensão, cuidado e carinho enviado pela matéria do jornal não chegou com meu rosto.

Chegou com o talento, o empenho na pesquisa, o posicionamento ao lado das mulheres que trabalham fora de casa e o respeito a elas de Antônio Ferreira, a quem eu já ouvira Laura elogiar pelo menos duas vezes.

Com essa matéria então perdi as contas, das vezes que ela elogiou, através de recados que mandou a ele pelo Carlos Guerra, então senti ciúmes.

Em uma situação normal, o meu ciúme poderia parecer uma insanidade, mas a nossa história de amor até agora me faz ter alguns comportamentos não usuais. E a única defesa que faço é que o ciúme tem uma lógica própria não explicada por nenhuma ciência até então divulgada.

Nesse momento vem muito forte a memória o início do meu amor por Laura. Quando casei pensava realmente que ela me amava e quando Fernando enalteceu sua beleza me senti muito lisonjeado.

Ao saber que ela não desejava casar comigo propus dormirmos separados como uma gentileza e ela aceitou. Naqueles primeiros dias ainda tinha mais certezas do que dúvidas e orgulho de ser um bom rapaz .

Penso que comecei a tentar provar a Laura que o fato de ter casada comigo não era a mesma coisa que ficar na casa de sua mãe. Fiz vários galanteios inusitados comprei livros, a deixei trabalhar, compreendi e admirei suas ideias que eram semelhantes as minhas e em pouco tempo estava declarando meu amor.

Mesmo assim esperei o momento em que seríamos um só, tive um pouco de paciência, então ela com um jeito só dela meia menina e mulher, disse que queria ser minha e subimos para o nosso quarto e nos entregamos com ardor a paixão.

Tenho saudades de Laura, a todo instante, mas algo me diz que o amor que nos une ainda vai trazê-la para nossa casa. Sofri e sofro muitas vezes com a falta que ela me faz, mas prefiro isso ao nada. Pois realmente a amo.

Esses dias fiz até um poema para expressar esse sentimento:

Explicar o azul para quem nunca o viu

Fazer entender o gosto do mel

Para quem nunca o provou

Por mais eloquente que seja

Por mais técnicas que utilize

Só entenderá quem o viu, quem o provou.

Quanto ao amor

O que posso dizer é o mesmo

Provem



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Notas finais do capítulo

Amei fazer esse capítulo! Espero que gostem e comentem !