Anotações de Edgar Vieira escrita por Mari


Capítulo 4
Eu Edgar Vieira


Notas iniciais do capítulo

Espero da parte de todas as meninas após ler esse capítulo um pouco de paciência com Edgar Vieira eu que conheço o teor da pasta posso garantir que sua mente evoluiu bastante para acompanhar Laura.



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Eu, Edgar Vieira

Se pensar em mim rapidamente desde pequeno nunca conheci o desamor, só lembro de ter sido amado. Quem olhasse a distância talvez tenha razão para me invejar. Tudo era sempre mais fácil para mim do que para meu irmão Fernando.

Talvez por isso tivesse sempre espaço para ter minhas próprias ideias e não ficar tentando agradar meu pai como meu irmão fazia sem nunca conseguir. Quando era jovem gostava de pensar que não me deixava levar por preconceitos.

Essa pode ser talvez a única justificativa que encontro de hoje olhar para trás e ver que em algum momento da minha vida fiquei mesmo que por pouco tempo encantado por Catarina provavelmente pela novidade de ferir um preconceito

Hoje só encontro essa explicação e hoje realmente gostaria de não ter passado por isso. Quando corri atrás de minha filha eu agi sem preconceitos e apenas vi uma filha e uma filha doente que está acima de tudo

Por isso salvei a vida de Melissa, mas naquele momento perdi Laura só que para mim não era claro a troca.

Na entrada da igreja quando Fernando chamou atenção à beleza de Laura era como se eu a tivesse vendo pela primeira vez e confesso que acreditei de verdade que ela estava apaixonada por mim e, portanto mesmo sendo um pensamento muito século XIX como ela costumava dizer eu não ia achar ruim passar a noite com ela.

Quando a minha amada voltou ao Rio após o divórcio e nós aos poucos fomos nos reaproximando até reatarmos, eu tinha pressa não queria esperar, e Laura não pensava assim ela me explicava, e eu não conseguia entender.

Devido ao fato do nosso divórcio ter se tornado público, estávamos com opções limitadas de passeios, por isso a maior parte dos nossos encontros aconteciam em nossa casa, o que no início me fazia bastante feliz depois passou a ser insatisfatório, pois queria a Laura como era antes, confesso, para poder inclusive mostrá-la publicamente.

Quando Laura continuou na ideia firme de não voltar para casa aos poucos isso foi me irritando. Ela não conseguiu mais trabalhar em escolas devido ao fato do divórcio ter se tornado público. Então ela buscou outras alternativas de emprego mesmo contra a minha vontade. Pois a minha proposta era que ela trabalhasse comigo como secretária ela negou-se e eu não compreendi.

Na minha forma de pensar era o emprego perfeito. Ela trabalhava e eu ainda cuidava dela. Laura tão bonita, tão viva, tão amorosa e verdadeira eu tinha medo que alguém a ferisse, que alguém a tocasse, que alguém a machucasse. Não gosto nem de pensar que pudessem tocar seu corpo para maltratar. Era como se tivesse tendo alguma premonição que algo fosse acontecer. Agora penso, como a natureza adivinhando chuva forte.




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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e comentem.