Obsession escrita por Isabelle Masen


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, ai está!



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CAPÍTULO 4

POV Edward

Sentei-me em uma das cadeiras do lado de fora do Starbucks angustiado. Minha situação financeira deu uma reviravolta chocante nessa última semana. Se eu não arranjar um emprego no prazo de um mês, estarei perdido! Nem dinheiro para o café que estou tomando eu tenho!

Estou enlouquecendo com tantas contas, cobranças e pendências. Já recebi quatro ordens de corte de luz, e graças ao imprestável do Emmett, consigo pelo menos driblar os homens mandados para cortar a luz. O babaca diz estar dando toda sua grana pra seu pai doente, que eu duvido existir. E pra piorar, a maluca da Isabella voltou a me perturbar com força total nesses dias, só pra eu pirar de vez!

Isabella é uma garota de uns vinte e três anos que morre de amores por mim há exatos cinco anos. A garota é maluquinha, apesar de ser uma das mais bonitas que já vira, tem um tipo de obsessão pela minha pessoa. Eu não ligaria se fosse uma de minhas namoradas, mas com ela é diferente. Ela me segue, me manda cartas, tem meu endereço Acho que até a cor da minha bunda a garota sabe. Ela é ridícula. E ainda gosta de bancar a ciumenta sempre que me vê com alguma peguete. As pessoas que me conhecem tentam me proteger dela enquanto outras desejam interná-la em uma clínica psiquiátrica. Se eu soubesse que a transa que dei a ela no seu aniversário resultaria nisso, acho que teria pego qualquer outra pessoa, até mesmo o irmão dela. Ok, exgerei um pouco, mas é o que sinto.

Por um lado, meus colegas curtem esse lance de uma garota obcecada, mas eu não me sentiria à vontade me aproveitando da doença ou seja lá qual for o problema dela.

–-- Senhor, depois de uma hora sem consumir você precisa pagar pelo lugar - uma garçonete me interrompeu. Sacudi o copo de café falsificado que eu tomava e ela assentiu - desculpe o engano.

–-- Depois dessa levantei, já eram 16h e eu precisava urgentemente de uma ideia para pagar minhas contas.

Quando virei a esquina, vislumbrei uma cena chocante. Parei de andar no mesmo segundo.

–-- Olha a limonada minha gente! Vamos, é por uma boa causa! Comprem aqui a sua limonada feita na hora!

Isabella estava em uma barraquinha de madeira improvisada e simples com o irmão ao lado, fazendo limonada por R$ 2,00. Ela usava um boné verde e azul, uma blusa branca de flanela e um jeans enquanto distribuía copos e mais copos de limonada pra muitas pessoas. O irmão, que estava ao seu lado, reclamava enquanto a ajudava.

Suspirei alto. Como se eu não soubesse que coisa boa é essa.

Quando ela me viu, abriu um sorriso imenso e fez um sinal pra que eu esperasse antes de se abaixar pra pegar algo. Não pensei duas vezes e saí andando a passos firmes, bravo. Me senti aborrecido e humilhado.

Será que ela acha que nem arranjar dinheiro eu posso sozinho?

–-- Edward, espere! - ouvi a voz da maluca e nem me dei ao trabalho de parar de andar. Mas me surpreendi quando suas pequeninas mãos tocaram meu braço, forçando-me a fitá-la.

Olhei-a com frieza.

–-- Eu Eu consegui - ofegava pegando algo no bolso de sua calça - não é muito, mas acho que vai dar pra você pagar o aluguel - sorriu. Ergui uma sobrancelha.

Pensei em negar o dinheiro, mas a situação do apartamento estava realmente por um fio. Tentei parecer simpático e peguei o dinheiro de sua mão, sentindo ela se arrepiar.

–-- Obrigada Assim que eu receber eu lhe pagarei - falei falsamente. Como se ela fosse cobrar algo de mim!

–-- Ah! Eu estou torcendo muito para que - começou com sua tietagem doentia. Comecei a andar normalmente.

–-- Ei, Edward! - ela me chamou. Bufei e quando olhei pro outro lado da rua vi Tania Denali acenando lindamente pra mim. Ela é meu mais longo caso amoroso.

–-- Tania! - chamei-a sorrindo enquanto atravessava a rua, deixando Isabella petrificaa no meio fio.

–-- Gatinho! - Tania chamou. Mal pisei na calçada e ela já estava colando seus lábios nos meus, dando o famoso beijo desentupidor de pia.

Eu não me importava, é claro. Ela é ruim no beijo, mas sabe fazer coisas muitos melhores com a boca em quatro paredes. Coloquei minhas mãos em sua cintura exposta pela blusa curta que usava e massageei o local, fazendo ela gemer contra minha boca, dando uma animada em minhas partes baixas. Ela descolou os lábios dos meus e os aproximou de meu ouvido.

–-- Vamos pro meu apartamento - sussurrou e saiu rebolando em minha frente. Caminhei ao seu lado e quando fui puxá-la apertei sua bunda, fazendo-a rir. Logo um táxi parou e eu abri a porta pra ela, não custaria nada me comportar, pois logo serei muito bem recompensado.

POV Bella

Na vida, você é livre para fazersuas escolhas, mas é prisioneiro das consequências. Edward está na pior, e isso é o mesmo de eu estar na pior. E, é claro que vou ajuda-lo, pois se não for eu quem o fará? E pelo menos eu não estarei sozinha nessa.

Riley revirou os olhos no que parece ser a milésima vez.

–-- Acho que mesmo que no final vocês terminem juntos eu irei odiá-lo. Ou, no mínimo, pedir uma altíssima quantia em dinheiro - deu um sorriso martreiro enquanto tentava me ajudar a carregar as caixas com limão

–-- Pelo menos alguém aqui ainda acha que no final ele ficará comigo - sorri sonhadora, lhe passando mais uma caixa.

–-- Bem, se ele não ficar eu também receberei - deu de ombros.

–-- Cala boca - soquei seu ombro, fazendo-o rir - cuidado co os limões! - quase gritei e ele se assustou. Fui rápida e peguei a caixa antes de ela cair. O olhei mortiferamente.

–-- Pare de reclamar! Talvez ninguém queira a lim- uma garota ruiva apareceu, se abanando com a mão.

–-- Vocês vendem algo para beber? - olhei pra Riley reprimindo uma gargalhada.

–- A-ah, claro senhorita - meu irmão sorriu, olhando para o decote da moça. Ela sorriu também.

–-- Bella, deixa que eu atendo essa aqui - Riley sussurrou e piscou, arrancando uma gargalhada de mim. Ele se aproximou em pegar o limão e se exibir pra ela e mais duas amigas que apareceram do nada. Mas logo me arrependi do favor quando olhei para o carro de meu irmão e vi todas as madeiras que seriam necessárias para montar a barraca de limonada. Suspirei e quando olhei para meu irmão aproveitador, ele estava exibindo seus músculos para as garotas. Bufei e segui para o carro à passos firmes.

Tentei equilibrar i máximo de madeiras que consegui, até mesmo na curva de meu pescoço haviam peças para a barraca de limonada.


Dei um passo e acabei pisando em algo, e quando a avalanche de madeiras ia cair em cima de mim, fui surpreendida por um par de braços que seguraram algumas lascas à tempo. Quando minha respiração voltou, olhei para o herói e quase não acreditei no que vi.

–-- Deveria tomar mais cuidado, cadê seu irmão quando se precisa dele? - o índio em minha frente exibiu uma fileira de dentes brancos perfeitos.

–-- Jacob! - exclamei sorrindo. Ele colocou as madeiras no chão e quando mal tinha aberto os braços eu já agarrava o seu pescoço. Ele riu de minha empolgação.

–-- Bella! Você não mudou nada - disse ainda abraçado a mim.

–-- Jake, assim você me ofende! - rimos quando nos afastamos - você está tão forte! Que diabos aconteceu? Quanto tempo eu dormi? - falei analisando seu corpo moldado por músculos pela camiseta que usava - e o seu cabelo? Jake, eu não entendo! - falei e ele riu.

Ele fora um de meus poucos amigos durante o ensino médio, talvez o único amigo depois de Riley. Ele sabe de todos os meus segredos, incluindo Edward. Nossa amizade era incrível,até rompermos os laços por conta de sua mudança para La Push há 5 anos.

–-- Estou encorpando, Bells. Teria acompanhado minha mudança se me visitasse de vez em quando - disse fingindo estar triste.

–-- Ah, é que eu andei meio ocupada - cocei a cabeça, meio incomodada.

–-- Ocupada por cinco anos? O que andou fazendo? - perguntou sem pensar nas palavras e eu corei.

Todos sabem de minha fama de louca, e perdi muitas pessoas que eu gostava por conta disso. No entanto, Jacob parecia ser o único que eu me sentia incomodada em assumir que era Obcecada.

–-- Eu irei Colocar as madeiras ali - disse, hesitante. Suspirei e assenti com um sorriso, tentando passar confiança.

É estranho sentir vergonha de admitir isso pra Jacob, visto que nunca senti vergonha de dizer - ou parecer - que sou louca pra ninguém. Mas acho que isso é consequência do desgaste emocional que eu passo, todos os dias ser taxada como maluca enquanto Edward vive me evitando, mesmo que as vezes aceite algo que lhe dou, nunca me dá o reconhecimento ou crédito por este. Por enquanto.

Jacob mudara bastante desde a última vez que nos vimos. Seus cabelos lisos e macios que iam até um palmo depois do ombro agora estavam curtos e repicados, não como o repicado longo arcanjo de Edward, mas um curto, bem como gramíneas rasteiras belamente aparadas. A cor preta/ruiva caiu como um ponto chave para destacar seu rosto, tornando-o mais bonito e mais másculo. Seus bíceps também se acentuaram bastante, mesmo com sua blusa. E uns pequenos pontinhos de barba faziam uma trilha de seu maxilar até acima de seus lábios, tal como em uma pequena parte de seu pescoço. Ele está másculo, belo, selvagem, letal, lindo Quem conheceu Jake-que-dá-abraços-de-urso-super-apertados, não reconhece esse novo Jacob.

Ele voltou a olhar pra mim, os olhos intensos.

–-- Bells, eu queria ficar aqui com você, mas agora eu preciso pegar algumas coisas pro meu apartamento - disse pegando algo em seu bolso - mas se você puder ligar para este número - ele disse concentrado enquanto escrevia algo no pequeno cartão.

–-- Mas é claro que eu vou ligar. Não perderei você de vista denovo - falei pegando o papel e ele riu, me puxando para um abraço caloroso.

–-- Ah, Bells. É bom estar de volta.

–-- Não fuja, Jake - falei ainda abraçada a meu amigo.

Enteguei meu número a ele também - à essa altura eu nem lembrava mais que raio era um celular - e o observei partir. Riley já tinha montado a barraquinha e estava se virando pra entregar limonada pra todo mundo, pois a verdade seja dita, o lugar estava cheio de gente.

Ele me puxou e eu fiz o possível pra entregar os copos para os respectivos clientes. Droga, se estivesse mais vazio, bem que eu dava uma provada nessa limonada geladinha

Todo esforço valia a pena, Edward merece tudo de bom em sua vida. Com um sorriso, mais uma vez dei meu grito de guerra:

–-- Olha a limonada minha gente! Vamos, é por uma boa causa! Comprem aqui a sua limonada feita na hora! - falei sorridente enquanto o mar de braços estendidos pra mim estavam inquietos.

–-- Vou logo lhe avisando que quero um terço de salário - meu irmão reclamou.

–-- Vai a merda, Riley! - retruquei e ele riu. Levantei o olhar pra entregar um copo à uma garota loirinha e o vi, parado no meio-fio do outro lado da rua, me olhando. Senti minhas pernas tremerem.

Abri um sorriso e o mandei esperar enquanto pegava o dinheiro arrecadado. Puxa, será que dessa vez ele irá perceber o esforço que fiz por ele? Apertei as bochechas para que meu rosto canhasse um pouco de cor e dei uma batidinha nos cabelos, me amaldiçoando por não ter passado nem um batonzinho. É agora, Bella!

Suspirei e quando me levantei ele já estava longe.

–-- Edward, espere! - chamei-o correndo enquanto tentava segurar tantas notas de dinheiro. Toquei seu braço, tomada pela adrenalina e pela respiração ofegante. Ele se virou com a expressão surpresa, mas logo seu rosto se contorceu em gelo.

–-- Eu Eu consegui - para de ofegar, sua idiota! - não é muito, mas acho que vai dar pra você pagar o aluguel - estendi os braços sorrindo. Meu coração já voltava a trabalhar normalmente.

Ele ergueu uma sobrancelha e hesitou, imerso em pensamentos. Engoli em seco temendo uma má reação, mas logo ele fez uma cara simpática e aceitou o dinheiro. Seu dedo roçou no meu no momento que ele alcançou as notas, fazendo correntes elétricas serem distribuídas em cada parte do meu corpo. Meu rosto estava em chamas só de imaginar o que eu sentiria se ele me tocasse mais profundamente

–-- Obrigada Eu Assim que eu receber eu te pago - falou, embora eu nunca fosse cobrar algo dele. Edward merecia cada centavo, até mais.

Acabei me empolgando com sua simpatia momentânea e desabafei:

–-- Ah! Eu estou torcendo muito para que - falei quase chorando de emoção. Ele fez uma careta de desconforto e desatou a andar normalmente. - Ei, Edward! - tentei chamar e o ouvi bufando. Aquela simples ação derreteu em cera minha pequena chama de esperança. Mas continuei andando atrás dele e quando quase o toquei

–-- Tânia! - ouvi-o chamar e meus ouvidos soeram como se unhas raspassem o vidro com o nome azedo. Aquela garota com quem Edward mantém um longo caso está do outro lado da rua, sorrindo maliciosamente.

Congelei, mas por dentro estava queimando.

Ele atravessou a rua e quando mal tinha pisado na calçada a mulher já se jogava em seus braços. Engoli em seco. Engoli todas as palavras não ditas, os sentimentos conturbados e o choro que teimava em sair. Por que, no fim, eu sei que eu não passo de um lixo pra ele. Um bom lixo, já que de vez em quando ele dá uma verificada pra ver se tem algo que lhe sirva. O amor é mesmo um pecado mortal.

–-- Bella? - ouvi a voz de Riley atrás de mim e me virei, sem coragem para encará-lo. Provavelmente ele assistiu toda a cena - vem, vai chover, precisamos ir - falou e espiei de esguelha sua expressão de pena. Odeio quando me olham assim.

Ele passou um braço por meus ombros e me guiou até o carro. Encostei a testa no vidro e sorri.

Um dia, tudo isso que estou passando se resumirá a cinzas. Eu acredito em nosso amor e vou lutar para tê-lo, pois ganhar sem lutar é ter uma vitória subornada.

Eu não desistirei de você, Edward Cullen.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Hehehee daqui a dois capítulos vocês vão ficar meio que surpresos com o que vai acontecer com a Bells... *suspense*



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