Teaching A Lesson escrita por fernanda


Capítulo 3
Capítulo 2




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Desci as escadas e me deparei com Freud (se fala Fróid), meu gato. Ele é um Scottish Fold de 1 ano. Eu também tenho mais dois cachorros, Maia (Bernese) e Adolph (Spitz Alemão Anão e, sim, Adolph Hitler. É, eu tenho problemas).

– Oi amore, sabe cadê a Maia? Não? Claro que não... - falei como uma idiota para meu gato.

Na hora minha mãe abriu a porta. Hora de convencê-la... Preciso ir nessa festa hoje.

– Ah, oi mãe! - abracei-a.

– Tudo bem filha?

– Tudo e você?

– Também. Fez os deveres?

– Sim. E bônus! Tirei A na minha prova de matemática!

– Sério? Parabéns. Ainda bem, tinha que recuperar do desastre da outra.

– Mãe, eu tirei um C na outra... Fui aprovada.

– O que não quer dizer que seja uma nota boa.

– Enfim. Esse não é o caso. Então mãe..

– Lá vem.

– Tem uma festa hoje, e eu queria muito muito muito ir!

– Não.

– O quê? Por que não?

– Porque não! Não quero que você se meta nesse tipo de coisa.

– Por favooooooor! Eu não fiz nada errado, amanhã não tem aula...

– Tente falar com seu pai.

– Você só diz isso porque SABE que ele não vai deixar! - eu fiquei irritada e aumentei o tom.

– O problema não é meu se ela vai dizer sim ou não, e baixe esse tom senão eu te deixo de castigo, moça!

– Saco, por favor! Que droga, eu sempre ajo corretamente e nunca ganho nada em troca! Arghhhhhh!

– NÃO É NÃO, CASSIDY! VÁ PARA SEU QUARTO E NÃO QUERO OUVIR MAIS NENHUM PIO, SENÃO É CASTIGO DIRETO!

– QUE SACO!

Subi as escadas pisando forte e correndo, e bati a porta do meu quarto. Sim, eu acabei ficando de castigo. Que merda, eu sempre tento agir corretamente e saio mal.

Enquanto o tempo passava, ficava mexendo no celular, desenhando pelos cantos ou face planting na minha cama. Então minha mãe entrou no quarto e disse:

– To saindo, plantão de emergência no trabalho. Não espere por mim, vou chegar tarde. E estou levando as chaves.

– Que é, não confia em mim? - falei com um sorriso sarcástico.

– Depende, você me dá motivos para confiar?

– Preciso responder?

– Com licença, estou indo. Tem janta na geladeira.

Quando ouvi o som da porta da frente batendo, peguei o celular e liguei pra Ashley. Custou um pouco, mas ela atendeu.

– Alô?

– Oi Ash, sou eu, Cassie.

– Aaah, oi! Tudo combinado pra hoje?

– É, deu uns problemas, mas eu vou. Faz assim, passa aqui em casa as 22h mesmo? Não vai dar pra você vir se arrumar aqui.

– Pode ser! Te vejo depois então.

– Ok, beijo.

Nós desligamos e fui olhar as horas. 18h. Já estava ficando tarde, então resolvi ir tomar banho. Peguei minha toalha, liguei a água, me despi e deixei a água consumir meu corpo. Banho me acalma, não importa o que aconteça.

A minha mãe é rigorosa, mas meu pai é pior. Pra ele eu sou um bebê, não tenho idade pra nada. Mas ele tem que se tocar um dia. O problema é, quando minha mãe quer dizer não à alguma coisa, ela recorre ao meu pai, porque ele nunca deixa nada.

Saindo do banho, coloquei um roupão e fui comer alguma coisa. Esquentei o que tinha na geladeira e comi. Depois que terminei, sequei meu cabelo e o alisei, fiz a maquiagem e fui escolher uma roupa. Demorei um pouco, mas consegui algo satisfatório e fiquei muito feliz com o que obti. Eu tenho um espaço no fundo do armário para as minhas roupas mais, digamos, "ousadas".

Fiquei pronta às 21h50, esperei um pouco e recebi uma mensagem às 22h10 de Ashley dizendo que estava na frente da minha casa. Desci as escadas e olhei em cima da porta pra ver se minha mãe tinha esquecido as chaves reservas. Bosta. Ela pegou. Então segui pelo plano B, ou seja, sair pela minha janela e descer pelas trepadeiras.

Tirei meu salto alto, coloquei dentro de uma outra bolsa mais "fofinha", para garantir a segurança, e os joguei da janela. Logo em seguida saí e me pendurei na trepadeira. Consegui chegar até o chão, peguei meus sapatos e segui para a frente, já que minha janela dá para os fundos. A porta lateral nunca está trancada e, quando está, as chaves ficam atrás dos arbustos. A reserva, pelo menos. Enfim. Entrei na BMW parada na frente de minha casa. Sim, Ashley é rica.

– Ooooi! Tud.... Por que cê tá sem sapato? - ela ficou confusa.

– Eu saí pela janela.

– QUÊ?

– Ah, minha mãe não deixou eu vir, daí nós brigamos, ela me colocou de castigo, saiu pra trabalhar e levou as chaves. Então, saí pela janela!

– E os sapatos? - ela disse e, em seguida, tirei os sapatos de dentro da bolsa e os coloquei, passando a secundária para trás. - Ah bom. Bora?

– Bora.


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