Capuz Cor De Sangue escrita por LuisObscure


Capítulo 2
Entre arvores


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu... quero continuar essa história ainda e fazer ela ficar longa, pelo menos 20 capítulo mas tentando manter ela complexa



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"Estamos mortos, estamos mortos, assim que você nasceu esta condenada a morte, não importa o que você vá fazer, esta morta, a menos que saiba realmente viver"

Isso foi ouvido em minha mente, não pode ter avançado a mais que minha imaginação, pelo sentimento de morte e drama que estava sentindo no momento, mal avaliei as palavras e continuei meu caminho, o caminho pela vida... a vida na floresta...

Mas o que senti naquela floresta era felicidade, mas estava com medo que me perdesse, tinha muitas arvores e me enfiava cada vez mais entre as arvores, entre um novo mundo, tão perdida mas tão feliz, sem bússola, sem mapa, sem rota, era apenas o mundo e eu, eu me sentia tão livre, tão alegre, o mundo era meu amor, meu caminho, não precisava de um mapa para saber que o caminho que decidi seguir foi uma boa escolha.

Pela primeira vez em muito tempo estava livre, caminhava entre flores e arvores sem se preocupar com o que estava me esperando, pegava flores e enchia minha cesta com flores, enquanto pensava de forma bem filosófica, pensando que uma voz grossa dizia isso a ela, dizendo coisas como:

"O mundo é tão cruel, o mundo pode ser cruel com você, ou você pode ser cruel com o mundo, mas a verdade é que a única certeza sobre isso é que você e mais alguém vai sair machucada"

Ela corria entre arvores pensando em tudo isso, não queria que seu caminho terminasse, mas uma hora ia acabar, e acabou, finalmente acabou, e tudo o que sobrou foi uma decepção e vontade de voltar, mas logo por caminhar por uma área rural seus pensamentos gloriosos acabaram, a floresta era sua fonte de inspiração, então voltou a ficar triste, pensava na vida de uma forma mais obscura, como se o mundo mudasse, e logo sua depressão voltou.

Chegou a casa de sua vó depois de muito andar pelo nada, a casa não tinha vizinhos, não tinha eletrônicos e a casa tinha um gerador próprio de energia, sua vó poderia ter saído dali a muito tempo se quisesse, não era consumista e por isso tinha muito dinheiro guardado, poderia se mandar para cidade, mas ficou ali, onde nenhum ser humano em plena sanidade teria o hábito de permanecer.

Bati na porta, nenhuma resposta vinda de dentro, bati novamente e alguém gritou lá de dentro:

_Vá embora, não quero visitas agora... 

Visitas de quem ? Ninguém ia visitar ela, estava sozinha no mundo, eu gritei:

_Vó, sou eu, sua neta, deixa eu entrar ?

A porta se destrancou e se abriu para mim, minha vó estava com os cabelos espalhados e casaco de lã, ela disse:

_Entre querida, achei que fosse mais algum daqueles animais novamente...

_Soube que esta doente vovó, trouxe comida e alguns remédios que minha mãe mandou...

_E por que ela não venho também ?

_Ela estava um pouco... - pensei rápido e disse - ... um pouco ruim do estômago e não pode vir, mas na próxima ela vem...

_Sim, estou com saudade dela, faz tempo que ela não vêm de me visitar...

_É verdade, estava sentindo um pouco de sua falta...

_Sim, tenho uma coisa que era para te dar faz um tempinho mas me esqueci completamente e irei pegar para ti...

_Ok...

Ela se virou para trás e foi até o seu quarto ( deu para ver tudo, a única coisa que tinha porta na casa era o banheiro, que na verdade nem encanamento tinha, ela... eca... enterrava ou jogava em algum lugar e para conseguir água ela usava o poço ), e ficou mexendo em seu bau, pegou algo parecido com uma jaqueta, um capuz, era vermelho, e foi na minha direção e me entregou e disse:

_Tome, quero que você use... não é isso que as garotas usam ultimamente ?

_É... - tá por fora - sim, muito obrigado !

_Obrigado, eu que fiz, sabia que ia gostar...

_Então, daqui a pouco vou para casa - desculpa apenas para passar pela floresta de novo - vim apenas deixar a comida e os remédios aqui...

_Sim, só não passe pela floresta quando voltar, passe pela ponte...

_Com medo de que eu seja picada por alguma cobra ?

_Não, é que tem alguém que vive entre as arvores e não quero que você veja...

Okay, a velha ficou maluca de vez:

_Quem ?

_Você não deve saber, agora vá e passe pela ponte...

Ela estava quase me expulsando de sua casa, então coloquei meu capuz, peguei o caminho rural por onde passei e voltei... em direção a floresta...


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