Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 7
Dois meses depois...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que sempre me deixam felizes, como vão todos vocês?
Aqui estou eu de volta, e agradeço a todos que me desejaram sorte nos meus compromissos (e o pior é que surgiu mais coisa), mas infelizmente eles ainda não acabaram... Mas, como hoje é feriado na cidade eu consegui escrever o capítulo (mesmo que não tenha chegado aos 3 mil), e resolvi postar logo de uma vez!
Quero dar boas vindas aos todas leitoras que apareceram (e as que não apareceram). Agradeço também os comentários que me deixaram super feliz! Ah! E queria dar um oizinho para a Vic e a Karry que apareceram na história para me deixarem super felizes! Já que o "adeus" delas, foram temporários u.u ♥
Então, a "surpresa" não é nada demais tá? kkk É que eu decidi escrever esse capítulo no ponto de vista do Dean, para não ter dramas e pá. Espero que aprovem a ideia!
Boa Leitura, e não deixem de ler as notas finais.

— Cap. não revisado!



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Eu estava enlouquecendo. E sinceramente, os motivos eram bons.

Estava pensando em suicido em último caso, pulando do vigésimo andar onde o Senhor Tarado de 65 anos mora e caindo em uma avenida movimentada e virando sanduíche com Ketchup prensado.

E tudo por culpa de quem?

Do meu melhor amigo e da minha colega de casa.

A história de amor deles é comovente. Um se apaixona por outro, eles vivem cinco anos intensos sem um trair o outro, praticamente um conto de fadas, mas de uma hora para a outra descobrimos que Emanuel é que nem todo o homem traiu Delilah e ainda terá que cuidar de um filho indesejado, ou com uma mulher não certa.

O caso é que esse "abalo" na Cadeia Ecológica está trazendo sérios problemas para as ambas das partes, e para mim que é mais importante. E olha que nem sou eu que fui traído ou que terá um filho.

O fato é que eu estava indo a falência com os gastos de motel que tinha que usar. Sabe quanto está uma hora no motel? Vou nem comentar, porque está o olho da cara de tão caro... Isso num motel meia boca, se for naqueles com direito a tudo terá que vender seu fígado para poder pagar. Sem falar que eu tenho que ter muito cuidado com as palavras, porque qualquer palavra errada com conotação estranha Deli chora, te bate, quebra as coisas e chora de novo.

Ela está muito instável!

Além deu estar quase virando um alcoólatra por ter que sair toda a maldita noite para ir ao barzinho perto de casa por não aturar Delilah chorando toda noite, há dois meses.

DOIS. MESES.

Dois malditos meses que ela vem sofrendo a Síndrome de Corna, e há dois meses que eu venho gastando todo o meu dinheiro suado e precioso em coisas banais como motel, sorvete, chocolate, bebida alcoólica e todas as coisas que precisam para a casa.

E você se pergunta: "Porque você não transa com as garotas em sua casa como sempre?", simples Deli sai chorando, gritando, atacando com a vassoura qualquer pessoa que entre nessa casa sem ser eu ou a Cléo.

A situação dela está horrível. Trancou a faculdade, passa o dia e a noite vendo o maldito filme "Titanic", ouvindo músicas clássicas chatas, não saí do quarto para quase anda, trocou coisas saudáveis por coisas gordurentas e que engordam além de usar pijama o dia todo e não tomar um banho a um bom tempo.

E ela continua afirmando que está maravilhosa. Só se for para ser mendiga na rua.

Cléo vem aqui em casa todos os dias, mas nem com a amiga ela melhora. Então, as duas passam vendo o maldito amor suicida de Rose e Jack e comem de pipoca com Ketchup. Conforme ela, o que Deli está passando é uma reação normal a um relacionamento intenso de cinco anos e que o tempo curará tudo.

Só que esse tempo está durando demais.

E Emanuel, você se pergunta. Esse está mais triste do que ela própria. Ele está pálido, frio, mal humorado, cansado, triste, quase não sai de casa, nem um pouco feliz com o filho que terá. Além de que ele veio aqui semana passada para falar com Deli e eu não o deixei entrar.

Ele é meu melhor amigo, certo! Mas ela é a pessoa que me deu abrigo, e vendo o sofrimento da coitadinha me deu até pena que não pude deixa-lo subir. Afinal, ela precisa de tempo não é? E não seria eu que pioraria esse fato.

Resumindo: A vida de todos estava uma merda!

Hoje era sábado à noite, e eu estava me arrumando para sair (como sempre) de casa enquanto Deli estava vendo pela "ézima" vez o filme que todos morrem no final menos a maldita da Rose. Iria encontrar Jennifer no bar e tinha que ficar bonito para conquista-la.

Após ter me arrumado, passei no quarto de Deli e a vi chorando rodeada de lenços de papéis usados de tanto chorar. Perguntei se ela queria sair, mas como sempre ela apenas negou com a cabeça e continuou chorando. Respirei fundo e saí de casa.

{...}

- Tive uma ideia! - Grito me levantando rapidamente feliz.

- Que foi baby? - Pergunta Jennifer, acordando assustada.

- Eu tive uma brilhante ideia para ajudar minha amiga! - Grito vestindo minha calça que estava jogada longe de onde estávamos.

- E precisa de todo esse escândalo? - Ela pergunta se espreguiçando na cama e puxando o lençol para tapar seu corpo seminu.

- Quando se tem uma amiga com depressão a dois meses, qualquer ideia merece escândalos! - Afirmo puxando minha camisa da cadeira e me vestindo rapidamente. - E eu preciso ir lá agora.

- Agora? - Ela perguntou desanimada. - Poxa!

- Amanhã nos encontramos. - Afirmo vestindo meu casaco. - Te ligo e combinamos alguma coisa.

- Jura? - Ela pergunta sem acreditar.

- Claro! - Afirmo a convencendo que dá um sorriso. - E eu vou indo agora, amei a noite! - Digo dando um beijo em sua boca e depois vou para a porta do quarto. - Se incomoda se...

- Pode deixar que desta vez eu pago. - Ela diz deitando novamente e depois bocejando. - Até!

- Tchau. - Digo adorando a ideia de não ter que pagar o motel e saí dele indo em direção ao prédio.

Estava a algumas quadras de casa, porque eu não confio muito deixar Delilah sozinha por muito tempo. Ouvi dizer que pessoas com Síndrome de Corna tendem a ficar loucas e se jogar de janelas querendo voar e eu não a deixaria cometer uma loucura dessas.

Entenda, eu e ela nunca nos damos bem. Sinceramente, nos odiamos em um grau estranho. Desde as férias que tivemos que conviver por algumas semanas (intermináveis) tem uma imagem ruim um do outro e isso prejudica (mais ou menos) nossa relação conturbada, porém eu não deixaria de ampara-la num momento desses... Além de que se eu fosse sofrer um acidente ela teria que cuidar de mim da mesma maneira que cuido dela.

Cheguei a casa rapidamente e subi o elevador que estava vazio, por sorte. Por mais que eu gostasse de falar com meus vizinhos, naquele momento qualquer conversa estragaria a ideia que tive e eu não queria que isso acontecesse.

Subi até o oitavo andar, destranquei a porta e a atmosfera fúnebre que aquela casa estava invadiu minha pessoa como uma praga. Suspirei alto quando consegui ouvir as falas do filme. Aquela menina não conseguia ver outro filme sem ser aquele e olha que ela tinha uma coleção de filmes e séries que ocupavam uma das paredes da sala toda, juntamente com seus livros.

Andei até o quarto dela e entrei nele sem pedir permissão. Cléo estava com ela mexendo em seu celular enquanto sua amiga estava chorando por causa do filme.

Delilah estava horrível. Parecia que tinha acabado de sofrer um acidente grave, ficado em coma e caído de bicicleta em uma ladeira. Seus cabelos que algum dia foi loiro, agora estavam sujos, enrolados em nós que não tinham começo nem fim. Seu rosto estava inchado, vermelho e remelento. Suas roupas estavam sujas de Ketchup, as calças do pijama rasgadas e na cama que Deli estava parecia que algum bicho tinha cagado ali.

Se eu encontrasse ela na rua correria pensando que era um mendigo que estava pedindo comida ou dinheiro. Ou um daqueles loucos que acabaram de fugir de um hospício.

- Como você não enjoa de ver esse filme? – Pergunto chamando a atenção das duas mulheres para mim. – Sinceramente, você deve ter decorado as falas desse filme.

- Ótimo Dean chegou! – Cléo diz se levantando da poltrona e se espreguiçando. – Baby tenho que ir. – Ela anunciou fazendo Deli olhar para ela. – Prometo que mais tarde venho para cá.

- Tudo bem! – Ela diz assoando o nariz e parando o filme. – Não esqueça de trazer mais lenços de papel.

- Sim senhora! – Cléo diz pegando sua bolsa e mandando um beijo para Deli enquanto vinha em minha direção. – Você – Apontou para mim e depois para o corredor. – Lá fora, agora!

Revirei os olhos e fiz o que ela “pediu”. Fechei a porta deixando Deli vendo seu filme e segui Cléo até a sala. Quando chegamos lá, ela se virou para mim e começou a falar rapidamente.

- Tudo bem! Delilah está passando dos limites agora, isso está virando um drama que nem em novelas mexicanas acontecem. Seguinte, temos que achar um jeito de tira-la dessa merda de depressão e rápido!

- Eu tive uma ideia e vim contar para vocês. – Eu conto.

- Que ideia?

- Para se esquecer dum cara, precisa-se de outro cara! – Digo com um sorriso me achando um gênio por ter pensado nisso.

- Você não conhece Delilah! – Ela afirma puxando sua bolsa para seu ombro. – Ela não é familiarizada em sair com outros caras que não sejam Emanuel, na verdade, acho que ela nem sabe quando tem cara olhando para a bunda dela. – Cléo diz.

- Tem gente que olha para a bunda dela? – Pergunto surpreso.

- Se espantaria quantos caras eu já vi fazendo isso. – Ela afirma. – Mas o caso é que Delilah não está acostumada com a vida de solteira.

- Por isso que vamos leva-la para um bar e ensina-la a não se apaixonar.

- Isso pode até funcionar, mas como iremos convencê-la de sair daquele quarto? – Ela pergunta olhando para o corredor pensando em sua amiga. – Como irá fazer isso Senhor Gênio?

- Vou usar o meu jeito de Don Juan! – Ele diz piscando o olho para mim.

{...}

- Essa foi a melhor piada do mês Dean, obrigada por me fazer rir. – Delilah diz ainda rindo de mim. Ela se levantou da cama, impura, colocou suas pantufas de coelhinhos, pegou um lenço de papel e fez um barulho asqueroso. – Dean, você devia ser comediante!

- Cadê o Don Juan? – Pergunta Cléo rindo da situação. – Eu disse que não daria certo.

- Qual é Deli. – Ignoro Cléo. – Você não quer sair dessa sua depressão idiota? Então, vamos ao bar comigo hoje e prometo que iria esquecer o idiota do... – Ela me olha feio. Era proibido o nome dele na casa. – Rapidinho.

- Dean, eu não me sinto confiante para sair de casa ainda. – Ela diz parando na minha frente. – Você nunca irá entender o que eu estou passando, porque você é o que termina e não o que é terminado.

- Tecnicamente você que terminou com ele... – Cléo se manifesta, mas Deli lança um olhar fulminante para ela que fica quieto.

- O que ela falou está certo e eu já levei um fora... – Conto lembrando quando eu tinha dez anos de idade e uma menina não quis tomar sorvete comigo e ainda me chamou de feio. Tive que comer uma caixa de bombons inteira para supera-la. – Mas, você precisa pelo menos tomar um banho.

- Eu tomo banho. – Ela retruca brava.

- Um banho decente, com uma lavagem completa desde seus fios loiros sujos até suas unhas compridas e lascadas. Sem falar em suas pernas, precisam ser depiladas rapidamente e vai saber como está sua... – Sou interrompido por Cléo.

- Já entendemos Dean. – Ela diz revirando os olhos e vindo em nossa direção. – O caso é que Deli, estamos realmente preocupados com você... – Ela diz manso, mas depois eleva a voz autoritária. – Agora, coloque suas pernas cabeludas para funcionar e ande até aquele banheiro e quando sair de lá quero uma mulher forte que eu sei que existe ai e vamos cair na night. E não aceito um não como resposta, ou se não eu juro que irei chamar o carinha que dá em cima de você toda vez e ele virá para cá e só Deus sabe o que aquele é capaz de fazer. – Ela diz rapidamente.

Achei que aquela “ameaça” não iria funcionar de verdade. Afinal, não tenho muita certeza de alguém tentaria alguma coisa no estado que Deli estava. Ainda mais Peterson que prefere garotas mais burras das que eu gosto de pegar.

Mas, Deli apenas bufou raiva e marchou em direção ao banheiro se trancando lá. Olhei para Dean controlando minha boca para não ficar aberta.

- Então Don Juan, eu disse que não iria conseguir. – Ela diz piscando o olho para mim, pegando seu celular e discando um número. – Alô? Olá... Preciso de uma diarista o mais rápido possível... Pode ser. Não importa!... Tudo bem, Prédio Sing oitavo andar... Obrigada! – E ela desligou o telefone. Eu a encarei. – O que? Vai querer limpar esse quarto sozinho?

- Não, obrigada! – Digo saindo do quarto e indo para a sala.

- A propósito de onde tirou a ideia de leva-la para um bar? – Cléo pergunta se apoiando no arco que separa o corredor da sala.

- Do meu cérebro super inteligente! – Eu respondo e ela arqueja a sobrancelha. – E do seriado New Girl.

- Espera... Porque desgraça você anda vendo esse seriado? – Ela pergunta rindo.

- Eu estava no tédio e fui ver os filmes que Deli tinha. Nenhum chamou a atenção, então fui ver os seriados e só esse que chamou a atenção e o único que não é de nerd.

- Quem diria, Dean Blake vendo New Girl.

Reviro os olhos e não falo nada. Era verdade mesmo que eu estava vendo o seriado, e a ideia surgiu dos primeiro episódios. Então, se funcionou com ela (mesmo sendo tudo mentira), porque não funcionária na vida real? E sinceramente, só fazer Deli sair daquele quarto já era um avanço.

- Alguém me traz a toalha! – Escuto Deli gritando.

E antes que eu pudesse responder, Cléo gritou em resposta: - Só depois de você se depilar, tirar essas coisas do seu cabelo e arrumar suas unhas.

- Te odeio! – Deli grita, mas ouço o chuveiro sendo ligado novamente.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoas, tudo beleza? kkk O que acharam do capítulo? Passaram-se bons meses não é? kk E a partir do próximo tudo fica melhor! Ah! E quanto a série "New Girl", quando eu escrevi os capítulos eu não estava vendo ainda, mas quando eu vejo sem querer (juro!) a história dos primeiros episódios ficaram parecidos com a minha história. Eu odeie isso, mas não fazia nem ideia de que "New Girl" contava uma história como essa... #xatiada #bolada #con #esa #cituasson.
Em todo o caso, digam o que acharam do capítulo, o que querem fazer quando "crescer", quantos anos tem e qual seu livro favorito. Não deixem também de ler a históri de Percy Jackson que eu postei chamada "Irmãs Longbottom" (link: http://fanfiction.com.br/historia/373705/Irmas_Longbottom/) e o próximo capítulo só daqui a dez dias (porque eu entro de férias em 9 dias no máximo, mas eu tenho que apresentar um trabalho no qual eu sou uma promotora e eu tenho que provar que a pessoa é culpada, mas ou menos um juri simulado [vai até ter processo e tudo mais], tem a festa junina, mais três provas e uma delas é a matéria que eu sou pior na vida e se eu não for bem fico de recuperação e adeus computador e dai não poderia postar e ... tem outras coisas por ai que eu não lembro). E o capítulo só sai quando eu tiver mais de 15 comentários u.u
Tchau. Fiquem bem!

— Skoob: http://www.skoob.com.br/perfil/bali