Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 6
Acho que a festa acabou!


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?
E aqui está mais um capítulo de "Sob Medida"!
Quero agradecer as pessoas que comentaram no capítulo passado, agradeço também as que favoritaram a história. Obrigada!
Bem, o capítulo tem mais de 3.500 palavras, então aproveitem! Os próximos capítulos serão nessa média também (não irá atrapalhar o fluxo de postagem, fiquem tranquilos).
Ah! Alguém gostou da capa? (não lembro de ter perguntado semana passada). Eu amei ela, tipo, achei o Dean do jeitinho que eu imaginei (ou quase). Falando nisso eu fiz o elenco da história (para quem não sabe, eu faço elencos das histórias com os autores que mais ou menos são parecidos com o que eu imagino) e quem quiser conferir, o link: http://mystories-for-you.tumblr.com dai tem a opção "elencos" e tal. Tem também as músicas dos personagens, curiosidades e outras coisinhas. E lá também é o "site" oficial das minhas histórias.
Enfim, boa leitura!

— Erros? Diga-me por favor.



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- Eu não acredito que você foi capaz de uma coisa dessas! - Grita Dean entrando no meu quarto.

Detalhe: Eu estava dormindo.

- Que foi porra? - Grito de volta me assustando.

- Você descoloriu o cabelo inteiro da London. - Ele grita ainda mais.

- Se a casa não está pegando fogo... Vou voltar a dormir. - Eu digo deitando novamente e me tapando para voltar a dormir.

- Não vai mesmo! - Dean diz puxando minhas cobertas.

- Que porra Dean! Qual é seu problema? Sua mãe te deixou cair do berço quando era pequeno? - Eu grito com raiva levantando e ficando de pé na cama.

- E a sua te deu merda para comer? - Ele pergunta subindo em minha cama ficando na mesma altura que a minha.

Eu respiro fundo recitando meu mantra "Senhor, dai-me paciência. Porque se der força, eu mato." até conseguir ficar um pouco mais calma a ponto de não pular no pescoço do espirito de galinha que me acordou em um domingo cedo.

- Dean. - Digo tentando manter calma em minha voz. - Vai ver se a vagabunda da London está te esperando na esquina. E me deixa dormir. - Eu grito na última frase.

- Não mesmo! - Ele afirmou com a voz alta. - Você descoloriu o cabelo dela, porque fez isso?

- Eu não fiz nada! - Eu me defendo.

Realmente eu não havia feito nada.

- Tem certeza? Porque depois que ela usou o maldito shampoo que você indicou seu cabelo passou de escuro para amarelo.

- Espera... - Eu digo batendo na minha própria testa. - Que biscate burra! - Afirmo rindo.

- Tá rindo de que?

- Sua vagabunda usou o descolorante que eu comprei um tempo atrás para... Bem, não importa. O caso é que a burra achou que fosse o shampoo. - Digo não me controlando e rindo alto.

- Espera... Ela fez o que? - Dean perguntou sem entender.

- Descolorante. Burra. Biscate. Cabelo. Shampoo. Errado. - Eu tento formar uma frase em meio de minhas risadas, mas não dei muito certo.

Eu caí de costas no colchão e fico gargalhando.

Aquilo era realmente hilário.

Dean disca algum número e saí do quarto.

Paro de rir depois de um tempo e decido levantar da cama, já que havia me acordado da maneira mais grosseira que eu pensava que poderia existir. Faço minha higiene matinal e prendo meus cabelos em uma trança a fim de mais tarde desembaraça-los totalmente.

Vou até a cozinha, pego um prato fundo e coloco cereal de aveia com leite integral e um pouco de achocolatado. Pego a vasilha e sento no sofá ligando a televisão enquanto comia meu café da manhã.

- Puta que pariu! – Escuto Dean gritar do seu quarto. – Tá. Espera aí. – O ouço falar enquanto andava até mim. – Você falou para Emanuel que eu ia ao almoço da mãe plastificada dele?

- Surpresa! – Falo sem dar atenção verdadeira para ele.

Estavam mostrando sobre os malefícios do leite na televisão. Isso é interessante!

- Como você diz uma coisa dessas sem me consultar?

- Ué? Você não é o queridinho daquela casa? Achei que não iria se importar em dar os parabéns pela décima plástica... Esse ano! – Eu digo olhando-o.

Ele estava com raiva.

E eu comendo cereal.

- Você quer foder minha vida de certo! – Ele fala olhando para o teto. – Por quê? Porque Senhor?

- Chega de drama. – Eu falo revirando os olhos. – Agora cala a boca que eles vão explicar quais os produtos que devem colocar no leite de caixinha.

- Você parece minha tia Frida. – Ele afirma e volta sua atenção para o telefone. – Tudo bem Emanuel. Eu vou ai. Diga sua mãe que eu estarei chegando. Uh. Não se esqueça de pedir para fazerem aquelas batatas fritas redondas e crocantes, aquilo é mágica. Tudo bem. Eu não direi isso babaca. Tchau. – Ele desliga o telefone e se joga ao meu lado. – Você me fez perder um almoço com as gatinhas da faculdade para ver a Senhora Oswen.

- Sabia que os leites estão sendo adulterados? – Pergunto tomando o que restou de leita da vasilha em minhas mãos. – Temos que tomar cuidado agora.

- Cara, você é mais velha do que minha avó. – Ele afirma jogando sua cabeça para trás olhando para o teto. – Merda!

Escuto meu celular tocar Highway To Hell.

- Seja um ser eficiente e pegue meu celular ali em cima da mesa. – Eu ordeno trocando de canal e colocando o pote na mesinha a minha frente.

- Está brincando, não é?

- Não. Você me acorda aos gritos em plena madrugada e ainda fica reclamando quando eu peço para você levar a bunda do sofá e pegar meu celular... Tenha santa paciência! – Digo o empurrando para fora do sofá.

Dean bufa e pega meu celular. Só que em vez de me alcançar, ele atende.

- Alô? Aqui é o celular de Delilah Oswald, não estou no momento por estar transando loucamente, por favor, deixe recado. – Dean diz fazendo uma voz fina e... Creio que era para ser sexy, só que não deu muito certo. – Oh! Oi Emanuel. Vou passar para ela.

Dean me joga o telefone.

- Alô?

- Oi amor.

- Agora eu sou seu amor? – Pergunto com raiva.

Ainda não havia esquecido o fato de ele ter me deixado no restaurante.

- Desculpa. Não foi legal o que eu fiz... – Enquanto Emanuel falava seu discurso enorme sobre como sua atitude foi péssima e blábláblá que eu não estava ouvindo direito já que eu estava com raiva dele e Dean estava tentando pegar o controle remoto da minha mão para trocar de canal. – Então, você vem no almoço hoje?

- Não! – Digo secamente.

Ele ainda espera que eu vá naquela bosta depois dele ter me deixado plantada no restaurante. Era muita babaquice dele mesmo. Quase nunca brigamos, mas quando isso acontece demoramos algum tempinho até ficar de “boas” novamente. E por mim, esse tempo iria demorar muito.

- Tudo bem então. – Ele falou cansado sabendo aonde aquilo iria levar. – Eu te ligo amanhã para ver se está mais sossegada.

- Tudo bem. – Digo desligando o celular e jogando ele no sofá com força. – Merda!

- Problemas no paraíso? – Dean pergunta desistindo de pegar o controle remoto de mim.

- Não é da sua conta. – Digo rolando os olhos. – Você não devia estar se arrumando para ir ao almoço deles não?

- E você não vai? – Pergunta me olhando.

- Claro que não.

- Ah, mais sim. - Ele falou levantando. - Vamos! Vá se vestir como uma pessoa normal e vamos filar uma boia lá na casa dos Oswen. - Dean diz me puxando pelo braço para me levantar.

- Eu não vou ir Dean. - Digo sendo arrastada contra minha vontade pelo Blake até meu quarto. - Eu não vou ir, desista!

- Se eu for naquela merda que você inventou de confirmar minha humilde presença, então você também vai... - Tentei protestar, mas ele me cortou. - E não me importa se você está brigada com Emanuel.

- Eu não vou ir, tenho um almoço com Cléo. - Digo na tentativa dele me deixar em paz. - Aceite isso!

- Não aceito! E Cléo vai também nesse almoço. - Ele diz saindo da vista, provavelmente indo até a sala. Menos de um minuto depois ele volta com meu celular na mão. - Vamos ligar para sua amiga gostosa!

- Você não ousaria. - Digo sem confiar muito.

- Então veja só... - Dean diz mexendo em meu celular, provavelmente procurando o número dela em contatos.

- Devolve isso aqui! - Digo quando noto que ele ligaria mesmo para minha amiga.

- Fica quietinha ai... - Ele diz colocando o celular na orelha e lutando com a outra mão contra mim que estava tentando arrancar o celular do infeliz. - Alô?

- Socorro! - Grito. - Fogo! Fogo! Fogo!

- Só um minutinho. - Dean diz para a outra pessoa no telefone.

Ele joga o celular em cima da minha cama que estava perto e vem em minha direção. A única coisa que eu penso é em correr daquele individuo com problemas sérios de comportamento.

- Delilah! Venha cá! - Ele gritou correndo atrás de mim.

- Fogo! Fogo! - Eu gritava na esperança de algum bombeiro bonitão aparecesse e me salvasse de Dean.

Mas acho que é só um sonho impossível de se realizar.

- Delilah pare de gritar. - Ele gritou mais alto do que eu.

Eu paro assustada com seu grito e ele consegue me alcançar. Dean me pega pela cintura e me joga em seu ombro como se eu fosse um saco de batata. Anda até a cozinha com meus gritos de socorro e coloca dentro da minha boca uma maça.

Eu estava parecendo um porco.

Mas o infeliz conseguiu me silenciar, por hora.

Já que minhas mãos estavam incapacitadas por um momento.

Mesmo assim, eu continuava me debatendo contra ele.

Blake andou até meu quarto e pegou novamente o celular.

- Desculpe a demora... É o Dean... Delilah está ótima, foi se arrumar... Fogo? Não tem nenhum. Fique tranquila... Então, ela pediu para eu te avisar que é para você encontra ela lá na casa dos Oswen na mesma hora que haviam marcado... Claro que eu não estou inventando umas coisas dessas, acha que eu sou que tipo de pessoa? Tudo bem... Vejo você lá então. - Dean desliga jogando meu celular de novo na cama.

Ele me desceu de seu ombro jogando-me em cima da cama de qualquer jeito e massageou seu ombro.

- Caraca Deli, você é pesada!

- Bem feito! - Digo não ligando para o caso dele me chamar de gorda. - E o que Cléo diz? Aposto que ela não vai.

- Na verdade, ela ficou feliz em saber que você estava de bem novamente com Emanuel e irá te encontrar lá. - Dean dá um sorriso. - Se eu fosse você começa a se arrumar, porque em 20 minutos estou saindo e vou te levar comigo nem que esteja só de calcinha e sutiã. - E saí do quarto cantarolando.

Bato a porta do quarto enraivecida.

Pensei em ignorar Dean e sua ameaça, mas quando se conhece o bonitão ali, sabe muito bem que ele faz o que diz. A probabilidade deu aparecer naquela casa vestindo meu pijama de Batam e um ninho de rato como cabelo era imensa e eu não queria correr o risco.

Peguei uma roupa no armário e fui ao banheiro me arrumar. Enquanto tomava banho, o individuo entra no banheiro que por um acaso estava destrancado.

- Tem gente usando o banheiro, caso não tenha notado! – Digo desligando por um momento o chuveiro e puxando a toalha. Enrolo-me nela e olho para ele. – Se importa?

- Nem um pouco! – Dean diz dando de ombros e escovando os dentes.

- Vai demorar muito?

Ele termina de escovar seus dentes e olha para mim.

 - Tem cinco minutos para estar pronta. – Diz dando um sorriso. – Ou Emanuel vai ficar muito feliz em te ver desse jeito na casa dele.

- Te odeio! – Grito enquanto ele sai descansado do lugar.

Termino meu banho rápido e coloco minha roupa. Sem saber como arrumar meu – ninho de rato – cabelo, faço uma trança que disfarça completamente seus enredos.

- Vamos Delilah! – Diz Dean entrando no banheiro. – Nossa agora até parece uma mulher de verdade.

- E você está parecendo um canalha como sempre. – Digo com um sorriso e vou à procura de meu celular no meio dos lençóis da minha cama.

Dean me segue e fica me observando enquanto procurava o maldito telefone. Fiquei tentada em dizer para ele ir se foder e parar de me olhar daquele jeito, mas sabia que isso só iria irrita-lo mais ainda e quem iria acabar tendo que aguentar seria eu. Por fim, achei o infeliz do celular quase caindo no chão e Dean murmurou algo como “Que demora!” e saiu andando. Eu o segui.

A casa de Emanuel ficava no outro lado da cidade, ou seja, tínhamos um longo caminho a percorrer até chegar à mansão que é a casa dele. A família de Emanuel tinha muita grana, e eles não se importavam de jogar as “verdinhas” pela janela, desperdiçando em tudo. Eu já estava acostumada com a forma que eles viviam, mas as pessoas normalmente ficam impressionadas.

Não posso dizer que quando o conheci não fiquei impressionada com tudo no mundo dele, mas por algum motivo, eu comecei a gostar menos do dinheiro. Acho que quando se vive com alguém como ele, as tendências de viver no luxo são imensas e você perde o interesse no dinheiro.

E Dean era um cara experiente com isso, pelo que lembro quando passei as férias com ele. Se fosse para dar um palpite, diria que Blake é de família muito rica. Mas é só um palpite passageiro. Então, ele não se deslumbraria tanto quanto os outros.

Chegamos à mansão dos Oswen e ouvimos a música vinda do pátio de tão alta que estava. A festa estava rolando e eu querendo voltar para casa o mais rápido possível. Descemos do carro e andamos até o gramado verde. Tocamos o interfone.

- Quem é? – Escuto a irreconhecível voz de Alfredo, o mordomo.

- Delilah e Dean. – Digo.

- Delilah! – Ele diz destrancando o portão. – Achei que não viria hoje.

- Pois é. – Digo entrando na casa.

Dean me segue enquanto dávamos a volta na casa e íamos até o pátio onde acontecia tudo. O lugar estava todo enfeitado com diversos adereços bregas que só a Senhora Oswen gostava. A piscina estava cheia com os convidados e a cachorra Estela estava latindo e correndo de um lado para o outro.

- Hm. Acho que irá ser interessante... – Dean diz analisando a festa. – Fiquei com vontade de tomar um banho de piscina.

Olho para onde ele estava olhando e entendo o que ele quis dizer. As primas que poderiam ser consideradas gostosas por tarados vieram, e elas simplesmente me irritavam com sua existência. Eram daquelas modelos com peitos, bundas e tudo mais avantajado, sempre usavam roupas provocantes quando nos encontrávamos...

- Não sei como elas não estão com frio! – Comento olhando para as “modelos” que estava só de biquíni.

- Quando se é linda, não se sente frio. – Dean diz andando até elas com aquele “ar” de galanteador me deixando sozinha.

Pego um cachorro quente que estava ali perto, já que estava morrendo de fome (como sempre) e vou a procura de Emanuel pela casa, já que eu tinha certeza que ele não estaria entre os convidados de sua mãe.

- Delilah! – Grita Henry correndo até mim e quase me derrubando. – Você veio!

- Claro que vim. – Eu digo me abaixando e abraçando ele. – Como está?

- Vou bem! Ganhei uma coleção de bolinhas de gude, quer ver? – Henry diz me puxando pela mão pela casa.

- Nossa! Eu quero ver, mas antes, onde está seu irmão? – Pergunto estranhando o fato de Emanuel não estar com Henry.

Os dois são inseparáveis!

- Ele está no escritório do papai conversando com uma loira. – Henry diz. – Vamos lá ao quarto brincar com as bolinhas.

- Porque não brincamos lá fora? É mais espaçoso e sei que as primas vão amar brincar conosco. – Falo para ele – Pegue lá as bolinhas e traga aqui para baixo que eu vou falar com seu irmão e já volto para brincar contigo, tudo bem?

- Tudo bem! – Ele diz subindo as escadas correndo.

Ando até o escritório do Senhor Oswen, desconfiada do fato de meu namorado estar com uma loira naquela área da casa, em vez de estar lá fora. Alguma coisa estava muito errada!

Quando vou chegando perto, escuto vozes. Paro e presto atenção.

- O que fizemos? – Emanuel perguntava apreensivo.

- Quer mesmo que eu responda, ou ainda não caiu sua ficha? – A loira diz. – Fizemos um filho e vai ter que assumir.

Eu cambaleio para trás, não acreditando no que acabei de ouvir. Quase caiu no chão, mas no último minuto me seguro em uma mesa que estava ali perto.

Emanuel estava me traindo.

Emanuel tinha engravidado uma mulher.

Ele estava me traindo... E agora teria um filho com aquela loira.

Tinha algo errado nessa história. Eu devia ter escutado errado, talvez ela tivesse falando de alguma coisa que é parecido com a palavra filho e eu entendi errado. Tinha que ser isso, porque eu não acreditava que isso seria possível.

Minhas lagrimas lutavam para sair, mas eu me segurei para não chorar.

- Quem me garante que esse filho é meu mesmo? – Escuto Emanuel perguntar alto. – Você pode muito bem tentando me dar um golpe.

- Tenho certeza absoluta! Você foi o único na minha vida por esses meses. – Ela diz batendo em alguma coisa.

Eu não aguentava ouvir mais, tinha que saber se tudo aquilo era verdade.

Ou uma brincadeira de mau gosto.

E eu realmente torcia para que fosse a última alternativa.

Ando em direção à porta e abro-a em um estrondo. Os dois me olham surpresos e eu não tinha coragem de dizer nada. Nem uma palavra saia. Olhei para a loira e constatei que ela era realmente melhor do que eu. Desde seu cabelo sedoso loiro, até seus dedos dos pés pintados de vermelho.

- Como pode? – Consigo perguntar virando minha atenção para Emanuel que estava tão surpreso quanto à loira peituda. – Emanuel, como pode fazer isso?

- Achei que não viria hoje. – Ele diz.

- E isso importa no momento? Realmente eu não iria vir, mas vim. – Digo gritando. – Como pode fazer isso comigo Emanuel? Cacete! Eu estou com você há cinco anos, e descubro que você me trai e ainda engravida a vagabunda.

- Vagabunda é sua mãe. – A loira diz com sua voz sensual.

- Melhor ficar bem quietinha, porque eu quero te matar. – Anuncio sem desviar o olhar de Emanuel. – Então, alguma explicação?

- Desculpa. – Pede Emanuel.

- Não te desculpo. – Eu anuncio. – Sinceramente, não quero mais olhar para sua cara deslavada. Eu que nunca dei motivo nenhum para você, descubro que o homem que eu julgava ser da minha vida me traí com uma vagabunda sem categoria. – A loira ia protestar, mas eu a calei. – Eu ainda posso matar seu querido filho e você não irá dar mais o golpe nele.

Eu não ia fazer isso mesmo, mas estava com tanta raiva que qualquer palavra que pronunciava soa como uma ameaça perigosa. E naquele momento, eu desejei que um raio partisse aqueles dois no meio.

- Deli, não é como você está imaginando...

- Não é? Então, porque não me explica?

- Eu te amo... O que tive com ela foi algo momentâneo, sem importância. – Emanuel dizia. – Eu ia resolver isso sem você saber...

- Obrigada por me fazer de idiota. – Digo ficando cada vez mais com raiva.

- Podemos resolver isso como sempre, eu te amo! – Emanuel diz.

- Mas eu não te amo mais. – Digo me virando para trás e encontrando Henry com suas bolinhas de gude nos olhando.

- O que aconteceu Deli? – Ele pergunta.

- Eu preciso ir embora agora... – Digo me abaixando e ficando na altura dele. – mas, depois eu venho aqui e fico a tarde inteira brincando com você.

- Promete?

- Prometo! – Digo me levantando e dando um beijo em sua bochecha.

Ele não tinha culpa de ter um irmão tão cafajeste. Vou para o pátio onde todos estavam se divertindo e encontro Cléo entrando pela porta, provavelmente me procurando. Vou ao seu encontro.

- O que aconteceu? – Ela pergunta rapidamente.

- Emanuel vai ter um filho com outra. – Digo me segurando para não chorar.

Não daria esse gostinho para ninguém daquele lugar.

- Eu sabia que tinha algo errado... – Ela diz passando suas mãos em volta do meu pescoço me abraçando. – Vamos, vou te levar para casa.

Quando íamos sair dali, Emanuel aparece correndo e chamando meu nome. A atenção de todos caí sobre nós e eu sabia que não poderia sair daquele lugar sem chamar a atenção.

- Emanuel, cai fora! – Cléo diz ficando em minha frente. – Não basta trair ela, agora quer o que? Pedir desculpas?

- A conversa é com ela e não com você. – Ele diz rispidamente.

- Não fala assim com ela, seu canalha! – Digo gritando. – O que quer agora? Dizer que não queria me trair nem engravidar a vagabunda?

- Apenas peço para conversarmos civilizadamente.

- Eu não quero conversar com você! Eu não quero mais nada que você. Devia procurar a loira e conversar com ela sobre o filho de vocês, não acha? – Eu grito mais alto ainda com muita raiva. – O que você quer de mim?

- Não quero mais nada. – Ele diz calmo me olhando fixamente.

- Resposta certa. – Digo com ironia e me viro para ir embora com Cléo deixando todos nos observando como abutres atrás de carniça.

Oh! Acho que a festa acabou!

Seguimos até meu carro, mas antes de entrar ouço alguém chamando meu nome. Viro-me rapidamente para jogar desaforos para qualquer fofoqueiro de plantão, mas era Dean.

- O que você quer Dean? – Cléo pergunta com raiva.

- Essa festa já deu o que tinha que dar. – Ele comenta dando de ombros. – Vamos para casa Delilah. – Ele diz entrando no carro para dirigir.

Cléo olha para ele e depois para mim. Suspira e entra no carro sentando atrás. Por último, eu entro no carro fechando a porta e enfim, deixando lagrimas silenciosas escaparem de meus olhos enquanto via a mansão pela última vez.


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Notas finais do capítulo

Então... Gostaram? Emanuel se transformou em um belo idiota não? E o que será que acontecerá no próximo? E eu vou trazer uma surpresa para o próximo, espero poder agradar todos!
Então, queria perguntar uma coisa: Alguém ai curte Percy Jackson? Eu estava querendo postar uma história e queria saber se vocês leriam ela. É de semideusas, mas não é que nem as outras que eles vão para o acampamento e pá. Essa é diferente!
O próximo capítulo só sai quando eu tiver mais de 15 review's, então tratem de mandar sugestões, críticas ou um simples "gostei". E acho que o próximo irá demorar um pouquinho (no máximo, dez dias), porque essa semana eu estou atarefada demais e no começo da outra ainda mais. (Tipo, tenho prova/simulado/trabalho nessa semana e na outra toda, vou para Londrina com a escola quinta para feira de profissões, mesmo eu sabendo que profissão seguir, tem a festa junina por ai e eu acho que terei que ajudar, fora os anos 70 que inventaram... Estou cheia! Mas o capítulo não irá demorar mais do que dez dias, fiquem tranquilos. E eu posso postar super antes também.)
Mas, em todo o caso, apareçam e me façam felizes.
Recomendações são bem vindas u.u
E até o próximo capítulo, com surpresa nela!
Não deixem de visitar lá o tumblr!
Beijos e boa semana!