Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 3
Estraga prazeres, literalmente!


Notas iniciais do capítulo

Sou demais né? Okay. Com isso eu quis dizer que adiantei o capítulo e decidi postar logo de uma vez, porque eu gostei dele. Apesar de tudo! k Bem, espero que todos - amem - curtem o capítulo, porque eu particularmente gostei dele embora tenha algumas coisinhas por ai.
Ah! Bem vindos leitores novos!

— Capítulo não revisado.



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O que eu estava vendo em minha frente era o retrato falado, escrito e desenhado de um legitimo delinquente - capenga - juvenil. Desde seu cabelo bagunçado propositalmente que dizia "Eu não me importo com minha aparência, me ame!" cor castanha, os olhos críticos castanhos, a pele branca que não pega sol há anos. Sua roupa simples, mas que revela muito de sua personalidade, composto por uma camisa preta de manga curta, jeans surrados de cor clara que mostravam sua samba canção branca (ou seja, a metade da sua bunda estava para fora da maldita calça) e os tênis All Star brancos, ou melhor, cor de terra tão suja que estavam. Além de tatuagens no braço indecifrável, piercing no nariz e um protótipo de alargador na orelha. E não posso deixar de lado seu sorriso encantador, charme irresistível, sarcasmo inevitável e skate nas mãos.

Esse era o perfil do meu novo companheiro de apartamento que estava plantado na porta, enquanto eu o avaliava e ele fazia o mesmo comigo.

- Podemos entrar Deli? - Pergunta Emanuel me tirando da analise e me fazendo olhar para ele.

- Claro. - Digo tentando concertar o momento embaraçoso que se passou. - Entrem, por favor.

O traste - Dean - passou por mim sem me cumprimentar e andou direto para a sala deixando sua mala em qualquer lugar e pegando alguns salgadinhos que estavam na mesa.

- Oi amor. - Emanuel disse e me puxou para um beijo.

- Oi! - Digo após seu beijo fechando a porta.

- Tem amendoim nisso? - Perguntou Dean apontando para um salgado que Cléo havia comprado por razões desconhecidas.

- Não sei. - Digo deixando ser abraçada por Emanuel enquanto andávamos para perto dele. - Foi Cléo que comprou.

- Cléo? - Ele perguntou arquejando a sobrancelha. - Quem é essa?

- Melhor amiga da Deli. - Emanuel responde.

- Não conheço. - Ele fala dando de ombros e cheirando o misterioso salgado.

- Poxa, assim eu fico magoada. - Cléo diz aparecendo na sala de roupa trocada.

Ela usava uma calça jeans justa preta, uma regata cheia de brilho, um sapato de salto e maquiagem para festa. Além das pulseiras que ficavam tilintando sempre que mexia seu braço.

- Esta é Cléo. - Digo olhando para minha amiga.

- É um prazeroso conhecimento de sua amiga Delilah. - Ele fala e anda até ela dando dois beijinhos, um em cada lado da bochecha.

- Não se lembra dela Dean? - Pergunta Oswen - meu namorado - se divertindo com aquilo.

- Creio que não. - Ele falou e pediu para ela dar uma voltinha. - Hm, mas adoraria conhecer melhor.

- O.k. Vamos acabar com a putaria que eu ainda quero comer. - Digo revirando os olhos pela careta da minha amiga. - E você já "pegou" ela.

- Delilah! - Cléo diz batendo o pé.

- O que? - Eu digo sem me importar por ter acabado com as chances de uma nova festinha entre eles. - Venha amor, estou morrendo de fome.

Puxei-o para o sofá e comecei a comer os salgados que Cléo comprou. Eu estava morrendo de fome, dei-me um desconto.

- Já teve é? - Dean fala olhando novamente para minha amiga. - Que pena, não sou de uma mulher mais de uma vez.

- E eu não sou de um homem mais de uma vez. - Cléo responde e se distancia dele olhando para o celular. - Deli, eu vou indo. Brian está me esperando aqui na frente.

- Já? - Eu pergunto olhando para ela indo para a porta. - Não deixe Frank descobrir.

- Vai se fuder. - Ela "desejou" e bateu a porta de entrada ao passar.

E ficamos somente nós três na casa.

E um silêncio se instaurou.

Até Emanuel começar a falar com Dean.

E a conversa era sobre sua vida maravilhosa - só que não - em Atlanta e como ele desfrutou cada segundo até decidir se mudar para tentar uma vida melhor.

Eu parei de prestar atenção no momento que Dean começou a contar quantas tinha pegado em sua despedida, sério, faltou dedo para contar as mulheres. E comecei a prestar atenção para meu parceiro de casa - que brega esse nome.

Nada de muito revelador descobri, nada que de interessante e nem polêmico como descobrir que ele é gay, ou que rouba coelhos e faz ração dos coitados, ou que é um traficante e nem descobri que trabalho possui, se é que trabalha.

- Delilah? - Escutei meu nome no mesmo tempo que estalar dedos na minha frente.

- Oi? - Perguntei embaraçada. - Tudo, tudo bem. - Digo sorrindo torcendo para que essa seja a resposta certa para sua pergunta.

- Estava dizendo para Dean como o México é bonito. - Emanuel falou empolgado.

Eu e ele havíamos viajado para o México quando completamos quatro anos de namoro. É quase uma tradição viajar em nosso aniversário de namoro, o próximo destino é Paris.

- Sim. Lá é muito bonito. - Digo colocando um salgadinho na boca para mantê-la ocupada enquanto eles falavam.

Não que eu fosse uma anfitriã chata, uma pessoa antissocial conforme as más línguas afirmam. Mas, aquele dia foi cansativo para mim porque eu sofri "acidentes" demais por um dia, além é claro de ter que ser simpática com as pessoas.

Estava cansada.

- Então Delilah, animada para me ter como colega de apartamento? - Dean pergunta.

Os assuntos ali acabavam rápidos, não?

- Muito. - Digo só que foi um tom de ironia que não consegui disfarçar.

Droga!

- Sério. - Tento disfarçar. - Vai ser bom ter alguém a mais na casa.

- Concordo plenamente com ela, vai ser ótimo ter algum macho por aqui. - Emanuel diz. - Esses dias tinha um homem invadindo casas à procura da mulher foragida e se ele desconfiasse de você te matava.

Era verdade. Teve esse caso há duas semanas. O fim dele foi que o homem encontrou a mulher, eles "conversaram", se entenderam e fugiram juntos da policia. Porque ela já estava foragida tanto do marido quanto da lei e ele por ter provocado vários assassinatos.

Pelo menos estão juntos se amando.

- Acho que vou dormir. - Diz Dean bocejando depois de muito tempo. - A viajem foi longa e cansativa.

- Vou te mostrar seu quarto.  - Falo levantando e o guiando pelo corredor.

Mostrei o segundo quarto do corredor e indiquei também o banheiro. Ele ficou arrumando suas coisas para deitar enquanto eu voltei para a sala, onde Emanuel me esperava.

- O que aconteceu hoje? Está distraída. - Ele falou quando me aconcheguei nele.

- Só estou cansada mesmo. Tive um dia longo. - Falo olhando para ele.

Emanuel era diferente da maioria dos caras que eu conhecia. Não era "pegador" como os outros, infantil, chato, frio, problemático e não se vestia como um adolescente. Na verdade, ele simplesmente era normal. E por isso eu gostava dele desde o dia em que o vi quando ainda era uma menina de 15 anos.

Oswen é um nobre. E literalmente. Sua família havia comprado o título de nobre para ele, porque sua mãe sempre quis que seu filho fosse parte da realeza e quando um fracassado Duque colocou a venda seu título, ela deu o lance mais alto.

E eu nem sabia que se podiam comprar títulos da nobreza.

O título faz jus a sua pessoa, por que ele é educado, atencioso, carinhoso, preocupado, mas ao mesmo tempo tem aquele "Q" de macho, sabe? Não é que nem a maioria dos rapazes.

Ele é único entre as estrelas.

Além é claro, dele não usar roupas que não sejam adequadas para um cara de 23 anos, não possui tatuagem, piercing ou alargador. Não falar gírias, não se drogar e participa de ONGs para proteção da meio ambiente. Usa roupas que o cobrem por inteiro, normalmente está de tênis de corrida nos pés ou sandálias de couro italiano. Suas roupas sempre são limpas, passadas e engomada.

(Um dos privilégios de morar com a mãe.)

E de forma alguma é um filhinho de mamãe.

- Então, vou indo para deixar você descansar. - Ele falou tentando se levantar, mas eu o beijei.

- Porque não passa a noite aqui? - Sussurrei em seu ouvido.

Ele me beijou de volta com vontade, passando suas mãos pelas minhas costas enquanto as minhas brincavam com seus cabelos cor de mel. Ele me puxou para cima de seu colo e continuou me beijando. Suas mãos "dançavam" em meu corpo enquanto beijava meu pescoço. Puxei seu rosto e comecei a mordê-lo fraquinho enquanto ele deixava escapar um gemido quase inaudível a qualquer outra pessoa. Ele me deitou no sofá e ficou por cima me beijando...

Escutamos alguém tossir fraco perto de nós e nos separamos olhando assustados para o corredor onde Dean estava encostado na parede nos olhando.

- O que você quer? - Perguntei com Emanuel ainda por cima de mim.

- Não queria atrapalhar o momento de vocês, mas levei queria saber se você possui toalha para me emprestar. Acabei deixando a minha no hotel. - Dean falou com um sorriso divertido nos lábios.

- Estou indo. - Digo levantando do sofá e seguindo para meu quarto.

Peguei a maldita toalha e o alcancei.

- Podem continuar de onde vocês estavam. - Ele falou enquanto se trancava no banheiro.

Cheguei à sala e encontrei Emanuel pegando suas chaves de cima da mesinha e guardando em seu bolso.

- Aonde vai? - Pergunto cruzando os braços.

- Você precisa descansar, esqueceu? - Ele falou vindo em minha direção e me abraçando. - E meu irmão quebrou o braço, não dorme se eu não estiver com ele.

O irmão dele tem cinco anos. E é um fofo.

- Ah! - Eu digo. - Mande um beijo para ele então.

- Mandarei sim. - Ele falou beijando o topo de minha cabeça.

Ele era mais alto do que eu, e eu nem era baixinha.

- E você, para cama. - Ele falou rindo e abrindo a porta.

- Sim papai. - Digo revirando os olhos e o seguindo.

- Amanhã eu apareço por aqui. - Falou e me puxou para um beijo mais calmo. - Boa noite.

- Boa noite. – O desejo e vai embora.

Fecho a porta e suspiro frustrada com o que aconteceu.

Começo a juntar a sujeira que fizeram e olho para o relógio que marcavam 01h03min da madrugada. Eu nem havia visto o tempo passar. Guardei o que sobrou de comida em potes, joguei fora os lixos e quando estava indo para meu quarto...

- Emanuel já se foi? - Dean pergunta enxugando seu cabelo.

- Graças a você. - Digo revirando os olhos. - Espero que tenha tomado um ótimo banho.

- Tomei, obrigada. - Ele falou rindo. - E obrigada por me deixar ficar na sua casa.

Pelo menos o Atrapalhador-De-Climas-Entre-Namorados possuía alguma educação. O mundo não está tão perdido assim quanto pensei.

- Só não me faça ficar arrependida. - Digo entrando em meu quarto e pegando uma toalha nova.

- Eu peguei mesmo aquela sua amiga? - Escuto Dean falando do corredor.

- Sim, ela foi com a gente para Atlanta, lembra? - Falo procurando um pijama.

- É aquela? - Ele parece surpreso. - Nossa! Acho que posso abrir uma exceção para sua amiga, afinal, ela está gostosa agora.

- Ela tem namorado. - Digo saindo do quarto e entrando no banheiro.

- Ela não me pareceu com cara que namora.

- Bem, ainda não é oficial... Mas logo será. - Digo parando e o olhando. - Então, não estrague tudo.

- Não me meto com mulheres comprometidas, elas que se metem comigo. - Ele falou se deliciando com suas palavras.

- Vai dormir. - Ordeno e entro no banheiro.

Meia hora depois (no máximo) eu já estava com meu pijama de Batman, minhas pantufas de coelhinho tentando arrumar o maldito despertador que não queria funcionar, mesmo tendo trocado já as pilhas. Por fim desisto, e digo para mim mesma que hora devo acordar... E durmo pensando no horário.

Vai ver que funciona, não é?


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Notas finais do capítulo

Então... Eu sei que não tem muita emoção, mas juro que eu amei ele! kkk Sério. Enfim, espero que tenham gostado tanto quando eu... E o próximo começa a história dos dois definitivamente e pá. Ah! O próximo capítulo sai sábado, se tudo der certo (minhas provas começam novamente terça) e só quando eu tiver mais de 10 comentários hein. Por favor!
Beijos e fiquem com Deus!

— Erros? Diga-me que eu irei corrigir imediatamente. Obrigada.



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