Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 25
Adolf chamado de Cal.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas como estão? Eu não deveria estar postando o capítulo, mas como eu conclui o bônus e enviei para dez pessoas sorteadas, decidi postar esse capítulo com o nome nada haver, mas que eu gosto bastante, e matar a curiosidade de vocês sobre o que aconteceu com o nosso querido Dean.
E queria avisar que esse é o penultimo capítulo (tirando os três bônus), isso significa, que a fanfic já está acabando :c De qualquer modo, eu troquei a capa da fanfic e estou simplesmente apaixonada pela nova, o que vocês acharam?
Espero que gostem do capítulo, e que curtem os último momentos de SM, porque já está quase no fim (infelizmente) :c
Boa Leitura.



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– Seu nome? – Pergunto olhando para um homem há minha frente com óculos de grau fortes, careca e com uma camiseta manchada de ketchup.

– Adolf, mas meus amigos me chamam de Cal. – Responde fazendo um barulho asqueroso com o nariz.

Olho para ele e balanço a cabeça negativamente riscando seu nome da lista.

Estava à procura de um novo colega de apartamento para dividir as despesas e não me sentir tão sozinha quanto estava me sentindo nesses últimos meses. Iria fazer dois meses dali alguns dias que Dean não morava mais comigo, ou sequer, respondia minhas mensagens.

Eu não pretendia alugar o quarto dele para outra pessoa até certeza de que ele não voltaria mais, ou que estava morto como comecei a suspeitar. Não queria me livrar de seus pertences, mas não queria mais sua lembrança em minha casa, em minha mente.

Estar apaixonada por Blake era surreal, ainda mais quando ele não estava mais por perto e eu não sabia o que havia acontecido. Emanuel sempre confirmava que Dean não havia entrado em coma, ou se acidentado. Sua mãe também havia me garantido que ele não estava lá, e disse para eu ficar tranquila que uma hora ele deveria aparecer.

Eu só me perguntava como aquela mulher conseguia ficar calma com seu filho desaparecido, porque eu que sou apenas amiga dele estava surtando, uma mãe deveria, pelo menos, contratado a CIA para achar seu filho, ou começar a buscar o corpo dele nos EML da vida.

– Porque te chamam de Cal se seu nome é Adolf? – Pergunto por fim tentando entender aquilo. Estava torcendo para que fosse uma história engraçada, porque eu não queria escutar nada dramático.

– Não sei. Um dia eles me chamaram de Cal e ficou para sempre isso. – Responde dando de ombros. – Então, eu vou ficar com o quarto? – Pergunta balançando a cabeça para frente e para trás de forma que eu quase gritei de medo.

– Entrarei em contato. – Aviso levantando-me do sofá e Cal faz o mesmo. – Vou te acompanhar até a saída. – Informo o levando até a porta de entrada.

Cal estende sua mão para mim, mas eu apenas sorri ignorando sua mão estendida. Adolf poderia ser muita coisa, mas era um corpo habitado por mais germes que uma pessoa normal. O cara tinha mancha de ketchup na camiseta, o que dirá do resto de suas coisas? Eu preferia morar sozinha, que morar com um cara tipo ele! Onde estão as mães dessas pessoas para ensinar a lavar a roupa ou a eficiência de uma loja de lavagem?

Abro a porta e fico olhando para Cal esperando que ele saia de minha casa para eu colocar fogo na manta que ele havia acabado de se sentar no sofá e depois passar um ácido para matar todos os micróbios que aquele ser trouxe para minha casa, mas não o vejo sair e olho para a porta procurando o problema.

E, bem, eu encontro o problema.

– Saudades Oswald? – Escuto aquela voz tão conhecida e tão desejada perguntar com um sorriso maroto nos lábios, mas com seus olhos dizendo outras coisas além do que aparentava. – Vejo que temos um novo amigo, como está? – Pergunta na maior cara de pau para Cal que apenas acena com sua mão engordurada.

Dean Blake estava ali na minha porta dizendo oi para o homem-micróbios.

Eu mal podia acreditar nisso.

Viro-me para Cal e pergunto sem cerimonias.

– Tem um homem parado na minha porta?

– Sim. – Ele responde com um olhar confuso.

– Ótimo! Se eu fosse você Cal, eu iria embora agora. – Falo tentando manter a calma e vejo Adolf praticamente correr pela porta de entrada chamando rapidamente o elevador. – Acho que não te ligarei, provavelmente vou ser presa por cometer um assassinato. – Aviso acenando assim que Cal entra no elevador.

Sem pensar duas vezes, entro dentro de casa ignorando a presença inesperada de Dean e vou até meu quarto pegando o taco de beisebol que colocará ali para caso de precisar com os maníacos entrando no meu apartamento para entrevistas que não levariam a nada, além do meu sério problema de acreditar que alguém subiria até o oitavo andar para me olhar nua. Mas isso, eu discuto depois com o meu terapeuta.

Saiu do quarto e ando até a sala batendo o taco contra minha mão. Assim que entro no cômodo, encontro à porta de casa fechada e Dean soltando suas coisas no chão e olhando para tudo.

– Tudo bem, como vai ser? – Pergunto aproximando-me dele. – Eu vou te bater até você morrer, ou você irá explicar o porquê do seu sumiço e depois eu te bato até morrer?

Dean me olha e depois para o objeto em minhas mãos.

– Eu preciso morrer em qualquer das opções? – Pergunta erguendo suas duas sobrancelhas enquanto me avaliava e eu apenas reviro os olhos. – Você continua tão linda quanto eu imaginava.

– Não venha com isso agora seu idiota! – Falo fazendo a ponta do taco de beisebol tocar seu peito. – Você some por dois meses e diz que eu sou bonita?

– Delilah, abaixe o taco e vamos conversar. – Pede tocando no objeto e tentando afastar de seu corpo, mas eu não o deixei. – Eu sei, eu sumi e não nenhuma explicação, eu te deixei preocupada. – Confessa ainda tentando se livrar da mira do taco. – Mas pelo visto você arrumou um substituto.

– Eca. – Exclamo com uma careta, mas depois volto a olha-lo. – Não mude de assunto Dean Blake, você vai me explicar direitinho o seu sumiço ou eu juro que acerto esse taco no meio da sua cabeça.

– Você não teria coragem. – Provoca deslizando o taco para o lado com sua mão.

– Verdade, eu não teria coragem com o taco. – Reconheço deixando o objeto cair no chão. – Mas... – Falo fazendo um gesto para ele esperar enquanto andei até a área de serviços e peguei uma vassoura. – Com a vassoura eu tenho! – Afirmo começando a bater nele do seu pescoço para baixo.

Dean começou a correr pela casa tentando fugir das vassouradas que dava nele, mas eu corria atrás dele acertando sempre que dava. Por ser pequeno o apartamento, logo estávamos na sala novamente e eu havia encurralado Blake contra uma parede onde ele não poderia fugir. Dei uma última vassoura em sua perna e depois olhei com raiva para ele.

– Você me manda uma mensagem, depois some por dois meses e nem se importa em dizer que está vivo? – Acuso dando mais uma vassourada que acerta seu ombro.

– Ok, eu mereço essa raiva vindo de você. – Admite. – Mas vamos conversar como pessoas normais? Acho que desloquei o meu ombro.

– Deveria ter quebrado.

– Delilah, respire. – Pede. – Conte até 10 para se acalmar.

– Eu não quero me acalmar cacete, eu quero te matar! – Digo deixando a vassoura cair no chão e fico olhando para ele. – Eu quero te destroçar, arrancar seu coração fora, quero te atropelar três vezes, quebrar seu corpo e depois jogar para os leões. – Começo a falar cada vez mais alto. – Você me abandonou por dois meses porra, acha que é fácil? Acha que foi fácil eu ter que enfrentar tudo sem você nessa casa? Qual é a porra do seu problema? Você não pensou em mim? – Pergunto tentando abaixar o tom de voz, mas não conseguia. Minha raiva era tanta que eu poderia fazê-lo sofrer por muito tempo e nunca seria o suficiente. – Achei que se importava comigo.

Afasto-me alguns passos dele e o vejo realmente desta vez.

Dean não parecia melhor do que eu, apesar do seu sorriso maroto de mais cedo. Ele parecia mais magro, menos forte. Seus cabelos estavam desgrenhados e enredados de um jeito que nunca tinha visto. Seu rosto pálido com seus olhos que demonstravam tudo, menos felicidade. E, pelo incrível que pareça, ele ainda vestia a mesma roupa que tinha usado na festa.

Eu sabia que ele não havia tomado banho ou trocado de roupa antes de sair naquela manhã. Não tinha encontrado suas roupas sujas no cesto do banheiro como ele sempre deixava, ou a toalha dentro da pia como costume. Muito menos deixado um bilhete me mandando leva-las para a lavanderia mais perto já que Dean é muito preguiçoso para fazer isso. Mas não achei que ele fosse ainda estar com a mesma roupa da festa há dois meses.

– Eu me importo com você. Nesses dois meses eu só pensava em você, só queria vê-la mais uma vez, ouvir sua voz. – Dean começa a dizer dando alguns passos em minha direção, mas eu o parei. – Eu não podia te responder, na verdade, só vi suas mensagens hoje de manhã quando saí.

Eu o olho confusa.

– Sair da onde?

– Uma longa história Deli, mas eu juro que não fiz nada de errado. – Blake afirma, mas não deixou essa história para lá e acabo exigindo uma resposta explicativa. – Eu fui preso Deli. Essa é a verdade, ficou feliz?

– Você foi preso? – Pergunto sem entender, como se aquela frase não fizesse efeito em minha mente. Eu só estava me perguntando quem iria prender o Dean e porque ele estava inventando essa história toda. – Como assim, você foi preso?

Dean me olhou e deu um amargo sorriso enquanto eu o olhava esperando por uma resposta. Eu não o tinha visto por dois meses, e ele diz que foi preso? Algo deveria ser explicado imediatamente, e é com esse pensamento que começo a bater o meu pé continuadamente no chão esperando por uma resposta.

– Depois que a gente se falou naquela madrugada, você foi dormir. Eu não conseguia ficar no quarto olhando para o nada, mas também não queria te acordar. Eu havia falado besteira, reconheço e peço desculpas pelo que falei. – Começa a explicar gesticulando com suas mãos, mas sem se aproximar de mim. – Então eu decidi sair, peguei o meu carro e fui dirigir. Só que a policia apareceu e pediu para eu encostar o carro por estar acima da velocidade, então eu fiz o que foi pedido e fui obrigado a fazer o teste do bafômetro e deu acima do permitido. – Conta. – Então eu comecei a brigar com o policial por afirmar que não estava bêbado, apesar de ter uma prova comigo e o empurrei para longe. E a última coisa que me lembro é de estar no carro da policia sendo detido, então eu peguei três meses de prisão por dirigir alcoolizado e agredir um policial. E só sai hoje de manhã, por bom comportamento.

Eu fico o olhando procurando vestígios de mentiras, mas não encontrei. Aprendi a ler o rosto de Dean de uma forma que era assustador. Conhecia suas manias, sorrisos e expressões. Era como se Blake estivesse na minha vida por mais tempo do que eu poderia imaginar.

– Você estava esse tempo na prisão? – Repito tentando aceitar aquilo. – E porque não me avisou, ou a Emanuel? Você tinha direito a um telefonema, ou um advogado, eu sei lá.

– Esse é o problema Delilah, eu não queria ser livre. – Anuncia e aquilo me faz paralisar e olha-lo confusa. – Eu não queria estragar mais a sua vida, eu não queria perturbar o Emanuel com questões idiotas de um cara irresponsável. Eu só queria fugir do mundo, e a cadeia, apesar de tudo, foi a melhor opção?

– Melhor opção? Para quem? – Indago sentindo a raiva voltar. – Você poderia ter comprado uma passagem para Bali, ou ter enfrentado tudo como um homem e não um filhinho de mamãe que foge na primeira situação que sai do controle. – Acuso aproximando dele. – Você poderia pelo menos ter avisado que estava bem e não mandando uma mensagem de desculpas, e a propósito, como conseguiu mandar a mensagem?

– Eu negociei que em vez do telefona, eu mandaria duas mensagens com uma palavra apenas. – Conta parecendo sem graça. – Parecia certo pedir desculpas por tudo o que eu havia aprontado e o que estava prestes aprontar.

Eu fico o olhando por algum tempo. Minha vontade era pega-lo e joga-lo pela janela sem dó nem piedade, mas ao mesmo tempo eu o queria ali. Queria ver sua presença novamente nesse apartamento, o queria por perto de uma maneira que eu não entendia direito. Eu tinha vontade de expulsa-lo de casa, de joga-lo no olho da rua e expulsa-lo de vez da minha vida.

Mas lembrar de que Adolf, chamado de Cal, poderia se tornar meu novo companheiro de casa, deixava a decisão bem mais fácil do que fazer.

Olho mais uma vez para Dean e bufo de irritação.

– Eu deveria te mandar para o olho da rua, deveria te odiar para sempre. – Começo afirmando enquanto via Dean abrir um sorriso sem graça. – Mas acho que você merece pelo menos tomar um banho. – Digo dando de ombros. – Suas coisas estão no mesmo lugar que deixou. – Falo antes de começar a me afastar de Dean com medo do que eu poderia fazer a qualquer momento.

Qual é? Eu queria mata-lo, mas a única coisa que se passava pela minha cabeça era: Beije-o agora, beije aqueles lábios. Eu sabia que não deveria deseja-lo depois dos dois meses que ele havia me deixado, depois de ter provado que era mais do que um completo idiota e babaca.

Mas parece que aquele sentimento que eu sentia na última noite que nos vimos havia voltado novamente, quer dizer, ele só havia adormecido com o tempo e agora com a volta de Dean para minha vida e para minha casa, o meu amor por ele havia se reacendido como uma vela que estava prestes a se apagar por completo.

– Então eu tenho meu quarto de volta? – Acaba perguntando e sinto esperança em seu tom de voz.

– Você sabe que vai ter que se superar para eu te perdoar, não sabe? – Falo juntando a vassoura do chão para guarda-la em seu lugar.

– Farei o que puder para tê-la de volta.

– Então seria bom começar tomando um banho e arrumando a bagunça da sala. – Palpito o olhando nos olhos. – Ou senão a vassoura volta atacar.

– Sim senhora, eu deixarei tudo limpinho. – Dean fala abrindo um sorriso brincalhão. – E logo tudo voltará ao normal. – Afirma andando em direção ao sofá e juntando as almofadas. – Você vai ver Delilah.

– Eu não tenho tanta certeza. – Murmuro antes de ir até a área de serviços.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do capítulo? Dean será perdoado pela Delilah? Eu sei que disse que seria um capítulo divertido, mas eu me diverti bastante o escrevendo e imaginando o nosso amigo Cal, as vassouradas e tudo mais. Espero que tenham se divertido também.
Hm, o que acham que Blake irá fazer para Deli o perdoar? E o que acharam dessa história de prisão? Só o doido do Dean mesmo, porque né? E o que acharam do futuro companheiro de Deli? Ele é mais louco que o Blake, isso eu afirmo! shushau E como eu disse, o título não tem muita relação, mas eu o amo, então shiiiu, deixa a ovelha aqui ser feliz :3
Aaah, outra coisa, como vocês sabem eu estava planejando uma nova fic que viria depois de SM e blá. Eu iria postar só depois que eu postasse o útlimo capítulo da fanfic, só que eu estava tão ansiosa, tão "doente" para postar ela que acabei postando antes do tempo, só que liberei apenas o prólogo, irei postar o primeiro capítulo quando chegar nos bônus de SM como havia planejado antes e tudo mais. "Keep Calm" é diferente do que eu já escrevi, em todos os fatores, então se quiser embarcar comigo nessa linda aventura, ficaria super honrada :3 (colocarei o link ali em baixo).
Espero que todos fiquem bem, tenham um fim de semana badalado (or not) e que Deus os proteja.
Até mais meu rebanho de ovelhinhas lindas!

Link de Keep Calm (olhe pelo menos a capa, eu amo ela!):
http://fanfiction.com.br/historia/473040/Keep_Calm/



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