Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 24
Desculpe.


Notas iniciais do capítulo

Hey, como estão? Sim, o capítulo veio mais cedo do que vocês possam imaginar. Não iria postar ele antes de quinta, mas algo me dizia "poste, poste", além deu ficar irritando as pessoas com spoleirs sem sentido do que aconteceria na história (indireta). Mas antes, eu havia dito que iria fazer um bônus do Dean e enviar para algumas pessoas antes e tals, eu ia escrever essa semana só que eu fiquei envolvida por uma nova fanfic que quero postar o mais rápido que conseguir (por mim, postaria hoje), além de não estar em casa hoje e só volto amanhã para casa e blá. Eu já decidi como escolherei as pessoas que irão ler o capítulo antes de eu posta-lo por aqui, e no próximo capítulo explicarei meus critérios (mas essas pessoas já terão lido, então, prepare-se!). De qualquer forma, obrigada aos mais de 20 review's, vocês são demais



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– Cléo, vamos embora, por favor? – Peço assim que avisto minha amiga limpando os vestígios de lágrimas em minhas bochechas e olhos.

– O que aconteceu com você? Porque estava chorando? – Ela pergunta fazendo um gesto para quem estivesse dançando a esperasse. – Dean fez alguma coisa para você?

– Ele simplesmente nasceu Cléo. – Eu digo cruzando os braços, ainda irritada com o ser chamado Dean Blake. – Mas se você não quiser ir, pode ficar eu só preciso das chaves do carro. – Eu falo dando uma rápida olhada para o homem atrás de minha amiga. – Eu não quero estragar sua noite.

– Ele já estava ficando chato mesmo. – Cléo comenta dando de ombros. – Eu vou ter que ir embora, foi ótimo dançar com você, tchau. – Minha amiga se despede rapidamente do seu acompanhante e me puxa pelo braço se afastando dele. – Aquele homem já estava me dando nos nervos, só digo isso.

– Tem certeza de que não quer ficar na festa? – Pergunto para ter certeza de que não estava estragando a noite dela. – Eu posso dirigir sem problemas.

– Boa tentativa Delilah. Agora vamos. – Cléo fala por fim me puxando para fora da festa em instantes. – E eu quero saber o porquê de eu precisar matar Dean.

Seguimos até o carro que estava estacionado um pouco afastado da mansão. Quando sento no banco do passageiro, e Cléo liga o carro, minha amiga começa a fazer um monte de perguntas e eu sou obrigada a respondê-las. Assim que termino de contar, Cléo me olha rapidamente como se tivesse sentindo pena e eu reviro os olhos com aquilo.

– Nem venha com esse olhar. – Eu aviso.

– Delilah, você não vê nada quando fica com raiva né? – Cléo diz parando no sinal vermelho e voltando a me olhar. – Não sei o que acontece com você, mas você ignora todos os sinais mesmo que ele esteja na sua frente.

– Do que você está falando? – Pergunto sem entender.

– Está na cara que Dean ficou ciúmes de você e Emanuel. – Cléo informa na mesma hora que volta a prestar atenção no trânsito. – E não é para menos já que você estava se abraçando com o seu ex-namorado maníaco.

– Emanuel não é maníaco. – Esclareço.

– Continue acreditando nisso. – Fala em um tom de “não acredito nisso”. – E para você saber, Dean estava te procurando à festa inteira porque estava preocupado com você. – Conta e eu a olho para ter certeza de que aquilo era mesmo verdade. – E pode acreditar nisso, eu falei com ele.

– Mas porque ele estava me procurando se a primeira coisa que fez foi procurar um rabo de saia? – Pergunto esperando uma resposta boa.

– E quem disse que ele estava procurando um rabo de saia? Talvez estivesse procurando alguma bebida, mesa de sinuca ou até mesmo algum amigo que não via há tempos.

– Não use o seu poder de mudar o cenário todo comigo. – Peço cruzando os braços. – Ainda assim não justifica o que ele falou para mim. – Digo sabendo que eu estava sendo uma completa mimada e chata. – E nem tente defende-lo.

– Eu não estou defendendo ninguém. – Cléo afirma parando o carro em frente ao meu prédio. – Eu estou apenas falando que nem tudo o que achamos é de fato. Você estava com ciúmes e viu o que talvez não fosse verdade.

– Eu não estava com ciúmes, eu não tenho ciúmes do Blake. – Minto.

– Quem você quer enganar Delilah? – Ela pergunta virando seu corpo e me olhando nos olhos. – Porque a mim você não me engana nem um pouco, talvez esteja enganando a Dean ou a si mesmo, mas eu te conheço mais do que você mesma.

– Onde está querendo chegar? – Pergunto estreitando os olhos.

– Que você é uma completa idiota que não enxerga a verdade. – Cléo fala em um tom óbvio, o que me deixa mais irritada. – Você está perdidamente apaixonada por Dean Blake, o cara que você diz que não suporta, mas não consegue se afastar.

– Não seja idiota Cléo. – Eu afirmo revirando os olhos e abrindo a porta. – Eu não estou apaixonada por Dean, e se tivesse, eu saberia.

– Tem certeza? – Cléo pergunta antes de eu bater a porta do carro.

– Absoluta. – Eu afirmo virando-me e abrindo o portão do prédio.

Escuto o carro de Cléo ser ligado e depois ela ir embora.

O restante dos meus movimentos foram mecânicos. Entrei no saguão, entrei no elevador, apertei o botão do oitavo andar, sai do elevador, abri a porta, acendi a luz do apartamento e fechei a porta de casa.

Mil e uma coisas giravam na minha cabeça, mil e um pensamentos me faziam perder o folego só de pensar em cada uma. Eram tantas ideias, tantas coisas controversas misturados com o gosto adocicado e ao mesmo tempo azeda da bebida, bagunçados com o cheiro daquele apartamento que me fazia lembrar Dean. Ao mesmo tempo em que eu o queria ali, mas não o queria porque ainda estava com raiva dele, junto com as palavras de Cléo que rodavam na minha mente.

Será mesmo que eu estava apaixonada por Blake?

Será que eu estava sendo tão idiota o tempo todo?

Deixei minha pequena bolsa escorregar entre minhas mãos e escutei-a bater no chão. Arrastei meu corpo até o banheiro e liguei o chuveiro entrando debaixo da água com roupa e tudo. Tudo o que eu queria naquele momento era esquecer tudo, da festa e principalmente de Dean.

Mas era algo impossível.

Toda vez que fechava os olhos imagens dele apareciam em minha mente. Sentia o seu gosto na minha boca, sentia sua respiração sobre a minha, era como se ele estivesse ali mesmo não estando. E ao mesmo tempo em que sentia tudo aquilo, eu o queria fora da minha vida, o queria o mais longe possível de mim e da minha mente.

Demoro um longo tempo no chuveiro, quando por fim saí, não me sinto leve como esperava que acontecesse. Apenas continuo pensando em várias coisas ao mesmo tempo e aquilo estava me dando a maior dor de cabeça.

Ando até o meu quarto e visto o primeiro pijama que vejo na frente. Minha intenção era apenas tomar um remédio e depois ir dormir, mas isso não acontece. Quando eu entrei na sala, a porta de entrada é aberta e Dean entra em casa parecendo perturbado.

Eu congelo no meu lugar. Não queria encontra-lo mais aquela noite.

– Ah, você já está em casa. – Dean diz parando no meio da sala e me olhando. – Não sabia que já tinha chegado.

– Pois é. – Apenas digo abraçando meu próprio corpo e começando a caminhar. – Se me der licença, eu vou tomar um remédio e já vou dormir.

– Espera. – Dean fala em quase um sussurro andando em minha direção e ficando na minha frente impedindo-me de continuar meu trajeto.

Levanto meus olhos para encontrar o seu, e me vejo perdida mais uma vez. Eu não sabia o que pensar, ou como agir. Estava com raiva de Dean por ter me ofendido daquela maneira, mas estava ainda mais com raiva por não conseguir tira-lo na cabeça mesmo que eu quisesse.

Mais que droga!

– O que você quer? – Pergunto com frieza sem desviar meus olhos dos dele.

– Nós precisamos conversar. – Dean murmura levando uma de suas mãos até uma mecha de meu cabelo e pondo para trás. – Por favor, Delilah.

Estremeço com o seu toque doce e macio em meu rosto.

– Eu estou muito cansada hoje, podemos conversar amanhã?

– Como quiser. – Blake fala por fim soltando um suspiro longo, antes de sumir da minha frente e desaparecer em seu quarto.

– Eu só preciso de um remédio e uma boa noite de sono. – Murmuro para mim mesma lembrando o que eu precisava fazer já que não lembrava mais nada.

***

Abro os olhos assim que sinto o sol bater em meu rosto.

Eu não estava com a menor vontade de levantar da cama e enfrentar o dia.

Tudo o que eu queria era ficar na minha cama vegetando para sempre... Ou até a fome falar mais alto, o que não demoraria tanto assim.

Sento na cama e me surpreendo por não estar com dor de cabeça, e então eu lembro que não havia bebido quase nada noite passada. E não é só isso que eu acabo lembrando, tudo o que aconteceu ontem invadiu minha mente de uma forma maldosa que eu desejei dormir na mesma hora.

Mas eu sabia que não conseguiria dormir.

Eu sabia que não iria conseguir fazer nada além de conversar com Dean.

Eu devia estar com raiva, irritada e o odiando depois do que ele me disse ontem, mas algo me impedia de sentir isso. Algo falava mais forte, sobrepunha esses sentimentos todos... e eu não conseguia descreve-lo.

Levantei da cama e segui para o banheiro fazer minha higiene matinal. Assim que termino, ando até a cozinha para preparar meu café da manhã. Não tinha escutado nenhum barulho de costume, e nem tinha certeza de que Dean estava em casa.

Mordi meu lábio e cedi ao impulso de ir até seu quarto para ter a certeza de que ele estava lá. Assim que abro a porta com a maior delicadeza que conseguia, vejo sua cama vazia e nem sinal dele pelo quarto. E tinha certeza de que ele não estava em nenhum lugar da casa.

Escuto a chaleira apitar e ando novamente até a cozinha servindo a água quente no meu copo e depois despejo o café e mexo com a colher pensando onde estaria Dean e como ele havia acordado tão cedo assim?

Eram onze horas da manhã ainda!

Pego minha caneca e ando até meu quarto ligando a televisão e procurando meu celular entre minhas coisas. Assim que o encontro, eu sento na poltrona do quarto e bebo um pouco do café pensando se deveria ou não mandar uma mensagem para Dean, apenas para me certificar de que ele estava vivo!

E, sem hesitar mais, eu envio a mensagem.

“Você está vivo?”

Largo meu celular em cima da cama e termino o café vendo os documentários marinhos repetidos na TV a cabo. Blake não havia me respondido, e eu tentei não ficar preocupada com seu sumiço.

Ele era adulto e poderia fazer o que quisesse, não é?

Pensei em ligar para Cléo, mas lembrei da nossa discussão de ontem e não queria entrar naquele assunto mais uma vez. Já estava confusa demais e não precisava dela jogando as respostas na minha cara sem dó nem piedade.

Acabo suspirando e indo até a cozinha deixar minha caneca na pia e depois vou para o banheiro tomar banho e seguir minha vida apesar das preocupações tomarem conta da minha mente.

Dean disse que queria conversar comigo, então ele some de casa sem deixar um bilhete e nem sequer responde minha mensagem. Porque eu achava que tinha algo muito errado com tudo isso? Porque minha mente não parava de pensa no Blake?

Se Cléo estivesse aqui, diria que eu estava apaixonada por Dean.

Se Emanuel estivesse aqui, diria que eu estava apaixonada por Dean.

Se Robert estivesse aqui, diria que eu estava apaixonada por Dean.

Porque as pessoas insistem de dizer que eu estava apaixonada por ele?

Como se eu fosse me apaixonar por um completo idiota como Blake.

Ando até meu quarto e certifico-me de que não tinha nenhuma mensagem de Dean e depois procuro uma roupa no meu guarda-roupa. Assim que decido qual usar, tomo banho e depois ligo para Cléo marcando um almoço no shopping. Passo o restante das horas arrumando as coisas de casa, e depois vou até o shopping.

Lá por sete horas chego em casa. E não tinha recebido nenhuma mensagem de Dean ainda, teorias mirabolantes começavam a brotar em minha mente apenas para me torturar ainda mais.

Eu só poderia dar queixa na polícia depois de 24 horas de desaparecimento.

Ainda tinha longas horas antes de ir até a polícia.

Ando até o sofá e me jogo nele ligando a televisão e pensando onde Dean poderia ter passado à manhã e a tarde, e o porquê ele ainda não havia entrado em contato comigo. Blake não era do tipo que deixava as pessoas sem notícia por tanto tempo, ainda mais quando esse alguém era eu!

Digo a mim mesma que não precisava me preocupar o seu sumiço. Ele deveria estar em algum motel com qualquer uma e seu celular talvez tenha descarregado e por isso ele ainda não pode responder minha mensagem ou avisar de que não foi atropelado por um caminhão e virado ketchup na estrada.

Mas ainda assim eu não ficava sossegada.

Qual era o meu problema? Porque eu estava me importando tanto? Era apenas Dean, o cara que eu dividia o apartamento há seis meses, que eu convivia diariamente, que havia entrado nas maiores furadas do mundo e que de alguma maneira, acabei na mesma cama que ele e comecei a me sentir cada vez mais atraída por ele e ficar ciumenta sem motivos!

Porque eu me importava tanto com ele, ou o que ele estava fazendo?

“Porque você está apaixonada”, era o que dizia a mensagem recém-enviada por Cléo, respondendo minhas perguntas.

Fico olhando para aquela mensagem e é como se uma árvore de natal estivesse sendo acessa devagar, mostrando-me de que aquilo era de verdade e que era tão bonito de se ver, e de se sentir.

Cléo tinha razão, como sempre: Eu havia me apaixonado por Dean da mesma maneira que a água do mar vai ganhando força com o passar do tempo.

Devagar, mas devastador. Maravilhoso, mas confuso.

– Eu estou apaixonada por Dean Blake. – Repito em voz alta tampando minha boca com a minha mão como se não tivesse acreditando naquelas palavras recém-ditas, como se elas fossem erradas de uma maneira certa.

Estar apaixonada por Dean e admitir isso em voz alto era algo bom, maravilhoso de se sentir, mas ao mesmo tempo era novo, inesperado e esquisito.

Escuto o meu celular vibrar com mais uma mensagem.

“Desculpe.”, dizia à mensagem que eu acabava de receber do Dean.

Fico olhando para aquela única palavra pensando do que ele estava falando.

Eu não tinha certeza se deveria responder, ligar ou chamar a polícia. Se devia esperar ele voltar para casa para bater nele de vassoura, ou ir atrás dele apenas para ter certeza de que não estava morto. Eu apenas não tinha certeza do que fazer com aquele “desculpe”, e muito menos sabia o que significava.

Depois de meia hora tentando absorver aquilo, já que minha cabeça decidiu que iria lidar com tudo na maneira mais lerda possível, vejo o visor do meu celular avisar que Emanuel estava me ligando.

Atendo, mesmo sem querer.

– Emanuel. – Murmuro passando a mão pelos meus cabelos e ajeitando-me melhor no sofá.

– O Dean está ai? – Pergunta com sua voz alarmada.

– Não, aconteceu alguma coisa? – Questiono começando a ficar mais nervosa. – Ele está bem? Aconteceu alguma coisa?

– Não sei Deli. – Responde apenas.

E o silêncio se instaura. Sabia que Emanuel estava pensando, provavelmente andando de um lado para o outro como sempre fazia quando estava agitado e querendo entender alguma coisa. Fico em silêncio, apenas tentando não pensar o pior do que poderia ter acontecido com Dean.

– Ele me mandou uma mensagem, pedindo desculpas. – Digo por fim.

– Ele também me mandou. – Afirma.

– Alguma ideia de onde esteja ou o que pode ter acontecido?

– Não, nenhuma. – Nega e sinto a frustação na sua voz. – Ele deve estar bem, mas não entendo o porquê da mensagem. Quando foi que ele desapareceu?

– Hoje de manhã, e não levou nada do quarto que eu tenha notado. – Digo levantando do sofá e seguindo até seu quarto.

Destranco a porta e vejo sua bagunça costumeira. Não estava notando nada que fizesse falta. Havia toneladas de roupas jogadas na porta do seu guarda-roupa, sua cama estava desorganizada como sempre e vários de seus itens pessoais espalhados pelo chão e estante. Sua janela estava aberta, como sempre ficava.

– Ele não levou nada. – Afirmo mais uma vez.

– Então ele irá aparecer mais cedo ou mais tarde, não fique preocupada Deli, Blake às vezes tem seus momentos e foge de tudo. – Emanuel afirma tentando me tranquilizar, mas não estava funcionando realmente. – Apenas...

– Certo. Blake vai aparecer a qualquer momento. Eu só espero que seja logo.

– Eu também espero. – Emanuel murmura e depois desliga o celular.


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Notas finais do capítulo

Então, digam que não estão me odiando, até porque não teve nada demais u.u Prometo que esse será o último capítulo de drama e o próximo será engraçado, pelo menos o que eu planejei será. Mas me digam, o que acham que o Dean fez desta vez? Ele fugiu? Para onde será que foi? E qual é o motivo de suas desculpas para eles? Quero ver suas opiniões linda e maravilhosas, porque sim!
Algumas pessoas me perguntaram quantos capítulos a fanfic faltava para terminar, e eu realmente não sei. O número cinco é a única certeza de que tenho até agora para marcar como conclui-la no nyah, e isso contando com os bônus e tals. Apenas afirmo, que aqueles que gostam desse tipo de romance e tudo mais, estou com uma fanfic pronta para ser libera-la assim que esta chegar nos bônus :3 E falando em bônus, mds, não deixem de comentar na história, nunca se sabe o que passa na minha linda cabeçinha e eu posso, do nada, presentear as pessoas que comentam :3
De qualquer forma, dê a graça de sua presença e venha falar com essa ovelha diva aqui (yeep, sou eu. Longa história, pergunta por review que eu respondo).
Acho que por enquanto é isso, e o próximo capítulo só sairia quando alcançar, pelo menos, vinte review's e terminar de escrever o bônus do Dean (quero finaliza-lo até sábado). E é isso.
Tenham uma boa semana, boas aulas e fiquem com Deus.
Adios!