Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 18
Antigos amores sempre retornam


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey pessoas seduzentes, como eu estava com saudades do Nyah! e de vocês. Devo dizer que estou super feliz por ter recebido mais de 20 review's, e o número de leitores cresceu (quase 150 o/). Enfim, eu não pude aguentar até amanhã e tive que postar esse capítulo hoje haha. Já aviso que ele está TOTALMENTE CONFUSO da mesma forma que a cabeça da Deli... Então, isso foi de proposito. Mas antes de ler o capítulo, sei que teve gente que não gostou do recado deixado pela minha amiga no capítulo anterior, da mesma forma que teve gente que não viu e gente que achou justo, pois eu agradeço a todos por terem comentado e dado sua opinião... Agora, sem mais delongas, a novela mexicana de Deli.

— Cap. não revisado, como vocês sabem.



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Quando seus lábios tocaram nos meus, eu esqueci onde estava. Eu apenas sentia aqueles lábios que desejava algum tempo, mesmo que não soubesse ainda, tocando aos meus e não pude resistir mais e entreguei-me por completo para aquele momento.

Sabe quando você quando você quer muito algo, mas nunca se deu conta de que queria aquilo mesmo até ter? Era exatamente essa sensação que estava vivenciando. Nunca havia pensado em beija-lo, ou ter algo além de uma amizade, mas quando seus lábios tocaram nos meus foi como se tudo se encaixasse, eles eram feitos sob medida.

Não sei como aconteceu, mas quando me dei conta Dean estava sob mim beijando meus lábios cada vez mais rápidos e com mais desejo. Eu retribuía tudo sem ao menos pensar. Uma de minhas mãos foi para os seus cabelos de forma eu brincava, enquanto o outro subia e descia em seu peito. Suas mãos ásperas, porém cuidadosa exploravam o meu corpo enquanto sua boca alternava entre minha boca e meu pescoço. Enquanto eu tentava não soltar nenhum suspiro desnecessário, mesmo desejando expressar o meu desejo por Dean.

Mas tudo o que é bom acaba uma hora, e com ela vem à consciência de seus atos e a racionalidade volta a tona. Quando o meu celular tocou no meu bolso, foi como se eu tivesse saído de um transe e percebido que eu estava beijando meu colega de casa. Por mais que eu estava gostando, não era o certo.

Afastei-o na mesma hora e sentei-me rapidamente passando minha mão pelo meu cabelo em busca tanto de ar quanto de explicações para eu ter agido daquele jeito. Escuto Dean desabar ao meu lado arfando. Os dois estavam sem ar, e ele parecia tão atordoado quanto eu estava. Mas, apesar deu saber que era errado eu sentia falta de seus lábios nos meus.

Ok Delilah, foco!

– Que diabos... - Comecei a dizer, me virando para encara-lo melhor, mas Dean fez um sinal para me manter calada.

– Não estrague esse momento. - Sussurra abrindo um de seus mil sorrisos, mas esse tinha algo diferente. - Vamos para casa.

Não respondo nada, apenas levanto-me e sigo para a porta sem olhar para trás a fim de me certificar que Dean estava me seguindo. Eu queria ficar sozinha e entender o que tinha acontecido. Eu sabia que tinha rolado um beijo que me afetou profundamente, sabia que desejava Dean mais do que poderia imaginar, mas não sabia o porquê dessa vontade repentina.

O caminho de volta a residência Blake foi em silêncio e não demorei muito para subir todos os degraus e ir em direção ao quarto onde estava hospedada. Tinha consciência de que Dean estava me seguindo, mas não dei a chance dele falar alguma coisa... Ou pelo menos planejava isso.

– Espera ai Deli. - Escuto chamar e sinto uma mão tocar meu braço virando-me de forma que eu encarei aqueles lindos olhos castanhos.

– O que você quer? - Questiono sentindo meu coração acelerar cada vez mais com o seu toque.

Não, aquilo não poderia estar acontecendo.

Não sentia nada por Dean Blake.

Ele é apenas meu insuportável, idiota e sem noção colega de casa. Tá certo que ele tinha seus momentos fofos, legais e cuidadosos. Mas também ele sempre estava me colocando em alguma furada, na mesma forma que sempre arrumava confusão para eu concertar depois. Mas ao mesmo tempo ele era tão lindo, tão profundo e enigmático que não havia jeito deu não o desejar.

Oh, merda!

– Desejar uma boa noite. - Anuncia de forma divertida.

Dean aproximou sua boca perto do meu rosto e beijou minha bochecha rapidamente antes de me soltar e seguir em direção ao seu quarto. Mais do que rápida eu entrei no meu quarto e tranquei a porta jogando-me na cama.

***

Logo de manhã, eu estava com medo de sair do quarto e encarar o que me esperava no outro lado daquela porta feita de madeira. Não tinha dormido direito, meus pensamentos estavam revivendo o momento do beijo de forma desnecessária que quase fui a caça de um remédio para dormir. Por sorte, encontrei um canal de música clássica e acabei adormecendo na mesma hora.

Escuto três exatas batidas na porta.

– Pode entrar. - Autorizo enquanto tentava arrumar o meu cabelo na frente do espelho. Mas como o meu lindo cabelinho tem vida própria, ele não estava a fim de se arrumar sozinho.

Dean entrou no quarto com sua típica "cara de manhã": Bocejando, com os cabelos bagunçados e uma roupa qualquer. Aproximou-se mais perto de mim e bocejando desejou bom dia.

– Bom dia. - Desejo de volta, tentando prender o meu cabelo. - Dormiu bem? - Indago, tentando soar normal apesar de tudo.

– Sim, e você? - Pergunta e eu aceno com a cabeça positivamente. - Porque não deixa solto? Vai te poupar esse trabalho todo. - Diz referindo-se ao meu cabelo.

Bufo de frustação e puxo o elástico do cabelo jogando em cima da cama e soltando mais o meu cabelo. Percebo que Dean estava me olhando pelo espelho.

– O que foi?

– Hm. - Ele exclama buscando as palavras. - Sobre ontem à noite, eu... - Parou de falar e me olhou tentando buscar ajuda.

Mas foi em vão. Eu não sabia ao certo o que falar, não gostava daquele ar falso que estava sob nossas cabeças e buscando conseguir que o clima se tornasse natural novamente acabo proliferando algumas palavras que nem eu acreditava nelas.

– Vamos esquecer aquilo, foi apenas um momento... - Começo a dizer, e busco a palavra certa. - De recaída. Você não está saindo com ninguém ultimamente, e eu estava ali... Enfim, vamos esquecer.

– Se esse for o seu desejo. - Dean diz em um tom de pergunta.

– Sim, é o que quero. - Digo, mesmo sabendo que ele não acreditava em mim da mesma forma que eu não acreditava em minhas próprias palavras. - Estou morrendo de fome, o café está pronto? - Questiono buscando outro assunto.

– Sim, pode indo na frente eu já te encontro lá. - Diz.

Sem dizer mais nada saiu do quarto descendo as escadas o mais rápido possível. Ando pela casa até encontrar onde o café estava servido e me sento à mesa sozinha. A Senhora Blake não estava presente e Dean não desceria tão rápido. Pego algumas torradas e começo a passar manteiga bem devagar enquanto pensava em nada especifico, quando escuto alguém falar atrás de mim. E é claro que eu me assusto.

– Com licença? – Escuto novamente e viro-me em direção de onde a voz estava e para a minha infelicidade encontro uma mulher parada segurando sua bolsa e com um sorriso radiante nos lábios.

– Oi. – Cumprimento largando minhas torradas e levantando da cadeira.

Rapidamente observo a mulher de cima a baixo. Seu vestido azul era um pouco curto demais indo até em cima do joelho, sua bolsa era de marca, seus sapatos pareciam que tinham sido recém-comprados. Sua maquiagem era um pouco invejável para uma hora da manhã, igualmente seu cabelo que parecia ter sido recém-arrumado por alguma cabeleira. Seus olhos me avaliaram rapidamente e seu sorriso desapareceu por um segundo antes de voltarem aos seus lábios vermelhos.

– Você é...? – Questiono quebrando o silêncio entre nós.

– Que falta de educação a minha, sou Pamela. – Identifica-se se aproximando de mim e estendendo uma de suas mãos. – E você?

– Delilah. – Digo meu nome e aperto sua mão perfeitamente macia e com as unhas feitas pintadas de vermelho.

Aquela era Pamela a mulher que levou Dean para o mau caminho. E ela estava na casa dos Blake, mesmo sabendo que a Sra. Blake a odiava. Como ela soube que Dean havia voltado para a cidade afinal? Achei que ele não tinha falado para ninguém que estava vindo para Atlanta, mas pelo visto meu amigo continua sendo imprevisível como sempre.

– Hm, você está procurando por Dean? – Questiono cruzando meus braços e a olhando com indiferença.

Eu não gostava dela. Não gostava de seus cabelos loiros sedosos e brilhantes, nem de seus lábios vermelhos e muito menos seu decote gigante. Não gostava do fato dela estar atrás do meu amigo ainda mais porque a Sra. Blake não gostava dela.

– Ah sim, Dean está em casa? – Pergunta animada. – Há tempos que não o vejo. Como ele está? Você é amiga dele?

– Sim, ele está em casa. – Digo suspirando minimamente, antes de responder suas próximas perguntas. – Ele está bem e...

– Pamela? – Escuto uma voz tão conhecida chamar e nós duas viramos para a outra porta encontrando Dean parado sem acreditar na cena que via.

Se eu fosse ele, também não acreditaria.

– Dean! – Pamela grita animada a corre em direção a meu amigo jogando seus braços em volta de seu pescoço e o abraçando forte enquanto suas pernas de aranha não paravam quietas.

– Pamela, que bom ver você! – Escuto Dean falar abraçando-a de volta.

– Dean quando soube que você estava de novo na cidade eu tive que vir te ver, eu estava com muitas saudades de nossas aventuras. – Pamela começa a dizer depois de se separar de Dean.

Minha presença estava sendo totalmente ignorada naquele lugar, então peguei as torradas e uma xícara de café já que estava morrendo de fome e sai do cômodo subindo as escadas e indo para o meu quarto comer e deixar os dois se acertarem. Deviam ter muitas coisas para conversar, afinal fazia tempos que não se viam.

Entro no quarto, tranco a porta e subo em cima da cama ligando a televisão e começando a comer minhas torradas, elas estavam tão gostosas ainda mais com o café. Coloquei no canal dos documentários e para minha sorte estava dando um sob os animais marinhos, mais precisamente dos leões marinhos.

Depois de um tempo eu estava começando a ficar entediada. Não queria sair do quarto porque eu não queria dar de cara com a agarração (possível) entre Pamela e Dean, mas também não queria ficar no quarto fazendo nada. Pego meu celular e ligo para Cléo, mas dá caixa postal das duas vezes. Então decido ligar para Robert. Por quê? Nem eu sei o por que disso.

– Alô? – Escuto uma voz do outro lado da linha.

Hm, oi Robert. – Cumprimento colocando a televisão no mudo e me ajeitando melhor na cama. – É a Delilah.

– Oi Deli, como está? – Escuto perguntar.

– Vou bem e você?

– Estou ótimo... Realmente ótimo. – Respondo deixando transparecer em sua voz tal dado, o que me desanima um pouco. – Há quanto tempo, o que tem feito?

– Estou em Atlanta essa semana. – Respondo.

– Sério? O que está fazendo ai?

– Comecei a faculdade de Ecogastronomia, então eu tenho curso aqui. – Respondo. – Mas e você? O que tem feito?

– Estou na mesma, saindo por ai, conhecendo pessoas e as salvando.

– Isso é ótimo. – Afirmo. – Hm, você nunca mais me ligou. – Digo sem perceber.

Não queria entrar naquela questão agora, mas foi mais forte do que eu. Eu sabia que Robert tinha ligação com o Sr. Macabro e tudo mais. E sei também que ele nunca mais me ligaria por causa da péssima primeira impressão de mim com Dean, mas de qualquer jeito era bom ouvir as verdadeiras explicações.

– Ah, sim. – Escuto Robert falar do outro lado da linha. – Como eu tinha dito, não queria atrapalhar o romance de você com o Dean.

– Eu e Dean não temos um romance.

– Tem certeza? – Robert indaga.

– Absoluta. – Confirmo tentando passar firmeza na minha voz.

Eu e Dean não éramos um casal. Ele estava com a Pamela recordando os velhos momentos e eu devia seguir minha vida como sempre foi. Nós apenas nos beijamos, minha respiração acelera quando ele se aproxima, mas não é demais.

Somos apenas amigos... Não é?

– Se é assim, vai estar livre na sexta que vem? – Robert pergunta.

Rapidamente eu abro um sorriso com o convite.

– Estarei livre.

– Maravilha, eu te levarei para jantar em um restaurante vegetariano novo. – Anuncia Robert. – Te pego as oito na sua casa então.

– Estarei te esperando.

– Então está marcado. – Robert fala. Escuto barulho a mais de onde ele estava. – Hm, tenho que ir trabalhar agora.

– Não tem problema, te vejo sexta então.

– Mal posso esperar. – Diz e desliga o telefone.

Coloco o meu telefone ao meu lado da cama e fico olhando para a televisão muda por alguns minutos observando aquilo tudo. Eu havia sido convidada para jantar com o lindo, perfeito, médico, tudo de bom Robert (mesmo ele tendo como família do Sr. Macabro) e mesmo assim sentia falta de alguma coisa, algo não estava certo.

Abandonei os pensamentos na mesma hora que ouvi três batidas na porta. Levantei-me rapidamente e abri a porta dando de cara com Dean. Eu o analisei rapidamente e abri espaço para deixa-lo entrar.

– Então...? – Começo a dizer, mas sou cortada por Dean.

– Pamela estava aqui em casa.

– É, eu vi ela. – Digo cruzando meus braços. Estava desconfortável com o assunto.

– O que achou dela?

– Hm. – Exclamo pensando na melhor maneira de caracteriza-la. – Agora eu sei por que você se encantou nela, com aquele decote e suas pernas de aranha. – Digo fazendo alguns gestos com a mão.

Dean me olha e dá um sorriso como se achasse graça.

– Ela queria saber quem era você. – Informa.

– E você disse...? – Pergunto pensando na possibilidade dele ter tido que estávamos namorando igualmente como ele fez com a Sra. Blake.

– Que era minha amiga ora, o que mais falaria? – Pergunta sentando na cama.

– É claro. – Afirmo e sento ao seu lado. – Eu falei com Robert.

– Senhor Macabro Junior? – Indaga perplexo. Faço que sim com a cabeça. – O que ele queria? Pegar um pouco de seu cabelo para fazer alguma macumba?

– Ele me convidou para sair.

– O que? – Dean grita levantando da cama e me olhando irritado. – Você disse não... Não é Oswald?

– Porque isso te interessa? – Indago levantando e fico na mesma altura do que ele.

Dean me olha por alguns segundos. Seus olhos estavam buscando nos meus, e eu não sabia o que ele queria encontrar. E também não entendia direito o porquê dele estar daquele jeito apenas porque eu disse que ia sair com Robert. Não era como se eu fosse me casar, ter treze filhos e dois cachorros.

– Eu vou sair. – Dean diz começando a se afastar de mim.

– Você vai aonde? – Indago.

– Vou sair com Pamela. – Diz e sai do quarto com poucos passos.

Fico sozinha com os meus pensamentos, e minha irritação por saber que ele estaria saindo com aquela mulher de quinta categoria e seu decote que mostrava tudo. Fico mais irritada ainda por saber que ele estava irritado comigo, me deixado em casa sozinha. Jogo-me na minha cama bufando de raiva, então passa algo em minha mente...

E se ele não quiser mais voltar morar comigo em São Francisco?


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Notas finais do capítulo

Entãaoooo o que acharam? Digam que gostaram, porque eu amei esse capítulo mesmo ele estando tão confuso quanto os sentimentos de Deli. E essa Pamela gente, que mulher que volta assim do nada? E Deli ligando para Robert? Prevejo tretas u.u Enfim, mandem muitos review's que eu posto o próximo capítulo quase pronto o mais rápido possivel, porque estou animada! E não deixem de recomendar, favoritar e deixar suas opiniões.
—----->HISTÓRIA NOVA, LEIA SE QUISER (OPCIONAL)<-----
Vim fazer uma propaganda básica: Eu e minha amiga (Bia Alves, a Little Bitch Queen) começamos uma história, que de certo modo é diferente do que eu escrevo. Sinopse: Marie e Jake estavam em uma dança perigosa, ambos com um objetivo diferentes, mas interligados um ao outro. Personalidades opostas, mas que juntas se completam. A menina de 18 anos e o homem de 23 anos encontra-se em um mundo onde apenas os fortes e com sorte sobrevivem a tudo, e ao mesmo tempo eles vivem uma avassaladora paixão que é colocada em risco com uma descoberta.
O que você faria se estivesse apaixonada por um criminoso? Você se afastaria para não se encrencar no final, ou se juntaria a ele entregando-se aquele mundo desconhecido? Se atração fosse mais forte do que o desejo de abandonar tudo? Você escolheria a tentação ou o cuidado?
Vários segredos. Dois crimes ligados entre si. Uma paixão efervescente. E apenas duas escolhas. Qual lado você está? É tudo ou nada, em Criminal.
Link: http://fanfiction.com.br/historia/435419/Criminal/.
—----->FIM<----
Okay, voltando... Desejo a todos um bom fim de semana e nos vemos tanto nos review's quanto no próximo capítulo. Boa noite!
ps. bora comemor que o Nyah! voltooooooooooooou!