Sob Medida escrita por Bells


Capítulo 15
Aposta do Biscoito da Sorte


Notas iniciais do capítulo

Eu não morri, como podem ver.
Como estão todos? Espero que bem.
Tudo bem, eu sei que demorei séculos, mas não me culpem e sim a escola, viroses e todos os problemas que eu tive, sem falar na falta de criatividade.
Não irei ocupar o tempo de vocês, já que estão doidinhos para ler o capítulo certo? Certo. Maas, tenho algumas coisas para falar beem rápidas. A primeira delas é que eu estarei respondendo todos os review's entre hoje e amanhã e no máximo sabado (sexta estarei viajando). A segunda coisa é que eu pretendo (PRETENDO) não me atrasar mais, maas, isso não é algo que vem de mim e sim do tempo que não existe :c Masok.
Quanto ao capítulo ele ficou... Hm... É dificil de dizer. Não ficou aquela coisa legal, mas também não ficou uma bosta. Ficou apenas... Hm!? Enfim, ele marca o inicio de uma nova fase da história (quem me conhece, sabe que eu amo fases nas histórias u-u quem lembra de MNM?) e a partir daqui tudo irá acontecer e romances surgirão, prometo!
Boa leitura :3

— Capítulo não revisado, não mesmo!



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– Adivinha quem me ligou agora! - Grito para a porta do quarto de Dean. - Adivinha, adivinha! - Grito mais animada batendo em sua porta em um ritmo rápido.

Depois de alguns segundos, escuto a porta ser destrancada.

– Delilah! - Ele repreende-me furioso.

– Oh, desculpa. - Digo lembrando que ele havia trazido uma de suas amiguinhas para casa, hábito que havia se tornado comum de uns tempos para cá. - Eu não sabia que ela está ai, mas não tem problema, serei rápida.

Dean fez menção de bater a porta na minha cara, mas eu coloquei o pé e gritei quando ele fechou a maldita porta e consequentemente, me machucando. E é claro que o babaca não se preocupou nem um pouco que a pessoa que dá abrigo para ele tenha quebrado o pé ou não. Grito mais uma vez o nome dele, e saiu mancando para a sala.

Tudo porque eu queria contar a notícia fantástica que havia recebido agora. Dean poderia ter um pouco mais de compaixão, afinal, não são todos os dias que recebo uma proposta dessas. Além do mais, ele nem estava fazendo nada já que não dava para ouvir os gemidos da amiguinha sem nome dele, como eu ia saber que a vagabunda ainda estava em casa, ainda mais no quarto dele?

Subo em cima do sofá e certifico-me de que meu pé não está quebrado, trincado e nem foi arrancado pela brutalidade de Dean. Apenas minha unha quebrou nada que não fosse um dano permanente - ou algo durável demais. Puxo o controle da televisão e ligo colocando em um canal de documentários marinhos.

É, acredite se quiser estou começando a gostar dos malditos documentários marinhos que Dean idolatra tanto. Não me pergunte como ou quando começou esse meu gosto duvidável, mas acho que é entre a época de Dean não ter casa e eu estar sem emprego.

Isso foi a três semanas.

E antes que diga algo, sim, eu fui demitida do emprego como bibliotecário-escrava-arquivista na universidade. Eu fui DEMITIDA. Quem em sã consciência é demitida de um emprego desses? Eu, claro. Mas não lamento, eu ia pedir demissão mesmo. Então, acabou dando tudo certo no fim - exceto o dinheiro que eu ia receber a mais, mas isso é outro caso.

E agora, estou desempregada. Porém, entrei na faculdade. E não entrei em geografia - para o pesar de meu pai, do Prof. Querin e da velhinha do 132 da rua debaixo. Principio eu queria entrar em "Simpson e a Filosofia", da Universidade de Berkeley, entretanto não fui apoiada por ninguém, exceto por Dean (mas ele não conta!). Por isso entrei no curso de Ecogastronomia*, na Universidade de New Hampshire.

O único problema, é que a universidade fica do outro lado do país e aqui em São Francisco não oferece o curso presencialmente, mas como eu sou muito bem relacionada (diga-se de passagem, eu obriguei Emanuel dar um jeito nisso como um pedido de desculpas), irei fazer a distancia tendo que ir a universidade uma a três vezes por mês, dependendo do mês.

Não é maravilhoso?

E a noticia é relacionado a isso, mas é claro que Dean não está nem ai para a pessoa que não o deixa passar fome, frio e nem o expulsa de casa depois de quase quebrar meu delicado pé. Aposto que se acontecesse com uma de suas amiguinhas, ele estaria no olho da rua pelado. Mas eu sou boazinha demais.

Acabo perdendo os pensamentos quando o documentário volta dos comerciais e começa a mostrar como os lobos vivem. Só volto a prestar atenção no mundo a minha volta quando escuto a porta de Dean ser aberta e uma mulher desfilar em direção à porta de entrada dando um aceno gracioso para mim.

Depois disso, o chuveiro é ligado. Minutos depois, Dean entra na sala com um sorriso idiota no rosto e se joga em cima do sofá. Eu me levanto e saiu mancando da sala indo para a cozinha segurando uma lata de milho.

– Tudo bem, o que foi? - Dean pergunta depois de alguns segundo aparecendo na soleira da cozinha.

– O que foi? Você quase quebrou meu pé seu imbecil. - O acuso desta vez com razão.

– A culpada foi você! - Acusa-me de volta. - Que ideia foi aquela de gritar na porta do quarto enquanto estou com uma convidada?

– E quem manda não comprar aquela plaquinha que vimos na feira dizendo "não entre, estou transando", ou quem sabe, um sinal de fumaça, um bilhete embaixo da porta ou até mesmo fazer sua convidada gemer, porque estava difícil hein. - Digo com a voz alta. - Isso me ajudaria saber que tinha alguém com você.

Dean me olhou irritado, mas não naquele "tom" normal que ele sempre usa comigo. Mas naquela irritação de "eu vou te matar, esfaquear e jogar para os cachorros". E eu estava pensando no que havia dito de errado, mas ele faz o favor de me contar.

– Está dizendo que eu não sei fazer uma mulher gemer? - Dean indaga perplexo.

– Eu não disse isso. - Defendo-me rápido dando um passo para trás. - Eu apenas disse que naquele momento em questão não dava para saber que você estava com ela.

– Delilah, você realmente disse isso? - Blake pergunta ignorando o que eu disse, como sempre. - Eu não acredito!

– Dean, meu amor, eu não disse que você não sabe satisfazer uma mulher, eu apenas disse que ela não estava gemendo ou qualquer outro barulho que eu já ouvi nessa casa naquele momento em questão. - Tento reformular minha defesa.

Dean volta a me encarar, sua expressão vai suavizando, mas como eu o conheço tão bem, sabia que aquilo não passaria em branco e mais cedo ou mais tarde, eu iria me arrepender.

– Quem te ligou? - Ele pergunta por fim, mantendo sua voz normal.

– Ah, é. - Exclamo lembrando quem havia me ligado e volto a ficar levemente animada, novamente. - Eu fui convidada há passar uma semana em Atlanta para uma conferência da faculdade. - Conto com um sorriso gigante.

– Emanuel está fazendo o trabalho dele direito, não é? - Provoca Dean sorrindo.

– Ele está se esforçando. - Digo batendo palma animada. - Estou muito animada para ir, aprender mais sobre os alimentos! Ai, ai... Vai ser incrível! - Afirmo sonhadora.

– E você vai ficar em que hotel? – Indaga Dean.

Eu o olho por alguns segundos e depois volto minha atenção para os biscoitos em cima da bancada da cozinha.

– Eu recebi a noticia em menos de três horas atrás, acha que eu já pensei em algo do tipo? Além do mais, fiquei preocupada com meu pé quase quebrado e o documentário dos lobos. – Digo comendo um biscoito. – E isso não será exatamente um dos meus maiores problemas, não acha?

– Verdade, você vai ter que achar a faculdade sozinha, lidar com o trânsito caótico de Atlanta, sem falar, nos hotéis que não confiáveis, os taxistas são careiros e o cheiro da cidade não é exatamente agradável. – Dean fala puxando o pacote de biscoitos da minha mão e pegando alguns.

Eu o olho e arquejo uma sobrancelha.

– Dean, eu conheço Atlanta. – O lembro.

– Na verdade minha adorável Deli, você não conhece Atlanta... Você acha que conhece, existe uma diferença. – Dean responde indo em direção à geladeira e pegando a caixinha de suco.

– Hm. – Eu apenas digo isso.

Dean toma seu suco e come mais algumas bolachas olhando para mim.

Eu sabia o que ele queria que eu dissesse, mas eu estava pensando se devia dizer aquilo. Afinal, convidar Dean para ir a Atlanta não é exatamente algo que estava nos meus planos bolados em cinco minutos.

– Você não tinha fugido de alguma coisa de Atlanta? – Indago por fim recordando uma breve conversa alguns meses atrás.

– Águas passadas, baby. – Dean fala dando de ombros. – Agora basta me convidar para ir Atlanta com você e tudo ficará bem.

– Você vai ir de qualquer jeito, não é? – Indago estreitando os olhos. Dean assenti com um sorriso. – Já que não tenho outra escolha, vamos todos para Atlanta. – Digo com uma falsa animação, desta vez.

– Sua animação já foi mais convincente. – Dean comenta me seguindo enquanto ia para a sala e me jogava no sofá para continuar o documentário.

– E suas observações mais inteligentes. – Retruco pegando mais uma bolacha.

Vejo Dean revirar os olhos e se sentar ao meu lado colocando os pés na mesa. Eu lanço um olhar irritado para ele, que tira seus pés rapidamente murmurando algo do tipo “esqueci”.

***

– Diga para Emanuel que eu estou agradecendo. – Grito pela porta da cozinha para Dean enquanto segurava dois pratos. – Ouviu?

– Tá. – Dean grita de volta do quarto dele.

Era noite já. Blake havia pedido comida italiana para nós e enquanto eu colocava a mesa, Emanuel ligou para ele por algum motivo. E como eu não estava a fim de falar com o cara que destruí meu coração, é mais fácil pedir para meu querido amigo agradecer pelos esforços de se desculpar. Alguns minutos depois Dean aparece e senta-se a mesa pegando sua parte da comida.

– O que? – Pergunta ao perceber o jeito que eu o olhava.

– O que Emanuel queria? – Pergunto revirando os olhos.

– Não é da sua conta. – Diz comendo um pouco de sua comida. – Ah, ele disse que quando precisar de alguns favores basta ligar para ele.

– Eu imaginei. – Digo voltando minha atenção para os fios de macarrão.

– Ah, temos três dias para chegar a Atlanta. – Dean começa a falar. – Emanuel avisou que sua primeira aula, ou sei lá o que, começa às nove da manhã de segunda. Então, temos que chegar lá no mínimo domingo de manhã.

– Espera, você vai ir mesmo? – Indago levantando meu olhar para ele por um segundo e depois começando a comer novamente.

– É claro que eu vou, é Atlanta! – Meu amigo diz como se fosse óbvio. – Além do mais, meus pais estão irritando e querem que eu vá os ver ainda essa mês.

– Vou conhecer seus pais?

– Você vai morar com meus pais, pelo menos por uma semana.

Eu o olho sem entender e largo os talheres rapidamente.

– O que disse? – Pergunto apenas para garantir.

– É mais barato, mais seguro ficar na casa de meus pais. Além do mais, você estaria fazendo um grande favor para mim mantendo minha mãe ocupada e assim ela não presta atenção no seu filho. – Dean fala ainda comendo seu macarrão. – E como eu estou na sua casa, nada mais justo do que você ficar na minha.

– Eu não vou ficar na casa de seus pais.

– Vai sim.

– Vou não.

– Sim.

– Não.

– Sim.

– Não.

– Sim, ou senão eu ligo para Emanuel dizendo que você não irá mais viajar e ele irá cancelar nossas passagens de avião. – Dean fala com um sorriso divertido no rosto.

Eu o encaro sem palavras.

Era óbvio que os dois tinham falado dos planos de Dean ir para Atlanta, e eu também estar indo. E é claro que eu não quero perder a conferência de Ecogastronomia, e muito menos as passagens de avião.

– Tudo bem, ficaremos na casa da mamãe. – Digo com uma careta. – E Emanuel vai pagar sua passagem de avião também? – Indago mudando de assunto.

– Claro que sim, ele está me devendo alguns favores.

– Tudo bem, tudo bem. – Digo rendendo-me. – Mas, saímos amanhã então?

– Sim. O voo está marcado para três horas da madrugada de sábado, então, você tem amanhã para arrumar sua mala e dar adeus seja lá para quem mais. – Dean esclarece. – E, por favor, não leve objetos desnecessários.

– Você está parecendo meu pai quando viajávamos quando era menor. “Não leve isso, não toque naquilo, que mala grande é essa?”. – Digo imitando meu pai. – E desde quando você está no comando?

– Você não irá conseguir organizar uma viagem inteira sem minha ajuda.

– Falou o cara que foi tapeado por um bando de idiotas da internet. – Retruco lembrando o episódio “eu não tenho casa”.

– Até o ser mais perfeito erra. – Dean defende-se revirando os olhos.

– Aham.

– Você é tão chata Oswald.

– E você tão idiota.

– Quer mais macarrão?

– Claro, e peça com molho extra e suco de laranja. – Peço jogando o telefone em seu colo. – Ah, não se esqueça de pedir biscoitos da sorte.

– É comida italiana. – Dean fala de um jeito óbvio.

– E daí? Os italianos são ecléticos, apenas peça. Eles irão trazer, quer apostar?

– Aposto o dinheiro da comida que eles não irão trazer biscoitos da sorte.

– Apostado.

Enquanto eu terminava minha comida, Dean discou o número do restaurante e fez o pedido. Nós dois estávamos com fome, então não estranhe. Blake pediu os biscoitos da sorte e depois de alguns segundos desligou.

– Droga Delilah! – Exclama jogando o telefone na mesa.

– Eu disse que eles iriam trazer biscoitos da sorte.

– Não faz sentido isso.

– É claro que faz. – Digo bebendo um pouco de suco. – Caso você não saiba, o marido da dona do restaurante é japonês, chinês ou sei lá o que, de qualquer modo, ele faz comida oriental em geral e vendo no restaurante dela. – Explico dando de ombros.

Dean fica me olhando e depois se levanta indo para a sala.

– Quem vai pagar é você, só lembrando. – Provoco falando alto.

Escuto Dean murmurar alguns palavrões.

–------

*Ecogastromia: Estudo de alimentos apenas saudaveis.


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Notas finais do capítulo

Ah, lembrei de mais uma coisa... O título ficou sem nada haver, maaas, eu amei ele :3 E vou deixar, porque sim. Enfim, eu disse que o capítulo estava "hm", maas quem gostou ou pelo menos leu, não deixem de aparecer nos review's porque isso vai fazer eu escrever beem mais rápido (desde vez, é promessa hein!) e eu irei postar mais rápido também. E eu gosto de ouvir a opinião de vocês. Ah, outra questão, alguém gostou da aparencia do Nyah? E a troca dos cmentários por favoritos? Eu não gostei do último e fim. E, alguém gostou da nova capa? Eu amei ela, tipo muuuuito!! Quero opiniões!
Beem, boa noite a todos!
Até os review's e se quiserem, venham falar comigo por M.P, sou legal. kkk
Beijos.