O Destino escrita por Benihime
PDV Annabeth
Antes mesmo de abrir os olhos, eu sorri. Tinha tido uma ótima noite com Percy e Thalia.
Nós estávamos todos na casa da minha melhor amiga, já que ela tinha decidido que iria fazer uma festinha do pijama.
Senti alguma coisa no meu braço e abri os olhos. Quando finalmente me dei conta do que era, dei um berro e me levantei de um salto, começando a ver tudo girar.
Percy me pegou antes que eu caísse e eu pulei no colo dele, mantendo-me bem longe do chão.
— Mata, Percy! Mata logo!
Ele parecia meio confuso, até que viu o bicho. E riu.
— Qual é, Sabidinha, não pode estar com medo dessa aranha.
Fiz a melhor cara de má que pude, mas devo ter parecido meio patética. Para sorte nossa, Thalia deu uma boa chinelada no bicho e o matou.
— Calem a boca. — Resmunguei, deitando de novo. Percy deitou perto de mim. Eu me virei de costas para ele, que riu de novo.
— Ah, Sabidinha, não fica irritada com a gente, não.
— Sai fora, Cabeça de Alga.
Thalia riu de nós dois.
— Agora que já estamos acordados, acho melhor eu ir descolar o café da manhã.
— Deixa que eu faço meus famosos cupcakes azuis. — Percy disse. Dessa eu tive que rir.
— Você, cozinhando? Duvido muito.
— Pois fique sabendo, Sabidinha, que eu sou um deus na cozinha.
— Perseu Jackson, o deus da culinária. Soa muito...
— Gay. — Completei a frase dela.
Nós duas rimos tanto que ficamos com falta de ar. Percy foi para a cozinha e, um tempo depois, Thalia e eu fomos também.
Ela e Percy acabaram fazendo guerra de farinha, e eu fiquei bem longe dos dois.
— Sabe de uma coisa, Sabidinha? Você está muito limpa.
Percy abriu um sorriso malicioso que me deu medo. Thalia fez a mesma coisa.
— É, Annabeth, acho que precisa se sujar um pouquinho.
— Traidora.
Thalia riu alto, jogando farinha em mim. Fui eu contra aqueles dois.
Zeus, o pai da Thalia, e Hera, sua madrasta, acabaram juntando-se a nós. Zeus ficou do lado de Percy e Thalia. Hera ficou ao meu lado.
Foi uma luta e tanto. No final, Hera ajudou a gente a limpar a cozinha enquanto Zeus fritava ovos. Ficamos todos conversando.
— Não se meta, Cara de Pinheiro. — Zeus disse para Thalia, enquanto estávamos tomando café. Eu ri, lançando para a minha melhor amiga um daqueles olhares de "te peguei".
— Cara de Pinheiro?
— Longa história. Quando Thalia era criança e morávamos no campo, ela ficava paquerando nosso vizinho Apolo e os pinheiros ficavam no caminho... Dá pra adivinhar o que acontecia. Mais de uma vez ela voltou para casa com galos enormes na testa por causa disso.
— Ei, Sabidinha, posso te perguntar uma coisa? — Percy mudou de assunto.
— Acabou de perguntar.
— Outra pergunta, então. Por que você tem tanto medo de aranhas? É algum trauma?
— Não. Eu simplesmente odeio a-a...
Eu ia dizer "aranhas", juro que ia, mas aí, uma aranha subiu por minha perna e eu dei um berro. Zeus a matou. Eu estava quase chorando de medo. Percy tentava não rir.
— O que estava dizendo, Sabidinha?
— Que aranhas são monstros que querem comer todos nós, tipo naquele filme, Invasão das Aranhas.
Estremeci ao lembrar de quando fui obrigada a olhar o filme. Zeus, Thalia e Percy desataram a rir. Eu cruzei os braços. Hera piscou para mim, bem-humorada.
— Não deixe esses idiotas te irritarem, querida, especialmente o cabeça-oca do meu marido.
Apesar de estar tentando parecer mau humorada, ergui de leve os cantos da boca, sem conseguir conter o sorriso.
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