O Destino escrita por Benihime


Capítulo 34
As palavras que quebraram meu coração




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PDV Annabeth

Acordei sentindo como se minha cabeça tivesse sido golpeada por um caminhão cheio de rochas gigantescas. Abri os olhos lentamente e me vi em um quarto de hospital. Quem estava ali era Tritão. Dei um leve sorriso por vê-lo.

—Oi, Tritão. - Minha voz não passava de um sussurro.

—Oi, Annabeth. Que bom que acordou, senão o Percy teria uma síncope.

—E aí, qual foi meu diagnóstico?

Ele imediatamente ficou sério, como se tivesse péssimas notícias.

—Acho melhor eu te dizer isso mais tarde, Annie. Você ainda não está totalmente recuperada

—Diga logo. Não pode ser tão ruim.

—Tudo bem, mas acho melhor eu chamar o Percy. Ele vai precisar ouvir isso.

Em seguida, saiu do quarto, deixando-me sozinha com meus pensamentos. E uma possibilidade era pior do que a outra. Imaginei se o que eu estava imaginando era verdade e rezei ardentemente para não ser.

PDV Percy

Annabeth parecia tão frágil deitada naquela cama. Acariciei seu cabelo enquanto ela se recostava em mim, de olhos fechados.

—E aí, mano, o que ela tem? Nada grave, certo? - Indaguei, quando achava que Annabeth tinha dormido.

—Muito grave, Pers. Eu... Nem sei como te dizer isso, mas... Annabeth tem câncer.

Eu senti como se milhares de adagas estivessem sendo enfiadas em meu coração.

—O que? Que tipo de câncer?

—Um gliobastoma. É um tipo de tumor cerebral.

— Existe o porquê do tumor ter se formado?

— O glioblastoma surge no próprio cérebro e sua origem ainda é desconhecida.

Eu não queria falar sobre aquilo, mas precisava saber. Precisava poder cuidar de Annabeth.

— Tem... cura? - Hesitei enquanto fazia a pergunta, sabendo a provável resposta de meu irmão.

— O câncer é de grau IV, o mais alto. Tem chances de cura, mas são mínimas, porque, mesmo que façamos a cirurgia, as células cancerígenas permanecem e o tumor pode voltar.

Ao ouvir Tritão dizer aquilo, eu não aguentei mais. Senti tudo ficar escuro e a inconsciência misericordiosamente me tragou.

PDV Annabeth

Eu não podia acreditar nisso! Por que as coisas ruins sempre acontecem comigo? Assim que Tritão e Percy saíram do quarto, comecei a chorar. Tritão voltou para me ver um bom tempo depois.

—Tudo bem, Annie?

—Quanto tempo eu tenho de vida? Seja sincero.

Ele me olhou, espantado.

—Mais ou menos seis meses, se eu estiver certo.

Essas palavras fizeram o que a notícia do câncer não fez: quebraram meu coração em mil pedacinhos microscópicos. Seis meses. Esse era todo o tempo que eu teria para me despedir de todos os que eu amava. Comecei a chorar de novo. Parecia que as lágrimas não acabariam jamais.


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