O Destino escrita por Benihime


Capítulo 3
Volta às aulas




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PDV Annabeth

— Ailyn, acorda. Hora de irmos pra escola. — Eu disse, sacudindo Ailyn levemente para acordá-la.

— Só mais um pouquinho, Atena. — Ela disse, enrolando-se no cobertor e virando para o outro lado. Ri comigo mesma e derrubei-a da cama.

— Satisfeita agora? Você quem pediu.

Ailyn apenas sentou-se e esfregou os olhos, sonolenta.

— Ainda te mato, Annabeth. — Disse, mas sua voz sonolenta não trazia raiva nenhuma.

— Ok, ok, mas agora levanta e se veste.

Ailyn e eu nos vestimos, uma de costas para a outra.

Quando terminamos, nos olhamos no espelho. Eu estava bem comum com as roupas que tinha escolhido ontem. Ailyn estava bonitinha.

De repente, reparei em seu colar e não contive um grito.

— Annabeth, o que foi? Se machucou? — Perguntou, preocupada.

— Não. Eu... Aranhas.

— Ah. Tudo bem, sem aranhas.

Ela tirou o colar e guardou-o. Eu respirei fundo, tentando me acalmar.

— Valeu. Talvez você não seja tão ruim assim.

Ailyn sorriu.

— Ok, Annabeth, mas agora vem, que ainda temos que tomar café.

Minha mãe já tinha feito waffles e ovos mexidos, como eu gostava.

— Bom dia, mãe. — Eu disse, enquanto ela me abraçava.

— Bom dia, meu bem. Bom dia, Ailyn. 

Olhei para o relógio e vi que já eram sete e meia.

— Ai, meus deuses! Thalia já vai passar aqui, temos que comer rápido!

Comi um waffle rapidamente, assim como Ailyn, antes de ouvirmos a buzina. Corremos porta afora e entramos no Porsche preto de Thalia. Ailyn sentou atrás e eu fui na frente com a Thalia, como sempre.

— Bom dia, meninas. — Disse ela, com um sorriso.

Minha melhor amiga não estava tão punk como sempre, havia deixado o cabelo crescer durante o verão e agora eu mal conseguia me acostumar com a ideia de que ela estava namorando o Luke.

Thalia aumentou o som e fomos para a escola ao som de Ac/Dc. No caminho pegamos a Bianca, a Silena e o Luke.

— E o Percy? Ele não ia com a gente? — Perguntei.

— Ia. Minha tia passou mal e o Pers ficou cuidando dela. Vai pegar uma carona com meu tio depois. 

Chegamos à Goode High School. Silena foi paquerar uns carinhas, Bianca foi encontrar o irmão, Nico, que era do primeiro ano, Thalia e Luke foram namorar e eu fiquei sozinha.

Peguei A Abadia de Northanger em minha mochila e comecei a ler. Mal tive tempo de ler a segunda página, ouvi uma camionete e vi Percy saindo dela. O homem que o trouxe certamente era o pai dele, Poseidon. Agora eu podia ver porque o Percy era tão bonito.

— Oi, Pers! — Gritei, acenando para ele.

—Bom dia, Annie! — Ele gritou, também acenando para mim, antes de fechar a porta da camionete do pai dele e vir me dar um abraço.

Ele tinha cheiro de mar. Em qualquer um, esse cheiro seria estranho, mas, nele, era delicioso. O sinal tocou e ele me largou.

— Temos que ir. Qual é sua primeira aula? — Perguntei. Ele checou rapidamente o horário.

— Química.

— Então vem, eu te mostro o caminho.

Andamos juntos pelo corredor até o laboratório de química e chegamos bem na hora de formarmos os pares. Corri para a bancada quádrupla no final do laboratório. Percy, Thalia e Ailyn me acompanharam.

— Quais são as duplas? —Perguntou a Sra. Campbell, a professora mais chata do colégio.

Ela anotou as duplas e eu fiquei com o Percy como parceiro. Ailyn e Thalia ficaram juntas. Todas as minhas aulas foram com o Percy. Na saída, eu já estava indo com Thalia para o carro dela quando ele segurou meu pulso.

— Quer dar uma volta, Annie? A essa altura, meu pai deve ter trazido meu carro.

— Tá, só deixa eu avisar a Ailyn, senão minha mãe me mata.

Corri até Ailyn e a alcancei antes que ela entrasse no carro de Thalia.

— Que foi, Annabeth? — Perguntou, sem a hostilidade habitual.

— Diz pra minha mãe que eu saí com o Percy, por favor? 

— Tá, eu digo. Só não fique fora muito tempo, senão ela vai querer detalhes quando você chegar e... Bem, você conhece sua mãe melhor do que eu, sabe como vai ser.

— É, eu sei. Tudo bem, prometo que chego antes das seis. — Eu disse, e corri para encontrar Percy.

Ele estava encostado em um Aston Martin Vanquish prateado que imediatamente me deixou encantada.

—Uau! É seu mesmo? — Perguntei, enquanto ele abria a porta do carona para mim.

— Sim, senhorita.

Um pouco depois, estávamos na via principal. Percy dirigia lentamente, mas eu gostava disso.

— Tem alguma música boa? — Perguntei. Ele sorriu.

— Aí depende. O que você considera música boa?

— Coloque alguma das suas e eu digo se é uma das minhas.

Apesar da minha frase meio confusa, ele entendeu o que eu quis dizer. Logo, Here Comes The Sun encheu o carro.

— E aí, Sabidinha, gosta dessa?

— Adoro. E que apelido idiota é esse?

— O seu apelido.

— Ainda vou achar um apelido humilhante para você também, Perseu, espere só.

— Não duvido nem um pouco. Mas e aí, quer fazer o que?

— O que você quiser. Tô meio sem ideias.

Ele sorriu e me levou ao shopping. Primeiro, almoçamos no McDonalds, depois caminhamos para olhar as lojas. Percy comprou alguns CD's e mais alguma coisa que não quis me deixar ver. Eu comprei alguns livros. Por último, fomos ao cinema olhar Homem de Ferro 3. Ele me deixou em casa exatamente às quatro horas.

— Se divertiu?

— Óbvio, Lesma.

Ele se esticou para pegar uma sacola no banco de trás do carro.

— Isso é pra você. Até amanhã, Sabidinha. — Ele disse, enquanto eu pegava a sacola e ele me puxava para um abraço.

— Pare de me chamar assim. Até amanhã, Lesma. — Eu disse, enquanto saía do carro.

— Ei, Sabidinha! — Chamou, quando eu já estava a dois passos de distância do carro.

— O que é?

— Quer que eu te dê carona amanhã?

— Tá, pode ser. Te vejo amanhã.

Ele sorriu e foi embora. Entrei em casa e encontrei Ailyn assando biscoitos.

— Oi, Annabeth. Seus pais saíram, então eu decidi fazer biscoitos de baunilha pra nós. Quer um?

Desconfiei um pouco, afinal, tínhamos estado em guerra desde que ela chegara, mas aceitei e sentei na mesa com ela. Comemos alguns biscoitos.

— Hey, Ailyn, topa uma partida de xadrez? — Perguntei, já me esticando para pegar o tabuleiro e as peças em cima da estante.

— Tá, pode ser.

Fomos para nosso quarto e ficamos jogando por horas, até eu cair no sono. Acordei brevemente com mãos delicadas me colocando na cama.

— Eu ainda te odeio, viu, sua cobra? — Murmurei para Ailyn, que riu baixinho.

— Também te odeio, sua vaca.

Depois disso, minha cabeça tocou o travesseiro e eu apaguei.


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