PDV Percy

Praticamente me joguei no sofá, junto com Piper e Thalia.

—Percy, eu sei o que ela sente por você. Ela te ama, só é orgulhosa demais para admitir. -Thalia disse. Ela e Piper trocaram um olhar cúmplice.

—Jure que vai fazer o que a gente disser e juramos que fazemos a Annie te contar o que você quer ouvir.

—Eu juro. O que preciso fazer?

Thalia deu um sorriso angelical, o que me fez ficar com medo de ter concordado.

— Tem que dizer a ela o que realmente sente. Escreva uma carta se achar que deve, mas diga tudo.

PDV Annabeth

Alguém bateu na porta do quarto.

—Entra, está aberta.

Percy entrou e sentou-se perto de mim.

—Annabeth, preciso que me faça um favor. Acha que consegue?

— Depende. O que você quer?

— Sei que você jamais quebraria uma promessa, então preciso que me prometa que vai dizer a verdade. Promete?

—Está bem. Prometo.

— Você me ama?

Sua pergunta direta me tirou do prumo. Depois do beijo que ele me dera e do modo como eu correspondera, sabia que não poderia continuar negando por muito mais tempo. Além do mais, eu não tinha nada a perder. Decidi entregar o jogo.

— Amo.

— Ótimo. - Ele deu um sorriso bobo, que eu achava lindo - Porque eu também te amo. Sempre amei, Annabeth.

—Percy...

Ele segurou meu rosto entre as mãos, me olhando intensamente com aqueles olhos cor do mar. Não consegui desviar o olhar.

— Fica comigo, Sabidinha. Nada disso vai ter sentido se você não estiver ao meu lado.

—Se você for embora, Percy, eu juro que te persigo pelo mundo inteiro.

—Como se eu fosse ter coragem de te deixar.

Ele riu e, em seguida, pegou um anel no bolso da jaqueta.

—O que isso significa?

—Aceita ser minha noiva, Annabeth?

—Aceito. Com certeza aceito.

Ele sorriu e colocou o anel em meu dedo.

—Te amo, Sabidinha. -Ele disse, segurando meu rosto entre as mãos e então me beijando suavemente. Eu me agarrei a ele, aprofundando o beijo.

—Te amo mais.

Bem nessa hora meu notebook bipou, sinalizando uma chamada de video. Fui atender e era minha mãe. Ela foi a primeira a saber as boas novas.

—Vocês merecem os parabéns. Não são todos os casais que recebem essa segunda chance do destino. -Ela disse, e eu sorri. Quando minha mãe passou as mãos entre os cabelos, reparei em algo.

—Mãe, cadê sua aliança?

—Seu pai e eu nos separamos, Annabeth. Íamos te contar, mas você disse que não queria mais ter nenhum contato com a sua vida antiga.

—Tudo bem, mas essa alegria toda tem motivo. Quem é o homem que roubou o seu coração?

Ela mostrou o anel de noivado, que tinha uma pedra azul. Percy quase caiu para trás.

—Esse é o anel da minha avó. Meu pai disse que só ia dá-lo quando encontrasse sua alma gêmea.

Um homem bonito, parecido com Percy, inclinou-se por trás de minha mãe. Eu sabia que o conhecia.

—Pai? Então o senhor e Atena estão noivos?

—Quem diria, né, filhão? Parece que nós dois tiramos a sorte grande!

—Tudo bem se eu for aí no Natal? -Perguntei. -Ou melhor, se nós formos?

—Adoraríamos que viesse, Annabeth. Aí, poderíamos conversar melhor. -Minha mãe disse.

—Tudo bem. Conversamos quando eu foi aí, então.

—Tudo bem. Tchau, minha filha.

Thalia estava na porta do quarto.

—Tudo bem? Parece abalada, Annie.

Eu a olhei, com raiva.

—Você sabia, não é? Sabia e não me contou!

Percy pôs a mão em meu ombro, para me conter.

—Sabia. Eu não te contei porque você deixou bem claro que não queria saber notícias de ninguém da sua vida em Malibu, que seria um rompimento total.

—Ainda assim, deveria ter me contado.

—Annabeth, acho melhor você se acalmar, antes que faça alguma besteira e acabe se arrependendo. - Percy disse.

—Boa ideia. Pode avisar ao pessoal que não vou descer?

Percy anuiu e desceu com Thalia. Eu sentei na cama e abracei meus joelhos. A tarde estava abafada e monótona. O dia era daqueles que demoram a passar.