Perfectly Wrong escrita por Juliiet, Nana


Capítulo 18
Dúvidas com nutella


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY! MILAGRES ACONTECEM!
Aqui estou eu, apenas 7 dias depois do capítulo passado, com um novo pra vocês! E parte desse milagre é graças à Lili Swan, Helo Chan, Just Breathe, GabsBooBearJujubaVerde e Little Princess, que recomendaram PW lindamente. Muito obrigada, meninas *.*
Espero que gostem do capítulo, boa leitura :)



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– E o que você é?
Eu havia apoiado minha cabeça em seu peito quando disse isso. Asher sorriu. Eu não podia ver, mas sabia que ele estava sorrindo.

Afastou-me de novo. Não muito, os seus braços ainda estavam ao redor do meu corpo. Foi só o suficiente para ele ficar meio sentado, olhando para meu rosto.

— Sou o cara do quarto ao lado, extremamente inteligente e generoso — falou, com um sorriso torto, fazendo-me gargalhar alto em resposta. — E que tem exatamente o remédio para a sua doença.

Sentindo-me leve e bem como não me sentia há um minuto, nem me aprofundei no estranho fato de me sentir cômoda e momentaneamente feliz nos braços de Asher. Aspirei seu cheiro de balas de canela e calor, sabendo que eu não devia achá-lo tão apelativo, mas não conseguindo evitar. Não queria pensar no porquê parecia bom, só queria aproveitar enquanto era bom.

— Certo, e que remédio seria esse?

Asher de soltou rapidamente de mim e se levantou, o que me fez sentir estranhamente sozinha. Ele me mandou esperar e saiu do quarto. Não demorou muito para voltar, mas os segundos que eu passei sem vê-lo e com apenas o fantasma das suas mãos quentes em minha pele foram, de algum modo, longos.

— Não precisa agradecer, eu disse que era generoso — falou ao aparecer sorridente na porta do meu quarto. Em uma de suas mãos havia duas garrafas de cerveja e na outra, o seu tão precioso binóculo. — E acho que já deixamos nossos vizinhos sozinhos por tempo demais.

Eu não tinha nem palavras para descrever o quanto a perspectiva de passar a noite bebendo e vendo os dramas do prédio da frente eram atraentes para mim. Definitivamente, havia algo de errado comigo. Comigo e com Asher. Aquilo não podia ser normal, certo?

Mas por que ser normal e triste quando podíamos ser felizes stalkers?

Levantei-me, secando os últimos vestígios das lágrimas que pareciam ter sido derramadas há séculos. Sorri e me apoiei na cabeceira da cama, enrolando uma mecha do meu cabelo curto no dedo, fazendo o sorriso de Asher hesitar um pouquinho.

— Eu poderia pedir você em casamento agora mesmo — falei sem pensar e foi a vez dele soltar uma gargalhada alta.

Entrou no quarto e me entregou uma cerveja, seus dedos roçando levemente nos meus.

— Eu poderia aceitar.

Ainda rindo, pegamos um cobertor e fomos para a sala escura, exceto pela luz da TV, que Asher desligou. Então nos encolhemos perto da janela, bebendo e revezando o tempo com o binóculo. Oh, que saudade da Joker, a adolescente mais rebelde do bairro!
A noite parecia interminável, mas não de um jeito ruim. Como aqueles momentos que são tão bons que, por um segundo, parece que a vida vai ser generosa e não deixar que acabem. Eu estava sentada de frente para Asher no chão, nossos joelhos dobrados um do lado do outro. O álcool me fazia perder a atenção entre a noite tranquila no prédio da frente e o rosto de Asher. Esse último parecia mais interessante naquela noite. Eu piscava por um momento mais longo e tentava reconstruir sua face em minhas pálpebras fechadas. Seus olhos pareciam escuros com aquela pouca luz, seus cílios escuros faziam sombras neles. Sua pele era muito pálida e, quando ele apoiou uma mão em seu joelho, eu pude ver, mesmo com pouca luz, os fios azuis de suas veias sob a pele.

Ele sorria depois de ver algo engraçado — como o Sr. Tweed escorregando num tubo de corretivo da filha no meio do corredor — e se virava para me olhar. Eu percebi que adorava aquele sorriso. Era meio espontâneo, meio malvado, meio proibido. E eu sorria para ele também.

Talvez, em algum momento entre a sexta e a sétima cerveja, eu tenha pedido para Asher me acompanhar no casamento de Erin e Mitch.

— E o que eu vou ganhar com isso? — ele perguntou, parecendo bem melhor do que eu. Sua resistência para bebida era lendária, então quando ele ficava tão porre quanto na noite anterior, era porquê já havia bebido um terço do álcool do planeta.

Eu duvidava que ainda conseguisse andar em linha reta. O mundo já estava girando um pouco e eu nem estava de pé.

— Nada — eu respondi, rindo. Eu tendia a ser uma bêbada alegre e meio boba. — Exceto o prazer da minha companhia.

Ele sorriu para mim e tocou meu nariz com a ponta do dedo.

— Estou desfrutando desse prazer agora mesmo — respondeu.

— Mas eu não estou usando um vestido sexy — retruquei, sem conseguir parar a risadinha sem sentido que eu sempre soltava depois de algumas doses de álcool na minha corrente sanguínea.

Ele assentiu, passando os braços por meus ombros, fazendo-nos ficar um ao lado do outro, de costas para a janela, e tirando o binóculo das minhas mãos moles.

— Isso é verdade.

— Então você vai?

Ele ficou calado por um tempo e apoiou a cabeça para trás, no parapeito da janela. No início, pensei que seus olhos estivessem fechados e que ele tinha dormido, mas depois percebi, mesmo com minha mente ébria, que ele fitava o céu. Aquela fatia de escuridão completa entre os prédios. Eu não gostava muito daquele céu. Era muito escuro, sufocante. Raramente se podia ver uma estrela. Mas Asher parecia muito em paz enquanto seus olhos contemplavam a escuridão esmagadora do céu daquela noite.

— Estarei lá.

...

Os dias até o casamento de Erin passaram como um borrão. E como as atenções acabaram se voltando para ela, todo mundo acabou me deixando em paz com todo o lance do James. Nós havíamos brigado e já tínhamos feito as pazes, fim.

Foi bonito ver minha melhor amiga florescer naquela semana. Erin nunca tinha sido tão bonita como naqueles dias. Seu sorriso era mais luminoso, seu cabelo parecia em um estado eterno de perfeição e sua pele brilhava – mas não tanto quanto seus olhos. Sua família já estava chegando à cidade e eu, sua mãe e suas duas irmãs ajudamos com os últimos preparativos. Meus pais tinham planejado vir, mas pouco antes de viajar papai teve a brilhante ideia de consertar uma telha solta no telhado e havia caído. Não foi muito sério, mas ele acabou com o pé quebrado, impedindo que os dois pudessem vir.

Ao mesmo tempo em que eu estava feliz e apreciava aquela semana, meu coração se apertava um pouquinho a cada dia. Talvez fossem as dúvidas que eu tinha em relação ao meu próprio futuro, talvez fosse o fato ode que eu sentia que estava perdendo minha melhor amiga.

Ela em breve seria uma esposa. Soava tão adulto! Tão assustador! E eu me peguei, no meio de provas de bolos e de arranjos de flores, pensando em tempos distantes, quando Erin e eu fugimos uma vez, quando eu tinha 16 anos, para irmos para uma boate – e acabamos do lado de fora esperando nossos pais virem nos buscar porque o segurança obviamente não acreditou na minha identidade falsa. Lembrei do dia em que eu finalmente entrei para as líderes de torcida do colégio e Erin, que detestava aquelas coisas e não tinha o menor espírito estudantil, havia ido em todos os jogos, apenas para me dar apoio moral. Nós planejávamos tantas coisas para o futuro, nunca tendo dúvidas de que sempre estaríamos juntas. E estávamos.

Mas era um fim mesmo assim. Não o da nossa amizade. Mas de uma época de nossas vidas.

Oh, a dor de crescer. Eu tinha 23 anos e ainda a sentia.

Era quinta feira e, como de costume, eu estava na casa dela. Mitch havia saído para beber com uns amigos – mais porque Erin queria fazer uma última “festa do pijama das garotas” do que por realmente querer. Estávamos esparramadas num colchão de ar no meio da sala, cercadas por pipoca, chocolate, doces da Papabubbles e refrigerante – diet, porque tínhamos que ser contraditórias. Amy e Zoey, suas irmãs também estavam com a gente. Amy era a mais velha das três, e ela e Erin eram inacreditavelmente parecidas. Já Zoey, cinco anos mais nova que Erin, parecia mais com seu pai. Enquanto que a mãe delas era alta, esguia e morena – como Erin e Amy –, Zoey tinha a pele clara e os olhos verdes do pai, e usava os cabelos lisos e castanhos ainda mais curtos que os meus.

Eu as adorava, apesar de não ter muito contato com elas. Amy morava no Havaí com o namorado e Zoey havia acabado de entrar para a mesma faculdade de medicina que James. Ele já havia mencionado que a encontrara algumas vezes e afirmara que era uma garota muito animada.

Estávamos fazendo uma maratona de Twin Peaks – a escolha obviamente partira de Erin e ninguém teve a coragem de protestar –, o que realmente estava me dando sono. A pipoca acabou no último episódio da primeira temporada, então antes de começarmos a segunda, Amy e Zoey se ofereceram para fazer mais. E enquanto as duas estavam na cozinha, Erin estava jogada no colchão, com as costas apoiadas no sofá, se empanturrando de nutella. Fiquei pescando os pedaços de milho e pipoca que haviam caído no colchão e lançando olhares para minha amiga.

– Fala de uma vez, Max – ela disse sem nem olhar para mim, surpreendendo-me.

– O quê? – perguntei, fazendo-a levantar os olhos e arquear uma sobrancelha.

– Eu conheço você desde a época em que você usava aparelho e tinha pôsteres do Jesse McCartney nas paredes do quarto, Max. Eu sei quando você quer me dizer algo.

Gemi em desgosto.

– Podemos não mencionar certas épocas obscuras da minha vida, por favor? – pedi e Erin apenas continuou me fitando com aquela sobrancelha levantada, esperando que eu continuasse. – Certo, tem algo que eu quero te perguntar.

Ela não falou nada, apenas esperou. Eu respirei fundo, tentando achar as palavras certas, mas era como se todas fugissem de mim. Então eu resolvi ser direta.

– Você nunca tem dúvidas? – atirei de uma vez, colocando os pedaços de milho que eu tinha resgatado do colchão em um guardanapo. – Digo, sobre o que está fazendo. Sobre esse casamento, sobre o bebê, sobre o que sua vida está se tornando...sobre Mitch. Você está realmente pronta para isso? Você não se questiona?

Erin se ajeitou no colchão, deixando a coluna mais ereta e cruzando as pernas. Lambeu os dedos sujos de nutella até deixá-los “limpos” e só então me respondeu, olhando diretamente nos meus olhos.

– Todos os dias – respondeu, sorrindo. – Eu acordo de manhã sem ar, pensando que tem uma coisa dentro de mim, uma coisa viva. Você não tem ideia de como eu suo frio quando penso nisso. Depois vem o pensamento de que um dia ele vai sair daí, o que já é aterrorizante por si só, e que eu vou ser responsável por ele. Se eu carreguei um bebê umas duas vezes na vida, foi muito. E agora eu vou ter um e minha vida vai girar em torno dele, em fazê-lo ficar vivo, satisfeito, feliz, e em fazer dele uma boa pessoa. Eu nem sei se sou uma boa pessoa, como posso criar alguém para ser uma?

Ela parou para respirar fundo e continuou.

– E então eu penso no Mitch. Eu o conheço há dois anos. E vou me casar com ele. Vou me ligar a ele pelo resto da vida, ele vai se tornar “família”. Eu estou preparada para isso? Estou realmente preparada para desistir de um milhão de coisas para ter uma versão ligeiramente diferente da “casinha com a cerca branca e 1,5 filhos?” Não sei, Max. Talvez eu nunca possa dar uma resposta concreta sobre isso. Mas então, eu tento imaginar uma vida sem Mitch. E isso é o que mais me assusta. Um mundo sem ele. Um mundo sem esse pequeno serzinho que nós dois fizemos juntos. Então, sim, eu tenho dúvidas sobre muitas coisas. Mas sobre uma coisa eu tenho certeza. Eu o amo. E isso basta para mim.

Minhas mãos tremiam quando ela acabou de falar. Eu não olhava para ela, olhava para meus dedos trêmulos.

– Mas por que está me perguntando isso, Max?

Fui salva de responder a isso quando Zoey e Amy voltaram para a sala com quase um balde de pipoca em cada mão. Apertei as mãos uma na outra para fazê-las parar de tremer e preguei um sorriso nos lábios, levantando o rosto para encarar Erin.

– Tem nutella na sua cara – falei e ela começou a esfregar o rosto, alucinada por conseguir mais um pouco do doce, mesmo que fosse retirado da sua cara.

...

– Você está...linda.

Virei-me para trás, tirando os olhos do espelho para ver meu colega de apartamento casualmente recostado na porta do meu quarto. Ele vestia...nada. Bom, exceto uma toalha branca enrolada na cintura. Seu corpo esguio e pálido estava úmido e eu podia ver, com muita clareza, algumas gotas de água percorrendo seus ombros e barriga.

Que. Merda.

Você também, pensei em dizer, mas aquilo só faria o seu ego – já gigantesco – crescer a ponto de não caber mais no apartamento. E o fato era que ele não estava lindo.

Estava bom o suficiente para comer com uma colher.

E por que diabos eu estava tendo aqueles pensamentos? Não havia uma lei contra colegas de apartamento gostosos andando pela casa seminus? Eu não tinha culpa, certo? Eu sabia que ele era gostoso, até porque era míope, não cega. Asher que precisava aprender a se cobrir.

– Obrigada – murmurei, olhando para ele através dos meus cílios escurecidos por rímel.

Ele balançou os cabelos escuros, espirrando gotículas de água por toda parte, e se aproximou, a toalha pendurando-se perigosamente em seus quadris ossudos.

– Não, de verdade – ele falou, e sua voz não soava como sua voz normal. Seus olhos também estavam diferentes, era como se ele estivesse me vendo pela primeira vez. – Você está incrível. Eu nunca a vi tão bonita.

Não pude impedir que o sangue corresse para o meu rosto, o rubor subindo desde meu pescoço até minhas bochechas. Consegui fazer meus lábios formarem um sorriso tímido, que dei como resposta para Asher, fazendo-o sorrir um pouco também.

Eu devia estar bonita mesmo, depois de tanto tempo me arrumando. Meu vestido de dama de honra era incrível, por sorte. Erin foi totalmente contra os modelos cor de rosa de mangas bufantes – que deviam ter estado na moda pela última vez nos anos 80 – que sua mãe tinha escolhido. Em vez disso, ela tinha me feito comprar um vestido lindo, estilo grego, de um suave tom pêssego, de um ombro só e com uma pequena fita na cintura. Custou quase metade do meu salário, mas eu não me arrependia.

Tudo tinha que estar perfeito no grande dia da minha melhor amiga.

Eu mesma havia arrumado meu cabelo e feito minha maquiagem. Eu ainda era muito boa nisso, embora estivesse meio sem prática. Meu cabelo estava preso com suas tranças laterais que terminavam num coque baixo – muito simples e delicado. Minha maquiagem era só uma versão mais elaborada da que eu costumava fazer para as inaugurações da galeria, com uma mistura de sombras dourada e cor de terra, e um batom apenas um pouco mais escuro que a cor dos meus próprios lábios. E eu estava usando apenas os brincos de pérolas da minha mãe e uma pulseira de ouro que James havia me dado de presente em algum natal.

Quando percebi, Asher estava parado bem na minha frente. Perto o suficiente para que eu pudesse ver a minúscula gota de água que havia escorrido do seu cabelo, pela testa, até parar em seus cílios longos e cheios. Ele piscou e a gotinha desceu por sua bochecha como uma lágrima.

Desviei o olhar do seu rosto e o concentrei na tatuagem em seu ombro. Ela era ridícula, então era algo bom para me concentrar. Exceto que não parecia mais tão ridícula – de algum modo combinava com ele, completava sua beleza estranha e incomum.

– Sou sortudo por poder te acompanhar, monstrinho – ele disse, fazendo-me rir e voltar a olhar para seu rosto. O rápido momento de desconforto que eu havia sentido enquanto observava a trajetória daquela gota de água em sua pele sumiu de repente.

– Bom, não deixe isso subir à sua cabeça – eu brinquei, sorrindo meio de lado e apoiando uma mão na cintura. – Eu só te convidei por falta de opção mesmo.

Asher colocou uma mão no coração, como se eu o tivesse atingido ali e fingiu uma cara de dor, embora não pudesse tirar o sorriso do rosto.

– Assim você me machuca – ele disse com um gemido fingido, fazendo-me rir.

Mandei que ele fosse se arrumar, embora ainda estivesse cedo. Havíamos combinado de nos encontrar no casamento, porque eu primeiramente iria até a casa de Erin ajudá-la a se arrumar.

Mas ele ainda estava de toalha, tomando calmamente um copo de suco com soja – eca – na cozinha, quando eu peguei minha pequena carteira de mão e saí do quarto.

– Não se atrase – falei com voz séria enquanto passava por ele para chegar até a porta. O Sr. Price tinha feito a gentileza de se oferecer para vir me buscar e já estava com o carro lá embaixo.

Asher soprou um beijo para mim.

– Estarei lá quando você chegar, amada – falou, fazendo-me quase tropeçar na barra do vestido quando a gargalhada escapou da minha garganta.

Ainda rindo, saí do apartamento e me dirigi ao elevador. Quando cheguei lá fora, o pai de Erin, muito elegante em seu smoking – que quase escondia a sua barriguinha – me cumprimentou amavelmente e disse que eu estava linda.

– Uma pena que James não possa vir – falou com um sorriso triste. Todo mundo adorava James.

– Uma pena mesmo – concordei enquanto entravámos no carro. – Eu queria que ele estivesse aqui.

Mas assim que as palavras saíram da minha boca, eu paralisei.

Aterrorizada, me peguei pensando se aquilo seria uma mentira. E eu não sabia dizer.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Comentem pra eu saber :3 eu já respondi todos os reviews do capítulo bônus! Uma hora consigo responder a todos *.*
Beijos, qualquer erro me avisem :3