O Trauma De Ron escrita por Katerina_


Capítulo 14
Crise




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Ron passou um dia trancado deprimido naquele quarto, depois que acordou do estuporamento. Bill, no outro dia, foi levar-lhe comida.

— Eu não quero – Ron respondeu. Estava deitado de costas para Bill. – Não sei que droga Hermione acha que está fazendo comigo. Vou ter uma conversa com ela. Se não querem me deixar sair daqui, então tragam a madame. Já me resignei a ser o bebê protegido, mas quero entender o por quê disso – falou, amargo.

— Não irá vê-la – disse Bill, terminantemente.

— Por que não? – questionou Ron, emburrado.

— Você ainda não está seguro. Está foragido e é caçado. Hermione também é procurada para prestar depoimento e não está se expondo. Ela e você juntos seria arriscar demais – Bill disse, cauteloso. Ron não se convenceu muito, mas calou-se.

— E Rose? – perguntou, após uma pausa.

— Está segura. Na casa da sua sogra. E há gente de olho para uma emergência. Escuta, Ronald, várias pessoas estão se arriscando pra livrar você da cadeia. Não desvalorize os esforços deles por mimo. Coma – e Bill saiu. Resolvera adotar essa postura severa para intimidar mesmo o irmão. Mesmo que lhe fosse doloroso, seria pior para Ron saber do que acontecia com Hermione. Mas isso não deu certo, porque se passaram três dias e Ron nada de tocar na comida ou na água que o irmão lhe trazia.

— Mas que droga, Ron! – explodiu William. – O que você quer, morrer?

— Quero ver Hermione, falar com ela – ele repetiu, seco, deitado de costas para Bill ainda. Este demorou a responder. Decidia-se.

— Você vai vê-la – disse, por fim. – Mas não poderá falar com ela.

Ron ergueu-se, olhando para o irmão, assustado.

— O que quer dizer com isso? – o mais velho dos Weasley apenas saiu do quarto, deixando a porta aberta. Fleur vinha vindo com curativos e pôs-se entre eles e a porta do quarto de Victoire, olhando com espanto para os dois.

— O que está fazendo, Bill? – perguntou, estranhando.

— Ron quer ver a Hermione – este explicou duramente.

— Bill, ele não pode... – ela falou, nervosa.

— Com licença, Fleur – William disse, sereno, tocando o rosto da esposa. Então ela deixou que ele a afastasse para o lado, olhando com pena para Ron. Este se atropelou atrás do irmão para entrar no quarto e parou de chofre ao enxergar Hermione. Ela continuava mortalmente pálida, exceto por duas rosetas nas faces, que denunciavam a febre altíssima. Tremia visivelmente e seus lábios estavam secos, crestados e com feridas. Todo o espírito de Ron fugiu-lhe. Ele perguntou, rouco:

— O que há com ela?

— Aquele dia do julgamento – começou Fleur. Ela tinha entrado atrás dele, e tentou contar a situação sem chocá-lo demais – pra não prejudicar a sua imagem, ela tomou a Poção Polissuco e foi à audiência no seu lugar. Mas foram três doses seguidas... e o organismo dela não reagiu bem...

— Louca... – murmurou Ron, cobrindo o rosto com as mãos – ela nunca deu certo com a Polissuco... da primeira vez virou gato, será que ela não lembra? – ele rugiu, como um leão ferido. – Por que ela foi fazer isso? – ele virou-se para a cunhada e segurou os ombros dela. – Ela vai ficar bem, Fleur? Por favor... ela vai se recuperar? – ele sacudiu a mulher, de nervoso.

— Estamos tentando salvá-la, Ron... – disse Fleur, gentilmente.

Ron entendeu as implicações disso. Desabou. Prostrou-se sobre o corpo moribundo da esposa e chorava silenciosamente, com os ombros sacudindo pelos soluços contidos Fleur tocou timidamente o braço dele, mas ele sacudiu-o para livrar-se da mão dela. Então ela e o marido saíram do quarto.

— Você não contou a ele sobre a criança – observou Gui.

— Claro que não, iria matá-lo. Se ela sobreviver, e o menino também, que ela conte ao Ron. Caso contrário é melhor que ele nem saiba.

O mais velho dos Weasley teve que reconhecer que Fleur tinha razão. Mas Ron não era a única pessoa que não parava de perguntar por Hermione. A Sra Weasley fora tomar chá com os pais de Hermione e dera-lhes uma poção para que não se lembrassem disso. Ela tinha que ir lá todo dia para renovar a dose, ou mandar o Sr Weasley, e eles já aproveitavam para ver Rose. A menina era paciente. Não falava muito sobre a mãe, fingia contentar-se com as respostas que lhe davam, mas percebia-se sua tristeza. Ela apenas sabia que a mãe estava envolvida em salvar o pai, porque Hermione lhe dissera, em particular, antes de deixá-la com os avós Granger:

— Você vai ficar aqui, amorzinho. Seja obediente com a vovó e o vovô. Mamãe talvez demore, porque eu vou fazer algo importante, e só volto para casa com o seu papai, pra podermos ser uma família de verdade de novo. Por isso, mesmo que dê saudade, não chore. Pense assim: mamãe vai trazer papai, ela prometeu. Porque eu prometo isso pra você – Rose chorara um pouco, mas depois se acalmara e confiava na promessa da mãe.

E havia Ammy. George já soubera do que estava acontecendo com a cunhada. Ficara muito perturbado; mais ainda por ter que esconder isso da esposa a todo custo. Ammy estava fragilizada, o choque poderia fazer-lhe muito mal. Mas Ammy trazia o assunto à baila todo momento. George fazia-se de desentendido ou mudava deliberadamente de assunto, e no começo Ammy, fraca, não insistia. Depois se tornou mais firme. George acabou tendo que contar as coisas, e foi fazendo aos pedacinhos. Disse primeiro que ela estava na casa de Bill e Fleur, e estavam cuidando dela. Depois falou que um médico do St. Mungus a estava tratando em segredo. No terceiro ou quarto dia, quando eles estavam decidindo o nome do seu filhinho (que era a cara de George, mas com os olhos de Ammy), ela puxou o assunto de novo. Tinham concordado que o primeiro nome seria Louis, como Ammy queria, e agora discutiam o segundo.

— Vai ser Frederic, Ammy – disse George, por fim. – Sei que a tradição é o nome do pai, mas... Eu quero homenagear Fred.

— O que eu temo – disse Ammy, em tom lúgubre – é que se fosse uma menina eu teria de botar “Hermione” pelo mesmo motivo, e você está me escondendo isso.

George olhou-a, aborrecido.

— Hermione não está morta, Ammya – respondeu, sem olhá-la.

— Então por que você não responde nada que eu pergunto sobre ela?

— Porque está quase – disse George, cansado. – Ela está, ou estava grávida, quando tomou a Poção Polissuco, e isso afetou o bebê. O médico disse que é difícil que ela passe dessa semana. Se passar, provavelmente ficará para sempre inconsciente, como um vegetal.

Ammy olhou pra ele sem expressão por um momento, em choque. Então lágrimas começaram a escorrer em torrente pelo seu rosto. George abraçou-a.

— Droga! Eu disse a ela para não tomar, sabia que era má idéia! – ela balbuciava, agarrada ao marido, que segurava Louis no outro braço. – Aquela louca, irresponsável... Oh, meu Deus!... – ela lamentou-se por um tempo; depois ergueu os olhos determinados para George. – Eu quero ir vê-la – pediu.

— Vamos quando você estiver recuperada – ele disse, firme.

— Eu quero ir já!

— Não – George falou, terminantemente. Ammy apenas deitou-se e deu as costas a George, chorando.

Além do impacto interno na família, esse episódio do julgamento explodiu no mundo bruxo. Era o principal assunto em qualquer roda de conversa. “Onde, afinal, está Ronald Weasley?” fora a manchete do PD no dia seguinte, e vários jornais e periódicos exploravam o mesmo assunto. Hermione também sumira, o que os deixava mais intrigados. Agora se duvidava mesmo de que Ron estivesse vivo. As teorias mais malucas surgiram. Uma revista sugeria que não fora a mulher a tomar a poção para parecer com ele, mas vice-versa, e que ele fizera isso para poder escapar. Ron e Hermione eram “vistos” por bruxos nas partes mais improváveis do Reino Unido, às vezes em dois lugares ao mesmo tempo – o que até seria possível, se ainda houvesse viratempos no país. Percy (após passar uma noite na cadeia por ter tentado ludibriar o tribunal; teve que rebolar pra se safar, mas até que enfim fazia sacrifícios pela família) achou isso positivo, porque distraiu o foco do caso Willowby. As pessoas quase esqueceram do menino trouxa.

Harry foi detido e interrogado várias vezes. Mas jamais contaria algo. Então desistiram. Outros também foram pressionados. E paralelamente a isso, os amigos de Ron tinham chegado ao assassino verdadeiro. Mantinham presos, além de Datwillis, os outros dois caras que participaram da ação. Faltava mesmo só o líder. Estavam vigiando-o. O homem era mais novo que Datwillis, talvez não tivesse trinta anos. E era bem-sucedido. Mais complicado capturá-lo. Mas, planejando, eles conseguiriam prendê-lo. Em quinze dias, talvez.

Nesse meio tempo, Hermione chegou à noite fatal, àquela que decidiria se ela permaneceria ou não. Foi horrível. Para Fleur, Molly Weasley e Ron que acompanharam tudo, foi pior ainda.

Ron não saíra do quarto. Quando não estava ao lado da esposa, ficava jogado em um canto. Definhava. Às 5 horas daquela tarde fatal, só ele estava ali. Começou a ouvir uns resmungos agitados. Ergueu os olhos. Hermione mexia-se, e chamou por ele. O rapaz correu a atendê-la e ficou feliz, pois ela estava de olhos abertos. Mas a felicidade durou pouco, porque ela não estava consciente. Sua pele queimou a mão de Ron. Seu rosto estava vermelho e ela falava coisas difíceis de distinguir. Um delírio violento.

— Mãe! – Ron gritou, assustado. A Sra Weasley veio correndo, seguida de Fleur. Tinha estado tomando café. Hermione começara a debater-se. Teve uma convulsão. Fleur gritou para Victoire chamar o doutor.

Hermione debatia-se brutalmente. Era difícil contê-la. Quebrou duas tigelas que tinham trazido água para baixar sua febre. Foi preciso que Ron e Bill a segurassem para ser possível administrar-lhe os remédios. Ela passou um período assim, depois se acalmou, apenas deliberava, falando baixo. Ron permanecia ao lado dela, segurando sua mão. Parecia que ele também estava deliberando. Murmurava:

— Hermione... não vá... Por favor, não morra... Hermi... Minha Hermi, pense na Rose. Como nós vamos ficar sem você?... Uma criança sem mãe... E eu, como vou viver? Por favor, meu anjo... Preciso de você... por mim, viva...

— Ela não está ouvindo, Ron – Fleur sentiu necessidade de dizer, pois ele não parecia perceber.

— Eu sei – ele murmurou, alheio. A pausa não durou muito. Ela logo começou a agitar-se novamente. O médico chegou rápido, e começou a trabalhar com afinco e dedicação admiráveis. O pior foi que Ammy e George vieram bem na hora de uma das piores crises de Hermione. Ammy quase desmaiou. George quis levá-la embora, mas ela não iria de jeito nenhum. Por mais que estivesse ainda frágil, juntou-se à Sra Weasley, Fleur, Bill, Ron e o médico no cuidado de Hermione. George teve que ficar cuidando das crianças, distraindo-as em outra parte da casa.

Hermione alternou muitas vezes entre a calmaria e as convulsões. Por volta das duas da manhã, ela tinha parado. Mas estava parada demais. O médico estranhou e aproximou-se dela. Tomou o pulso, sentiu o coração, sob os olhos aflitos de todos, e seu rosto se ensombreceu. Ele olhou para Fleur e acenou negativamente com a cabeça. A Sra Weasley caiu no choro. Ron encolheu-se em um canto; Bill e Ammy, esta também chorando, abaixaram-se ao lado dele para consolá-lo. Ele afastou-os, pranteando agora abertamente. Fleur puxou o lençol sobre o rosto da concunhada.

Passaram-se dez minutos, e a cena não tinha mudado. De repente:

— Rosie! – berrou Hermione, com voz aflita e aguda. Dando um soco no lençol, que ficou enrolado no braço dela. Todos se sobressaltaram, e correram para ela, Ron com uma risada estrangulada. Naquele momento nem associou que ela estava numa crise, a mais grave – apenas que ela estava viva.

Ninguém teve paz naquela noite; pela manhã estavam todos extenuados. Hermione entrara em outro período de calmaria, e não se agitara mais, mas seu pulso e sua respiração tinham regularizado. Pelas dez da manhã, a febre baixou de vez.

— Ela escapou – disse o médico, cansado. – É uma mulher forte.

— Quando é que ela vai acordar, doutor? – perguntou Ron, ansioso.

— Talvez nunca. Muito provavelmente, na verdade – ele respondeu. – Essa luta esgotou as forças dela, será difícil ela reuni-las novamente para sair do estado vegetativo. Eu sinto muito, Sr Weasley.

Ron, ali, era o único que não sabia disso. Era difícil interpretar sua expressão. Ele afastou-se, e ficou olhando pela janela. Os outros foram tratar de tomar um café, lavar o rosto, sem ânimo pra conversa.

— E o mais incrível é que ela não abortou. A criança está ali, e viva. Isso pode causar um problema daqui a oito meses, se ela não acordar e nem morrer – o médico disse a Fleur, quando vestia o sobretudo para ir embora. – Qualquer coisa, chame. Estou interessado neste caso.

Não havia muito mais a ser feito por Hermione. Mesmo assim, Ron não saía do quarto. Tinha cara de enterro e não dissera uma palavra desde que soube do risco que Hermione ainda corria. Não atendia ninguém.

— Tio Ron? – chamou Victoire, da porta. A menina, de oito anos, era uma cópia reduzida de Fleur, mas com cabelos ruivos e olhos de um azul meio lilás. – Vem comer.

— Eu não quero, Victoire – disse Ron, lúgubre.

— Você tem que comer. Se não vai acabar morrendo – ela aproximou-se do tio, jogado a um canto, e pousou a mãozinha no ombro ossudo dele. – Tia Hermione fez tudo pra deixar o senhor bem, e quando ela acordar vai querer vê-lo saudável.

Ron riu amargamente.

— Acha que ela vai acordar, Victoire? – Ron perguntou, gentilmente.

— Claro. E também tem a Rosie. Você tem que cuidar dela. Ela deve estar morrendo de saudade do senhor.

— Rosie... – Ron murmurou, apertando as têmporas, desanimado. – Certo – ele levantou e acompanhou a sobrinha. Reagiu a partir de então, ainda que fracamente. Precisava ficar bem, pela filha.

Uns dois ou três dias depois, decidiram levar-lhe Rose. Ela já estava ficando nervosa e difícil de cuidar. Seria um consolo para ambos, esse encontro.

— Papai! – a menina quase voou dos braços da Sra Weasley quando o viu. Ron pegou-a, abraçou-a e beijou-a, sentindo as lágrimas ameaçando vir de novo. Rose estava muito alegre. Brincou com o pai, riu, comeu a comida que ele lhe dava; mas cedo ou tarde viria a pergunta. E não demorou tanto quanto Ron gostaria. No fim da tarde, a menina começava a ficar com sono, desandou a perguntar coisas. E logo:

— Cadê mamãe, papai? Por que ela não tá com você? Eu quero ela.

— Sua mamãe, querida... – Ron começou, sem jeito – ela não pode ficar junto com a gente por enquanto... está ocupada... papai vai cuidar de você...

— Ah, não! – exclamou Rose, emburrando-se e cruzando os bracinhos. – Eu quero ela. Eu não sei por que vocês acham isso engraçado, fazer isso com uma criança, primeiro se esconde você, agora a mamãe, uma criança tem que ter família, isso não é justo... – Rosie resmungou, começando a chorar. Ron sentiu o coração derretido. Não queria chocar Rosie, mas também não podia deixá-la sem pelo menos ver Hermione (como tinham feito com ele, e ele não gostara nem um pouco). Observou se ninguém estava em volta, e levou-a para o quarto onde estava Hermione. Ela parou de chorar no momento em que a viu.

— Pronto, Rosie? Aqui está sua mãe.

— Tá tudo bem com ela – perguntou a menina, baixinho.

— Tá – simplificou Ron.

— Eu quero dormir aqui com vocês – ela pediu. – Aí se os homens malvados vierem pegar vocês, eu mordo eles.

Ron riu. Não teve outra saída a não ser armar o berço de Rosie lá mesmo. Sua cama já estava ali. E os dois passavam todos os dias velando Hermione. No começo, Rosie esperava que Hermione acordasse, com impaciência. Uma vez, Ron acordou e Rosie estava perto da cama de Hermione, puxando a mão dela e murmurando coisas como “Ei! Sua dorminhoca, acorda... Sou eu, a Rose tá aqui!...”. Ele suspirou. Com o passar dos dias, ela foi se acostumando com a situação. Eles ainda estavam na casa de Gui e Fleur, porque Ron ainda era procurado. Isso, porém, se resolveu logo. Harry veio convidar Ron para participar da prisão do homem que lhe causara tudo aquilo. Mas, para surpresa dele, Ronald recusou.

— Eu nem me importo mais com isso, Harry. Contanto que ele seja punido pelo que fez com aquele menino, pra mim está bom. Não quero vingança. Pra mim agora só importa viver com a minha família, em paz. Leve mais alguém.

— Fique firme, Ron. Ela vai ficar bem. Eu acredito nisso – Harry murmurou para Ron, abraçando o amigo. E saiu.

Desse modo, a inocência de Ron ficou provada. O Ministério pediu desculpas publicamente, e concedeu uma indenização. Reconduziram Ron ao cargo, e deram-lhe uma promoção. Mas Ron mandou dizer que não voltaria ao Ministério até que conseguisse resolver de vez todas as consequências daquela situação. Os verdadeiros culpados foram presos. O Profeta Diário fingiu que acreditara em Ron desde o início, e Nelly Hotshard-Boff perdeu o destaque, voltando a uma posição subalterna. Eles alardearam o fato da esposa do “injustiçado” trabalhar para eles, e realmente mandaram uma mensagem tentando recontratá-la. Wilfred Reed levou a carta.

— Ron – ele exclamou, em reconhecimento, meio que pedindo autorização para entrar. Ron sorriu de leve. Os dois estavam se dando bem melhor agora; Wilfred estivera ali várias vezes. Colocou as flores que trazia à cabeceira de Hermione.

— Tio Willie! – Rose correu para ele. Gostava muito de Wilfred.

— Docinho! – Wilfred pegou-a no colo, estendendo o bilhete dos chefes para Ron. Este leu e bufou.

— Mas que caras-de-pau! Esse jornal é uma verdadeira... – Ron grunhiu, amassando o papel. Wilfred o deteve.

— Não amasse. Vamos esperar para ver o que ela diz disso – falou, suave.

— Tem razão – Ron endireitou o papel e guardou-o na gaveta. – Vamos esperar por ela.


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