Fucking Deads escrita por Coralino


Capítulo 19
Parque da cidade


Notas iniciais do capítulo

HAHAHA 2000 palavras, é isso mesmo? Wow kkkk juro que não percebi até olhar a contagem na hora de postar o capítulo, espero que gostem 'w'!



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Antes de Alice e Annie chegarem ao bar os outros já havia ouvido a mensagem três vezes, e logo começaram a discussão a respeito.

–Há, essa é boa! – Gritou Caio se levantando da cadeira e tropeçando no chão. Tateou o rosto de John em busca de apoio e o loiro ficou vermelho de raiva.

–Óbvio que é mentira. – Emily disse tirando a toalha do seu rosto.

Piper sorria com nervosismo, batendo o pé no chão constantemente.

–Talvez eles estejam certos. – Disse Jake. – O homem é um sádico filho da puta, pra colocar todos pra lutarem por uma maleta com a cura. Mas, talvez ele seja mesmo um dos cientistas do governo. Se ele foi um dos que criou a epidemia, tem grandes chances de ter revertido o processo e criado uma cura também.

–E não precisa mais da cura, por que o veneno tomou conta dele enquanto fabricava isso. – Continuou Caio. – É faz sentido.

–Nós vamos não é? – Perguntou Piper.

O primeiro a balançar a cabeça negativamente foi John.

–Está maluca? Não importa se tem uma cura. Tirando você que é uma desconhecida, todos nós estamos saudáveis. – O loiro contou cruzando os braços.

Piper parou pra pensar no que ele havia dito, mas logo depois emitiu um grande sorriso.

–Saudáveis? – Ela perguntou apontando pra Emily. – Quem garante que o veneno não contaminou o rosto exposto dessa garota? E vocês uma hora ou outra vão perder alguém muito amado. – Dessa vez ela apontou pra Kátia. – Se essa garota que você tava quase engolindo for contaminada, como é que vai salva-la em bonitão?

John levantou uma sobrancelha e uma gota de suor deslizou de sua testa só dele se imaginar nessa situação.

–Ela está certa, talvez o vírus tenha chegado à Emily – Comentou Kátia descendo do balcão.

Jake se aproximou do rádio e aumentou o volume ignorando a discussão. Logo Alice e Annie chegaram e Caio experimentou os diversos óculos que elas arranjaram. As duas ouviram a transmissão pela última vez, e depois Annie começou a passar a pomada na região das bochechas de Emily.

–Piper você sabe lutar? – Perguntou Kátia tentando parecer no mínimo simpático.

A garota prendeu os longos cabelos loiros e caminhou até o armário, abriu e suspirou enquanto procurava algum objeto. De lá ela retirou uma pequena caixa de papel pesada.

–Não sei lutar, mas acho que sei como ser útil pra vocês.

Ela abriu a caixa e dentro dela, lá estava organizadamente dúzias de dardos. Ela pegou um e se virou, lançando o objeto pontiagudo ao outro lado da sala. O dardo acertou o ponto vermelho da placa redonda do jogo.

–Eu trabalho aqui desde criança, com Sam. Então pratico há bastante tempo, e nós dois alteramos algumas coisas nos dardos, pra alcançarem mais distância.

–Isso vai ser útil pra que exatamente? – Jake perguntou abrindo uma lata de refrigerante quente.

–Posso distrair os humanos pra vocês, com certeza vai ter um monte de gente lá tentando te matar. Então eu posso cega-los. – Ela disse sorridente.

Kátia entrou na cozinha por um tempo, e saiu de lá com uma camisa de botões branca, em sua mão ela carregava outras camisas. Jogou as camisas em seus companheiros.

–Nosso cheiro está desagradável.

Todos se trocaram, ignorando qualquer olhar de Jake ou Caio que finalmente havia encontrado um óculos que lhe serviu.

–Estamos todos vestidos iguais mais uma vez, como na escola. – Comentou Emily sorrindo.

No momento em que abriram a porta, viram que o céu estava cinzento por causa de fumaça. Pessoas gritavam desesperadamente, e as ruas estavam com errantes em todas as direções. Estava de tarde, em algumas horas iria anoitecer.

Pessoas saíram de casa com a ideia de pegar a cura na cabeça e acabaram infectadas ou feridas. Todos estavam nas ruas, e aquilo é como se o apocalipse estivesse começando agora.

Piper ignorou a dor de seu machucado e simplesmente correu como todos os seus acompanhantes, eles corriam em direção ao parque, que por sinal estava apenas um pouco distante do bar em que estavam.

O grupo ignorou qualquer pessoa que implorava por ajuda. Os errantes pareciam não nota-los e mantiveram a atenção apenas nas pessoas que gritavam ou faziam algum barulho alto. Era constante ouvir disparos de armas de fogo.

No momento em que pisaram no parque, se esconderam atrás de arbustos pra planejarem algo de última hora.

–Vamos nos separar.

Começou Jake. Ninguém ousou discordar de sua ideia, afinal o parque era extremamente extenso e procurar a maleta todos juntos seria um risco maior do que procurar apenas duas ou três pessoas discretamente.

–Vem cá pequena. – Comentou John. Emily rapidamente entendeu que ele estava falando com ela e subiu em suas costas. Começou a correr em direção ao lago, e Caio o seguiu.

Kátia não ousou ficar brava por ele ter a ignorado, apenas cutucou Alice e correu na direção aposta. Alice a seguiu.

Annie, Piper e Jake correram em direção as árvores do local, que dividia o parque no meio.

O grupo de Annie não se preocupou com os humanos, todos eles que gritavam e lutavam estavam nos gramados ao lado, os errantes que encontravam pela frente foram acertados por Jake e Annie. Que derrubavam as criaturas em perfeita sincronia, Annie usava a faca pra dar cobertura a Jake, que cortava os pescoços dos errantes como se fosse papel. No momento em que um errante se aproximava demais de Jake, Annie perfurava sua cabeça.

Piper não os atrapalhou, apenas seguindo eles com atenção.

–---x----

Alice parou de correr quando se aproximou até demais do banho de sangue. Pessoas perfuravam umas as outras, algumas delas parecia ter pedido a sanidade dês que chegou aqui. Outras gritavam desesperadamente atraindo errantes para o local. Algumas pessoas que estavam saudáveis mentalmente e agiam com habilidade, rasgando qualquer um que aparecesse no caminho deles.

A garota parou de analisar o banho de sangue e virou-se pra ver como Kátia estava. A jovem Kátia estava perto demais de um dos humanos. Um homem moreno que carregava inúmeras espadas no cinto. Ele tinha apenas uma das lâminas na mão e a usava para atingir os errantes que chegavam perto demais. Suas roupas estavam sujas de terra e suor.

O homem se virou e observou Kátia por um momento. Alice correu pra defendê-la, mas ele apenas jogou a lâmina que estava na mão dele para a garota que observava. Kátia segurou a espada confusa, e ele pegou outra espada e recomeçou a cortar os errantes que nunca paravam de chegar.

Os outros humanos estavam longe de mais deles, então apenas os ignoravam já que estavam ocupados com inúmeras pessoas loucas e criaturas esfomeadas.

Kátia olhou pra Alice desorientada. Então o homem gritou pra ela.

–Tente corta-los assim! – Ele disse fazendo um corte da direita pra esquerda no pescoço da criatura.

Kátia segurou a espada com as duas mãos e repetiu o movimento, ela atingiu seu alvo mas o corte não foi profundo o suficiente pra derrubar a criatura.

O errante que ela tentou cortar a empurrou no chão. Antes de seus dentes chegarem à barriga de Kátia, o homem cortou o pescoço da criatura, encharcando o rosto de Kátia com o sangue. Kátia tapou o rosto a tempo, evitando que qualquer sangue infectado atingisse seus olhos ou lábios.

A garota começou seu agradecimento, mas viu que o homem não estava ouvindo, pois atrás dele uma das criaturas mastigava parte do seu pescoço. Os olhos de Kátia se arregalaram com a cena perturbadora. Alice finalmente agiu, fincando o facão de cozinha que achou no bar, na testa do errante.

O homem colocou a mão no pescoço tentando respirar, e com a outra mão ele tirou o cinto e jogou as lâminas no chão perto de Kátia.

–Cuide disso pra mim garota!

Ele disse caindo pra trás sem forças. Kátia colocou as mãos na boca gritando de agonia. Sua pupila estava dilatada por causa do medo, e sua perna tremia.

Alice se manteve firme pegou o cinto com as espadas e o braço de sua amiga, e a puxou pra longe daquele lugar.

–---x----

Caio corria na frente, acertando com o taco de baseball qualquer coisa que tentasse se aproximar, ele por um momento pensou ter acertado um humano, mas ficou aliviado quando a coisa gemeu como um zumbi e tentou mordê-lo, brutamente ele amassou a cabeça da criatura.

Emily colocava as mãos na cabeça de John tentando ficar mais alta pra enxergar mais coisas, com sucesso ela rapidamente viu um brilho vindo de uma das árvores.

–John!

–Achou?!

Caio Jonathan perguntaram juntos.

–Aquela árvore! Estão vendo?

Eles dois caçaram a árvore com os olhos o mais rápido possível, e encontraram juntos. Naquele lado do parque quase não tinha pessoas, e discretamente eles correram até a árvore. John pegou a maleta e levantou pra que Emily pegasse, o escuro ajudou a não chamar muita atenção. E Emily estava vestida com a capa que Tammy a entregou. A pequena arqueira pegou a maleta e a cobriu com a capa.

–Vamos...

Ela começou a apressar John, mas foi interrompida quando ele se virou e viu um garoto parado na frente deles.

Não era qualquer pessoa, Jack o adolescente musculoso que tanto idolatrava Jenny. Estava desarmado, cerrando o punho e uma veia pulsava em sua testa. Seus olhos pareciam tremer. Ele concerteza não estava no seu normal, o garoto que costumava sorrir pra qualquer coisa que acontecesse agora parecia uma pessoa totalmente diferente.

John colocou Emily no chão, a garota não soltou a maleta. O loiro balançou a mão em sinal pra que eles saíssem dali. Caio entendeu pegou o braço de Emily e a levou pra longe dali, correndo em direção as árvores.

Jack os viu correr e soltou o primeiro golpe. Socando o loiro com toda a sua força. John virou o corpo para o lado com o impacto, olhou para Jack e sorriu desafiador. O moreno estreitou os olhos e antes que pudesse perceber sentiu o punho de John em sua barriga. Soltou um grunhido de dor.

–Você não entende! Eu preciso da cura! – Gritou Jack com a voz rouca.

–Eu também preciso.

O moreno pulou em cima de John firmando seu joelho nos ombros do loiro impedindo qualquer movimento dos seus braços.

Não havia mais ninguém naquele lado do parque, apenas peixes que se escondiam no fundo do lago. Por trás das árvores várias pessoas lutavam, brigando pela tal maleta e o que separava John e Jack desse conflito eram os troncos e galhos das inúmeras árvores.

O loiro não conseguia se mover e estava ciente que talvez seus companheiros estivessem mortos, assim como ele estava ciente que morreria a alguns minutos. Assassinado.

Lembrou-se de Kátia, cenas de como se esforçou pra conquistar sua amada, o loiro não a quis por ela ser difícil, ele a quis por causa de seu jeito, como ela era diferente de todas as garotas esnobes que conheceu.

John mostrou um enorme sorriso, se lembrando de quando Kátia o forçou a fazer o teste pra entrar no time de basquete da escola. Ele se tornou popular depois disso, mas nunca se esqueceu da garota que o ajudou tanto.

–Porque está sorrindo maldito? – Perguntou Jack com ódio na voz. – Vai morrer sorrindo!

O moreno socou várias vezes o rosto de John, quebrando seu nariz, ensanguentando seu rosto.

Jonathan sentiu o moreno perder a resistência nos joelhos e dobrou seu braço fincando o gancho prateado na cocha de Jack. O moreno gritou com a dor.

John o empurrou e quando ia se levantar sentiu mais um soco de Jack derrubando-o novamente. E recomeçando a sessão de socos, uma hora ou outra ele socava o estômago do loiro.

–Ela foi infectada, a garota que eu amo está morrendo. – Sussurrou Jack enquanto suas lágrimas caiam no rosto do loiro.

Jonathan não resistiu mais. Depois da noticia que recebeu a última coisa que ele viu foi Jack fugindo enquanto mancava e uma onda de errantes surgindo por trás das árvores. Não conseguiu pensar sobre o que Jack contou e por fim apagou.


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Notas finais do capítulo

Poisé né, vou contar um segredinho pra vocês, já tenho toda a fic planejada daqui pra frente, e o planejado é ter apenas mais 4 ou 5 capítulos no máximo. Sim sim, só 4 ou 5 a história está chegando no final, eu fico muito feliz em ver que todos que acompanham minha fic e comentam comentaram em todos os capítulos, sério .. obrigado mesmo gente TT.TT vocês são muito fodas! E não vou nem falar dos fantasmas, por que né, malditos. Até o próximo cap!