Fucking Deads escrita por Coralino


Capítulo 15
Injustiça


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!! SERÁ QUE EU CHEGO NOS 100 REVIEWS NESSE CAP? Sim, é uma coisa muito importante pra mim hahahaha. Obrigado mesmo a quem tá acompanhando a história, e tá gostando 'w'
Ahh e mais uma coisa, eu quero agradecer a minha amiga red, sem ela esse capítulo não seria possível, obrigado mesmo red! Boa leitura pra vocês xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360303/chapter/15

Jake pov. ON

Uma jovem garota de cabelos vermelhos cacheados estava de costas pra mim, trancando um portão grande de ferro com correntes e um cadeado. Suas pernas escorriam o sangue dos errantes que matou para chegar aqui. Sua pistola estava no chão sem munição alguma.

Quando a ruiva terminou, deu dois passos pra trás. E em meio à escuridão atrás do portão surgiram mãos tentando tirar a corrente e abrir o portão, essas mãos eram de pessoas vivas. Eram os amigos de Maya.

Eles gritavam por socorro pra a ruiva, que não ousou levantar um dedo pra ajuda-los.

Logo seus amigos pararam de gritar. E em alguns segundos voltaram a gritar, mas era um grito diferente, o grito de ajuda tinha mudado para o grito de dor. E outras mãos surgiram do escuro, mãos de pessoas que já haviam morrido.

–Essa é minha chance de sobrevivência. –Maya disse de modo mais natural possível, virando-se pra mim.

Minha visão embaçou. Tive noção que o sonho estava chegando ao fim.

–--x---

Jenny recarregava sua espingarda enquanto ouvia ACDC no último volume de um dos celulares que encontrou no apartamento.

Jack apoiava sua cabeça na coxa de Jenny deitado no sofá como de costume, sorrindo pra ela cada vez que a jovem cantava baixinho um trecho da música.

Tammy acariciava os cabelos de Emily. A pequena pegou no sono no primeiro instante que deitou na cama.

Depois de algumas horas Jack levantou pra cozinhar alguma coisa e ouviu barulhos vindos do lado de fora do apartamento, retirou uma das madeiras que prendia a janela e olhou pra rua.

–Jenny! – Disse o moreno tirando os fones da amiga.

A garota retirou os olhos da espingarda em sinal de dúvida.

–Tem alguém entrando no prédio.

–Acha que são eles? – Indagou se levantando do sofá.

–Quem mais seria?

–E as armadilhas? – Disse a garota colocando a mão na boca.

–Se Jefferson estiver com eles vai saber passar por elas.

Jenny olhou nos olhos verdes de Jack, tão preocupada quanto ele.

–Fala sério, depois de tudo ainda o chama de Jefferson?

–Sim! – O garoto disse sério.

–Ele é seu pai Jack!

–Ele não é meu pai!

Logo ouviram os chamados do grupo vindos de baixo deles.

–Aqui! – Gritou Jenny abrindo a porta.

Logo três pessoas subiram as escadas e encontraram o andar em que estavam.

–Artie, Jeff, Lúcia! – Disse a garota deixando as lágrimas escorrem no rosto à vontade e correndo pra abraçar a amiga.

Lúcia soltou um grande sorriso e abraçou a amiga com toda a força que conseguia. A garota tinha um lindo cabelo cacheado, preto da cor dos olhos, e pele negra. Suas roupas estavam sujas de terra com machas vermelhas.

Artie era ruivo, um tamanho normal, porém era menor que seu amigo Jack. O garoto tinha sardas por todo o rosto e olhos castanhos. Carregava uma espécie de lança improvisada, ensanguentada como suas roupas.

Os três trabalhavam/estudavam no mesmo ensino médio que Jenny e Jack, em meio ao caos eles não conseguiram se encontrar antes de escaparem.

–Ainda bem que vocês viram a mensagem. – Disse Jack aliviado.

Artie apenas sorriu como resposta.

Jefferson era um professor, homem alto com a barba mal feita e cabelo encaracolado.

–Guri, finalmente usou o celular pra algo que preste. – Zombou Jeff sorrindo pra deixar claro que é apenas uma brincadeira. – E, olha só, fez às armadilhas iguaizinhas teu pai te ensinou no acampamento, parabéns!

Jenny se aproximou de Jack e o cutucou com o cotovelo.

–Que bom que está vivo velho. – Disse Jack entrando no apartamento.

–Vão tomar um banho, estamos de saída. –Jenny conta sorridente.

–Pra onde vocês vão? – Pergunta Artie.

–Vamos fazer uma entrega, entre eu vou contar tudo.

Faltavam apenas algumas horas para amanhecer, então Jenny se apressou pra contar tudo.

–Acabamos de se encontrar, não vamos nos separar logo agora né! – Lúcia disse.

–Ela tem razão. – Conta Jack saindo da cozinha.

–Então, vamos. – Jenny disse sorrindo.

Tammy saiu do quarto com Emily, preparadas pra saírem do apartamento, as duas cumprimentaram os desconhecidos e todos saíram do prédio.

Não foi difícil chegar ao prédio que os amigos de Emily estavam antes dela ser sequestrada, já que era praticamente na mesma rua eles só deram de cara com dois ou três errantes. Jeff mostrou que era tão bom com a faca de caça quanto Artie era com a lança, e o grupo pareceu se divertir caminhando nas ruas desertas pela madrugada.

Quando chegaram estava frio demais pra permanecer do lado de fora. Jack, Artie e Lúcia foram em direção ao térreo pra ver se os amigos de Emily estavam lá. Os outros resolveram subir um andar e entrar em uma das portas em busca de suprimentos, já que não sabiam quanto tempo ficariam lá.

–--x---

–Estamos quase lá. – Comentou Annie com a intenção de quebrar o silêncio entre as duas.

Kátia parou de andar e se virou pra trás. Estreitou os olhos em busca de conseguir enxergar o que havia no escuro. Annie começou a falar, mas Kátia levantou a mão em busca de silêncio.

–Já chega, apareça seu desgraçado! Já vimos você, já sabemos que está nos seguindo!

–Me pegaram. – Maya disse saindo da escuridão e se aproximando das duas.

–O que diabos você está fazendo aqui? – Annie perguntou irritada.

–Deve ser por sua causa, você é barulhenta demais. – Responde Kátia irritada.

–Eu fiquei curiosa pra saber onde vocês duas estavam indo. – Maya disse olhando para os lados.

As três começaram a caminhar, Annie contou aonde iriam para Maya. Juntas elas finalmente avistaram as portas escancaradas do prédio, e as janelas do saguão tapadas com madeira.

–Acha que tem alguém? – Perguntou Maya enquanto elas corriam pra ver.

Quando chegaram viram um papel em cima da mesa de centro entre os sofás.

Estou bem, estou em um dos apartamentos.

Annie identificou a letra de Emily rapidamente e as três se separaram pra procura-la. Maya, Kátia e Annie procuraram separadamente nos três andares respectivamente. Mas, foi Maya que encontrou a pequena Emily acompanhada de pessoas que conhecia.

A ruiva ouviu o copo quebrando no chão e olhou pra Jenny.

–Sua puta! – Disse Jenny mudando rapidamente de personalidade e se aproximando de Maya.

Tammy tentou segurar a garota, mas ela a empurrou com força e continuou a andar com lágrimas nos olhos.

Maya não conseguiu correr, quando pensou na possibilidade foi puxada pra dentro do apartamento e ouviu a porta sendo fechada.

–E-eu... – Sussurrou Maya.

–Cala essa boca! Você vai me ouvir! – Gritou Jenny. – Eu imagino o que você disse pra esses seus novos amiguinhos. – Jenny comentou apontando pra Emily. – Você provavelmente contou a verdade do jeito mais inocente possível! Vou te contar como foi que ficamos depois de ter nos abandonado.

Ninguém ousou interromper a garota em um momento tão delicado como esse.

Jenny pov. ON

Ela saiu. Deixou-nos desamparados. Jack fez de tudo pra se soltar enquanto aquele homem imundo passava a mão em mim.

–Tammy... – Ele tentou gritar, mas o derrubei no chão.

–Vai com calma gatinha – Ele disse.

Arregalei meus olhos, mas não consegui gritar por ajuda, ele me socou com tanta força que perdi a consciência.

Quando acordei sentia uma dor horrível na parte íntima, e estava morrendo de fome, Jack estava com os olhos abertos e avermelhados e seu rosto molhado com lágrimas, ainda estava com a boca tapada.

Eu não estava nua nem nada assim, mas sabia que tinha sido abusada. Levantei-me e fiquei espantada quando vi o homem que fez isso com uma flecha no olho. Ouvi alguém chegando e me apressei pra soltar Jack e ele se levantou da cadeira cambaleando, e se agachou pra fazer os meus outros amigos se levantarem.

Eles já estavam fracos demais. Passamos quanto tempo sem comer?

Quando a porta se abriu, uma jovem adulta carregava uma bandeja com comida e água.

–Os outros já morreram, se aprecem, temos que sair daqui o mais rápido possível – Disse Tammy.

Não pude questionar. Alimentei-me da comida fria e bebi a água, Jack fez o mesmo. Com calma, ou vomitaríamos tudo aquilo.

Depois disso ela nos deu as armas que tínhamos quando chegamos e saímos correndo do prédio.

Jenny pov. OFF

–Fui abusada, perdi a virgindade, pra uma pessoa que nem sei o nome! – Gritou Jenny pegando a espingarda que estava no sofá. Maya arregalou os olhos e se levantou correndo pra cozinha.

Jenny mirou na ruiva, mas Tammy a impediu. Emily se escondeu atrás do sofá e apertou o arco que segurava tentando amenizar o medo que sentia.

Jefferson correu pra cozinha atrás de Maya, sem saber muito que fazer. Mas a ruiva estava com sua arma apontada pra ele.

–E-eu não vou te machucar! – Gritou ele.

Ela pareceu refletir sobre sua situação, e enfim disparou um tiro.

Jeff gelou, por um momento, ele olhou pro seu corpo em busca da bala. Mas ela havia mirado em outra coisa. O gás escapava com velocidade, logo ele não conseguia mais respirar direito. Viu a ruiva correndo pra fora da cozinha, e um único fósforo sendo aceso e jogado no ar.

Seu corpo explodiu como o botijão de gás, colocando fogo na cozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpa se tiver algum erro - o que é bem provalvel - é que eu fiquei muito tempo escrevendo o capítulo, e fiquei com preguiça de passar tudo a limpo. Então só dei uma lida rápida e postei. Gostaram? Vão me dar a honra de chegar aos 100 reviews, -eu me sinto idiota por estar ansioso por isso- Obrigado desde já. Té mais!