Fucking Deads escrita por Coralino


Capítulo 14
Mudança de planos


Notas iniciais do capítulo

Ohhh mais um capítulo :P poupando vocês das minhas horríveis palavras nas notas, vão logo ler.



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Casa Desconhecida

Sem energia o grupo teve que comer de comidas congeladas.

Annie continuou preocupada com sua irmã, mas melhorou um pouco seu humor depois de ter um momento como aquele no terraço. Jake manteve seu sorriso pelo resto da tarde, mas se manteve distante da loira. O sorriso entregou o casal, eles não precisaram dizer nada para que seus amigos percebessem que eles ficaram juntos no terraço.

Manter janelas e portas abertas se tornou perigoso, em pouco tempo alguns errantes já estavam próximos ao pequeno portão, um portão de ferro que só ia até a cintura de um homem. Trocar de casa estaria fora de questão, todas as casas da rua tinham portões pequenos. As janelas de vidro não ajudariam nada. E a porta com um chute poderia ser derrubada.

O grupo encontrou lanternas e travesseiros e se reuniram na sala, procuraram se aconchegar nos sofás e tapete. Mais uma noite havia começado.

Tudo se manteve tranquilo, diferente da noite passada, não tinha ninguém gritando por ajuda nas ruas. E o único barulho que escutaram até madrugada foi os murmúrios de Caio enquanto dormia.

Annie não conseguiu dormir, imaginando as possibilidades de sua irmã estar bem depois de ter desaparecido sem mais nem menos. Ela não chorou mais, chorar não ia trazê-la de volta. Olhou para seus amigos, todos pareciam estar dormido afinal estavam exaustos.

-Chorar não vai trazê-la de volta. – Disse para si mesma.

‘’Procura-la seria uma ideia aceitável. Não posso esperar que todos para isso, ela pode estar sozinha, pode estar chorando e gritando por meu nome. ’’

A loira se levantou em silêncio e caminhou até se arco que estava em cima da mesa. Pegou o arco e uma mochila com aguá e biscoitos que havia preparado para o dia seguinte. Colocou a aljava nas costas, contando as flechas. Dez.

‘’Posso matar dez deles. ’’

A jovem olhou para o grupo, todos continuavam do mesmo jeito. Jake se moveu trocando de posição no tapete. Annie sorriu e abriu a porta com calma saindo da casa.

Sentiu a grama molhando o tênis e a brisa fria em seu rosto. Tudo estava bem por enquanto, tudo de acordo com o novo plano.

No momento em que se aproximou do muro de ferro sentiu algo segurar seu pulso com força. Achou que fosse um errante e sentiu vontade de gritar.

-O que diabos acha que está fazendo. – Disse Kátia séria.

Annie soltou um suspiro de alívio.

-Estou indo procurar por minha irmã, me solte. – Cochichou.

-Vai morrer sozinha sua idiota, você sabe, eles ficam piores na noite. – Kátia disse soltando o braço da loira.

Errantes pareciam ter mais facilidade para agir durante a noite, se tornavam mais espertos e rápidos. 

Annie balançou a cabeça.

-Não posso deixar de procura-la. Ela pode estar em perigo. Ela pode estar com pessoas horríveis. – Disse a loira se lembrando da noite em que perdeu Jorge, à noite em que quase perdeu a virgindade com adultos imundos. – E eu não posso pedir para que todos saiam à procura de minha irmã. Temos 14, 15 anos não somos assassinos profissionais. Sair assim, na noite, no escuro com todo mundo, é suicídio!    

Kátia cerrou o punho, sabia que estava fazendo uma idiotice. Balançou a cabeça num sinal de concordância.

-Ok. – Kátia simplesmente afirmou.

As duas sentiram a sensação de estarem sendo observadas, mas não notaram que alguém as observava da janela de vidro próxima a seus amigos.

Annie sorriu e se virou, quando ia dar o primeiro passo para sair do quintal sentiu mais uma vez a mão de Kátia em seu pulso.

-Vou com você.

----x----

Prédio desconhecido. Com energia.

Jack estava fazendo panquecas, Jenny cantava uma canção animada. Tammy chamou Emily para jogar vídeo game e as duas se divertiam em um jogo de corrida.

-Por que tem energia aqui? – Perguntou a pequena Emily.

-Bom esse prédio tem um gerador de energia. Estamos seguros afinal as janelas e portas estão bloqueadas para que ninguém do lado de fora veja a luz. – Tammy contou sorridente.

-E se alguém nos ouvir?

-Se quiserem entrar no prédio vão ser presos pela primeira armadilha que for acionada. Jack é ótimo com armadilhas e ele plantou várias no prédio inteiro. Os elevadores estão desligados e as escadas estão bloqueadas. Demorou o dia todo pra fazer isso, mas valeu muito a pena.

-Nossa vocês são espertos! – Disse Emily impressionada.

Os outros três sorriram para a pequena dizendo juntos ‘’somos os melhores’’. Emily percebeu que julgou todos em sua volta cedo demais. Eles eram ótimas pessoas.

-Bom, vamos te levar para o prédio de volta essa madrugada Emily, desculpe pelo que te fiz passar. Tammy tem razão, a culpa não é sua. – Disse Jenny se servindo do refrigerante que estava na mesa.

-Tudo bem, mas porque de madrugada?

-Se eles tiverem em outro lugar e forem espertos, vão voltar de dia para ver se você voltou, estaremos lá se voltarem. – Jenny contou.

-Eles devem estar preocupados com você, é uma ótima garota. – Disse Jack enchendo a boca de panquecas.

-É eles são ótimas pessoas. – Afirmou Emily. – Deve ser ótimo viver só vocês três nesse prédio grandão!

-É ótimo. Mas, nos não estamos totalmente sozinhos. Nesse prédio sim, mas nessa rua... –Contou Jack até ser interrompido.

-Tem mais pessoas na rua? – Emily indagou curiosa.

-Sim, tem muitos grupos na cidade inteira por enquanto. Olha, não foi só o meu grupo e o seu que tiveram a sorte de sobreviver, adolescentes talvez, mas adultos, eles sim foram espertos, tem muitos grupos de adultos, muitas famílias vivas na cidade – Contou Jenny.

-O problema Emily, é que eles estão sendo atacados, pouco a pouco os sobreviventes estão sendo derrotados. Sobreviver no começo é uma coisa, se manter vivo depois é algo muito mais complicado. – Completou Tammy afastando o prato em um sinal de que já havia terminado a refeição.

‘’Haviam mais sobreviventes? Quem diria que filmes, séries, fics e jogos ajudariam tanto em relação ao fim do mundo.’’ Pensou Emily.

Jack retirou a mesa e Jenny ajudou-o.

-Descanse um pouco, vamos te acordar um pouco antes do amanhecer. – Disse Jenny sorrindo.

A jovem arqueira pensou na possibilidade de pedir para que todos viessem para esse prédio para viverem juntos. Mas seria pedir demais a eles, esse lugar já pertencia a essas pessoas e forçar elas a viverem com seus amigos só por que o prédio era seguro seria má ideia.

Além de imaginar como seria a situação quando sua irmã e seus amigos vissem que foi torturada por um dos sobreviventes desse grupo, convencê-los de que são boas pessoas será complicado.

----x----

-Vou matar quem tiver sequestrado minha irmãzinha. – Disse Annie pegando a flecha que havia atirado no errante que correu em direção as duas garotas.

Elas estavam andando de volta ao prédio, se Emily realmente foi sequestrada pode ter conseguido escapar. A cidade estava sendo iluminada apenas com a luz da lua, Kátia estava com uma lanterna já que a única arma que tinha era uma faca de caça comprida.

-Acho que vou arrumar uma espada, aprender a usa-la seria interessante. – Contou.

-Está me ouvindo pelo menos? – Disse a loira irritada. - E acho que na biblioteca tem livros sobre manusear uma espada.

-Vamos á biblioteca depois? – Indagou Kátia animada.

Annie revirou os olhos e ignorou sua amiga.

 -Atrás! – Gritou Annie.

Kátia agitou a faca de caça, o errante tentou segurar os braços da garota, mas parou de se mover depois que a faca rasgou sua língua e atravessou sua cabeça. A jovem balançou a cabeça tirando os cabelos do rosto e retirou a faca sacudindo-a para tirar o excesso de sangue.

-Você é boa com a faca. – Annie elogia impressionada.

-Faço meu melhor. – Kátia diz. – Vamos estamos quase lá.

As duas garotas sentiram a sensação de estar sendo observadas mais uma vez, Kátia olhou em volta da rua, mas não encontrou nada além de casas vazias e silenciosas e se apressou para alcançar Annie. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?! Não se esqueçam de seus memoráveis reviews! Quero ouvir a opinião de vocês sobre a história, estão gostando? :P Té o próximo capítulo.