My Secrets Bond - Meu Laço de Segredos escrita por uchiha rsa-san


Capítulo 15
Tensão


Notas iniciais do capítulo

YEEE pessoal !! passei um fds inteirinho louca querendo entrar no Nyah, e o servidor em manutenção... ¬¬... quase enlouqueci... mas bem, quero mto q vcs acompanhem mais esa historia, eu ja to 20 capitulos na frente de vcs OE/*apanha*, mas entao, eu so vou continuar postando de dois em dois, eu ate mais, se vcs continuarem deixando um review em cada cap, ok? poxa povo, eh justo neh? e a unica recompensa q eu recebo...


MAS DEPOIS DE TODA A ENROLAÇÃO, BOA LEITURA!! XD



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Eu não conseguia entender o que estava acontecendo, mesmo que já estivesse refletindo sobre o assunto desde as dez da manha, quando minha mãe me enfiou no quarto, assim como fez com Michael no quarto de visitas, e nos fez ficar trancados, enquanto ela fingia uma limpeza que eu sabia que não fazia.


            Ela conversava com meu pai sobre minha afirmação de ser convidada.


            Por muitas vezes, eu agradeci a Deus não ter ninguém na minha cola, querendo me namorar, porque eu sabia que esse era um assunto delicado em casa. Não que meus pais definitivamente não fossem deixar, o problema é que deixar ou não dependeria de quem estivesse envolvido.


            Nós sempre tivemos um ótimo relacionamento, mas eu sempre soube que esta boa convivência seria posta em prova assim que este novo assunto entrasse em casa. 


            Por um lado, eu tinha medo de que eles ficassem muito bravos comigo, e deixassem gradualmente de serrem os pais amigos que sempre foram; mas por outro lado eu não queria que eles tomassem a decisão de não abalar a estrutura familiar, e por isso eliminassem qualquer possibilidade de que eu pudesse arrumar um namorado.


            Na verdade, eu nunca tinha ido muito fundo com este assunto nas minhas reflexões, mas desde que tinha passado a conviver com Christopher, essa historia estava sempre rondando meus pensamentos.


            Bateram na porta.


-Entra!  - respondi rezando para que não fosse meu pai vindo falar sobre a falta de educação minha em responder não ao pedido de Michael.


Era o próprio Michael.


-Olá Ag, posso entrar? – ele perguntou na comum cara de pau.


Respirei fundo.


-Claro, primo.


Virei a cara pra janela, enquanto Michael se sentava no chão do outro lado de meu quarto.


-Bem – ele deu uma longa respirada – como é o garoto que te convidou?


Fitei Michael pelo canto dos olhos, incrédula. Ele estava com os cabelos castanhos curtos, como sempre. Os astutos olhos pretos encontraram os meus e ele sorriu, mostrando o aparelho móvel que usava já há seis meses. Ele estava usando uma das varias camisetas leves coloridas, junto com uma rara bermuda jeans, o que confirmava que ele tinha se arrumado pra me visitar, já que ele preferia usar as bermudas de tecido leve também, como um surfista fora da praia.


Ele estava perguntando por Christopher. Queria Michael se comparar com ele?


Pelo amor de Deus, se ele fizesse aquilo eu juro que o mataria ali mesmo. Não havia comparação entre os dois.


-Então, vai responder? – ele insistiu.


-Vou – virei o rosto pára encará-lo enquanto fuzilava-o com o olhar - ele é a pessoa mais legal que já conheci. Ele é mais velho que você e é meio oriental. Não. Ele é oriental.


-Ta brincando? Então você vai aprender a falar chinês? Ou já aprendeu?


-É JAPONÊS!  - e eu quase berrei com essa.


-Poxa!!  - ele elevou as mãos pro alto – Foi mal. Então você ta apaixonada por um japonês? Que contemporâneo. Eles estão na moda hoje, é bem atual. Não sabia que você era ligada em moda Agatha, você sempre pareceu o contrário....


Bufei.


-Deixe de ser besta, Michael. Ele não é moda. Não estou apaixonada por ele.


Michael deu uma gargalhada.


-Não? Ah, peraí – ele se levantou e fez uma cara de galã de cinema, engrossando a voz e colocando uma mão na boca pra imitar um microfone, e escorregando a outra pelo cabelo – é aquela frase mais antiga e profunda. Não estou apaixonada por ele. Eu o AMO. – e ficou me encarando.


Juro que não pude conter o riso. Ele era muito imbecil.


 -Você é um idiota, Michael.


Ele deu uma piscadela e mandou um beijinho desajeitado.


-Thanks, My Dear.


Ele desfez a pose idiota e se encostou na parede, colocando as mãos no bolso. Começou a me encarar do jeito que eu mais detestava. Fechei a cara e voltei a olhar para a janela.


-Bem, Agatha, fale a verdade, ok? Seja sincera. Você esta gostando dele não está? – se eu não o conhecesse tão bem, diria que estava falando serio.


Ainda assim, engoli em seco. Assumir para mim mesma que eu gostava de Christopher incluía assumir para os outros também?


Incluiria assumir para os meus pais também?


Aquilo era uma merda. Eu não sabia o que Michael iria fazer com aquela informação, embora já tivesse certeza de que ele sabia a verdade. De qualquer forma, se eu dissesse, se assumisse, a situação mudaria.


Tinha que ser cautelosa.


-Você não conhece muitas coisas, Michael. Não sabe de nada. – respondi com a voz calma, mas visivelmente ameaçadora.


-E você não é a mais velha aqui pra me dizer esse tipo de coisa. Conheço bem mais do que você.


Eu o encarei mortalmente.


-Pode conhecer milhares de coisas, Michael. – me levantei, indo na direção dele e tentando manter o meu olhar mais irritado, o que não era difícil – mas você não me conhece. Está na minha casa, priminho. Sugiro que não se meta em nada em que não te chamarem.


Ele sorriu despreocupado.     


-Bem, a questão é que eu fui chamado no momento em que Tio Adam me convidou para ir ao baile com você. Não sou mais tão estranho.


-Pra mim você é sempre um estranho. – respondi num tom seco.


Ele riu.


-Nossa Ag, você ainda tem aquela pinta sexy embaixo do queixo. Ainda combina com você, sabia? Se lembra? Quando fica brava. – e riu de novo.


Tive vontade de estrangulá-lo, mas ouvi meu pai me chamar.


-Agatha!!! Desça aqui!!


Michael sorriu.


-Acho que Tio Adam está te chamando.  


-Posso ouvir por mim mesma. – e disparei porta afora.


Meu pai me aguardava na mesa enquanto minha mãe estava na cozinha. Tentei fazer um ar de despreocupada.


-Oi, pai. O que foi?


-Agatha, sente-se aqui. – e indicou o outro lado da mesa.


-Hum... ta bom. – e me sentei, esperando que ele me encarasse. Não demorou muito tempo pra que ele o fizesse, e eu senti um frio na espinha.


-Ag, - ele começou com a voz amigável de sempre – quem foi mesmo que te convidou?


Respirei fundo.


-Christopher, pai. Christopher Utada.


Ele respirou fundo dessa vez, sem deixar de me olhar. Eu podia sentir algo planar no ar, algo que vinha dele, como uma inquietação.


-É um garoto meio... oriental?


-É. – pelo amor de Deus, ele já o conhecia? – já o conhece, pai?


-Bem... sim. – ele respondeu hesitante.


 -Ué, então, isso é até melhor, não é? Quero dizer... você já sabe que tipo de pessoa ele é, como age, ah.. esse tipo de coisa, não é? – perguntei, estranhamente animada. Se meu pai já o conhecesse, estava tudo certo, tudo bem. Aquele olhar estranho entre ele a minha mãe tinha sido apenas pelo fracasso do plano Dois: Michael.


-É,.. e, bem,... não gostamos do que sabemos.


Aquilo me tirou de orbita. Não gostamos do que sabemos? O que eles podiam saber que não era bom? Christopher era uma pessoa normal, pelo que me disse. Tinha pai, mãe, irmã. Estudava, se divertia. Droga, era uma pessoa normal! Por que eles estavam me dizendo aquilo?


Meu pai parecia hesitante demais. Ele encarava as mãos e demorava-se para responder. Eu não gostava daquilo.


-Como assim, pai? – perguntei bem calma, tentando controlar minha mente já abalada. – o que você sabe que não é bom?


Minha mãe já estava na soleira da porta e eu não havia percebido. Eu estava já inclinada em cima da mesa, tentando encurtar a distância entre mim e meu pai, tentando ouvir cada sussurro que fosse. Eu só a percebi quando ela falou:


-Não é que saibamos realmente de alguma coisa, Agatha. Mas, você sabe, existem as desconfianças.


Eu a encarei. Agora sem poder controlar minha raiva, ela já me dominava aos poucos, tomando meu rosto, deixando-o com uma testa enrugada.


-Desconfianças baseadas em boatos, suponho? - eu perguntei, sarcástica.


Minha mãe sentiu minha raiva crescente e disse:


-Agatha, veja bem, boatos nem sempre são falsos. Existe uma boa parte deles verdadeiros, se você souber onde procurar.


-Com certeza Alice não é uma boa fonte. – respondi na mesma hora.


Minha mãe ficou vermelha de raiva. Alice, a amiga-consolo, não podia ser criticada.


-Quem falou que eu soube pela Alice?


-Quem mais vive conversando com você? - retruquei.


Meu pai bateu na mesa.


-Já chega! – e respirou fundo outra vez. – Agatha, escute a sua mãe. Não são só as mulheres que falam, certo?  A cidade inteira tem boatos sobre isso.


-E eu posso saber o que os boatos falam?


Ele se sentou de novo.


-É o que a sua mãe disse, Agatha. Não se pode ter absoluta certeza, mas quando boatos correm, se desconfia. Dizem que essa família é estranha filha. Sempre se vê o pai saindo da casa, e não se vê ele voltar. Supõe-se que ele chegue muito tarde, então.


-E saia muito cedo, também. – completou minha mãe.


-...e? – perguntei. - o que isso tem? Já ouviram falar em médicos e enfermeiros? Eles quase não vêm em casa, sabiam?


-Agatha...


            -Katy, espere – interrompeu meu pai – Agatha precisa entender. Filha, nós não queremos que vá com ele, porque as pessoas não dizem boas coisas. Sabe como é: eles não têm uma rotina comum. Não saem muito de casa, quase não os vemos nos lugares, você entende, não?


            Não. Eu não conseguia entender nada. Estava perdida. Boatos? Sobre Christopher e a família dele? Ele já me dissera que não gostava de lugares muito cheios, quando nos encontramos pela primeira vez no mercado. Por isso ele saía bem cedo. Ele também já me dissera que gostava de ficar em casa brincando com a irmãzinha, assistindo televisão e lendo. Ele não era do tipo que gostava de sair na rua. E mãe dele trabalhava muito também, como o pai, embora eu nunca tivesse perguntado em quê.  


Por que tudo aquilo? Por que toda aquela desconfiança? As pessoas tinham de ser todas iguais para poder viver em paz? Meus pais estavam tão errados, tão errados. Eu não podia deixar as coisas daquele jeito.


-Não, pai. Eu não concordo. – tentei me manter calma e segura. Tudo estava em minhas mãos naquele momento. – não nos devemos deixar nos levar pelos boatos, sejam quais forem. Vocês sabem o que falam sobre mim! Que sou estranha, esquisita, e no fundo não sou! As pessoas precisam esquecer os boatos e conhecer umas as outras primeiro! Eles podem parecer estranhos, mas e se não forem?


-E se forem? – perguntou minha mãe. Eu ia responder, mas a campainha tocou.


Meu pai foi até a porta, enquanto eu rezava para que Christopher não soubesse meu endereço e, portanto, não fosse ele. Eu estava queimando de angustia para saber quem era, mas quem entrou era alguém que me conhecia muito bem.


-Ah, olá, Sthephanye! - disse minha mãe quando ela entrou.


-Hei, olá Sra. Symons. Como vão? Então.. me desculpem a intromissão, mas, estavam falando algo que não pude deixar de ouvir. O que é que poderia ser?


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Notas finais do capítulo

e agora... o tal reviewzinho?? ()o q vcs estao achando do rumo q a historia esta tomando?? (ae vcs nem sabem nem a metade OE/*lixa*)



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