My Secrets Bond - Meu Laço de Segredos escrita por uchiha rsa-san


Capítulo 14
Michael


Notas iniciais do capítulo

eeei pessoal, mil desculpas pelo ultimo cap q ficou pequeno, eu ia postar dois seguidos, mas num deu...
bem, aqui vai esse cap, e a mudança na historia ta chegaaaando.. *caradechantagem*/*apanha*
XD



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Sim, eu levei uma bronca quando cheguei em casa.


Mas isso não foi de todo ruim. Eu estava entorpecida pelo meu convite.


Mas, isso trouxe um novo problema: como dizer aos meus pais que eu fora convidada?


Será que eles esperavam que alguém me convidasse?


Meus pais tinham uma vaga idéia de como eu era rejeitada, mas isso seria suficiente para fazê-los perder a esperanças de que, num dia mágico, eu pudesse ser convidada por alguém?


Se sim, então eles esperavam que eu fosse sozinha, por iniciativa própria, apenas pela companhia de Sthephanye e Elisabeth.


E isso complicaria tudo.


Se não, então eu poderia jurar que meu pai faria questão de saber quem tinha me convidado, e claro, como me conhecia.


E isso destruiria tudo.


Eu estava num beco sem saída, e já era sexta-feira. Se eu quisesse ir com Christopher, eu teria que avisar minha mãe hoje, ou nada feito.


            E eu não queria perder aquela oportunidade, eu tinha esperado por aquilo por semanas.


            Só não sabia como agir.


 


*-*-*-*-*


 


            Talvez, se eu tivesse arriscado daquela forma, teria sido melhor. – foi o que a minha consciência gritou desesperada, diante da imagem a minha frente.


            Não seja estúpida, Agatha. Isso foi planejado quase desde o começo, está na cara. – meu lado racional tentou amenizar a guerra dentro dos meus pensamentos.


            Afinal, eu fora uma completa estúpida desde o começo, ou estava mesmo certa em ter apenas aquelas pequenas preocupações?


            Sim, pequenas, porque diante daquilo, agüentar a reação dos meus pais pelo convite de Christopher parecia moleza.


            -Olá... Michael. – tentei parecer agradável, forçando um sorriso que foi – infelizmente – bem retribuído.


            -Veio em boa hora, não foi filha? Olhe, acabei de ter uma idéia, Michael!! – quase gritou o meu pai, fingindo surpresa para eu e meu primo. Inútil. Eu sabia ler os pensamentos de meu pai quase antes mesmo que ele pensasse. Estava muito claro agora. Fora mesmo tudo combinado entre ele e os meus tios Johnny e Kimberly.


            Eu só não sabia se Michael também já estava ciente. Isso seria, irremediavelmente, uma surpresa.


            Michael levantou as sobrancelhas, e foi difícil tirar por aquilo se ele já sabia ou não.


            -Agatha terá um baile esta semana agora, ela não tem um par, então... você poderia acompanhá-la!! Hein, garoto? O que acha? – meu pai deu uns tapinhas animadores nas costas de Michael, e ele quase caiu pra frente.


            A última cena revelara a surpresa desagradável: Michael não sabia. Ele abriu um sorriso e encarou meu pai, que sorria de volta, incentivando-o.


            Eu tinha que ser otimista, sabia daquilo. Não era totalmente desagradável Michael não saber previamente da verdadeira intenção de meus pais e dos dele. Se assim fosse, eu ficaria muito mais irritada, pois o Filho da Mãe teria tramado contra mim, e eu não aceitaria aquilo nem a beira da morte. Por outro lado, era quase totalmente desagradável, pois nada que viesse dele me animava.


Então meus pais realmente não tinham esperanças de que eu pudesse ser convidada por ninguém. Não devia ser surpresa, eu mesma tinha certeza daquilo antes de conhecer Christopher.


            Mas aquilo era o cumulo, chamar Michael, meu primo de segundo grau, dois meses mais velho do que eu, que sempre deixou claro desde que eu me entendo por gente, de que havia uma segunda intenção em sua amizade oriunda de um laço sanguíneo? Sim, porque se a mãe dele não fosse sobrinha da minha mãe, não haveria chances de aproximação entre nós.


            Não que ele fosse feio. Na verdade, Michael era o único de minha família pequena que podia tentar competir com os primos deuses de Beth. Mas ele não tinha nem um décimo da simpatia dos primos dela.


            Por que Beth não acreditava em mim?  Eu invejava a vida dela.


            Agora, o momento de decisão se aproximava vertiginosamente e eu não tinha tempo de escolher nada. Não havia outra saída para minha sobrevivência a não ser dizer a verdade.


            Engraçado, dois dias atrás, quando eu vinha pra casa tonta pelo pedido de Christopher, a frase se inverteria. A única chance de sobreviver seria mentir. Dizer que eu iria por mim mesma ao baile, sem companhia.


            Mas agora isso seria cometer suicídio. Uma afirmação dessas me levaria a uma noite de festa com o primo mais sem noção do mundo ao meu lado. E claro, gozação por parte de Sthephy, e xingamentos por parte de Beth, já que a pior coisa do mundo pra ela era conviver com espécies do tipo dele.


            Eu tinha de enfrentar o que acabara de chamar de problema pequeno: a reação de meus pais ao convite de Christopher.


            Devia ter passado apenas meio segundo enquanto eu refletia sobre o terror a minha frente, por que eu vi o rosto de Michael disparar para mim, seus olhos irritantemente confiantes e esperançosos me alcançaram, esperando uma confirmação de minha parte.


            Minha mãe, do outro lado da sala, aguardava quieta minha resposta, mas pelo rosto dela eu podia ver que a idéia infeliz tinha sido plenamente aprovada, e pior, não havia porque não ser aceita.


            Mas havia.


            -E então, filha? Concorda? Será ótimo não? – perguntou meu pai, abraçando Michael e colando o rosto a lado dele, pare me encarar de frente também.


            Num espaço de centésimos de segundos, enquanto eu piscava, orei para Deus me ajudar, e pensei em Christopher. Nesse tempo mínimo, eu visualizei as milhões de possibilidades de situações que se seguiriam, umas muito mais prováveis que outras.


            A imagem que me deu forças para dizer o que precisava foi a que mais me atormentou: eu acompanhada de Michael, com aquele trapo enroscado nos meus braços, e Christopher, de outro lado, nos observando infeliz e decepcionado comigo. Seria o fim.


            -Não pai, eu já fui convidada. E aceitei.


            -...


            Caso eu fosse masoquista, eu poderia dizer que foi divertido ver o rosto de meu pai mudar de cor do lado da face assustada de Michael, mas eu sabia que aquele vermelho-sangue significava muitas coisas ruins.


            Minha mãe não tentou segurar o maxilar para que ele não caísse, e aquele também não era um bom sinal.


            Não importava. Eu tinha chegado à conclusão de que estava apaixonada por Christopher, não tinha? Eu o havia incluído nos meus planos, então teria de lutar por ele, ainda que aquele recém-descoberto sentimento não fosse correspondido. Eu tinha a amizade dele, e isso já significava muitas coisas novas e boas pra mim.   


            Eu não aceitaria Michael nem num caixão.


            -C-como? – meu pai gaguejou, descolando a face do lado da de Michael, assumindo um falso ar de desanimo e surpresa-desagradável-na-ultima-hora-antes-da-festa.


            -É isso ai, pai. Eu ia contar na sexta, mas vocês estavam tão ocupados especulando sobre prováveis mentiras minhas, que não me deram tempo.


            -Por que não nos disse ontem? – perguntou minha mãe visivelmente nervosa.


            -Do que adiantaria? – respondi rápido – Michael esta na estrada desde sexta de manha pelo menos. Foram vocês que se adiantaram, a culpa não é minha.


            Com essa eu os deixei cientes de que já havia percebido o plano por trás da aparente visita de fim de semana de meu primo.


E eles não tiveram o que responder. Portanto, passaram a outras perguntas.


            -Quem? – perguntou meu pai.


            -Christopher Utada. – respondi como uma bala.


            O silencio perdurou por alguns segundos que pareceram demais pra mim, e minha mãe tentou amenizar a situação.


            -Ah, tudo bem, essas coisas acontecem, não é? Crianças vão lá pra cima, porque eu tenho que fazer uma limpeza beeem grande aqui, certo? Michael, eu vou te mostrar o seu quarto, ok?...


            Subi as escadas sem entender o estranho olhar entre meus pais.


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Notas finais do capítulo

a historia ta boa, genteee? aee, digam ok? eu quero saber se num ta mto besta, XD
um review?? *---*



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