Antes Que Seja Tarde escrita por Mi Freire


Capítulo 2
Uma nova amizade.


Notas iniciais do capítulo

Estou muito feliz, porque faz algum tempo que eu postei o primeiro capítulo e eu não tinha ninguém interessando a lê-lo e por isso desanimei em continuar postando, mas desanimar não significa desistir.
Por isso, dedico esse capítulo exclusivamente a minha primeira leitura, que admiro muito, pois escreve extremamente bem: Sweet Bela. Espero que você goste e continue lendo. É muito gratificante pra mim.

Boa leitura.



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Entrávamos em uma sacada vazia. Não sei ao certo em que altura estávamos, mas era alto, até assustador. Podíamos ver os carros passando rapidamente pela avenida. O céu ainda estava coberto por um manto escuro, poucas estrelas e nenhum sinal da lua. Do outro lado da avenida havia a orla da praia, onde pude notar poucas pessoas a passeio. No horizonte, a praia de ondas grandes. Suspirei. Sentindo o vento refrescante bater no rosto enquanto me inclinava no parapeito ao lado de Maria Luiza.

— Me conte um pouco sobre seus furos na orelha? – ela apontou com o olhar referindo-se aos alargadores.

Alargador era um tipo de brinco que eu usava desde os onze anos, mais ou menos. Na época já estavam grandes, pois anualmente fazia questão de aumentar o buraco na orelha que ele permitia fazer.

— São meus dois alargadores – toquei em um deles para mostrar melhor. — Cada um tem 12 mm.

— Incrível! Eu nunca conheci ninguém que usasse um desses – observou. — Posso tocar ou ainda dói?

— Pode tocar. No começo doía bastante, mas logo me acostumei.

Inevitavelmente, estremeci com seu toque delicado em minhas orelhas. Ela analisou cada detalhe, até tentou passar o dedo mindinho dentro do furo e, assim que percebeu que conseguiria atravessá-lo, ficou boquiaberta.

— Impressionante! Eu gosto, mas nunca tive coragem de colocar em mim. O que mais em você me surpreenderia? - perguntou.

— Ah, tenho uma tattoo na costela – lembrei.

— Jura? Posso ver? – perguntou curiosa.

Lentamente, levantei a camiseta e deixei minha barriga exposta com uma frase em letras bem desenhadas.

Dum suspiro spero? Qual o significado? – perguntou ela tocando as pontas dos dedos no escrito.

— É latim. Significa “Enquanto respiro, tenho esperança” – disse orgulhoso.

— Por favor, me conte essa história melhor. Fiquei curiosa – confessou Malu.

E assim, passei o resto da noite contando como havia sido a decisão: após dois meses de completar 18 anos, optei por fazer uma tatuagem. Sem muitas ideias, escolhi por algo significativo em latim.

— Muito interessante! Seus pais não disseram nada a respeito?

— Minha mãe não gostou muito, mas também não argumentou. Já meu pai não sabe que fiz, não o vejo há muito tempo. Talvez ele nem esteja vivo. Não faço muita questão em saber.

— Você é filho de pais separados? Não sei se é sorte ou azar, mas gosto de ter meus pais juntinhos para um cuidar do outro.

— Deve ser mesmo bom. Mas nunca fui muito de me importar com essa bobagem toda. O importante é que sou feliz ao lado da minha mãe e também a tenho como um pai. Mas enfim, quem gostou mesmo da minha tattoo foi o meu irmãozinho.

— Ah, você tem um irmão? Eu sempre quis ter um irmão, talvez mais velho, mas sou filha única. Digamos que meus pais não têm muito tempo para a família – pareceu triste. — Como ele se chama?

— Pedro. Pedrinho para os mais íntimos. É um doce de garoto, tem só sete anos.

Ela fez uma expressão gentil e nos calamos mais uma vez sem saber como prosseguir.

— Agora me diga algo sobre você que me surpreenda. Você já sabe dos meus alargadores e da minha tatuagem. E eu? O que sei de você? – disse descontraído.

— Digamos que eu não tenha nada para falar ao meu respeito que seja tão interessante quanto os alargadores e a tatuagem. Sou uma garota normal. Tenho nome feio, família rica e não teria coragem de furar o corpo para colocar um piercing. Afinal, meus pais me odiariam por isso.

— Somos bem diferentes, então - conclui desviando o olhar tímido.

— É. Somos – finalizou sorridente. — Mas eu bem que gostei da sua tatuagem e do alargador. Você é um garoto diferente da maioria e isso me impressiona muito.

— E você – pensei em como dizer o que estava prestes a confessar. — Não é só uma garota simples de família rica e de nome feio. Sinto que há algo ai dentro que eu adoraria conhecer.

— Então, se você for paciente, poderemos descobrir isso juntos. Em meus dezoito anos, nunca percebi nada em mim que outras pessoas não tenham – disse ela se enganando. Em pouco tempo, descobri que havia algo nela e jamais encontraria aquilo em outra pessoa. Jamais.

— De onde você é? – perguntei para quebrar o silêncio que insistia em crescer e formava uma barreira entre nós.

— Estudo em um colégio chamado Leonor. Fica próximo ao centro da cidade, conhece?

— É um colégio particular? – perguntei, impressionado com a coincidência. — Eu estudo perto dali, no Quadrangular.

— Jura? Então fomos, mais uma vez, unidos pela força do destino? – perguntou sorrindo. — Tenho alguns poucos amigos que estudam no Quadrangular. Seu colégio fica pertinho do meu condomínio.

Que sorte era a minha! Acabara de conhecer uma garota incrível por acaso e que vivia pertinho de mim. Eu me perguntava o porquê de não ter a conhecido antes.

— Gosta de ver a lua? Gosto de observar o céu todas as noites antes de dormir. Após dias difíceis, é como se eu pudesse me sentir mais próxima da verdadeira paz e tranquilidade. Mesmo que a lua não apareça, de alguma forma, o céu continua tão perfeito – ela suspirou.

Olhei para o céu e, após aquelas palavras, tudo começou a fazer sentido. Mais uma vez, suspirei ainda mais feliz por estar ali com ela.

— Ainda não arrumei minhas coisas. Pensei em deixar para depois, mas tenho que dormir cedo – conferiu ela em seu relógio de pulso.

— Eu te acompanho até o quarto. Também vou me recolher – finalizei.

Caminhamos e conversamos mais um pouco até seu quarto.

— Bom, já vou indo – disse tentando sorrir.

— Tchau, Daniel. Boa noite! – falou Malu e me deu um rápido abraço, fazendo com que eu inalasse seu perfume. — Te vejo depois.

Esperei até que ela entrasse e voltei para meu quarto. Nenhum sinal de Guilherme.

Encostei a porta, apaguei as luzes e me joguei na cama. Fechei os olhos e, surpreendentemente, a primeira coisa que me veio à cabeça foi o sorriso de Maria Luiza. Tentei espantar aqueles pensamentos tolos. Revirei-me na cama e, com um leve movimento, senti um perfume inconfundível impregnado na minha camiseta. O de Malu.

Acordei com a luz do sol penetrando o quarto através da janela. Ao lado, Guilherme dormia profundamente. Levantei-me após uma espreguiçada e segui até o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Resolvi tomar outro banho. Ao tirar a camisa, novamente senti o suave perfume de Malu.

— Guilherme, vamos descer para comer algo – falei alto para acordá-lo.

— Não, cara! Me deixa! Cheguei muito tarde ontem. Aquela Amanda me carregou para cima e para baixo. Estou exausto. Mais tarde desço – resmungou.

Certo, então deixaria Guilherme descansar um pouco mais. Desci até o restaurante do prédio e noite, que mesmo tão cedo, estava bem movimentado. Cumprimentei alguns conhecidos e segui até o balcão para comer algo.

Com a bandeja nas mãos, procurei por um lugar onde pudesse me sentar. Com tanta gente, parecia uma missão impossível.

— Daniel! – gritou Amanda. — Vem cá! Sente-se conosco – ela acenava sorridente. Ao seu lado, Maria Luíza e um casal.

— Bom dia! – disse sentando justamente de frente a Maria Luíza.

— Olá, bom dia! – disse ela com um sorriso amarelo. — Daniel, esses aqui são Beatriz e Murilo, o casal vinte.

Sorri para eles, tentando parecer contente em conhecê-los. No entanto, algo me dizia que Beatriz não tinha ido muito com a minha cara.

— Ué, cadê o Guilherme, aquele preguiçoso? – perguntou ela.

— Ainda está dormindo. Parecia cansado – confessei ao abrir minha garrafinha de suco de laranja natural.

— Não estou acreditando! Ele prometeu que iríamos mais tarde à praia. Vou acordá-lo agora – seguiu batendo os pés.

— Bom, vamos, meu amor! Vamos dar uma voltinha – disse Beatriz dando um beijo no canto da boca do namorado. — Prazer em conhecê-lo, Daniel.

— Então – tentei começar uma conversa com Malu. — Arrumou suas coisas?

— Amanda deu um jeitinho para mim – sorriu. — Precisava da ajuda de alguém.

— Eu poderia ter ajudado, porque não disse? – falei comendo bolacha.

— Não disse por que você não precisa ser gentil todo o tempo – falou apoiando o queixo nas mãos.

— Você não gosta? – encarei-a sério.

— Não é isso – finalizou ela. — Será que daria para ser mais rápido? Vamos dar uma volta também?

— Adoraria – falei gostando da atitude dela. — Espere só um minuto.

Terminei de comer e devolvi a bandeja. Fui até ela e saímos do hotel caminhando pela parte de lazer, a qual eu não sabia que existia. Ali tinham três piscinas grandes, sendo uma delas com água morna, um gramado para jogar bola, área para churrasco, alguns banheiros e lavatórios, uma espécie de praça com poucos bancos de madeira e um parque para os pequeninos.

— Bonito aqui – disse ela caminhando ao meu lado. Perto o suficiente para sentir seu braço encostando ao meu.

— Vamos sentar ali – apontei para um banco vazio perto das poucas árvores. — Acho que sua amiga Beatriz não gostou muito de mim – disse quando nos sentamos.

— Não é isso. É que ela tem esse jeito sério mesmo. É quase uma mãe para mim e Amanda – piscou devagar por causa do sol.

Naquela manhã, ainda cedo, o sol já estava forte. Para nossa sorte, uma leve brisa circulava pelo ar.

Sob a luz do sol, pude ter a certeza do quanto Maria Luíza era perfeita. Seus olhos cristalinos e cabelos soltos mostravam sua delicadeza. Ela vestia um short jeans e uma regata.

De onde estávamos sentados, tínhamos uma vista privilegiada da área de lazer do hotel. Víamos todos os ambientes, sem exceção. Observei o quanto algumas pessoas pareciam se divertir e o quanto aquele lugar estava movimentado. Já era tempo de me acostumar com aquela agitação.

— Eles namoram há três anos, não são lindos? – perguntou fixando seu olhar em Beatriz e Murilo perto da piscina.

— Bacana! Devem ser amar muito – comentei sem mostrar empolgação. Ainda tinha minhas dúvidas em relação à Beatriz.

— Está sabendo da festinha de hoje? Para comemorar as nossas boas-vindas?

— Não estou sabendo de nada – respondi surpreso. — Mas que legal, um pouco mais de animação.

— É. Ainda bem que você está aqui - finalizou desviando o olhar com um suspiro.

— Por quê? – perguntei surpreso.

— Bom, porque Amanda vai ficar para baixo e para cima com Guilherme, seu amigo. Ela não parou um segundo de falar dele. E Beatriz nunca desgruda de Murilo. Se não fosse você essa viagem estaria sendo bem sem graça.

Sorri com suas palavras. De alguma forma, aquilo me emocionou o bastante para eu ter a certeza que iria fazer nosso passeio valer a pena.

— Está com vontade de entrar na piscina? – perguntei. — Aproveita que eu me animei agora e não tem quase ninguém na água.

— Está falando sério? Eu preciso só me trocar.

— Eu espero – assenti com a cabeça devolvendo-lhe um sorriso animador.

Ela retornou em menos de meia hora desfilando com uma tanga rosa amarrada na cintura e uma bolsa no antebraço.

— Não demorei né? – sentou-se colocando a bolsa ao lado. — E você? Não foi se trocar? Está mesmo achando que eu vou entrar sozinha naquela água fria?

— Não. É que prefiro ficar de short mesmo – respirei fundo tentando me recompor de sua visão.

— Ah bom. Eu não estava pensando em cair na água uma hora dessas, mas um pedido seu é irrecusável.

Ainda sem saber o que falar, tentava retirar meus olhos curiosos dela. Malu passava protetor solar nos braços e pernas.

Enquanto eu ainda olhava discretamente, ela arrancou a tanga e enfiou dentro da bolsa. Pegou os óculos escuros e cobriu os olhos perfeitos. Depois, levantou-se e, instantaneamente, meus olhos focaram em seu abdômen reto e seios bem desenhados.

— Vamos? – chamou ela, me fazendo despertar daquele sonho.

Levantei, tirei a camiseta e coloquei dentro de sua bolsa para evitar que perdesse. Por fim, segui com ela até a beirada de uma das piscinas e nos sentamos na borda. Ela sorria para mim e eu ainda tentava mostrar normalidade depois da cena anterior.

— Você está muito estranho – ela riu baixinho. — Vou ver se a água está boa.

Maria Luíza levantou-se elegantemente, deixando os chinelos de lado. Em questão de segundos já estava no meio da grande piscina.

— Daniel, venha! A água está uma delícia.

Sem muita opção, ainda muito sem acreditar no que acontecia, pulei na água e nadei lentamente até ela.

Passamos horas dentro da água. E, finalmente, eu já estava estabilizado. Voltamos a conversar naturalmente, mas confesso que meus olhos não saiam dela.

Já era hora do almoço quando subimos ao quarto para tomar banho. Em seguida, nos encontramos para comer no restaurante do hotel.

Ainda sentindo muito calor, vesti algo leve e sai do quarto sem vestígios de Guilherme. Provavelmente, ficaria mais tempo ao lado de Amanda durante toda a semana, o que seria ideal pra eu poder ficar um tempo a mais com Malu.

Encontramos-nos e fomos ao restaurante. Pegamos algo para comer e seguimos até a mesa onde nossos amigos estavam. Amanda ria de uma bobagem qualquer com Guilherme ao lado. Beatriz trocava carinhos com o Murilo.

— Vocês formam um casal tão bonito – cantarolou Amanda olhando para mim e para Malu.

— Ah, o que é isso amiga? – retrucou Malu. — Pode até ser, mas não estou muito afim de me ferir mais uma vez.

Sem me olhar, ela falou fixando seu prato. Olhei aborrecido para Guilherme. Engoli em seco suas palavras. Como se algum dia eu fosse capaz de ferir aquele coração adorável.

Após o almoço, Amanda combinou de dar uma volta com Malu pelas redondezas do prédio. Sem muito que fazer, já que Guilherme só pensava na sala de jogos, subi para o quarto. Retirei o livro A Guerra dos Tronos para continuar a leitura que já durava algumas semanas.

Adormeci por algumas horas e acordei com o barulho que Guilherme fazia no quarto. Revirei. Abri os olhos com dificuldade e o observei. Ele se vestia.

— Não estou acreditando. Por que não me acordou antes? A festa – disse sentando indignado.

— Poxa, Daniel. Você dormia tão profundamente, fiquei com receio.

— Guilherme! Pelo menos uma vez na vida você deveria fazer uma por mim.

Bati a porta atrás de mim, me despi para entrar debaixo do chuveiro e retirar o suor do meu corpo de mais um dia de calor.

O quarto já estava vazio. Procurei algo para vestir: uma calça jeans preta, já que eu não tinha nenhuma outra diferente, uma camisa também preta e meu velho All Star.

Passei as mãos rapidamente pelos cabelos. Como não queria me atrasar, não o molhei para poder colocar meu boné e cobri-los.

Tranquei a porta e sai em direção ao salão principal no térreo. De longe, já conseguia ouvir a música alta e a movimentação pelos corredores. A expressão de preocupação no rosto dos funcionários do hotel era visível.

— Bú! – gritou alguém entre a multidão. Ao me virar, vi que era Malu sorrindo e me fazendo sorrir também. — Pensei que não vinha.

Ela usava um vestidinho preto com brilho e babados, um salto alto cor-de-rosa. Cheguei a imaginar se ela teria roupas de outra cor. Os cabelos ondulados presos com uma tiara. Uma bolsinha rosa de alça. Sua maquiagem era composta por um batom cintilante e sombra forte. Ah, seu perfume era absolutamente penetrante.

— Você está linda! – comentei timidamente. — Desculpe a demora, mas acabei pegando no sono e o maldito do Guilherme não me acordou.

Ela soltou um riso engraçado e não disse nada. Ou melhor, disse, mas por conta do barulho do salão eu não ouvi uma palavra.

Malu me puxava pelo braço salão adentro. Sem opção, caminhei logo atrás dela. Se pudesse escolher, desejaria ficar sozinho com ela.

— Você bebe? – perguntou Murilo e me entregou um copo de cerveja. — Pode ficar com essa.

Nunca fui muito de beber. Talvez o gosto do álcool não me agradasse muito. No entanto, para não me sentir fora do contexto, acabava bebendo uma aqui e outra ali, mas logo depois parava.

Pelo que pude perceber, Malu não bebia. Nada além de uma Smirnoff que dividia com Amanda, que não saia do pé de Guilherme. Ainda estava furioso com ele. Na nossa frente, o casal se abraçava e se balançava totalmente fora do ritmo da música ao fundo.

Não sou do tipo que curte uma festa por toda noite. Sempre fui mais discreto. No meu canto, observando o movimento. Guilherme dançava com Amanda que ria de cada passo errado dele. Malu parecia na mesma sintonia. Não dançava, não bebia, nem mesmo parecia empolgada. Mas se divertia com as maluquices da amiga.

Já no fim da noite, chamei para um passeio. Como já disse, tudo o que mais queria era passar um longo tempo ao seu lado observando cada movimento seu e admirando cada detalhe. Talvez, acidentalmente, nossos corpos pudessem se tocar. Só de pensar meu estômago começava a revirar de nervoso.

Eu gostava dela. Gostava de estar com ela. Gostava de poder passar meu tempo ao seu lado. Gostava dela desde o primeiro minuto em que nos conhecemos.

Parecia cedo demais para ter tanta certeza, mas eu não me enganava facilmente. Ela era diferente de tudo que já tinha vivido nos últimos dezoitos anos.

E mesmo que não acontecesse tudo aquilo que eu imaginava, a viagem valeria a pena. Já havia conquistado mais uma amiga.


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Notas finais do capítulo

Queria dizer, mais uma vez, que os nomes são verdadeiramente invenções minhas. Como por exemplo, nome dos personagens, nomes de colégio, de lugares, características, enfim.
Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência.



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