I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 45
Hey, I know there are some things we need to talk about.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Sei que o capitulo esta atrasado, e sinto muito. MAS existe uma diferença entre ter um capitulo novo a cada semana e um mais demoradinho, mas com qualidade. Espero que entendam a demora do capitulo, mas foi pensativo escreve-lo. Realmente o Leo é uma pessoa maravilhosa, queria que ele fosse real. O que será que ele vai falar para Anna? Fez bem em fazer as pazes com Fred? Enfim, esperei também os feedbacks de voces, os comentários, mas creio que a maioria não se pronuncia. Tentem dessa vez, é importante saber a opinião de voces. Nada de muito interessante aconteceu comigo, então vamos pular essa parte. Ah, se quiserem entrar no meu blog omundoforadacolmeia.blogspot.com eu fiz um post sobre o novo livro da minha amiga de infancia



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Respirei fundo de novo. Eu queria poder ir embora agora, pegar um avião e sumir.

–Pronto - E me entregou.

–Obrigada, por tudo.

–Pode deitar aí, se acalma, que depois te levo pra casa.

Ele sentou ao meu lado e então me apoiei em seu ombro.

Não sei quanto tempo foi, mas o calmante foi eficiente.

Quando dei por mim já estava dormindo.

(...)

P.O.V Leo

A sensação de andar nos corredores livre era maravilhosa. Mesmo sabendo que eu não tinha feito nada com o carro dele, as pessoas não estavam nem aí, fofocavam e me culpavam pelas costas. O pior de tudo era saber que meu próprio time armou pra mim, e que agora depois de tudo isso eu teria que voltar a treinar e fingir que nada aconteceu. Exatamente no 4º tempo, fui até o ginásio B. Todo mundo já tinha chegado, e estavam sentados em um circulo no chão. Dessa vez eu não estava intimidado, e sim chateado.

–Leo - Treinador me cumprimentou - É bom ter você de volta. Acho que vocês devem um pedido de desculpas, os que ainda restaram aqui. - Olhei para todos. Jasper não estava ali, Duke, e Fred.

–Foi mal, cara - Felix estendeu a mão - A gente devia ter falado alguma coisa.

–Tudo bem - Os outros se aproximaram e me deram tapinhas nas costas e na cabeça, como antes.

–Que isso sirva de lição para todos, aqui somos uma família, e quando se mexe com um de nós, mexeu com todos. Vocês são um time e precisam dos outros para vencer! Querem se virar sozinhos? Vão para natação, lá tem vagas pra vocês. Agora aquecimento! - E apitou.

Sorri e assenti com a cabeça, ele fez o mesmo. Nada precisava ser dito, o resto era passado.

Treinamos pesado, e pra mim que fiquei um pouco afastado, nos últimos minutos já estava quase ofegante.

–Leo, quero que treine um pouco sua respiração durante o jogo - Treinador me abordou enquanto todos saíam.

–Sim, senhor.

–A decisão é sua, e vou respeita-la. Fred nunca teve problemas conosco, diferentemente dos dois, e essa é a primeira vez. Eu posso tira-lo do time, ou apenas suspende-lo durante essa semana. Você é quem sabe.

Não hesitei.

–Independente de tudo o que aconteceu, Fred é um grande jogador. Esse jogo é muito importante pra ele tanto quanto é pra mim. Ele merece essa chance, senhor.

–É por isso que você é o capitão desse time - Bateu em minhas costas - Grande garoto, é bom ter você de volta. - Sorriu e voltou ao vestiário.

–Vamos comer alguma coisa? - Sam falou enquanto a galera se dirigia ao refeitório. Todos me encararam.

–Claro, por que não? Mas você que paga, Sam! - E eles riram. Foi como se eu dissesse “ta tudo bem galera, bola pra frente”.

*****

–Filho, se não fosse você.. eu nem sei - Minha mãe me deu um beijo e pegou a bolsa apressada.

–Não tem problema, mãe - Continuei lavando a louça.

–Eu sei que é chato eu não estar em casa, e sim no trabalho o tempo todo, mas..

–Mas é o que você ama, e eu entendo. Pode ir - Ela sorriu.

–Amo-te, mi hijo - E saiu.

Terminei o que estava fazendo e troquei meus chinelos por um tênis. Andei até a garagem e peguei meu saco de treinamento. Fui até a entrada de casa, onde tenho uma cesta -colocada por meu pai ainda quando eu era bebe - e comecei a treinar arremessos.

–E é cesta! - Levei um susto, e virei para encarar quem estava falando comigo. Fred.

–Achei que não apareceria por aqui tão cedo - Continuei arremessando.

–Eu acho que você merece uma explicação.

–Ah, você acha… - Ri fraco.

–Leo, dá pra você parar, caramba! - Falou irritado. O encarei e segurei a bola no meu peito - Eu sinto muito, ta legal? Eu fui um idiota, e você é meu melhor amigo, e eu me sinto um lixo por ter feito isso com você. Pode ficar puto comigo o quanto quiser, mas eu só queria falar isso. Eu.sinto.Muito.

–Você não ta esperando um abraço agora, está? - Ri - Obrigado por ter falado a verdade, ajudou bastante.

–Porra, Leo. E eu pensando que você tava pra me bater.

–Você sabe que eu não faria isso com meu melhor amigo - Arremessei a bola contra ele, que não estava preparado - Mas isso foi merecido - Ele estava com as mãos na barriga - Paro de mimimi e vamos treinar, tem um jogo importante chegando.

–Você ta falando serio? - Assenti que sim - Leo, tu sempre foi o cara, mas agora eu não tenho palavras, cara. Muito obrigado.

–Podia falar menos e jogar mais né? Bora Freduardo!

Treinamos juntos até escurecer, quando paramos pra comer alguma coisa.

–A Lilá gosta muito de você, cara. Se você tivesse visto o olhar dela quando me deu uma prensa. Tinha raiva no olhar. Acho que eu estraguei tudo de vez - Ri da cara de paspalho dele.

–Ela é uma garota especial, Fred. Eu já tinha te falado isso antes - Terminei de morder meu sanduíche - Mas acho que ta acontecendo muita coisa na vida dela agora, e não sei se tem “espaço” pra você.

–Uma garota como ela merece um cara de verdade, e acho que nunca vou ser o que ela precisa. Eu sei quando a fila anda, e você perde a vez. Nunca vai haver um nós entre eu e ela. E eu respeito isso, fim.

–Uau, mas como esse menino amadureceu. To me sentindo uma mãe orgulhosa - Ele revirou os olhos - Quisera eu pensar assim, mas né..

–Você e a Anna terminaram, né? E agora ela.. - Parou de falar.

–Ta com o Will, é.

–Eu nem sei o que dizer, achei que vocês se gostavam e que era pra valer.

–Da minha parte sempre vai ser pra valer - Deixei o prato na pia - É, e a gente de novo no zero a zero.

–Ahn? - Ele levantou os olhos - Eu tava vendo uma mensagem do meu pai, o que você disse?

–Nada, melhor nem escutar mesmo, Freduardo.

–Eu tenho que ir para o restaurante, meu pai ta precisando de um garçom.

–Boa sorte - Ele bufou.

Enquanto o levava até a porta, notei um carro parado na frente da casa de Anna. Era Will. Ela desceu do carro e estava conversando animadamente com ele. Meus punhos se fecharam, e então eles se beijaram.

–Licença, cara. Eu vou lá dentro vomitar - Fechei a porta e me joguei no sofá.

Eu nunca vou estar acostumado com isso.

Subi até o meu quarto e me joguei na cama. Peguei meu celular e coloquei a primeira música que encontrei. I´m a mess, Ed Sheeran.

Ooh I'm a mess right now

Inside out

Searching for a sweet surrender

But this is not the end

I can't work it out, how?

Going through the motions

Going through us

And though I've known it for the longest time

And all of my hopes

All of my words are all over written on the signs

But you're my road walking me home

Home, home

See the flames inside my eyes

It burns so bright I wanna feel your love

Easy baby maybe I'm a liar

But for tonight I wanna fall in love

Put your faith in my stomach

Era exatamente isso.

Acabei pegando no sono por conta do cansaço do treino, ou pela tristeza mesmo.

Acordei algumas horas depois com uma baba no travesseiro, que eu atirei longe. Lembrei de Lilá falando da bagunça em que meu quarto se encontrava. Ela é uma boa garota, Fred está certo, era merece um cara legal. Peguei “Orgulho e Preconceito” na mesinha de estudos e fui até a varanda. A professora de literatura deixou um trabalho sobre grandes autoras, e era de livre escolha a obra. Jane Austen foi um dos nomes que Lilá deixou em uma lista que me entregou sobre autores que devemos ler antes de morrer. E pelo pouco que li, o livro era muito bom. Esse Mr. Darcy é um cara orgulhoso demais, mas eu meio que entendo ele. Ele não quer se machucar, então se fecha. Talvez se eu fosse um pouco mais assim..

Escutei um estrondo na porta, que me tirou a atenção. Parecia que estavam tentando derruba-la. Corri até lá e abri o mais rápido que pude - ainda desconfiado.

–Lilá - Ela estava desnorteada, os olhos profundos e me abraçou.

–Por favor, não fala nada - Ela chorava compulsivamente, e tudo que eu podia fazer era abraça-la.

–Vamos pra dentro, você esta congelando - Segurei ela firme e a desloquei até o sofá. Corri até o meu quarto, e nadei pela bagunça até chegar no meu guarda roupa para pegar um casaco para ela.- Ta tudo bem, Lilá? Eu nunca te vi assim desse jeito - Entreguei o casaco e sentei do seu lado no sofá.

–Eu não consigo ser forte o tempo inteiro, e depois da morte dos meus pais eu falei que nunca mais choraria desse jeito, mas não dá.

–O que aconteceu? - Eu não estava conseguindo ve-la desse jeito, queria tirar tudo isso dela. Ela estava arrasada.

–Anna, nós brigamos e foi horrível. Falei coisas engasgadas na minha garganta, e ela soltou quatro anos de ressentimento em cima de mim. Eu sinto muito, sabe? Por ter ficado com o garoto que ela gostava, por achar que ele gostava de mim, mas eu não sabia o que estava fazendo, eu era nova, eu sinto muito - Continuou chorando.

–Calma, calma - Minha mãe tem uns rémedios na cozinha, fui até lá e peguei, junto com um copo de agua - Pronto.

–Obrigada, por tudo - Ela sorriu com os olhos agradecendo. O verde agora estava sombrio, tinha uma tristeza no olhar.

–Pode deitar aí, se acalma, que depois te levo pra casa - Ela sentou confortavelmente no sofá e apoiou a cabeça no meu ombro. Afaguei o braço dela.

I promise that one day I'll be around

I'll keep you safe

I'll keep you sound

Right now it's pretty crazy

And I don't know how to stop or slow it down

Hey

I know there are some things we need to talk about

And I can't stay

Just let me hold you for a little longer now

Take a piece of my heart

And make it all your own

So when we are apart

You'll never be alone.

–Vai ficar tudo bem, Liz. Eu to aqui. - Mas ela já tinha caído no sono.

Levantei do sofá com cuidado e ajeitei o corpo dela para que ficasse deitada confortavelmente. Encarei aquela garota frágil e triste, diferente da garota brilhante que vi hoje de manhã, toda feliz. Aquilo estava a sufocando. Sei que se fosse comigo minha mãe estaria preocupada. Peguei meu casaco na entrada e encostei a porta. Eu não iria muito longe mesmo.

Andei alguns metros e vi a porta da casa do vizinho meio aberta. Bati por educação, e entrei. Escutei conversas e fui até a sala.

–Com licença - Todos os olhares se voltaram a mim.

–Leo - Sr.Robb pareceu surpreso.

–Eu não queria incomodar, mesmo - Vi Jill sentada no sofá abraçada a Charles - Eu pensei que se fosse comigo, minha mãe gostaria que alguem avisasse aonde estou. Jill, a Lilá ta lá em casa, no meu sofá. Pode ficar segura, que ela está bem - O rosto dela se iluminou.

–Obrigada, Leo - Me abraçou - Lilá saiu daqui tão enfurecida, eu estou muito preocupada com ela - Charles se aproximou e me cumprimentou com a cabeça.

–Ela não está muito bem mesmo, mas quando se acalmar tudo vai dar certo - Ela assentiu limpando as lágrimas - Eu consegui fazer ela dormir, e quando acordar levo ela pra casa, não se preocupe.

–Ah, Leo! - Sra.Robb me abraçou - Você é um garoto tão bom - Sorri.

–Eu queria fazer esse convite em uma hora mais oportuna, mas como todos estão aqui, e você provou mais uma vez que é uma pessoa incrível - Charles me estendeu a mão - Leo, você aceita ser meu padrinho de casamento? - O encarei surpreso.

Com tudo isso, acabei esquecendo que Jill e Charles vão se casar.

–Claro, eu fico honrado com o convite - Demos um abraço de caras, tapinhas nas costas e deu.

–Você vai ficar lindo no altar com a minha irmã - Jill sorriu. Sr.Robb pigarreou.

–Obrigada, mas acho que vai ser meio impossível tirar os holofotes desse cara aqui - Bati no peito de Charles - Que vai chorar como um bebe - Eles riram.

–Você vai ver quem vai chorar agora - Ele ameaçou me enforcar.

–Bem, eu não quero atrapalhar nem nada, e também a Lilá pode acordar a qualquer momento e querer conversar - Dei alguns passos.

–Sabe, filho. Você deveria nos visitar mais vezes - Sr. Robb levantou do sofá - Será que eu posso falar com você? - Ele apontou para cozinha.

–Bom, eu já vou indo - Me despedi de todos - Sua irmã vai ficar bem lá em casa, prometo que não vou fazer nada.

–Se a Lilá confia em você, eu também confio - Jill sorriu - Obrigada por se preocupar com ela, ela precisa de pessoas como você agora - Assenti, eu sabia do que ela estava falando - Principalmente amanhã - Falou baixinho. Peguei em sua mão.

–Se depender de mim, ela nunca estará sozinha - Sorri, e fui em direção a cozinha. Ele estava de costas para mim, preparando alguma coisa.

–Eu não posso negar Valdez, que você é um garoto bom, mas preferia ver você e minha filha juntos, nada contra Lilá, ela é uma garota maravilhosa, mas.. - Ele virou e tomou um gole da caneca.

–Eu não tenho nada com a Lilá, senhor. Somos apenas amigos - Fitei o chão um pouco envergonhado. Era estranho conversar sobre isso com meu ex-sogro.

–Sei que é terrível o que vou dizer, mas fico aliviado - Ele riu fraco - Eu não consigo entender minha filha, ela estava indo tão bem, se recuperando, mas agora.. Eu não a reconheço mais - balançou a cabeça - Fazendo juízo errado das pessoas, sendo rude, falando coisas absurdas que nunca imaginei que falaria para sua melhor amiga, e tomando decisões erradas. Uma delas foi não estar com você - Me encarou.

–Na verdade senhor, quem terminou tudo foi eu.

–Mas por que? Você não gosta mais dela? - Senti como se ele tivesse levado uma facada.

–Não, eu sou apaixonada pela sua filha, sempre fui - Sorriu.

–E então? O que deu errado?

–Sua filha não gosta de mim, ela gosta de outra pessoa - Fitei o chão.

–Aí que você se engana - Se aproximou - Ela gosta de você, mas tá confusa e precisando de ajuda. Ela não fala conosco sobre o que esta acontecendo na vida dela, e precisa de alguém. Ela não tem mais a Lilá como antes, e depois de hoje, acho que não voltarão a se falar tão cedo. Nunca imaginei minha filha falando assim - Estava confuso, não sei o que aconteceu antes, e ele percebeu - Ela chegou a mencionar a mãe dela, enfim.. - Uou.

–Eu não sei o que posso fazer a respeito disso, senhor. Não somos nem amigos agora..

–Fale com ela, por favor - Ele implorou com o olhar - Só te peço isso.

–Eu… - Baguncei meus cabelos pensativo.

–Ela esta no quarto.

–Tudo bem, vou até lá.

–Obrigado, filho - Me deu tapinhas nas costas e voltou para sala.

Andei até o corredor e subi as escadas. Pipoca estava do lado de fora da porta parado, um pouco assustado.

–Ei, ei - ele correu até mim e se virou, para que eu fizesse carinho na barriga - Então não esqueceu de mim, é? - Ele fungou - Também estava com saudades, mas vou conversar sobre uma guarda compartilhada. Fique tranquilo - Ele me encarou como se tivesse entendido o que eu havia dito.

Olhei para a porta branca em minha frente e respirei fundo. O que eu estava fazendo? Não tenho nada com ela agora, ela não me deve nenhuma explicação.

Bati duas vezes, mas não obtive resposta. Bati de novo, e de novo.

–Que droga, não preciso de sermão agora! - Uma Anna bagunçada e com a maquiagem borrada abriu a porta. Ela me encarou confusa.

–Eu só quero falar com você - Mordeu o lábio e ficou séria.

–Pode entrar advogado de defesa - E fechou a porta, fazendo com que ela batesse.

Quem é essa garota?

Fade into view

It's been a while since I have even heard from you

And I should just tell you to leave, 'cause I

Know exactly where it leads, but I

Watch us go 'round and 'round each time

I got that James Dean, daydream look in my eyes

And you got that red lip, classic thing that I like

And when we go crashing down

We come back every time

'Cause we never go out of style


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Semana que vem tem mais!
Mil beijos!
Uma ótima semana,
Ju



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