I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 11
You saved me.


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy there! Muito obrigada pelos reviews, eu amei! 50 leitoras? M d s Obrigada! Aí vai um capitulo fresquinho :) Como fui questionada no reviews, eu sei que a historia volta muito com os povs, mas é importante que vocês entendam como cada um deles está se sentindo ♥ Esse capitulo está bem bacana, e eu curti muito escreve-lo. Posso adiantar que os fãs do casal LiláWill não vão ficar contentes nos próximos capitulos :( Vou adiantar as musicas em que serão baseados:Stay - Miley Cyrus (Pov Lilá) e Over Again- One Direction (Pov Will) Uma boa leitura, espero que gostem! Será que vamos chegar aos 100 comentários? : )))



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P.O.V Anna

Uma semana.

Faz uma semana que saí do hospital, e ainda não parece real.

Eu fiquei toda a semana fazendo o trajeto hospital-casa. Não falei com mais ninguém além de minha família, e os médicos. Will e eu não conversamos mais depois no episódio em meu quarto. Encarar aqueles olhos azuis não foi uma tarefa muito fácil. Meu Deus, ele está mais lindo do que nunca.

Eu também vi de relance Leo algumas vezes. Sem querer me pegava observando ele pela janela do meu quarto. Acho que ele não percebeu que eu o observava treinando basquete no quintal - sem camisa - ou quando estava estudando em silencio.

E também tem Lilá, nós não nos falamos de verdade há mais de quatro anos. É muito tempo. Não é mais a mesma coisa, mas também não posso simplesmente chegar e pedir "será que vai chover hoje?".

Fiquei um pouco surpresa quando Dr.Foss falou que eu deveria voltar a frequentar a escola. Particularmente estava morrendo de saudades de lá. Os professores vieram aqui essa semana, e eu tive um semanão de aula. Ele falou que assim me adaptaria melhor, e conseguiria voltar a ter uma vida "normal", já que não tive nenhum dano, ou sequela sequer - devo isso a minha pouca idade. A recuperação é mais rápida, tudo cicatriza.

Será que tudo mesmo?

Amanhã foi marcado o teste para ver se passo ou não, e confesso que estou nervosa. Escola é escola, mas não é todo mundo que tem a minha "fama".

"A garota que voltou da morte" era quase uma notícia local. Não quis aparecer em nenhum jornal, ou programa de tv. Essa é a minha vida, não uma forma de ganhar audiencia. É pessoal demais.

Todos meus ex colegas, ex professores e Will. Eu não sei se vou conseguir ficar muito tempo em um mesmo ambiente que ele. É uma coisa forte demais.

Não posso pensar assim, agora ele namora Elizabeth.

Nota: lembrar toda vez esse detalhe.

Decidi dormir, por mais que eu não queira - acho que já dormi o suficiente - eu estava cansada. Todos os dias fazendo exames no hospital e depois aulas a tarde, não é pra qualquer um.

Acordei pela manhã, e lembrei de um sonho que tive. Que tudo isso era um sonho, e novamente eu estava com treze anos. Infelizmente era mentira, descobri assim que fui ao banheiro e me olhei no espelho. Me troquei, e não sabia direito o que vestir. Eu não sei o que as pessoas estão usando atualmente, me sinto uma et.

Chloe, minha irmã querida, deixou um cabide com uma roupa pronta. Acho que ela imagina como deve ser difícil estar no meu lugar. Bom saber que ela voltou para casa, mamãe e papai falaram que ela tinha ido para faculdade e nunca mais voltado.

Me arrumei, e desci para tomar café da manhã. Arrumei a mesa e preparei o café.

Parei quando vi que meu pai me observava. Ele ficou sem jeito.

–Desculpe, querida. É que eu não consigo acreditar que isso é real. - E me abraçou - Você vai se sair bem hoje, tenho certeza.

–Obrigada, pai. Você me leva? - Ele assentiu e pegou as chaves na bancada.

Entramos no carro, e o frio na barriga que estava adormecido apareceu. É como se fosse meu primeiro dia de aula, como se eu nunca tivesse ido ao colégio. Chegamos em frente ao predio grande, e ele parou o carro.

Fiquei parada sem fazer nenhum movimento.

–Quando você estiver pronta, querida - Ele me encorajou.

–Tudo bem, vamos lá. - Abri a porta e desci.

–Eu venho te buscar..

–Não precisa, pai. Eu vou andando. - Ele fez uma careta - Vai me ajudar - Ele sorriu.

–Se você diz. - falou ainda desconfiado - Boa sorte, filha. Amo voce!

–Eu também te amo, Pai. - sorri me afastando.

Nossa, nada mudou. A não ser a pintura, que está ainda mais descascada. Vi os olhares se voltando para onde estava. Peguei o papel que precisava em minha mochila, e continuei andando.

Parei quando vi uma cena.

Leo Valdez estava enforcando Fred Baltimore que se debatia. Ele sempre fez isso com Fred, não acredito que ele não amadureceu nada.

–Ei, ei, ei! Para com isso, Leo! Não acredito que você não mudou nada! - Larguei minha bolsa no chão tentando defender Fred.

Leo me olhou confuso, e largou Fred.

–Calma, Anna. - Fred disse arrumando a camiseta. Ele estava diferente, atlético e atraente. O Fred nerd de alguns anos atrás havia desaparecido, o que sobrou foi o óculos moderno.

Leo se aproximou calmamente, um brilho estranho em seu olhar. Ele se abaixou um pouco - ficando da minha altura - e sussurrou em meu ouvido.

–Antes de sair por aí xingando os outros, se informe um pouquinho - E saiu de lá bufando.

Encarei Fred confusa, e ele se aproximou para ajuntar minha bolsa e meus materiais. Nem percebi que um bolinho de pessoas estavam em nosso redor.

–Então você está de volta? - Perguntou enquanto andávamos pelo corredor.

–Então você é amigo do Leo Valdez agora? - Ele riu.

–Sim, nós só estávamos zoando. Leo é um dos meus melhores amigos, e estamos juntos no time de basquete. - Fiquei de boca aberta - Sim, eu jogo basquete agora - Percebe-se com esse seu físico, sussurrei em minha mente - Ele não estava me batendo.

–Eu só achei que.. Ah, você sabe com ele era no passado. - Tentei me justificar.

–Na época em que você.. você sabe, ficou em coma, ele me convidou para entrar no time. Disse que passou pela minha casa, me viu jogando, e que eu era bom. Eu aceitei a oferta sem nem pensar duas vezes - sorriu - Você se surpreenderia se visse como ele é estudioso e nerd - na verdade eu percebi sim, enquanto ficava observando ele pela janela - Nós viramos amigos. E você? Nervosa pelo primeiro dia?

–Sim, muito. - Falei sincera - Não sei mais nada sobre essa escola.

–Olha, depois que o grupinho da Leslie se formou, voce lembra dela? - assenti - Ninguém mais teve problema nessa escola - Quando elas "comandavam a escola" muitos alunos sofriam nas mãos dela - Acho que o titulo de rainha está com Liz Grant agora.

–Espera, a Lilá?

–Sim. - me olhou surpreso - Ela enfrentou elas uma vez, e muitas minorias a seguiram. Lilá foi um exemplo, e agora essa escola esta livre desse "ciclo" maligno.

Nós rimos.

Uau, Lilá tinha feito isso?

O sinal tocou, e eu me despedi de Fred que teve que ir para aula - mas antes me indicou como ir na sala do diretor. Eu já estive aqui antes, mas não queria corta-lo.

Fui até a sala do Sr. Palladino, que ainda não se aposentou, e olha que ele já trabalha na escola há 39 anos. Ele me deu as boas vindas, e me explicou as regras novamente.

Me levou em uma sala onde aplicou o teste.

Em duas horas o terminei, e em meia hora ele fez a correção.

–Bom, Srta. Robb, me parece que a senhorita está apta a cursar o ensino médio. Vejo apenas algumas dificuldades em matemática, mas isso vamos resolver juntos. Vou designar nosso melhor aluno na matéria, nota dez no U.C.T.A e duas vezes campeão da olimpíada nacional, para ajuda-la. Enquanto isso, a senhorita já pode ir cursando as aulas normalmente. Você é oficialmente estudante do colégio e sendo assim, se não correr vai chegar atrasada na quarta aula. O horário está nesse cartão - Ele me deu um papelzinho - Sua primeira aula é literatura inglesa. Pode ir, vá!

–Obrigada, Sr. Palladino.

Sai de sua sala e notei muitos estudantes no corredor. Com cochichos e olhares sobre mim fui até a sala. Alguns alunos estavam lá, e o único lugar desocupado era na primeira carteira. Me sentei, e em poucos minutos o sinal tocou.

Muitos alunos entraram e ficaram me encarando, e eu estava me sentindo desconfortável com isso. Entre esses alunos estava Lilá. Ela estava muito bonita, e pareceu não se importar com minha presença.

O professor chegou e começou a explicar a matéria. Eu não conseguia me concentrar, as conversas paralelas - sobre mim, claro - me atrapalhavam.

Uma dor de cabeça forte estava latejando.

–Com licença, professor. Posso ir ao banheiro?

–Sim, Anna. - sorriu gentilmente.

Escutei alguns risinhos, mas caminhei firme indo ao banheiro.

Lavei meu rosto, e me encarei no espelho. Droga de vida, que sensação horrível. Era demais pra mim, queria ir para casa.

–Está tendo um dia difícil? - Olhei para porta e Lilá estava entrando.

–Se difícil você diz escutar comentários sobre você o tempo todo, pessoas te perguntando mil e uma coisas que você não sabe explicar, e muitas pessoas te tratando como um bebe e uma retardada mental, é, eu estou sim tendo um dia difícil. - A encarei.

–Anna, eu sinto muito. - Ela me abraçou.

Me afastei.

–Porque você não veio me ver? Não me ligou? Todo mundo deu um jeito de falar comigo, menos você! Eu achei que nós fossemos amigas, melhores na verdade. - Levantei meu braço e mostrei a pulseira.

–Me desculpa, Anna. Eu não sei, é que.. - balançou a cabeça - é complicado..

–Complicado? - fiquei indignada -Como você acha que está sendo para mim? Meu Deus, eu fiquei em coma por quatro anos! Eu perdi quatro anos da minha vida deitada em uma cama! Eu perdi tudo que eu tinha, eu não tenho mais controle da minha vida, eu não sou nada. Eu não tenho mais vida. Isso não justifica o fato de que minha melhor amiga não foi me ver! - As lagrimas começaram e descer, ótimo.

–Você não lembra, não é? Do acidente? - Ela estava de costas para mim.

–Não, eu não consigo lembrar. Minha cabeça lateja quando tento voltar naquele dia.

Um breve silencio se fez antes que ela falasse alguma coisa.

–Nós estávamos no acampamento, nas férias de verão. Discutiamos sobre quem o Gale gostava, se era eu, ou você. Ele estava saindo comigo e com voce, Anna, e nós duas queríamos ele. Nunca tínhamos brigado daquele jeito, e você saiu do quarto furiosa comigo. Eu nunca vou esquecer a cena de você me olhando daquele jeito. Eu fui atrás de você, mas quando te encontrei, você estava desmaiada na cachoeira. Você caiu e bateu a cabeça em uma pedra, e foi tudo por minha culpa. - Ela soluçava.

Agora tudo estava voltando.

Eu me lembro de discutir com Elizabeth e sair de lá furiosa. Andar até a cachoeira e ficar bem na beirada. Eu fiquei sentada na ponta um bom tempo e pensei sobre isso. Eu estava voltando para pedir desculpas para ela, e então escorreguei e caí.

Eu senti a água entrando em meus pulmões, mas então fui tirada da água.

–Lilá, não foi sua culpa. - cheguei perto dela - Você me salvou, na verdade. Lilá, se você não tivesse me tirado da água eu teria me afogado, e consequentemente morrido. Se você não tivesse ido atrás de mim eu teria morrido naquela maldita cachoeira. Você me salvou, Lilá. - A abracei forte.

E ela me abraçou de volta.

A nossa ligação nunca pareceu tão sólida como naquele momento. Se ela não tivesse ido atrás de mim, eu poderia sim estar morta agora. Ela não pode se culpar por isso, não foi culpa dela.

–Eu senti tanto a sua falta, eu amo voce. - Falou limpando as lágrimas.

–Eu amo mais. - sorri.

–Eu juro que vou te ajudar a ter a sua vida de volta. - me encarou - Você merece ser feliz, e eu vou te ajudar com isso. Você merece ter uma segunda chance - falou pensativa - Se você acordou, é por alguma razão. Não vou deixar nada e nem ninguém atrapalhar isso.

–Obrigada, Lilá.

O sinal tocou.

–Vamos dar uma ajeitada nessas caras, daqui a pouco o banheiro lota - Ela tirou uma bolsa de maquiagem da bolsa e deu uns retoques em nós. Com o rosto menos inchado, nós saímos do banheiro.

–Vou para detenção agora, nós falamos mais tarde, ok?

–Detenção? - Ri com a careta dela.

–Ah, uns probleminhas aí com o carro da professora de espanhol - Ela riu - Se cuida!

Virou as costas e saiu de lá.

Fui até a saída, e notei que o tempo estava se fechando. Perfeito! E eu falei para meu pai que ia andando, que sorte a minha. Comecei a andar já sentindo uns pingos na cabeça. Até chegar em casa ficaria ensopada.

Escutei uma buzina, e olhei para o lado. Uma caminhonete preta com os vidros escuros - que agora desciam - parou.

–Entra aí, Anna.

–Não, muito obrigada. Prefiro ir andando.

–Está chovendo, você vai ficar doente.

–Eu não sou cega - sorri sarcástica - Aliás, são só uns pinguinhos, nada demais - E nesse momento a chuva engrossou.

Ele riu alto.

–Tem certeza? - Abriu a porta do carro.

Ele estava todo e seco e quentinho, e eu molhada e com frio.

Que droga, Senhor! Justo ele?

Leo Valdez idiota.


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Notas finais do capítulo

E ai??
Gostaram??
Esse Leo Valdez, vou te contar kkk
Amei a conversa delas ♥
O que acharam? Quero reviews, hein?
Uma boa semana!
Mil Beijos,
Bee ♥