I Never Can Say Goodbye escrita por Juliane Bee


Capítulo 12
Everything I do, I do it for you.


Notas iniciais do capítulo

Helloooo! Muito obrigada pelos reviews, agora com as férias vou colocar em dia :) Esse capitulo é muito especial e triste, infelizmente eu tive que fazer isso. Me perdoem :( Um agradecimento especial a minha grande amiga Luisa, que é um doce de pessoa. Obrigada por tudo, Lulis! Amo você ♥ Ela me ajuda muito com o Leo, e foi ela quem escolheu o titulo para o capitulo. Amanhã tem I Knew You Were Trouble, e eu tenho uma noticia boa para vocês. Vou falar agora mesmo hahaha
Eu estou com uma ideia para uma nova fic, e como vou ter tempo livre nas férias pensei em escrever. Voces acompanhariam? Sim? Não? Respondam nos comments!
Uma boa leitura!
Espero que gostem!



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P.O.V Elizabeth

Sorrindo.

Foi assim que eu passei as ultimas duas horas.

Não, não estava feliz pelo que fiz. Foi errado, e me arrependo - parte de mim se arrepende. A Lilá má gostou do resultado final.

Eu definitivamente não curti muito minha nota na prova de espanhol - eu estudei sem pausas para a prova, e ganhei um lindo 5,2 - e não consegui me controlar. Não sei como o carro da Maestra Lucia Rodriguez apareceu pintado de batom. Juro.

E vermelho ainda por cima, minha cor favorita.

Se eu tivesse escrito milhões de coisas, mas não, só escrevi pequeninho um "Enfia o 5,2 no seu... guacamole". Não sou do tipo que fala besteiras, na verdade sou, mas não queria ser expulsa. A punição? Limpar o carro dela, e mais duas semanas de detenção.

Terminei a detenção, e cá estou eu, limpando o carro dela.

A conversa que tive com Anna hoje me fez bem, eu precisava disso. Não sabia disso que ela me contou, e sempre me culpei pelo acidente. Ter falado com ela tirou um peso de mim, mas não por completo. A vida dela está muito difícil, e ela está se sentindo muito sozinha.

Eu posso ajuda-la, e já sei como. Não quero vê-la sofrendo, e ela merece a chance de viver de novo. Eu a resgatei uma vez, e talvez essa seja minha sina.

Vou resgata-la de novo, nem que tenha que me sacrificar dessa vez.

Simplesmente não é justo.

Terminei o carro, e fui até a direção levar as chaves. Claro que a bruxa quis ver como ficou o trabalho. Andamos de volta até o estacionamento.

–Que bom que ficou limpo Srta. Grant - Falou com o sotaque puxado.

–Eu fiz o que o diretor Palladino pediu para que eu fizesse.

–Hoje eu tenho um encontro, e o carro já está limpo, não vou precisar pagar uma lavagem. - Riu sarcástica. Velha dinheirista, usou meu trabalho escravo! Isso não é certo.

Senti um pingo em minha bochecha.

Srta.Rodriguez ficou carrancuda. Meu sorriso foi crescendo, assim como a intensidade da chuva. Nessa época do ano, a chuva é nossa melhor amiga.

–Não! Meu carro limpo! Isso só pode ser praga desses alunos. - me encarou.

Me culpar pelo carro até tudo bem, mas pela chuva? Ainda não tinha desenvolvido esses poderes.

A deixei sozinha, saindo da chuva. Peguei minha bolsa que havia deixado na sala e fui para casa - a pé, mas sem me molhar muito. A chuva estava concentrada no perímetro da escola, para minha sorte, e azara da Sra. Rodriguéz.

Fiquei a noite inteira lendo, e quando parei foi para olhar algumas fotos em meu computador, que pedia para esvaziar a memória. Fotos antigas minhas com a Anna, fotos de aniversários, e fotos com o Will.

Ah, Will.

Essa ultima semana foi como se fossemos estranhos, ambos esquisitos com essa "situação". Nós precisamos conversar seriamente, é só ter a oportunidade certa.

Resolvi dormir, pensar um pouco em nós dois.

Pensar na minha vida.

***

Acordei com o barulho de trovoadas, pelo visto vai chover de novo.

Fiz torradas para o café da manhã, e deixei prontas para Jill, que provavelmente deve estar cansada porque chegou tarde do escritório.

Peguei minha bolsa, e briguei comigo mesma. Eu também tinha direito de usar o carro, mas sei que Jill está cansada demais. Perdi, então fui andando para escola.

Não demorou muito, e quando cheguei notei Will entre a multidão de alunos que ali estavam. Fui em direção a ele, mas parei quando vi que não estava sozinho. Ele conversava com Anna, que sorria com o olhar.

Os dois tinham uma conexão grande, e isso era visível. Anna pareceu notar minha presença, e sorriu acolhedora. Will sorriu para mim, mas estava com a cara de que estava fazendo alguma coisa errada.

Talvez seu pensamento realmente estivesse.

O sinal tocou, e então nós entramos. Will pegou na minha mão, que estava gelada. Ele me encarou de uma forma diferente, e pela primeira vez não entendi o que ele quis dizer.

Depois de quatro aulas seguidas fomos para o intervalo.

Anna estava sentada em uma mesa lendo sozinha. Will nitidamente estava indo até lá, quando parou, e olhou para trás - lembrando que tem uma namorada.

–Pode ir, lá. Eu vou ir ao banheiro, nos vemos depois. - Ele ficou parado, sorriu fraco, e foi até lá.

Andei rapidamente pelos corredores, eu estava triste, desolada. Ele não ficou, não hesitou nem por um minuto.

Bati em alguém, e tropecei.

–Me desculpe. - Falei me virando.

–Não tem problema. Tá tudo bem, Liz? - Fred Baltimore - meu colega de história, acho - me perguntou.

–Sim, sim. - Falei fitando o chão, com pressa.

Pressa de fugir dos meus sentimentos, da verdade.

–É que não parece.. - Ele ainda me segurava.

–Não, não. To bem mesmo, obrigada Fred. - Falei o soltando.

–Se precisar é só chamar, Liz - Gritou.

Olhei para trás e sorri.

Andei um pouco mais pelo corredor - que estava lotado - e parei nas escadas. Me sentei lá.

–Tá tudo bem? - Uma voz falou ao meu lado.

–Mas porque diabos todo mundo pergunta isso? - Falei me virando.

–Porque talvez não esteja.

–Oi Leo. - Falei voltando a fitar o chão.

–Vem.. - Ele se levantou - Vamos sair daqui.

–E a aula? Faltam duas ainda.

–Que se dane a aula. - Ele respondeu.

–Você fala isso porque vai bem.

–Falou a burra. - Nós rimos.

–Viu? Bem melhor assim. Agora vem. - Pegou na minha mão e foi comigo até a minha sala.

Peguei minha bolsa, e então fomos até a porta de entrada do colégio. Felizmente, o inspetor estava dormindo, então conseguimos sair.

–Já sei onde a gente pode ir -falou andando, e eu o segui.

Nós andamos até o centro, e paramos em uma sorveteria.

–Uau, sorvete? - Fiz careta para ele.

–Qual é, todo mundo fica mais feliz quando come sorvete.

Nos sentamos na mesa e ele foi pegar os sorvetes. Chocolate para mim e Azul do Ceú para ele.

Ele voltou, e se sentou em minha frente.

–Tá, pode ir falando. - me fitou - Porque você tá assim?

–Ah, é complicado.. - encarei meu sorvete.

–É Will, não é? - Ele foi direto.

–Sim, eu não consigo mais. - balancei a cabeça - Eu sei que ele gosta da Anna, e isso já esta visível. Não vou impedir eles, me desculpe Leo. - Ele deu de ombros.

–Tudo bem, eu sei que ela vai se apaixonar por mim - Ele sorriu e eu ri com seu jeito.

"Assim espero" - Sussurrei.

–Eu tenho que falar com ele, mas falta coragem. Eu quero, e não quero ao mesmo tempo. - Ele assentiu. - É o certo, eu tenho que fazer isso. Obrigada, Leo. - Me levantei.

–Aonde você vai? - franziu o cenho.

–Isso não pode esperar, já chega. - Deixei ele lá, saindo correndo pela rua. - Obrigada pelo sorvete! - gritei ntes de perde-lo de vista.

As trovoadas estavam mais fortes, e eu conseguia sentir os pingos de chuva. Andei bastante, e cheguei esbaforida na casa de Will.

Toquei a campainha com as mãos tremulas.

Ele atendeu só de bermuda e chinelo.

–Lilá, você saiu da aula e não avisou ninguém. Onde você estava? - Saiu para fora da casa.

–Isso não importa, eu preciso falar com você Will. - Os pingos de chuva começaram a engrossar.

–Tudo bem, vamos entrar. - Ele abriu a porta.

–Você não gosta da chuva, Will? - Perguntei o encarando.

–Sim, eu gosto.. - Ele estranhou a pergunta. Um pingo de chuva estava escorrendo lentamente em sua bochecha.

–Will, não dá mais. Me desculpe. - As lagrimas já estavam prontas para cair.

–Do que você tá falando? - me encarou confuso.

–Eu não quero ficar com alguém que não tem certeza do que sente por mim, e eu sei que você gosta da Anna. - Deus, como essas palavras doíam.

–Eu gosto de você, Lilá. - me encarou. Seus olhos diziam o contrário.

–Não, você não sabe mais. Você sempre gostou dela, Will. Voces merecem essa chance, o destino tirou isso de vocês.

–Lilá, não! - Ele pegou em minha mão.

–Will, eu quero ficar com uma pessoa que me ame do mesmo jeito que eu amo você. - Ele me encarou, os olhos verdes brilhando.

–Lilá, não faz isso. Eu to confuso, só isso. - ele balançou a cabeça.

–Você merece ter opções, Will. Não vai ficar preso a mim, você pode fazer e ficar com quem quiser agora. - Me aproximei dele.

O beijei, como se fosse a ultima vez.

E eu não tinha certeza se era ou não.

–Lilá, nossa história ainda não acabou, sabe disso.. - E então me abraçou.

A chuva misturada com minha lágrimas e meus pensamentos a mil, deixou tudo mais difícil.

Me afastei dele e olhei em seus olhos, que estavam vermelhos. Demorei para tirar minha mão da dele, pois essa queria continuar ali. Fui me afastando até chegar na rua, virei as costas, mas voltei.

–Sabe Will, você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama. - Ele limpou uma lágrima - Eu espero que você se encontre.

E saí.

E quando fui embora, deixei meu coração com ele.

Say you love me more

Than you did before

And I'm sorry it's this way

But I'm coming home

I'll be coming home

And if you ask me I will stay

I will stay...


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram??
Bom, quero reviews, hein
!Ai ai ai, eu to muito triste :( Eu amo a Lilá e o Will :(
Me contem o que vocês acharam.
Fiquem ligadas nas próximas fics, e mais uma vez, Lulis, obrigadaa! ♥
Bom final de semana,
Amo vocês galerinhaa!
Mil Beijos,
Juju.